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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL MONITORAMENTO SENSORIAL DE VIBRAÇÕES EM EDIFICAÇÕES COM USO DE PLATAFORMA DE PROTOTIPAGEM FELIPE FERREIRA DOS SANTOS RIO DE JANEIRO 2019 FELIPE FERREIRA DOS SANTOS MONITORAMENTO SENSORIAL DE VIBRAÇÕES EM EDIFICAÇÕES COM USO DE PLATAFORMA DE PROTOTIPAGEM Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Veiga de Almeida como requisito para elaboração da monografia de conclusão do curso de Engenharia Civil. Orientador: Wallace da Silva Carvalho RIO DE JANEIRO 2019 RESUMO Na nossa vida está presente a vibrações a todo momento, seja na respiração, os pulmões vibram, seja na audição com nossos tímpanos vibrando. Em instrumentos musicais que são frutos de estudos desde a antiguidade quando músicos e filósofos buscavam novas formas de produzir sons. Muitos problemas relacionados a vibrações são decorrentes de equipamentos e maquinas que causa ruído e incomodo nas vizinhanças do local. Casos assim são muito comuns, gerando preocupação, medo e insegurança dos habitantes de edifícios e residências no entorno. Fatos assim devem ser monitorados para prevenir problemas no edifício tanto cosmético quanto estrutural. Empresas que efetuam serviços que causam este tipo de transtorno devem monitoram as construções próximas para evitar possíveis problemas causados por essas vibrações. A automação está presente em nossas vidas e em equipamentos, sensores, sistemas de monitoramento que nos ajudam a prever e prevenir problemas. Com base nisso, este trabalho foi desenvolvido com o intuito de criar um protótipo para mensurar a variação das perturbações e impactos causados por vibrações. Um protótipo foi desenvolvido para simular a atividade de um bate-estaca próximo a um prédio vizinho. Através do sensor empregado para o monitoramento dos efeitos dessas perturbações, e utilizando o Arduino UNO foi possível verificar os níveis das perturbações causados pelo protótipo na estrutura modelo. Com base nos resultados obtidos comparamos com as normas vigentes para verificar se este tipo de vibração causaria danos a uma estrutura próxima do ponto gerador do impacto. Palavras-chave: vibrações em estruturas; prototipagem; sensor; monitoramento; Arduíno. ABSTRACT In our life vibrations are present at every moment, whether in the breath, the lungs vibrate, or in the hearing with our vibrating eardrums. In musical instruments that are fruits of studies since antiquity when musicians and philosophers were looking for new ways to produce sounds. Many problems related to vibrations are due to equipment and machines that cause noise and discomfort in the vicinity of the place. Such cases are very common, generating concern, fear and insecurity of the inhabitants of buildings and residences in the surroundings. Such facts should be monitored to prevent problems in the building both cosmetic and structural. Companies that perform services that cause this type of disorder should monitor nearby buildings to avoid possible problems caused by these vibrations. Automation is present in our lives and in equipment, sensors, monitoring systems that help us to predict and prevent problems. Based on this, this work was developed with the intention of creating a prototype to measure the variation of the perturbations and impacts caused by vibrations. A prototype was developed to simulate the activity of a stakeholder near a neighboring building. Through the sensor used to monitor the effects of these disturbances, and using the Arduino UNO it was possible to verify the levels of perturbations caused by the prototype in the model structure. Based on the results obtained, we compare with the current norms to verify if this type of vibration would damage a structure close to the point of impact. Keywords: vibrations in structures; prototyping; sensor; monitoring; Arduino. SUMÁRIO SUMÁRIO .............................................................................................................................................. 5 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 9 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................. 10 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 11 ASPECTOS METODOLÓGICOS .................................................................................................... 11 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 12 TIPOS DE VIBRAÇÃO EM ESTRUTURAS .................................................................................. 19 VIBRACOES EM EDIFÍCIOS ........................................................................................................... 20 O EXPERIMENTO ............................................................................................................................. 35 CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 58 LISTA DE FIGURAS Figura 1: CLP WEG PLC300 .................................................................................................................... 24 Figura 2: CLP WEG TPW04..................................................................................................................... 24 Figura 3: Alimentação Arduíno.............................................................................................................. 28 Figura 4: Conexões de alimentação Arduino UNO ................................................................................ 29 Figura 5: Microcontrolador ATMEGA16U2 ........................................................................................... 30 Figura 6: Pinos de entrada e saída, digitais e analógicos do Arduino UNO .......................................... 30 Figura 7: Funções da placa Arduíno ...................................................................................................... 31 Figura 8: Placas Shield com Arduíno Mega ........................................................................................... 32 Figura 9:Exemplos de sensores ............................................................................................................. 32 Figura 10: Placa GY-521 com sensor de temperatura no CI MPU6050 ................................................. 33 Figura 11: Esquema de montagem Arduino + MPU6050 ...................................................................... 34 Figura 12: Vista frontal do protótipo .................................................................................................... 36 Figura 13: Vista lateral do protótipo ..................................................................................................... 36 Figura 14:Prédio-caixa e sensor ............................................................................................................ 37 Figura 15: Prédio-caixa e sensor ........................................................................................................... 37 Figura 16: Prédio-tijolo e sensor ...........................................................................................................38 Figura 17: Prédio-tijolo e sensor ........................................................................................................... 38 Figura 18: Caixa e sensor ....................................................................................................................... 39 Figura 19: Caixa e sensor ....................................................................................................................... 39 Figura 20: Caixa do sensor..................................................................................................................... 39 Figura 21: Sensor ................................................................................................................................... 40 Figura 22: Bate estacas.......................................................................................................................... 41 LISTA DE GRAFICOS Gráfico 1: Acelerômetro 1º Andar ........................................................................................................ 