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ED RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Questão 1 
Correto 
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Texto da questão 
 Quem foi Malcolm-X? 
Nas décadas de 50 e 60 ganharam fama vários líderes e movimentos de defesa dos negros nos Estados 
Unidos 
 
 
 
Foi um dos mais importantes militantes americanos na luta contra o racismo nas décadas de 50 e 60. Nascido 
na cidade de Omaha, em 1925, o pequeno Malcolm Little teve uma infância trágica: perdeu o pai assassinado e 
viu sua casa ser incendiada pelo grupo racista branco Ku Klux Klan. Na adolescência, passou por várias casas 
de custódia e foi parar na cadeia. Em 1946, enquanto cumpria pena por roubo, converteu-se ao islamismo e 
aderiu à Nação do Islã, um grupo defensor do conceito de superioridade negra. Seguindo um dos preceitos da 
entidade, que negava os sobrenomes adotados pela população negra americana e os denunciava como 
resquícios da escravidão, o militante assumiu o nome de Malcolm X. Começava aí sua ação política: praticando 
rigorosos padrões religiosos, ele iniciou uma série de viagens pelos Estados Unidos, fundando mesquitas e 
fazendo palestras. Sua estratégia radical se opunha ao movimento pelos direitos civis dos negros, liderado por 
militantes mais moderados, como o pastor batista Martin Luther King. 
Na verdade, Malcolm recusava a igualdade racial e a integração à sociedade branca, defendendo o 
separatismo dos negros e afirmando que a violência era um recurso aceitável para a autoproteção. Suas ideias 
e seu talento de orador reuniram um grande número de seguidores para a Nação do Islã. Entretanto, em março 
de 1964, Malcolm desentendeu-se com outros líderes da seita e abandonou o grupo. Pouco depois, formou seu 
próprio movimento religioso e embarcou para uma peregrinação à cidade de Meca, na Arábia Saudita. O 
retorno aos Estados Unidos marcou uma virada ideológica: após a viagem, o militante anunciou ideias mais 
brandas quanto ao separatismo negro, admitindo a possibilidade de convivência com a sociedade branca. As 
novas posições acirraram a tensão com antigos seguidores e, em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X acabou 
assassinado por integrantes do próprio movimento negro, durante um comício em Nova York. [...] 
NAÇÃO DO ISLÃ 
A organização religiosa que teve Malcolm-X como um de seus líderes surgiu na década de 10, mas ganharia 
importância a partir dos anos 50. Com uma interpretação peculiar do islamismo, a seita tinha como fundamento 
principal a defesa da supremacia negra. Divergências internas racharam o grupo, mas algumas facções existem 
até hoje. 
Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-foi-malcolm-x/>. Acesso em: 18 nov. 2018. 
Considere as seguintes assertivas a respeito de Malcolm X e da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA: 
 
I. De acordo com o texto, o islamismo se tornou um elemento importante da pauta de alguns grupos do 
movimento negro estadunidense nos anos 1960. 
II. O assassinato de Malcolm X se deu pelas mãos de grupos supremacistas brancos como a Ku Klux Klan, que 
queimou sua casa. 
III. A mudança de nome para “Malcolm X” remete à crítica dessa figura à manutenção de nomes que os 
senhores de escravos davam aos seus cativos. 
IV. A Nação do Islã, embora importante nos anos 1960, deixou de existir nos EUA contemporâneo. 
A respeito dessas assertivas, assinale a alternativa correta: 
Escolha uma: 
a. 
Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
b. 
Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 
c. 
Apenas a assertiva II está correta. 
d. 
Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
e. 
Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
Questão 2 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
 Daisy Bates (1914-1999) foi uma ativista dos direitos civis e colunista do Arkansas State Press, um jornal 
voltado para a questão dos direitos civis e um dos primeiros jornais comandados por afro-americanos nos EUA. 
