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FISIOTERAPIA NEONATAL

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Drielli Holanda da Silva 1 
Drielli Holanda da Silva 
ROTEIRO DE ESTUDO – FISIOTERAPIA NEONATAL 
 
1. Qual a função do surfactante? Qual o período de desenvolvimento e maturação do 
sistema surfactante? 
R: A função do Surfactante é quebrar a tensão superficial dos alvéolos, evitando seu 
colabamento. É produzido pelos pneumócitos tipo 2 e evita áreas de atelectasias. A 
sua produção começa na 26° semana. Na 34° semana já há Surfactante suficiente 
para vida extra-uterina. Antes disso o RNPT vai precisar de um Surfactante exógeno 
(por via endotraqueal. Para que ele consiga fazer abertura dos alvéolos e ter uma 
ventilação melhor). 
 
2. Quais as principais diferenças entre o sistema respiratório do RN e o adulto? 
R: • No RN a inserção do diafragma é quase horizontal e nos adultos é oblíqua. 
• No RN 10-25% das fibras do diagrama são do tipo 1 (que são fibras mais resistentes 
a fadiga), enquanto no adulto é de 50-55%. 
• O RN tem hipotonia da musculatura abdominal (abdômen globoso – não tem 
sustentação), o que diminui a capacidade vital. 
• No RN a traqueia é mais estreita e curta (o calibre das VA é menor), assim a 
resistência a passagem do ar é maior. 
• No RN os músculos torácicos são imaturos e promovem pouco suporte estrutural 
ou ventilatório. Costelas posicionadas bem horizontalizadas. 
• No RN a parede torácica tem formato circular e do adulto elíptico. 
• No RN não há ventilação colateral 
• A complacência pulmonar do RN é menor (pq há alvéolos que não conseguem se 
expandir de forma adequada, menor quantidade de elastina e menor produção de 
Surfactante) se comparada a dos adultos, entretanto, a complacência da caixa 
torácica do RN é maior (pq há mais cartilagem e a musculatura intercostal é pouco 
desenvolvida). 
• No RN o volume minuto é maior e a Capacidade residual funcional é menor 
 
3. Explique sobre a ventilação colateral. 
R: Canais de Martin: comunicação entre bronquíolos respiratórios. Canais de 
Lambert: comunicação entre alvéolos e bronquíolos respiratórios. Poros de Kohn: 
comunicação entre alvéolos. A função da ventilação colateral é continuar o fluxo 
ventilatório mesmo que haja uma obstrução nos bronquíolos respiratórios e/ou nos 
alvéolos. No RN há colapso dessas estruturas se houver obstrução porque não existe 
ventilação colateral. 
 
4. Qual a diferença do AFE rápido e lento e explique como é o posicionamento das mãos. 
R: • AFE RÁPIDO -> deslocamento de médio para grandes calibres. Usa-se quando 
identificar na ausculta RONCOS. Objetivo é que as secreções sejam mobilizadas para 
regiões mais centrais e posteriormente expectoradas. Indicada para lactentes com 
bronquiolite aguda grave e crianças. 
• AFE LENTO -> Quando identificar na ausculta ESTERTORES CREPITANTES ou SIBILOS. 
Significa que as secreções estão em vias aéreas de pequeno calibre. Objetivo é que 
Drielli Holanda da Silva 2 
Drielli Holanda da Silva 
as secreções sejam mobilizadas até as vias aéreas proximais para serem 
expectoradas. Indicada para RN. 
• TÉCNICA: Mão torácica (movimento oblíquo de cima para baixo) e mão abdominal 
(Em criança maiores de 2 anos é sincronizada, ou seja, as duas mãos se 
movimentam juntas. Já em lactentes, a mão é passiva, como uma cinta para 
estabilização, fica parada e só a mão torácica se movimenta). No AFE rápido a 
movimentação é rápida na expiração e no AFE lento a movimentação é lenta na 
expiração. 
 
5. Explique sobre a ELPr. Existe diferença no posicionamento das mãos comparado ao 
AFE. Justifique. 
R: Na Expiração lenta prolongada atinge o volume residual, ou seja, faz o mesmo 
movimento do AFE lento e mantém durante algumas inspirações. Objetivo: 
Promover higiene brônquica e melhorar a desinsuflação pulmonar (por isso é 
realizada nos lactentes), evitando o aparecimento de zona de estreitamento 
brônquico com o risco de sequestro de ar (pq eles tem tendência ao colabamento). 
Técnica: Similar a do AFE lento (mão torácica e mão abdominal, fazer o movimento, 
chegar no VR, prolongar e manter durante 2 a 3 inspirações, e após isso retirar as 
mãos. É comum durante a técnica a criança tossir pq ta alterando o fluxo. 
 