42 Gráfico 2: Giroscópio 1º Andar ............................................................................................................. 42 Gráfico 3: Acelerômetro 3º Andar ........................................................................................................ 43 Gráfico 4: Giroscópio 3º Andar ............................................................................................................. 43 Gráfico 5: Acelerômetro 5º Andar ........................................................................................................ 44 Gráfico 6: Giroscópio 5º Andar ............................................................................................................. 44 Gráfico 7:Acelerômetro 7º Andar ......................................................................................................... 45 Gráfico 8: Giroscópio 7º Andar ............................................................................................................. 45 Gráfico 9: Acelerômetro 9º Andar ........................................................................................................ 46 Gráfico 10: Giroscópio 9º Andar ........................................................................................................... 46 Gráfico 11: Acelerômetro 1º Andar ...................................................................................................... 47 Gráfico 12: Giroscópio 1º Andar ........................................................................................................... 47 Gráfico 13: Acelerômetro 3º Andar ...................................................................................................... 48 Gráfico 14: Giroscópio 3º Andar ........................................................................................................... 48 Gráfico 15: Acelerômetro 5º Andar ...................................................................................................... 49 Gráfico 16 : Giroscópio 5º Andar .......................................................................................................... 49 Gráfico 17: Acelerômetro 7º Andar ...................................................................................................... 50 Gráfico 18 : Giroscópio 7º Andar .......................................................................................................... 50 Gráfico 19 : Acelerômetro 9º Andar...................................................................................................... 51 Gráfico 20 : Giroscópio 9º Andar .......................................................................................................... 51 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Interface serial do Arduino e tipo de memória ..................................................................... 27 Tabela 2: Números de entradas e saídas das placas ............................................................................. 27 Tabela 3: Esquema de conexão Arduino - Sensor ................................................................................. 34 Tabela 4: Valores máximos, mínimos e media do 1º Andar ................................................................. 43 Tabela 5: Valores máximos, mínimos e média do 3º Andar ................................................................. 44 Tabela 6: Valores máximos, mínimos e media do 5º Andar ................................................................. 45 Tabela 7: Valores máximos, mínimos e media do 7º Andar ................................................................. 46 Tabela 8: Valores máximos, mínimos e media do 9º Andar ................................................................. 47 Tabela 9: Valores máximos, mínimos e média do 1º andar .................................................................. 48 Tabela 10 : Valores máximos, mínimos e média do 3º andar ............................................................... 49 Tabela 11 : Valores máximos, mínimos e média do 5º andar ............................................................... 50 Tabela 12 : Valores máximos, mínimos e média do 7º andar ............................................................... 51 Tabela 13 : Valores máximos, mínimos e média do 9º andar ............................................................... 52 Tabela 14: Valores admitidos pela norma alemã DIN4150 para danos em edifícios ........................... 52 Tabela 15: Valores sugeridos pela norma suíça .................................................................................... 53 Tabela 16: Valores de velocidade de vibração da partícula, AFTES ...................................................... 53 Tabela 17: Limites de velocidade de vibração sugeridos pela Circular ................................................. 53 Tabela 18: Velocidades do 1º Andar ..................................................................................................... 54 Tabela 19: Velocidades do 3º Andar ..................................................................................................... 54 Tabela 20: Velocidades do 5º Andar ..................................................................................................... 54 Tabela 21: Velocidades do 7º Andar ..................................................................................................... 54 Tabela 22: Velocidades do 9º Andar ..................................................................................................... 54 Tabela 23: Velocidades do 1º andar...................................................................................................... 55 Tabela 24 : Velocidades do 3º andar ..................................................................................................... 55 Tabela 25 : Velocidades do 5º andar ..................................................................................................... 55 Tabela 26 : Velocidades do 7º andar ..................................................................................................... 55 Tabela 27 : Velocidades do 9º andar ..................................................................................................... 55 9 INTRODUÇÃO Temos a nossa volta um mundo automatizado por meio de acessos eletrônicos, controles de luzes, portões automáticos, sensores de presença, a catraca do ônibus com cartão magnético, cafeteiras programadas que ligam e fazem o café no horário que a pessoa determina, alarmes e trancas, sistemas de automação tem pessoas apenas monitorando e definindo decisões pelas informações obtidas. O dispositivo que monitora uma caldeira pode ser constituído por termômetros, manômetros e outros sensores para manter a caldeiraem temperatura constante aumentando ou reduzindo o fluxo de gás, a favor do lucro e da segurança do ambiente. Dispositivos cada vez menores e mais versáteis são empregados, como por exemplo a placa de prototipagem Arduíno, que pode ser usado com sensores de presença, controle de umidade, controle de temperatura, monitoramento por GPS, sensores de distância, catracas de estacionamento com servo motor. Com este dispositivo de código aberto, baixo custo e simples programação podemos fazer diversos projetos para otimizar, padronizar ou melhorar novos e antigos métodos e dispositivos. Também usaram sensores de vibração em Laboratórios Didáticos, sendo o caso da Faculdade de Engenharia da UFGD como afirma SILVA (2018), o microcontrolador Arduíno foi usado para realizar experimentos com vibrações no laboratório didático, assim não é necessário usar equipamentos de alto custo e complexa operação, proporcionando aos alunos uma ótima experiência em aula. Neste trabalho pretendemos mostrar como uma perturbação é sentida em uma estrutura, em diversos níveis de altura, e como isso pode causar problemas estruturais ou cosméticos às edificações vizinhas e também aos habitantes na região próxima a fonte da perturbação. Para isso a placa de prototipagem Arduíno será utilizada e juntamente com um