Dentre outros feitos, Bates tornou-se uma importante militante nas décadas de 1940 e 1950, lutando para 
garantir o acesso à educação a jovens afro-americanos em episódios como o da escola de Little Rock e a 
imposição da dessegregação das escolas por ordem federal. No exemplar do jornal a seguir, de 1959, a 
manchete abaixo diz “68 estudantes brancos buscam Jim Crow nas escolas integradas”.
 
 
 
Disponível em: <http://lcbates.com/2018/05/the-fall-of-the-state-press/> Acesso em: 17 nov. 2018. 
A partir da biografia de Daisy Bates e do jornal apresentado, é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
A ideia de buscar “Jim Crow” nas escolas provavelmente é uma referência às perseguições realizadas nos estados 
do Norte contra estudantes brancos em escolas originalmente segregadas. 
b. 
Apesar de bem-intencionada, iniciativas como a publicação de jornais não possuíam efeito concreto, já que, pelas 
leis Jim Crow, os negros eram impedidos de frequentar as escolas e, portanto, praticamente não eram 
alfabetizados. 
c. 
A militância articulada por Daisy Bates em seu jornal reitera a perspectiva que entrou para a memória da luta pelos 
direitos civis dos negros nos EUA: um movimento predominantemente feminino e mais presente nos meios de 
comunicação do que nas ruas. 
d. 
O jornal Arkansas State Press é apenas um exemplo de como a maior parte da militância do movimento negro nos 
EUA se deu de maneira passiva, respeitando as leis e a ordem instituída naquele país, a despeito de 
movimentos de alguns poucos radicais. 
e. 
A manchete e a biografia de Daisy Bates permitem pensar a respeito de uma constante progressão nas lutas e 
conquistas diante da segregação racial: do episódio de Little Rock ao contínuo combate às práticas calcadas 
nas leis “Jim Crow” 
Questão 3 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
As tirinhas abaixo são obras do cartunista Andre Dahmer. A primeira faz parte de uma série chamada “A longa 
noite de Elbert”, em que o dito personagem acorda de um longo coma e faz perguntas sobre o mundo atual. A 
segunda delas diz respeito à série “O mundo que deixaremos para os nossos filhos”, que projeta soluções para 
o mundo atual no futuro. 
 
 
A partir das tirinhas apresentadas e do debate sobre o racismo no mundo contemporâneo, é correto afirmar 
que: 
Escolha uma: 
a. 
O fato de que os dois personagens da primeira tirinha sejam brancos, assim como os policiais da segunda – em 
contraposição aos negros “suspeitos” – indicam um posicionamento racista do autor das tirinhas. 
b. 
Na primeira tirinha, ao falar de “ideias inovadoras”, temos uma ironia do autor que sabe que o racismo já foi 
superado há muitas décadas. Na segunda tirinha, temos uma crítica à brutalidade policial nos EUA. 
c. 
A primeira tirinha aponta para as relações entre a religião e o racismo, por isso o medo de “ideias inovadoras”. A 
segunda tirinha projeta um futuro em que homens negros, em condições econômicas precárias, não precisem 
recorrer à criminalidade. 
d. 
Ao falar de “ideias inovadoras”, a primeira tirinha satiriza o fato de que debater o racismo segue como algo 
desafiador nos dias de hoje. Na segunda tirinha, projeta-se um futuro em que dois homens negros 
conversando, à noite, não sejam considerados, automaticamente, como suspeitos. 
e. 
A primeira tirinha afirma que nada mudou em relação ao racismo nas últimas décadas, enquanto a segunda 
responsabiliza a polícia pela permanência do racismo. 