6. Defina prematuridade e qual a sua classificação quanto a prematuridade e peso. R: É 
considerado prematuro o RN que nasceu com menos de 37 semanas. 
Classificação de acordo com o peso -> EBP (Extremo baixo peso - < 1kg); MBP (Muito 
baixo peso entre 1 e 1,5kg); BP (baixo peso <2,5kg). De acordo com a idade 
gestacional -> Extremo (<30 semanas); Moderada (31-34 semanas); Limítrofe (35 – 36 
6/7 semanas). 
 
7. Cite as principais diferenças entre TTRN e DMH 
R: • DMH -> Deficiência de Surfactante. AIG Prematuros (<37 semanas). Índice de 
apgar baixo (dificuldade de adaptação). Antecedentes maternos (hemorragia, DM, 
anóxia). Edema (alvéolo cheio de líquido – edema agudo de pulmão. Muito 
Frequente). Efeito benéfico do 02 100% (Pouca resposta ao 02. Hipoxemia refratária. 
Pouco acentuado ou nulo). Fica grave após 48 hrs de nascimento. Dados radiológicos 
(padrão reticulogranular difuso com broncograma. Áreas hipertransparentes). PH 
baixo (Acidose). Mortalidade (entre 20 a 50%). Hipovolemia (Comum. Precisa de 
drogas vasoativas). Assistência Ventilatória (Muito necessária). Shunts D-E 
(Acentuada. Mistura de sangue). 
• TTRN: Condição mais benigna. Síndrome do Pulmão Úmido (Retardo na absorção 
do líquido que esta nos alvéolos no nascimento, o que dificulta a ventilação). AIG 
geralmente a termo (taquipneico). Índice de apgar (normal ou baixo – anóxia). 
Antecedentes maternos (analgesia ou anestesia. Parto Cesária – pq o parto normal 
ajuda na absorção). Edema (Frequente, pq tem líquido). Efeito benéfico de 02 100% 
(Muito acentuado. Alta resposta). Situação após 48 horas do nascimento (Muito 
melhorada ou normal). Dados radiológicos (Hiperinsuflação, sinais de edema 
pulmonar. Espaço maior entre as costelas). pH (Praticamente normal). Mortalidade 
(maioria sobrevive). Hipovolemia (incomum. Não precisa de drogas vasoativas). 
Assistência Ventilatória (raramente necessária. O máximo que precisa em um bebê 
Drielli Holanda da Silva 3 
Drielli Holanda da Silva 
mais cansado é a VMNI - impondo uma pressão positivo o alvéolo vai aumentar se 
aproximando do capilar, onde esse líquido acaba indo para o capilar. Em 24 horas 
melhora). Shunts D-E (Fracos ou ausentes). 
 
8. Em relação a oxigenioterapia quais as diferenças entre sistema de baixo fluxo e alto 
fluxo? 
R: SISTEMA DE BAIXO FLUXO -> o fluxo de ar ofertado é menor que o volume 
inspiratório. A FiO2 é variável. A oferta pode ser de 22% (Fluxo de 1 L/min), podendo 
chegar a 60% (fluxo de 15 L/min). O mais confortável é 8 L/min. Dispositivos: Cânula 
nasal, cateter nasal e máscara facial simples. 
• SISTEMA DE ALTO FLUXO -> o fluxo é superior ao volume inspiratório (3 - 5x). A 
FiO2 é constante. Dispositivos: Máscara facial tipo Venturi e Máscara com 
reservatório. 
 
9. Quais sãos os valores normais de gasometria arterial. Explique os tipos de distúrbios 
presentes. 
pH = 7.35 a 7.45 PO2 
= 80 a 100 pCO2 = 
35 a 45 
HCO3 = 22 a 26 
BE = +2 -2 
• Acidose Respiratória: ph baixo, pco2 alto 
• Alcalose respiratória: ph Alto, pco2 baixo 
 Aguda: quando o hco3 ta normal 
 Crônica: quando o hco3 já se modificou pra compensar o distúrbio 
• Acidose metabólica: ph baixo, hco3 baixo 
• Alcalose metabólica: ph alto, hco3 alto 
• Distúrbio misto: quando o pco2 e hco3 acompanha a alteração do ph 
• Distúrbio compensado: quando o ph tá dentro da normalidade 
 
10. Como realiza-se o cálculo de FiO2 estimada. 
R: Fi02 = 20 x 4x (L/min) 
Tenda de 02 -> Fluxo AC x 0.21 + Fluxo 02/ AC + 02 x 100  
No desmame Aumenta AC e Diminui O2

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