sensor, contendo acelerômetro e giroscópio, poderemos medir os efeitos dos impactos causados pelo protótipo à estrutura modelo. Utilizado também em monitoramento remoto de vibrações (SILVA, 2014), o Arduíno foi responsável por obter dados das vibrações remotamente e armazená-los em base de dados onde poderia ser acessada através da internet. Sendo assim, concorda que a grande comunidade de pessoas que compartilham código e 10 diagramas de seus projetos é favorável para disseminar ainda mais o uso da plataforma de fácil utilização e de baixo custo. Para STRAUB (2017) as tecnologias se modernizam e equipamentos eletrônicos evoluem, programar deixou ser difícil e virou uma experiência divertida tanto para quem está iniciando quanto para quem já faz parte dos mundos da eletrônica, robótica e programação. O Arduíno acabou tornando-se famoso para quem quer se aventurar dos mais simples aos mais complexos projetos pois é um produto de preço acessível, esquemas de programação simplificado e eletrônica não muito complexa. Em todos os casos que o Arduíno foi utilizado os pesquisadores ficaram satisfeitos com os resultados obtidos e a relação custo benefício se mostrou interessante para um dispositivo de baixo custo. JUSTIFICATIVA A maioria das atividades humanas envolve vibração. Desde a audição por que os tímpanos vibram e como vemos, pois, as ondas de luz sofrem impactos ou perturbações. A vibração dos pulmões durante a respiração, movimentos oscilatórios do caminhar e o movimento periódico de mãos e pernas, ao falar temos também o movimento oscilatório da língua e laringe. Com isto, muitos cientistas da antiguidade utilizaram seu tempo para desvendar e entender esses fenômenos de vibração de sistemas físicos e desenvolver teorias matemáticas (RAO 2008). Todavia, RAO (2008) explica que muitos problemas de vibração relacionadas a motores de acionamento se deve ao fato do desbalanceamento, o desequilíbrio por falha de projeto ou manutenção. Motores maiores como os à diesel podem ter vibrações tão potentes que causam ondas suficientes para incomodar em áreas urbanas. Assim como, o desbalanceamento de uma roda de locomotiva que devido a este problema pode se afastar em mais de 1cm do trilho quando em alta velocidade. Ainda se tem problemas de vibração em equipamentos maiores, como as pás e o rotor das turbinas, onde não conseguiram evitar falhas decorrentes deste problema. Estruturas como estas podem ter falhas devido a fadiga do material, como no apoio de centrifugas pesadas, motores a vapor e a gás, bombas, todas são sujeitas a vibrações. O desgaste é comum e ocorre mais rápido com a vibração do que em máquinas que utilizam rolamentos e engrenagens. Podem soltar peças ou afrouxar 11 porcas e parafusos por conta da vibração excessiva. Outros equipamentos como para corte de metais, as vibrações podem causar mal acabamento da peça devido a trepidação. O fenômeno da ressonância é uma das principais causas dos problemas de falha de sistemas devido a vibração, podem ter efeitos devastadores para às máquinas e às estruturas [em exemplo a Ponte Tacoma Narrows, EUA, que foi inaugura em 1º de julho de 1940 e caiu em 7 de novembro do mesmo ano devido a vibração induzida pelo vento]. Tornou-se procedimento padrão fazer testes de vibração no projeto e no desenvolvimento dos sistemas de engenharia. No entanto, há casos em que a vibração é utilizada a favor, como na indústria onde é utilizada em esteiras transportadoras, peneiras, máquinas de lavar, massageadores e outros. Também utilizada em equipamentos de construção como em bate-estaca, compactadores de solo e outros. Para se reduzir as vibrações deve-se ter um projeto adequado de máquinas e suportes minimizando o seu desbalanceamento, do mesmo modo, a estrutura deve ser projetada para que este efeito não seja danoso a ela. Para RAO (2008) a vibração transmitida a seres humanos causa desconforto e perda de eficiência. Problemas causados por ruídos de motores e vibrações em edificações podem afetar diversas pessoas ao redor de uma construção. Possibilidade de ocorrência de patologias inesperadas nos prédios e danos à propriedade, incômodos às pessoas em seus locais de trabalho e até mesmo em suas residências, dificultando a concentração e o sossego para repouso. OBJETIVOS Criar um protótipo que possa mensurar vibrações em ambientes edificantes, equiparar os níveis de ruídos de acordo com o andar em que se encontra e por meio do uso do protótipo confrontar com os parâmetros encontrados na literatura. ASPECTOS METODOLÓGICOS O método utilizado será pesquisa bibliográfica que foi desenvolvida a partir de material já existente com artigos, teses, monografias e livros. Sendo Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações de Mestrado, artigos de congresso foram mais utilizados para a elaboração do trabalho. 12 Foi desenvolvido um aparelho de baixo custo para mensuração das vibrações, um protótipo de bate-estacas para gerar as vibrações, dois protótipos de edifício de 9 andares, onde o aparelho foi colocado em andares alternados para medir a variação dessas perturbações e seus impactos. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As pessoas começaram a se interessar pela vibração quando foram descobertos os primeiros instrumentos musicais. Assim, desde a antiguidade músicos e filósofos buscavam novas formas da produção do som e o aperfeiçoamento dos instrumentos musicais (RAO, 2008). Ainda em RAO (2008), Pitágoras (582-507 a.C.) foi considerado um dos primeiros a investigar os sons cientificamente tendo realizado diversos experimentos com corda vibratória, observando duas cordas iguais em comprimentos distintos que sofram a mesma tensão, a mais curta emitira o som mais aguda que a outra. Da mesma maneira que se a corda tiver metade do comprimento da outra e sujeita a mesma tensão, a mais curta terá nota de uma oitava acima da outra. Entretanto a relação entre tonalidade e frequência só foi entendida tempos depois, no século XVI d.C. Aristóteles também escreveu tratados sobre música e som, fez comparações entre o som da voz e dos instrumentos e, também, entre instrumentos. Seu aluno, Aristóxenes, escreveu 3 volumes intitulado Elementos de harmonia. Introdução aos harmônicos foi escrito por Euclides em 300 a.C. mas não fez referências a natureza física do som. Já, por volta de 20 a.C. Vitrúvio, arquiteto, escreveu sobre as propriedades acústicas de teatros em sua obra De architectura libri decem e após este, ficaram cerca de 16 séculos sem desenvolvimento de novas teorias. Jána China, Zhang Heng, historiador e astrônomo, percebe a necessidade de desenvolver um instrumento para medir os muitos terremotos que aconteciam. Foi o inventor do primeiro sismógrafo com mecanismo de pêndulos e alavancas que determinavam a direção que houve terremoto. Em 1638, Galileu Galilei (1564-1642) na sua publicação Discouses concerning two new sciencies fala sobre corpos vibratórios, da dependência entre frequência e vibração, o comprimento de um pêndulo simples, e o fenômeno de ressonância. Galileu tinha um bom entendimento sobre o assunto, entretanto o primeiro a explicar corretamente a vibração de cordas foi Marin Mersenne (1588- 13 1688), matemático e teólogo. Seu livro Hamonicorum liber de 1636, mediu a frequência de vibração de uma corda longa e previu a frequência de uma corda mais curta de mesma densidade e tensão. Robert Hooke (1635-1703) também fez experimentos sobre a relação entre tonalidade e frequência de vibração de uma corda, entretanto, Joseph Sauveur (1653-1716) que usou a palavra “acústica” pela primeira vez para descrever a ciência do som, fez experimentos mais minuciosos. Em Philosophie naturalis principia mathematica de 1686, Isaac Newton (1642- 1727) descreveu a lei da gravitação universal, leis de movimento e outras. Em livros modernos, a 2ª lei de Newton é usada para derivar equações de movimentos de um corpo em vibração. O inglês e matemático Brook Taylor (1685-1731), do teorema das séries infinitas, descobriu a solução teórica para a frequência natural de vibração a partir da derivada da equação de movimento e concordava com o que