Questão 4 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Em 1957, Martin Luther King Jr proferiu o discurso abaixo: 
Deixem-nos votar 
Deixem-nos votar, e não mais importunaremos o governo federal para falar de nossos direitos básicos. Deixem-
nos votar, e não mais imploraremos ao governo federal pela promulgação de uma lei antilinchamento; com a 
força de nosso voto, inscreveremos essa lei nas leis do Sul e acabaremos com os atos covardes dos 
encapuzados que disseminam a violência. Deixem-nos votar (Deixem-nos votar), e transformaremos as más 
ações visíveis de multidões sanguináriasna calculada boa ação de pacatos cidadãos. Deixem-nos votar 
(Deixem-nos votar), e encheremos as assembleias legislativas com homens de boa vontade e enviaremos às 
câmaras sagradas do Congresso homens que, devotos do manifesto da justiça, jamais assinarão um “Manifesto 
Sulista”.11 Deixem-nos votar (Sim), e colocaremos, nos tribunais do Sul, juízes que atuarão com justiça e 
amarão a misericórdia, e colocaremos, à frente dos estados sulistas, governadores que experimentaram não só 
a amargura dos homens, mas o ardor de Deus. Deixem-nos votar (Sim), e implementaremos com calma e não-
violência, sem rancor ou ressentimento, a decisão da Suprema Corte de 17 de maio de 1954 (Isso mesmo). 
Neste momento decisivo da história de nossa nação, precisamos com urgência de uma liderança corajosa e 
dedicada. Se desejamos solucionar os problemas futuros e tornar a justiça racial uma realidade, essa liderança 
deve ser quadruplicada. Em primeiro lugar, precisamos de uma liderança forte e agressiva por parte do governo 
federal. Até agora, apenas o Poder Judiciário mostrou-se capaz de exercer essa liderança. Se os Poderes 
Executivo e Legislativo estivessem tão preocupados com a proteção dos direitos dos cidadãos quanto os 
tribunais federais, então a transição de uma sociedade segregacionista para uma integracionista seria 
infinitamente mais suave. Mas, com essa preocupação, muitas vezes olhamos para Washington em vão. Em 
meio a um trágico colapso da lei e da ordem, o Poder Executivo federal permanece demasiadamente silencioso 
e apático. Em meio à desesperadora necessidade de uma legislação dos direitos civis, o Poder Legislativo 
permanece demasiadamente estagnado e dissimulado. 
KING JR, Martin Luther. Um apelo à consciência - Os melhores discursos de Martin Luther King. Rio de Janeiro: 
Zahar.2006, p. 37. 
Considere agora as seguintes asserções: 
I. No discurso apresentado, Martin Luther King Jr. considera que os principais entraves para a construção de 
uma sociedade integrada são os obstáculos legais que impedem o negro 
de votar e o poder judiciário, incapaz de exercer um papel de liderança no combate à segregação 
II. Para Martin Luther King Jr., a transição de uma sociedade segregacionista para uma integracionista não 
poderia ser suave se os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) não exercessem o papel de liderança 
na proteção dos direitos do cidadão. 
É correto o que se afirma em: 
Escolha uma: 
a. 
Ambas as asserções estão corretas, mas uma não justifica a outra. 
b. 
A primeira asserção está incorreta e a segunda correta. 
c. 
As duas asserções estão corretas e a primeira é uma justificativa da segunda. 
d. 
A segunda asserção está incorreta e a primeira está correta. 
e. 
As duas asserções estão corretas e a segunda é uma justificativa da primeira. 
Questão 5 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
 O discurso a seguir foi realizado por Martin Luther King Jr. na cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, 
em 1964: 
Civilização e violência são conceitos antitéticos [i.e.: opostos, antagônicos]. Os negros dos Estados Unidos, 
seguindo o exemplo do povo indiano, demonstraram que a não violência não constitui uma passividade estéril, 
mas uma poderosa força moral que leva à transformação social. Cedo ou tarde, todos os povos do mundo 
descobrirão o caminho para a convivência pacífica, e, com isso, transformarão esta pendente elegia cósmica 
em um abençoado salmo de fraternidade. Para que essa conquista se concretize, a humanidade deverá 
desenvolver, para todos os conflitos humanos, um método que repudie a vingança, a agressão e a retaliação. A 
base desse método é o amor. A estrada tortuosa que nos trouxe de Montgomery, Alabama, a Oslo testemunha 
essa verdade. Essa é a estrada sobre a qual milhões de negros viajam à procura de um novo sentimento de 
dignidade. Essa mesma estrada abriu para todos os americanos uma nova era de progresso e esperança. 
Levou a uma nova Lei dos Direitos Civis, e irá, estou convencido, alargar-se e alongar-se até transformar-se 
numa grandiosa rodovia de justiça, à medida que um crescente número de negros e brancos se alie para 
superar os seus problemas comuns. Aceito hoje esta premiação com uma fé inabalável na América e com uma 
fé audaciosa no futuro da humanidade. [...] 
Recuso-me a aceitar a cínica noção de que, uma após outra, as nações deverão rolar abaixo por uma 
escadaria militarista até o inferno da aniquilação nuclear. Acredito que a verdade desarmada e o amor 
incondicional terão, na realidade, a última palavra. É por isso que o bem, temporariamente derrotado, é mais 
forte que o mal triunfante. Acredito mesmo que, mesmo em meio às explosões dos canhões e ao zunido das 
balas de hoje, ainda há esperança de um amanhã mais resplandecente. Acredito que a justiça, combalida e 
prostrada nas ruas ensanguentadas de nossas nações, pode se levantar dessa poeira de vergonha para reinar 
suprema entre os filhos dos homens. Ouso acreditar que as pessoas, em todas as partes, possam ter três 
refeições ao dia para os seus corpos; educação e cultura para as suas mentes; e dignidade, igualdade e 
liberdade para os seus espíritos. [...] Hoje, com renovada dedicação pela humanidade que me inspira, venho a 
Oslo como curador. Aceito este prêmio em nome de todos os homens que amam a paz e a fraternidade. Digo 
que venho como curador pois, no âmago de meu coração, sei que este prêmio é muito mais do que uma honra 
pessoal. Sempre que viajo de avião, penso em todas as pessoas que garantem o sucesso de um voo – os 
pilotos, que conhecemos, e toda a equipe de terra, que desconhecemos. Os senhores homenageiam os 
dedicados pilotos de nossa luta, que se sentaram na cabine de comando à medida que o movimento pela 
liberdade ganhava as alturas. Os senhores homenageiam, mais uma vez, chefe Lutuli da África do Sul, cujas 
lutas, ao lado de seu povo e por seu povo, ainda enfrentam a mais brutal manifestação de desumanidade. Os 
senhores homenageiam a equipe de terra sem cujo trabalho e sacrifício os voos rumo à liberdade jamais teriam 
decolado. A maior parte dessas pessoas jamais aparecerá nas manchetes e os seus nomes não estarão no 
Quem é Quem. No entanto, quando os anos tiverem passado e quando a flamejante luz da verdade focalizar 
esta era maravilhosa em que vivemos, homens e mulheres saberão e às crianças será ensinado que temos 
uma terra mais bela, um povo mais digno, uma civilização mais nobre, porque esses humildes filhos de Deus se 
sacrificaram em nome da virtude. 
KING JR., Martin Luther. Um apelo à consciência - Os melhores discursos de Martin Luther King. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2006, p. 68- 69. 
 
A partir do discurso apresentado de Martin Luther King Jr., é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
Apesar do otimismo, o discurso de Martin Luther King Jr. é marcado pelo tom bélico da Guerra Fria e ressalta a 
ameaça soviética. 
b. 
Ao longo do discurso, Martin Luther King Jr. dissocia a luta do povo negro dos EUA daquela de povos na África do 
Sul ou em outras partes do mundo. 
c. 
Martin Luther King Jr. foi inspirado pela luta liderada por Mahatma Gandhi na conquista da independência da Índia 
contra a Inglaterra. 
d. 