foi observado tempos antes por Galileu e Mersenne. O que Taylor fez, foi aperfeiçoado depois por Daniel Bernoulli (1700-1782), Jean D’Alembert (1717-1783) e Leonard Euller (1707-1783). Bernoulli provou que uma corda pode vibrar com várias de suas harmônicas presentes ao mesmo tempo e foi denominado como o princípio das superposições, este princípio foi valioso no desenvolvimento da teoria de vibrações e foi provada por J.B.J Fourier (1768-1830) em Analytical theory of heat de 1822. Joseph Lagrange (1736-1813) apresentou a solução analítica de seu estudo sobre corda vibratória em 1759. No entanto, D’Alembert que desenvolve o método para estabelecer a equação diferencial do movimento de uma corda, denominada equação de onda. Euller em 1744 estudava a vibração em vigas delgadas apoiadas e engastadas de várias maneiras, e por Bernoulli em 1751. Charles Coulomb também realizou estudos e experimentos sobre oscilações torcionais em cilindros suspensos de metal em 1784. E.F.F. Chladni (1756-1824) usou uma placa vibratória para espalhar areia para determinação de formas modais, isso foi demonstrado na Academia Francesa em 1802, onde Napoleão Bonaparte viu e gostou. Ele então decidiu premiar o primeiro que produzisse uma boa teoria matemática em relação a vibração das placas. Sophie German ganhou o prêmio, porém as condições de contorno corretas foram descobertas por G.R. Kirchhoff (1824-1887) em 1850. 14 Assim foi se desenvolvendo o estudo de vibrações, a partir de uma membrana retangular flexível, exemplificado por tambores, foi estudado e resolvido por Simeon Poisson (1781-1840). Em 1862, a vibração de uma membrana circular foi estudada por R.F.A. Clebsch (1833-1872). Lord Baron Rayleigh publicou em 1877 um livro sobre a teoria do som e ficou conhecido com Método Rayleigh, o modo de determinar a frequência fundamental de vibração de um sistema conservativo usando o princípio de conservação de energia e depois o método Rayleigh-Ritz foi uma extensão para determinar várias frequências naturais. Já em 1902, o estudo da vibração torcional foi investigado por Frahm para projetos de eixos de hélices de navios a vapor, além da proposição do absorvedor de vibração dinâmica em 1909. Outro que contribuiu para o estudo da vibração em vigas, placas e membranas foi Aurel Stodola (1859-1943) que desenvolveu método capaz de analisar vigas vibratórias, este método também era usado para pás de turbinas. Já C.G.P. de Laval (1845-1913) observou que motores de acionamento tinham problemas de vibração do disco rotativo desbalanceado e usou um eixo de vara de pescar de bambu para montar o rotor e com isto as vibrações do desbalanceamento forma eliminadas e podia suportar rotações mais altas. No estudo de vibração de vigas seguiram Stephen Timoshenko (1878-1972) e R. D. Mindlin, Timoshenko apresentando uma teoria aperfeiçoada e Midlin uma teoria semelhante para placas grossas incluindo efeitos de inércia de rotação e deformação por cisalhamento. As primeiras teorias de vibrações não lineares que chamaram atenção da engenharia foram de Duffing e van der Pol após 1920. Nos últimos 30 anos foram reunidas diversas monografias com os principais resultados referentes as vibrações não lineares por Minorsky e Stoker. Muitos fenômenos como terremotos, ventos, transporte de mercadorias e motores a jato, e para estes tipos de eventos foi necessário elaborar conceitos e métodos capazes de analisar estas vibrações. Einsten, Taylor, Wiene e Khinchin em seus estudos abriram novas perspectivas na teoria de vibrações aleatórias, Lin e Rice contribuíram para a aplicação de vibrações aleatórias a problemas de engenharia entre 1943 e 1945. Com a era dos computadores, sistemas complexos de engenharia que utilizavam modelos grosseiros e apenas alguns graus de liberdade possibilitaram o 15 tratamento do sistema de moderada complexidade e aproximação de soluções na década de 1950. Assim com o desenvolvimento do método de elementos finitos, as análises das vibrações de sistemas mecânicos, veiculares e estruturais teriam milhares de graus de liberdade. Qualquer movimento que se repita após um intervalo de tempo é denominado vibração ou oscilação. O balançar de um pêndulo e o movimento de uma corda dedilhada são exemplos típicos de vibração. A teoria de vibração trata do estudo de movimentos oscilatórios de corpos e as forças associadas a eles. (RAO, 2008, p.6) Para Silva (2018) o uso do microcontrolador Arduíno no ensino é uma oportunidade de realizar experimentos com vibrações nos Laboratórios Didáticos não utilizando equipamentos de alto custo e de operação complexa. Assim proporcionar aos alunos o estudo experimental de vibrações mecânicas com o Arduíno e sensores MEMS que são de baixo custo. Nesse estudo foi utilizado a placa Arduíno modelo Mega2560 e o sensor MPU-6050 para medir aceleração e velocidade angular, utilizaram 3 experimentos: uma viga (balanço, engastada e biengastada), um pêndulo físico e um shearbuilding (modelagem de prédio de vários andares) com 3 graus de liberdade. Obtiveram a frequência natural das estruturas em comparação com os resultados experimentais. Os resultados com a utilização da placa Arduíno foram considerados excelentes com baixo ruídos, baixas incertezas nas medições, boa precisão e resultados experimentais próximos dos analíticos. Segundo SILVA (2014) a plataforma Arduíno pode ser desenvolvida para monitoramento remoto de vibrações, o protótipo com hardware de baixo custo, foi responsável por obter dados das vibrações remotamente e armazená-los em uma base de dados que poderia ser acessada através da internet. Como outros autores, também concorda que a grande comunidade de pessoas que compartilham códigos e diagramas de seus projetos no Arduíno é favorável para disseminar o uso da plataforma que é de fácil utilização e com equipamentos de baixo custo. O sensor MPU6050 também foi utilizado neste estudo pois capta as variações de aceleração dos 3 eixos (x, y e z) através do acelerômetro e a variação angular através do giroscópio. Para o estudo foi configurado para medir aceleração de 2 vezes a gravidade e poderia ser usado em até 16 vezes, o que mostra o nível de sensibilidade que pode ser atingido. 16 Foi comprovadoneste estudo que o sistema é eficaz e que pode ser desenvolvido com baixo custo utilizando o Arduíno e o software disponível gratuitamente. Já ALMEIDA propõe o desenvolvimento de um protótipo utilizando Arduíno Due, acelerômetro MEMS (Micro Electro Mechanical Systems) e periféricos que possam medir vibrações para comparar a medidores já difundidos no mercado utilizando um motor equipado com estrutura metálica para simular a vibração. Ainda assim GONZALES (2014) define vibração: As vibrações estão envolvidas em várias atividades humanas, como na respiração que está associada a vibração dos pulmões […] Apesar de serem inerentes à vida, as vibrações são indesejadas em alguns processos, trazendo prejuízos, como por exemplo, levando máquinas em processo à deterioração. [...] (ALMEIDA, 2019, p.2) O autor continua discursando que a análise de vibrações é um método de manutenção preditiva para reduzir o tempo de paradas de equipamentos e melhorar sua via útil, e devido ao alto valor para aquisição de analisadores de vibração seu uso é restritivo para este fim. Com isto, o desenvolvimento de um sistema de baixo custo para captar e monitorar vibrações com o Arduíno e o acelerômetro MEMS é possível, além de analisar os dados obtidos com o software MatLab. As Todas as máquinas em operação geram vibrações que se transmite a todo o conjunto da máquina, produzindo um espectro de frequência próprio do conjunto, denominado “assinatura espectral”. Com essa assinatura é possível obter informações sobre as condições de funcionamento da máquina (MARAN, 2011). [...] Com o uso de instrumentos de medição, é possível que sejam reconhecidos diversos tipos de falha, como: desbalanceamento, desalinhamento, empenamento de eixos, excentricidade, desgastes em engrenagens e mancais, má fixação da máquina ou de componentes internos, roçamento, erosão, ressonância, folgas, desgastes em rolamentos e outros