O tom religioso dá lugar ao discurso nacionalista em diversas passagens que ressalta os EUA como lugar de “terra 
mais bela, um povo mais digno “. 
e. 
Ao utilizar a metáfora do piloto do avião, Martin Luther King Jr. considera o seu papel como mais importante do que 
o dos demais militantes do movimento negro. 
Questão 6 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
O trecho abaixo é do livro de Angela Davis, Mulheres, Raça e Classe: 
 
Elizabeth Cady Stanton e Susan B. Anthony concordavam com os abolicionistas radicais, que diziam que o fim 
da Guerra Civil poderia ser precipitado por meio da emancipação da população escrava e de seu alistamento 
no Exército da União. Elas tentaram reunir um número massivo de mulheres em torno dessa posição, lançandouma convocação para que fosse organizada a Liga das Mulheres pela Lealdade. No encontro inaugural, 
centenas de mulheres concordaram em promover o esforço de guerra, fazendo circular petições pela 
emancipação da população escrava. Elas não foram unânimes, contudo, em sua reação à resolução proposta 
por Susan B. Anthony de associar os direitos das mulheres à libertação do povo negro. 
A resolução proposta afirmava que nunca haveria paz verdadeira na república até que fossem reconhecidos na 
prática “os direitos civis e políticos de todos os cidadãos de descendência africana e de todas as mulheres”. 
Infelizmente, considerando os desdobramentos do pós-guerra, parece que essa resolução havia sido motivada 
pelo medo de que as mulheres (brancas) fossem deixadas de lado quando as pessoas escravizadas aflorassem 
sob a luz da liberdade. Contudo, Angelina Grimké propôs uma defesa principista da unidade entre a libertação 
negra e a libertação feminina: “Quero ser igualada ao negro”, ela insistia. “Até que ele tenha seus direitos, nós 
nunca teremos os nossos”. 
Alegro-me imensamente que a resolução nos una ao negro. Sinto que estivemos com ele; que o ferro entrou 
em nossa alma. Verdade, nós não sentimos o açoite do senhor de escravos! Verdade, não tivemos nossas 
mãos algemadas, mas nosso coração foi arrasado. 
Nessa convenção de fundação da Liga das Mulheres pela Lealdade – para a qual todas as veteranas da 
campanha abolicionista e do movimento pelos direitos das mulheres foram convidadas –, Angelina Grimké, 
como de hábito, propôs a interpretação mais inovadora da guerra, que ela descreveu como “nossa segunda 
revolução”: 
“A guerra não é, como o Sul falsamente alega, uma guerra de raças, nem de setores, nem de partidos políticos, 
mas é uma guerra de princípios, uma guerra contra as classes trabalhadoras, brancas ou negras [...]. Nessa 
guerra, o homem negro foi a primeira vítima, o trabalhador de qualquer cor, a seguinte; e agora todas as 
pessoas que defendem os direitos ao trabalho, à liberdade de expressão, às escolas livres, ao sufrágio livre e a 
um governo livre [...] são levadas a participar da batalha em defesa desses direitos ou a sucumbir com eles, 
vítimas da mesma violência que, por dois séculos, manteve o homem negro como prisioneiro de guerra. 
Enquanto o Sul travou essa guerra contra os direitos humanos, o Norte esteve a postos para deter aqueles que 
apedrejavam a liberdade até a morte [...]. A nação está em uma luta de vida ou morte. Ou ela se tornará uma 
imensa escravocracia de pequenos tiranos, ou realmente a terra dos livres [...].” 
 
(DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 76-77)) 
A partir do texto apresentado é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
A Guerra Civil nos EUA não tinha como um de seus dilemas principais a questão racial, mas militantes – como os 
descritos acima – utilizaram o conflito para popularizar a pauta abolicionista. 
b. 