componentes rotativos, fenômenos aerodinâmicos e/ou hidráulicos e problemas elétricos (SHIN & HAMMOND, 2008). Com a utilização de uma placa Arduíno DUE, acelerômetro ADXL345 de 3 eixos com alta sensibilidade e consumo de corrente baixo, tem-se um equipamento pequeno, fino, capaz de medir aceleração estática, aceleração dinâmica, choque ou vibrações com sensibilidade selecionável. A programação foi dividida em MatLab, onde obtiveram os dados e foram convertidos para tratar o sinal recebido com filtros, e Arduíno, que se iniciou e configurou o acelerômetro, o tipo de comunicação, a velocidade da comunicação e o 17 envio de dados. O MatLab foi escolhido para executar a tarefa pois tem-se o ganho de 50% sobre a velocidade para executar a tarefa em relação ao Arduíno. Feito o teste do protótipo no motor elétrico trifásico, uma estrutura metálica com furos nas extremidades, e um parafuso acoplado em um dos furos desta estrutura para simular o desbalanceamento do motor. Com os resultados previsíveis foi possível validar os resultados do protótipo e comparando os custos do protótipo que chega perto de 4% do valor do equipamento de mercado e com isso, os medidores de preço elevado podem ter o resultado alcançado por dispositivos de baixo custo. Para RAMOS et al. (2015) o Arduíno foi utilizado para a construção de um experimento de física com objetivo de mostrar as vibrações mecânicas de um ambiente. O interterferômetro de Michelson clássico foi o escolhido para o experimento, os padrões foram captados com um sensor de luminosidade LDR (Light Dependent Resistor) via placa do Arduíno e transmitidos ao MatLab para tratar e estudar as vibrações captadas. Assim o dispositivo compara a diferença de luminosidade do padrão de interferência com a variação de luminosidade gerada com as vibrações. Quando a vibração mecânica ocorre o padrão do LDR muda e capta a variação de intensidade luminosa que muda a corrente no circuito e, esta, a variação na tensão do resistor. Assim, utilizaram a vibração de um celular em comparação com o padrão de interferência localizando o mesmo próximo ao interferômetro, mas, longe do sensor evitando-se erros de leitura, possíveis ruídos e gerou-se o gráfico Tensão x Tempo para a vibração do celular. Este gráfico mostrou que o padrão das vibrações mecânicas tem influência sobre valores de tensão. Com PRADO (2015) o Arduíno foi utilizado para controle de frota de veículos de transporte terrestre, recolhendo dados de rota percorrida, posição, velocidade, data e hora, orientação, temperatura e forças de aceleração gerados por impactos e vibrações. O dispositivo portátil contava com um modulo GPS para aquisição de posicionamento e velocidade e um sensor acelerômetro para as demais medidas. Com os dados armazenados em um cartão SD e a transferência de dados à um 18 computador. Possibilitando averiguar a condução do motorista e condições veículo e carga na estrada. O autor sugere algumas aplicações para o dispositivo que pode ser posicionado monitorando as condições que a carga é submetida, sua trajetória, impactos, vibrações e temperatura, bons dados para avaliar sua integridade durante o trajeto. O dispositivo é limitado pois tem bateria interna e não transmite através da internet, sendo necessário ao fim do trajeto retirar o cartão SD e transmitir os dados para o computador e analisar. O sensor MPU6050 foi o escolhido para a utilização do estudo pois tem precisão confiável e configurável, tem o sensor giroscópio e termômetro integrados, as tolerâncias estão dentro das especificações e o termômetro é um extra no projeto. No caso de aplicação em rios e mares é necessário um sistema de localização do dispositivo para recuperação do mesmo, então optou-se apenas por testá-lo num ambiente controlado fazendo o trajeto de 110 km entre a Universidade de Caxias do Sul e a cidade de Vacaria no Rio Grande do Sul, aproximadamente 2h com condições climáticas sob chuva e neblina. No percurso obtiveram mais de 1400 amostras de posicionamento geradas, ainda sendo possível aumentar a taxa de atualização em 10 vezes. O protótipo atingiu o objetivo proposto com o cartão de apenas 1GB que seria suficiente para armazenamento de uma semana de operação, considerando 6h diárias de funcionamento. 19 TIPOS DE VIBRAÇÃO EM ESTRUTURAS Conforme a norma NBR6118:2014 (Projeto e execução de obras em concreto armado) informa que a análise de vibrações pode ser feita através do regime linear elástico em estruturas usuais, assim deve-se afastar o máximo possível a frequência própria da estrutura em questão da frequência critica a qual depende a destinação da edificação. No regime linear elástico o comportamento da estrutura que sofre deformação é considerado elástico se ao se retirar o carregamento a estrutura não sofrer deformação permanente, tensão proporcional à deformação. Com isso baseado em resultados experimentais foi-se relacionando o modulo de elasticidade do concreto com a sua resistência a compressão (BATTAGIN, 2007). A NBR6118 diz ainda que o comportamento das estruturas sujeitas a ações dinâmicas cíclicas que originam vibrações pode ser alterado por fatores como por exemplo a frequência natural e ações dinâmicas, quando a ação se origina de máquina, a frequência crítica para a ser a da operação da máquina. Aumentar a massa ou amortecimento da estrutura pode ser necessário em alguns casos em que somente afastar as frequências não for suficiente. Já a Norma NBR 8800:2008 (Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios) trata de vibrações em pisos em seu anexo L e vibrações devido ao vento em seu anexo M. Esta norma diz que problemas de vibrações em pisos podem ser avaliados de forma precisa ou simplificada, a primeira considera características das excitações dinâmicas como exemplo o caminhar e dançar, critérios de conforto humano, frequência natural do piso e pesos do piso.Para avaliação simplificada considera valores como a frequência natural que não pode ser inferior a 4Hz em residências e escritórios, o deslocamento vertical total do piso não pode ser superior a 20 mm, em pisos de academia de ginastica, ginásios e salões de dança esta frequência natural não pode ser menor que 6Hz e 8Hz se a atividade for muito repetitiva, para estas condições o deslocamento total vertical fica limitado a 9 e 5 mm. 20 Conforme NBR8800, os movimentos causados pelo vento em estruturas de edifícios de múltiplos andares podem gerar desconforto aos usuários caso medidas corretivas não sejam tomadas. Sendo o desconforto gerado pelo ranger da estrutura e os efeitos visuais que causam sensação desagradável, estes gerados pela aceleração lateral. Para que isto não ocorra deve-se verificar se as soluções apresentadas no projeto estão de acordo com o local a ser implantado, o estudo através de simulações em tuneis de vento é bastante preciso. Este trabalho tem por objetivo avaliar as perturbações e impactos em estruturas e edifícios não decorrentes do vento baseando-se em normas internacionais sobre o tema já que no Brasil ainda não há normas específicas para este tipo de estudo. VIBRACOES EM EDIFÍCIOS Segundo algumas reportagens podemos observar que a ocorrência de vibrações em edifícios não é um fato isolado, mas comum. Muitos dos casos as vibrações incomodam tanto os ocupantes do edifício que geram medo e evacuam o prédio. Esse foi o caso de um prédio em Santos no ano de 2012, onde moradores de prédios da Ponta da Praia sofreram com barulho e vibrações ocasionadas pela obra que era próxima. Relatam que a causa era o bate-estacas utilizado, proprietários relataram que objetos caíram, eletrodomésticos e lustres tremeram, saíram dos seus apartamentos com medo e chamaram a Policia Militar porem a mesma constatou que o alvará do prédio estava legalizado (ROSSI, 2012). Moradores tentaram argumentar com os funcionários da obra, mas os mesmos não levaram em conta os argumentos. ROSSI estava em um dos apartamentos no momento em que o bate-estacas funcionava, afirmou sentir o chão do local tremendo. Neste caso a Prefeitura de Santos informou que a obra estava licenciada e aprovada, a mesma atendida as exigências legais. O Departamento de Controle de Uso e Ocupação do Solo e Segurança de Edificações esteve no local confirmando que as atividades estão seguindo o projeto aprovado. 21 Outro caso em Brasília, nas quadras 400 da Asa Norte, em 2013. Durante um recapeamento de asfalto na via L2, moradores tem reclamado de tremor nos prédios, o barulho das maquinas também é fator que incomoda os moradores. Os mesmos relataram que paredes, janelas e portas sofrem trepidações, tremores fortes que davam impressão de terremoto atingia a área e os prédios da região. Isso tudo prejudica a rotina e o sossego dos moradores, informaram que não conseguem dormir ou trabalhar em casa, quando os equipamentos de compactação passam os tremores começam. Segundo o entrevistado Dickran Berberian, professor de engenharia civil da Universidade de Brasília (UnB): “A trepidação está mais intensa por causa do solo resistente, bastante compactado [...] Os prédios têm boa estrutura e fundação e, há alguns anos, ainda receberam reforço. Não há com o que se preocupar [...] é preciso ficar alerta para o surgimento ou piora das fissuras. Se houver rachaduras no sentido da via (horizontal), pode haver problema” Os responsáveis pela obra explicaram que efeitos assim fazem parte da recuperação do asfalto pois não é possível evitar por conta do maquinário pesado. O prédio do Fórum de Maringá em 2012 foi evacuado devido tremores percebidos por funcionários em três andares do edifício. Após a evacuação, que ocorreu antes que os bombeiros chegassem ao local, técnicos da Defesa Civil avaliaram a situação e suspeitaram que os tremores tenham sido causados por máquinas de uma obra de um prédio em construção ou de obras de revitalização de uma Catedral, ambos próximos ao local (LINJARDI, 2012). No momento, os técnicos perceberam apenas patologias normais na construção como causadas por dilatação natural do prédio do Fórum. Após a vistoria o prédio foi liberado. Em reportagem do site G1 RJ, em 2012, ocupantes de um prédio na Rua Evaristo da Veiga no Centro do Rio de Janeiro se assustaram com trepidações sentidas no edifício. Máquinas trabalhavam no terreno vizinho estavam causando tremores no prédio vizinho, ocupantes relataram que computadores caminhavam na mesa. Entretanto, o engenheiro responsável afirmou que era normal. 22 Um engenheiro da Defesa Civil foi ao local e não constatou nenhuma irregularidade, o edifício não apresentava rachaduras ou qualquer problema estrutural. BARBOSA, advogada, relata que em 2012, uma cliente observou que seu imóvel começou a apresentar tremores devido a trânsito de veículos em ruas próximas, evoluiu para rachaduras e desníveis de piso e paredes que se agravaram com o tempo e tendo efeito em porta e janelas também. BARBOSA afirma que estas avarias ocorreram concomitantemente com uma obra pública nos arredores do imóvel. A obra teve diversos serviços como macro e microdrenagem, terraplenagem, pavimentação da rua e outros. Com isto a proprietária procurou diversos meios legais para que a construtora arcasse com os reparos em sua residência não obteve êxito, outros vizinhos conseguiram acordo com o órgão competente. Diante do impasse a proprietária decidiu processar com base em um laudo técnico oficial do Estado emitido por engenheira-perito que relata: “As manifestações patológicas constatadas no imóvel são decorrentes de recalque diferencial nas fundações, sendo as mesmas, provocadas por agentes externo não identificados no momento da perícia, os quais produziram propagação de ondas mecânicas no solo em que as fundações do imóvel estão assentes” ABDALLA (2015) afirma que Construtoras são responsáveis pelos danos, que falhas, negligencias de execução de algumas etapas relacionadas as escavações e perfurações podem impactar os edifícios vizinhos gerando incômodos aos proprietários. Relata também que na construção de um prédio vizinho, uma moradora ouviu um barulho no lado de fora da sua residência, quando chegou ao local constatou que o muro havia caído dentro da escavação feita pelo vizinho. Mais um caso em Balneário Camboriú (SC) em que moradores do Edifícios Dourados do Mar tiveram que evacuar os apartamentos por causa da construção de edifício vizinho. O gerente de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) afirmou que os problemas mais comuns decorrem de escavação, compactação, perfuração e aterros, causando excesso de vibração, trincas, rachaduras e afundamento do piso. Completa recomendando que os 23 vizinhos fiquem atentos a qualquer alteração e que o responsável pela execução deve reparar. Dentre os cuidados, construtoras devem realizar vistorias cautelares dos imóveis vizinhos que ajudam a identificar possíveis danos e estudar o terreno para avaliar o melhor procedimento a ser empregado. ARDUÍNO Atualmente vemos inúmeros exemplos de sistemas automatizados ou que podem ser melhorados com automação para padronização, organização e otimização do seu desempenho. Pode ser um sistema de senhas para organização da fila, o cartão magnético que utilizamos para pagar a passagem do ônibus, o sinal automático de uma empresa para avisar do horário do almoço, uma cafeteira programável, o portão de acionamento eletrônico para entramos na garagem da nossa casa com o carro, o alarme do carro. São inúmeros os exemplos de sistemas que precisam monitorar sensores através de um controlador, para poder atuar. Sistemas automatizados são compostos por sensores, controlador e atuadores, basicamente (STEVAN JR, 2015). Os sensores, grosso modo,são dispositivos responsáveis por “sentir” grandezas físicas e convertê-las em um sinal eletrônico proporcional à grandeza monitorada. Os controladores, por sua vez, são os elementos responsáveis por receber o sinal eletrônico já adequado por um circuito eletrônico intermediário, de condicionamento de sinais, e enquadrá-lo sob uma lógica de controle do sistema em questão. Em função dessa lógica e dos níveis dos sinais de entrada, o sistema interage com atuadores que interferem no sistema, seja para informar, seja para efetivamente interagir com o sistema. (STEVAN JR, 2015) É comum o uso de instrumentos deste tipo em empresas que fazem o monitoramento de alguma grandeza física e tomam algumas decisões com base nas leituras dos instrumentos. Como exemplificado em STEVAN JR, uma caldeira que tem sua temperatura monitorada através de termômetros industriais, o sistema recebe os sinais do termômetro e de acordo com o valor pode aumentar ou diminuir o fluxo de gás da caldeira, sempre buscando manter a temperatura constante. Nas industrias é comum encontrarmos sistemas digitais monitorando botões e sensores, controlando motores, chaves, sinais luminosos, tudo isto através de Controladores Lógicos Programáveis (CLP), controladores eletrônicos robustos, 24 possuem requisitos de temperatura, oscilações elétricas, interferência magnética que promovem a confiança em suas aplicações na indústria. Em outros ambientes são necessários controladores mais simples, adequado ao tipo de função e ambiente de utilização. O uso de sistemas microcontrolados de baixo custo são alternativas de controladores mais simples como de acesso de pessoas e alarmes. A diferença mais evidente entre o CLP e o um sistema microcontrolado está na aparência, sendo o CLP um dispositivo com sensores, atuadores e bornes com parafusos, ele está pronto para operar quando programado e identificadas as entradas, saídas e conexões. Figura 1: CLP WEG PLC300 Fonte: www.weg.net Figura 2: CLP WEG TPW04 Fonte: www.weg.net No sistema microcontrolado tem um sistema eletrônico a sua volta, seria um projeto especifico para cada tipo de atuação, o projeto eletrônico para que entradas e saídas sejam conectadas ao microcontrolador e programado para poder operar. Desta maneira, visando a redução do tempo em projetos de sistemas, buscou -se o 25 desenvolvimento de plataformas padronizadas, de fácil utilização e simples conexões de dispositivos de entrada e saída. STEVAN JR argumenta que o Arduino ganhou um caráter hobbista devido a sua simplicidade de conexões e expansão de circuitos, deixando fácil que qualquer