Ao afirmar que as participantes da Liga das Mulheres “não foram unânimes, contudo, em sua reação à resolução 
proposta por Susan B. Anthony de associar os direitos das mulheres à libertação do povo negro”, Davis mostra 
como a luta contra o racismo e o machismo não podem se articular em suas diferentes pautas. 
c. 
Ao longo da história dos EUA, não foi possível integrar o negro à sociedade de classes, dada a ação de grupos 
femininos. 
d. 
Ao afirmar “A nação está em uma luta de vida ou morte”, Angelina Grimké se refere à luta das mulheres negras 
contra as condições de trabalho dos EUA durante a Guerra Civil. 
e. 
Ao afirmar “Até que ele tenha seus direitos, nós nunca teremos os nossos”, Angelina Grimké relaciona a libertação 
dos negros e o direito civil das mulheres. 
Questão 7 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Interessantemente, o colapso da perspectiva assimilacionista obedeceu menos à geração de novos enfoques e 
desenvolvimentos teóricos do que à atuação política das minorias raciais. Com efeito, a crise da estratégia 
integracionista do movimento pelos direitos civis deu lugar, na década de 1960, a novas formas de mobilização 
política do negro americano. No clima de reafirmação da consciência étnica e nacionalismo cultural 
característico do ativismo das minorias raciais daquele período, intelectuais e militantes dessas minorias 
passaram a definir a relação de negros, índios e chicanos (imigrantes mexicanos e americanos de ascendência 
mexicana) e outros grupos com a sociedade americana como a de colônias internas. O modelo de colonialismo 
interno, inspirado nas situações do colonialismo e neocolonialismo europeu, através da ênfase nas dimensões 
política e cultural da opressão racial, tendeu a demonstrar que a assimilação e integração estavam longe de 
constituir as tendências mais significativas da dinâmica das relações raciais.” 
GONZÁLES, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Coleção dois pontos. Editora Marco Zero LTDA: Rio 
de Janeiro, 1982, p. 74-75. 
Considere agora as seguintes asserções: 
I- O trecho afirma que o movimento pelos direitos civis dos negros nos EUA e sua crítica ao “colonialismo 
interno” inspirou movimentos contra o colonialismo e o neocolonialismo europeu, pautando a luta de negros, 
índios e chicanos no mundo dos anos 1960. 
II- A vitória da perspectiva assimilacionista, de acordo com o texto, foi resultado dos novos enfoques e 
desenvolvimentos teóricos e da atuação política das minorias raciais. 
É correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
Ambas as asserções estão corretas, porém não possuem relação. 
b. 
A asserção I está incorreta e a asserção II correta. 
c. 
Ambas asserções estão incorretas. 
d. 
Ambas as asserções estão corretas e a primeira justifica a segunda. 
e. 
Ambas as asserções estão corretas e a segunda completa a primeira. 
Questão 8 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
 Coretta King, a matriarca negra pelos direitos sociais e civis 
Ela foi a primeira dama dos direitos humanos e ensinava que uma das formas para fazer a mudança passa por 
nos mudarmos a nós próprios de forma a sermos capazes de liderar os outros na direção que devem tomar. 
Conhecer um pouco da história de Mrs. Coretta King mudou minha percepção sobre o ser mulher negra 
evangélica. Há alguns anos, durante uma pausa nos estudos, procurei um título na internet para meu 
entretenimento. [...] Encontrei um título que chamou atenção: “Betty e Coretta”. 
A sinopse indicava se tratar da história das esposas dos maiores líderes da luta pelos direitos civis nos Estados 
Unidos nos anos 60: Malcolm X e Martin Luther King. Imediatamente eu pensei: como eu não conheço essas 
mulheres? Como eu nunca ouvi falar delas no meio progressista evangélico? Em uma breve investigação por 
mais informações na internet, títulos de obras completas, capítulos ou revistas sobre sua vida e trabalho, pouco 
material foi encontrado em língua portuguesa. 