pessoa disposta a criar objetos e desenvolver seus protótipos de forma rápida, há inúmeros projetos disponíveis na internet com o passo a passo para alimentar este novo hobby. O Arduíno foi criado em 2005 com objetivo de ser um dispositivo barato, funcional e de fácil programação, sendo tudo isto ao mesmo tempo. Assim, estudantes e projetistas amadores poderiam montar, modificar, personalizar o Arduíno a sua maneira e outro ponto, conceito de hardware livre, com isso seria o mesmo hardware básico (THOMSEN, 2014). Com isso, a criação da placa o ocorreu por um microcontrolador, circuitos de entrada/saída e que poderia ser conectada ao computador e programação via IDE (Integrated Development Environment, ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) e este utiliza a linguagem de programação baseada em C/C++. Desta maneira, o microcontrolador pode ser usado para controlar um robô, uma lixeira, um ventilador, as luzes, automatizar a casa, melhorar um equipamento já existente, qualquer projeto que desejar. Segundo MONK (2014), é uma placa de interface que permite fácil utilização e com tecnologia de baixo custo permitindo o desenvolvimento de projetos. Portanto, o Arduino é uma placa de microcontrolador que pode ser alimentada por USB ou bateria 9V, conta também com diversos pinos que podem ser conectados com circuitos eletrônicos como relés, sensores, alto-falantes e outros. Podem ser controlados pelo computador ou mesmo programados e desconectados para trabalhar de forma autônoma. Há diversos tipos de placa Arduino, se adequando ao tipo de projeto que esteja disposto a construir. O software é de código aberto, assim qualquer pessoa pode buscar projetos do seu interesse na internet e criar clones a sua maneira, o software é de fácil utilização e está disponível gratuitamente para Windows, Max e Linux. 26 Existem diversos modelos de placa do Arduíno, abaixo estão alguns deles: • Arduino UNO; • Arduino MEGA 2560; • Arduino Nano; • Arduino Mini; • Arduino Due; • Arduino Micro; • Arduino Leonardo; • Arduino Zero; As diferenças existentes entre as versões do Arduino é basicamente que cada versão oferece um microcontrolador ou alguma característica/funcionalidade diferente. Fica a critério do usuário pesquisar e verificar qual a melhor versão se adequa a seu projeto, dos modelos mais simples como o UNO indicado para estudantes (TAVARES, 2018). As principais placas possuem quatro partes principais segundo NASCIMENTO: • Microcontrolador que é o responsável por controlar todas as entradas e saídas da placa, os pinos para comunicação, cálculos e operações logicas; • Alimentação sendo responsável por controlar a energia disponibilizada para o resto da placa; • Interface de programação sendo usada para conectar a placa ao computador e fazer a transferência do programa que foi desenvolvida para a placa; • Interface com o usuário que são os recursos disponibilizados na placa para montar os projetos. Outras partes que constituem a placa são: • Memória RAM que é a mesma usada nos computadores e celulares, responsável por armazenar dados que precisam de acesso rápido, perde todos os dados quando desligada; 27 • Memoria EEPROM, diferente da RAM, não perde os dados quando desligada da energia; • Memória Flash, como a EEPROM não perde conteúdo quando desligada. Memória típica de pendrives, a vantagem em relação a EEPROM é a velocidade. Essa memória que guarda o programa escrito; • Encapsulamento é o formato externo do chip e também a maneira que os terminais serão acessados. Para encaixar componentes na protoboard usa-se o encapsulamento DIP, já para diminuir espaço na montagem de uma placa usa-se o tipo SMD. As principais diferenças entre as placas estão resumidas neste quadro abaixo: Tabela 1: Interface serial do Arduino e tipo de memória Placa Microcontrolador Chip de Interface USB Memória Flash Memória RAM Memória EEPROM Arduino UNO DIP ATMEGA328P-PU ATMEGA16U2 32kb 2kb 1kb Arduino UNO SMD ATMEGA328P-AU CH340 32kb 2kb 1kb Arduino NANO ATMEGA328P-AU CH340 32kb 2kb 1kb NANO RobotDyn- ATMEGA328 ATMEGA328P-AU CH340 32kb 2kb 1kb NANO RobotDyn- ATMEGA168 ATMEGA328P-AU CH340 32kb 1kb 0.5kb Arduino Pro Mini ATMEGA328P-AU Não tem 32kb 2kb 1kb Arduino Lilypad ATMEGA328P-AU Não tem 32kb 2kb 1kb Arduino Pro Micro ATMEGA32U4 O proprio microcontrolador 32kb 2.5kb 1kb Arduino MEGA ATMEGA2560 ATMEGA16U2 ou CH340 256k 8kb 4kb Fonte: NACIMENTO, 2018 Tabela 2: Números de entradas e saídas das placas Placa Entradas e saídas digitais Saídas PWM Portas Analógicas Arduino UNO DIP 14 6 6 Arduino UNO SMD 14 6 6 Arduino NANO 14 6 8 NANO RobotDyn- ATMEGA328 14 6 8 NANO RobotDyn- ATMEGA168 14 6 8 Arduino Pro Mini 14 6 6 Arduino Lilypad 14 6 6 Arduino Pro Micro 12 5 9 Arduino MEGA 54 15 16 Fonte: NACIMENTO, 2018 28 Segundo SOUZA (2013), a alimentação da placa é feita através de conexão USB ou por fonte de alimentação externa. Esta alimentação externa é feita através de conector Jack com positivo no centro e tensão entre 6 e 20V porem se alimentada abaixo de 7V, a tensão de funcionamento da placa pode ficar instável e se a tensão for acima de 12V, o regulador de tensão da placa pode sobreaquecer e danificara placa. Assim a recomendação é utilizar tensões entre 7 e 12V. Entretanto, para utilização no PC através da conexão USB a tensão não precisa ser estabilizada pelo regulador, a placa pode ser alimentada diretamente pelo USB pois esta já conta com proteções contra anormalidades. Além disso, o fusível resetável de 500 mA impede que a porta USB do computador queime caso ocorram problemas no projeto ou falhas no circuito que ultrapasse 500 mA. Se ocorrer ao mesmo tempo a conexão da fonte externa e do USB, a placa tem um circuito para comutar a alimentação, sendo assim, a tensão de 5V será da fonte externa e o Usb servira somente para comunicação com o PC. Figura 3: Alimentação Arduíno Fonte: SOUZA, 2013 No Arduino é comum o uso de Shields e módulos, a placa dispõe de terminais em que estes se conectam. https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/11/arduino-uno-POWER.png 29 Figura 4: Conexões de alimentação Arduino UNO Fonte: SOUZA, 2013 Entre as conexões tem-se: • IOREF que fornece uma tensão de referência para as “shields” (placas com funções específicas) e assim selecionar a interface apropriada pois podem alimentar através de 3.3 ou 5V; • RESET que pode ser utilizado para um reset externo; • 3.3V que fornece a tensão descrita para Shields e módulos, possui corrente máxima de 50 mA; • GND que é o conector terra; • VIN que é o pino para alimentar a placa através de “shield” ou bateria externa, quando alimentado por jack a tensão ocorre neste pino. O microcontrolador ATMEL ATMEGA16U2 é o responsável pela comunicação através do USB com o computador. Através dele é possível fazer o upload do código gerado pelo usuário e compilado no programa. Ainda no microcontrolador estão dois leds (TX, RX) que indicam o envio e recepção de dados da placa para o computador. https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/11/5-arduino-uno-power_pins.png 30 Figura 5: Microcontrolador ATMEGA16U2 Fonte: SOUZA, 2013 Os pinos de entrada e saída digitais, pinos de entrada e saída analógica são podem ser vistos na imagem abaixo: Figura 6: Pinos de entrada e saída, digitais e analógicos do Arduino UNO Fonte: SOUZA, 2013 Os pinos de entrada e saída digitais operam em 5V fornecem ou recebem corrente máxima de 40mA. Já os pinos analógicos, tem resolução de 10 bits. https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/11/6-arduino-uno-ATMEGA16U2.png https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/11/9-arduino-uno-pinos-ENTRADAS-SAIDAS.png 31 A placa do Arduíno não possui botão de ligar e desligar, isto quer dizer que ao conectar o cabo a placa liga e ao desconectar a mesma desliga. O cabo USB utilizado é do tipo B, visto muito em impressoras. Figura 7: Funções da placa Arduíno Fonte: SOUZA, 2013 Como já dito anteriormente, o Arduino conta com duas filas de pinos para conexão, sinais digitais, sinais analógicos, e alimentação elétrica. Com esta conexão e a disposição que os pinos estão, podemos