A verdade é que Coretta, durante toda sua trajetória como ativista pelos direitos civis das pessoas negras nos 
EUA, também foi militante pela causa dos direitos das mulheres e da população LGBT até o fim de sua vida. 
Sim, Coretta não foi coadjuvante. Ela assumiu a defesa de bandeiras sociais que até hoje causam cólera a 
líderes das igrejas mais conservadoras e fundamentalistas, e reticências aos mais progressistas. E não seria 
por tudo isso que sabemos tão pouco sobre seu trabalho social e religioso? 
Na juventude, participava da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP). Durante a vida 
adulta, marchou e liderou junto ao movimento pelos direitos civis em EUA. Em relevância e destaque sabemos 
que fundou o Centro para a Mudança Social Não Violenta com o nome do marido. Foi ativista pelo Movimento 
Pela Paz e Não Violência e contra a Guerra do Vietnã, e ainda lutou durante cerca de 15 anos para que fosse 
assinada a lei de feriado nacional homenageando ao Rev. Luther King. Na velhice, foi voz porta-voz “contra a 
injustiça racial eeconômica, defendendo os direitos das crianças e das mulheres, a dignidade dos 
homossexuais, a liberdade religiosa, as necessidades dos pobres e destituídos de poder, o pleno emprego, os 
cuidados de saúde e oportunidades de educação para todos, e também o desarmamento nuclear, a ecologia e 
uma constante consciencialização sobre os problemas da sida”. 
Pouco sabemos sobre essa mulher negra, cristã e politizada. Restringir sua personagem à figura de esposa leal 
e apoiadora é injusto e insuficiente com sua trajetória e a de milhares de mulheres negras em toda a diáspora. 
[...] 
Precisamos reviver e publicizar a memória de Mrs. Coretta King como nossa ancestral que nos deixou um 
legado ímpar de militância antirracista, antissexista, antidiscriminação sexual e pela equidade de gênero. A voz 
hoje que ecoamos, não é nossa voz apenas, é a voz e o lugar da resistência ancestral desta mulher. A voz da 
mulher sábia que diz: “Fale a favor daqueles que não podem se defender. Proteja os direitos de todos os 
desamparados” (Pv. 31.8). Disponível em: <http://projetoredomas.com/coretta-king-a-matriarca-negra-pelos-
direitos-sociais-e-civis/>. Acesso em: 22 nov. 2018. 
 
A partir do fragmento apresentado, é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
De acordo com a autora do texto, Coretta King abandonou suas crenças cristãs ao militar em nome de pautas como 
os direitos das mulheres e a dignidade dos homossexuais. 
b. 
É possível entender a militância pelos direitos civis como um movimento a parte, separado da luta por emprego ou 
melhores condições sociais para homens e mulheres negras nos EUA. 
c. 
Segundo a autora do texto, a luta pelos direitos civis dos negros deu lugar a outras pautas ao longo da militância de 
Coretta King. 
d. 
Para a autora, Coretta King se tornou porta-voz de diferentes movimentos e pautas, sem, contudo, deixar de lado 
sua militância pela igualdade racial nos EUA. 
e. 
De acordo com a autora do texto, a melhor maneira de homenagear Coretta King é lembrá-la como esposa leal e 
fiel apoiadora de Martin Luther King Jr. na conquista dos direitos civis dos negros nos EUA. 
Questão 9 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
 Emenda XIX (18 de agosto de 1920) 
O direito de voto dos cidadãos dos Estados Unidos não será negado ou cercado em nenhum Estado em razão 
do sexo. O Congresso terá competência para mediante legislação adequada, executar este artigo. Disponível 
em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6218/Retrospectiva-historica-do-direito-ao-voto-nos-EUA>. 
Acesso em: 16 nov. 2018. 
 
 
Mulheres em fila para votar em Baltimore, 1964. O ato dos Direitos Civis, que havia garantido maiores 
proteções legais para eleitores negros, havia sido assinado 3 meses antes. Disponível em: 
<https://www.huffpostbrasil.com/entry/29-badass-images-of-women-winning-and-exercising-the-right-to-
vote_us_57b4d0c6e4b095b2f5424e52>. Acesso em: 15 nov. 2018. 
A partir dos fragmentos apresentados e da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA, é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
A foto mostra como as mulheres negras eram o grupo mais relevante numericamente entre os eleitores dos EUA 
dos anos 1960. 
b. 
Eventos como a Marcha para Selma mostram como as mudanças na lei não tiveram impacto algum para a 
população negra dos EUA que, ainda hoje, precisa se manifestar para garantir seu direito ao voto. 
c. 
A Lei dos Direitos Civis de 1968 se insere em uma longa tradição de conquistas políticas do movimento negro nos 
EUA, como resultado exclusivo das políticas de não violência de Martin Luther King Jr. 
d. 
Não há contradição entre a Emenda XIX e a necessidade de luta pelos direitos civis, pois o movimento liderado por 
Luther King Jr. buscava garantias sociais e não políticas (pois essas já estavam estabelecidas na lei). 
e. 
Apesar das antigas garantias legais, as práticas e as leis locais impediram o pleno exercício da cidadania da 
população negra nos EUA durante a maior parte do século XX. 
Questão 10 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Malcolm X e Martin Luther King, ícones da luta contra o racismo 
Malcolm X pregava o enfrentamento, enquanto Luther King adotava um discurso mais pacifista: qual mensagem 
seria mais eficiente nos dias de hoje? 
Neste mês de abril, completam-se 50 anos da morte do pacifista Martin Luther King, Prêmio Nobel da Paz, em 
1964. Ele também foi considerado o Homem do Ano de 1963 pela Revista Time pelo seu discurso histórico, “I 
have a dream“. 
O professor Ricardo Alexino Ferreira destaca a importância de Luther King, mas questiona se o seu discurso 
pacifista fazia de fato efeito em um mundo tão violento. 
Com outro discurso mais enfático, Malcolm X, outra liderança negra contemporânea de Luther King, pregava o 
enfrentamento em que a violência seria uma autodefesa dos negros contra o racismo. 
Martin Luther King morreu a tiros, em 4 de abril de 1968; Malcolm X morreu também a tiros, em 21 de fevereiro 
de 1965. 
Segundo o professor Alexino Ferreira, a contemporaneidade apresenta uma intensidade maior do racismo em 
todas as suas formas, o que significa que os modelos Luther King e Malcolm X precisariam ser revistos. 
Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/malcom-x-e-martin-luther-king-icones-da-luta-contra-o-
racismo/>. Acesso em: 19 nov. 2018. 
A partir do texto apresentado, é correto afirmar que: 
Escolha uma: 
a. 
De acordo com o entrevistado, graças a militância de figuras como Martin Luther King Jr. e Malcolm X, vivemos hoje 
em um mundo menos racista do que no passado. 
b. 
De acordo com o entrevistado, vivemos um mundo com um racismo mais intenso nos dias de hoje e, por isso, a 
militância pacifista de Martin Luther King Jr. não teria sido tão efetiva quanto é enaltecida, ainda nos dias de 
hoje. 
c. 
Segundo o professor entrevistado, os modelos de militância propostos por Dr. King e Malcolm X, apesar de suas 
divergências, poderiam ser utilizados – revisitados - nos dias de hoje com efeitos positivos. 
d. 
Segundo o professor entrevistado, apenas o discurso de Malcolm X teria qualquer alcance na violenta 
contemporaneidade e, por isso, ele deveria ser recuperado pela militância atual. 
e. 
De acordo com o entrevistado, as ideias de Martin Luther King Jr., marcadas pelo pacifismo, seriam um importante 
contraponto para a violência do mundo contemporâneo.

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