compor as placas com “shields”, que são placas com funções especificas que podem ser encaixadas diretamente como wifi, rastreio por GPS, displays LCD e telas de toque e outros. A seguir podemos observar como um Arduino Ethernet Shield encaixado no Arduino Mega 2560. Assim permite o acesso à internet e mantém os demais pinos disponíveis para utilização, com isso podemos utilizar os pinos para receber dados de temperatura e umidade de um ambiente por exemplo, e consultar esses dados de qualquer lugar do planeta. https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/11/13-arduino-uno-RESUMO-Embarcados.jpg 32 Figura 8: Placas Shield com Arduíno Mega Fonte: THOMSEN, 2014 THOMSEN (2014) afirma que há uma enorme quantidade de componentes e sensores que possibilitam inúmeros projetos no Arduino, pequenas placas que contem sensores e componentes auxiliares como resistores, capacitores e etc. Figura 9:Exemplos de sensores Fonte: THOMSEN, 2014 Outro diferencial do Arduino é que podemos montar projetos sem usar soldas, através de conectores específicos e um protoboard é possível construir inúmeros protótipos sem sequer soldar os componentes. Neste estudo foi escolhida a placa GY-521 com sensor MPU6050 fabricado pela IvenSense. O CI MPU6050 conta com dois sensores, acelerômetro e giroscópio de alta precisão, e tem DMP (Digital Motion Processor) que é responsável por efetuar os cálculos complexos dos sensores, esses dados podem ser utilizados em jogos, GPS e outros meios. São 3 eixos para cada, acelerômetro e giroscópio, sendo assim, 6 graus de liberdade (6DOF). O sensor captura os canais X, Y e Z ao mesmo 33 tempo. Este sensor ainda conta com um termômetro embutido no CI para medições entre -40ºC e +85ºC (THOMSEN, 2014). O MPU6050 faz sua comunicação através da interface I2C, nos pinos SCL e DAS. Pode-se ligar outros dispositivos I2C nos pinos XDA e XCL. Tem a tensão de alimentação variando entre 3 e 5 V, mas é recomendado usar 5V para melhores resultados. Já o pino AD0 sem conexão define que o endereço I2C do sensor é 0X68, se estiver conectado ao pino 3,3V o endereço é alterado para 0x69, com isso, é possível usar dois módulos MPU6050 no mesmo circuito. A faixa do giroscópio varia em positivo e negativo é 250, 500, 1000 e 2000º/s, o acelerômetro tem a variação em 2g, 4g, 8g e 16g para negativos e positivos. Figura 10: Placa GY-521 com sensor de temperatura no CI MPU6050 Fonte: THOMSEN, 2014 Para montagem do sistema, utilizamos somente 4 entradas do sensor MPU6050 conforme a imagem abaixo: https://uploads.filipeflop.com/2017/07/450xN-13.jpg 34 Figura 11: Esquema de montagem Arduino + MPU6050 Fonte: LIMA, 2017 Portanto o circuito ficará como descreve a tabela abaixo: Tabela 3: Esquema de conexão Arduino - Sensor Sensor Arduíno VCC 5V GND GND SCL A5 Fonte: Autor 35 O EXPERIMENTO O experimento consistiu em simular a perturbação causada por um bate- estacas em uma edificação próxima ou vizinha. O modelo foi construído com materiais de baixo custo de fácil acesso. A seguir a lista dos materiais utilizados: Protótipo bate-estacas: • 2 ripas de madeira pinus 5 x 2 cm e 60 cm de comprimento • 1 base de MDF de 15 x 15 cm e espessura de 1,5 cm • 1 prumo cilíndrico de parede de 750g Cortag, corpo em aço zincado e base de apoio em madeira e dimensões Ø42 mm e 71 mm de altura • 1 parafuso haste para telha em aço de 1/4" x 200mm Metropac • 1 bobina plástica para máquina de costura • Parafusos para fixação da madeira • Serra • Furadeira e brocas Prédio-caixa: • 9 caixas para correspondência de papelão 15,7 x 11,6 x 6,6 (CxLxA) cm kraft Rigesa Prédio-tijolo: • 9 blocos cerâmicos vedação 10 furos 18,5 x 18,5 x 9 (CxLxA) cm e 1,8 Kg cada Placa de prototipagem e sensor: • Placa de prototipagem Arduíno UNO • Acelerômetro e Giroscópio 3 Eixos MPU6050 / Gy-521 InvenSense • Cabos e fios jumper • Cabo USB • Caixa de sobrepor quadrada Multitoc 8,5 x 8,5 x 4,5 cm Abaixo podemos observar nas figuras 12 e 13 fotos do protótipo bate-estaca, construído com madeira e o prumo de parede. 36 Figura 12: Vista frontal do protótipo Foto: Autor Figura 13: Vista lateral do protótipo Foto: Autor Logo em seguida temos as figuras 14 e 15 do prédio-caixa, onde o sensor foi colocado em diversos andares para as medições. 37 Figura 14:Prédio-caixa e sensor Foto: Autor Figura 15: Prédio-caixa e sensor Foto: Autor Também foi utilizado um prédio-tijolo como mostram as figuras 16 e 17, o sensor foi colocado em diferentes andares. 38 Figura 16: Prédio-tijolo e sensor Foto: Autor Figura 17: Prédio-tijolo e sensor Foto: Autor A utilização da caixa de papelão com o sensor interno teve o objetivo de proteger o sensor e dar estabilidade ao empilhamentodas caixas para o prédio caixa, e aos tijolos no prédio-tijolo como mostram as figuras 18, 19, 20 e 21. 39 Figura 18: Caixa e sensor Foto: Autor Figura 19: Caixa e sensor Foto: Autor Figura 20: Caixa do sensor Foto: Autor 40 Figura 21: Sensor Foto: Autor Para executar fundações foi utilizado o equipamento bate estacas o qual faz a cravação de diversos tipos de estacas como por exemplo: estaca pré-moldada de concreto, metálica e de madeira. Este equipamento é composto de uma torre (10 a 25 m) e uma martelo (1 a 4 ton) que realiza os golpes com a força necessária para cravação da estaca no solo. Esta cravação ocorre por meio de percussão aplicada na cabeça da estaca até atingir a profundidade desejada que ofereça suficiente capacidade de carga. Assim, este equipamento causa vibrações no terreno e deve-se tomar medidas para que os vizinhos não sejam afetados por esta perturbação. Um bate-estacas por gravidade tem média de 10 golpes por minuto, enquanto um a vapor consegue de 40 a 50 golpes por minuto. Já o bate-estacas de duplo efeito atinge de 250 a 300 golpes por minuto (PEREIRA, 2017). 41 Figura 22: Bate estacas Fonte: PEREIRA, 2017 Como o protótipo de bate-estacas foi de acionamento manual, o número de golpes conseguido desta forma foi em média de 55 a 60 golpes por minuto e a altura do golpe foi de 8 cm. O protótipo foi colocado a 10 cm de distância do prédio-caixa, onde se encontrava o sensor para efetuar a medição, este ligado ao computador. O experimento foi cronometrado em cada medição, tendo os golpes medidos por 1 minuto aproximadamente. A placa de prototipagem Arduino juntamente com o sensor MPU6050 fizeram a leitura dos dados a cada 333 milissegundos, ou seja, o Arduino contou 333 milissegundos para fazer a próxima medição, e a transporta para uma planilha em Excel onde é possível verificar os dados adquiridos em cada linha e coluna. Sendo assim, verificou-se a perturbação do bate-estacas no 1º, 3º,5º, 7º e 9º andares. O gráfico a seguir mostra as perturbações mensuradas pelo acelerômetro e giroscópio no 1º andar do prédio-caixa, as perturbações foram medidas nos 3 eixos. https://www.escolaengenharia.com.br/bate-estaca/ 42 Gráfico 1: Acelerômetro 1º Andar Fonte: Autor Gráfico 2: Giroscópio 1º Andar Fonte: Autor No gráfico 1, podemos observar a variação da aceleração nas três direções ao longo do tempo, onde o eixo z tem um pouco mais de perturbação. Já no gráfico 2 observamos que a perturbação causada pelo protótipo gerou variação no sensor de rotação utilizado, assim houve a perturbação nos três eixos ao longo de toda a medição já que o gráfico tem grande variação. De modo que isto pode ser análogo a sensação de tremor observado por nós em escritório e residências próximas a um equipamento como este. A tabela 4 mostra os valores retirados dos gráficos gerados pela leitura do primeiro andar e suas respectivas unidades. -0,90 -0,70 -0,50 -0,30 -0,10 0,10 0,30 0,50 1 6 :1 1 :3 9 1 6 :1 1 :4 2 1 6 :1 1 :4 6 1 6 :1 1 :4 9 1 6 :1 1 :5 3 1 6 :1 1 :5 6 1 6 :1 1 :5 9 1 6 :1 2 :0 3 1 6 :1 2 :0 6 1 6 :1 2 :0 9 1 6 :1 2 :1 3 1 6 :1 2 :1 6 1 6 :1 2 :2 0 1 6 :1 2 :2 3 1 6 :1 2 :2 6 1 6 :1 2 :3 0 1 6 :1 2 :3 3 1 6 :1 2 :3 6 1 6 :1 2 :4 0 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro 1º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -0,9 -0,4 0,1 0,6 1 6 :1 1 :3 9 1 6 :1 1 :4 2 1 6 :1 1 :4 6 1 6 :1 1 :4 9 1 6 :1 1 :5 3 1 6 :1 1 :5 6 1 6 :1 1 :5 9 1 6 :1 2 :0 3 1 6 :1 2 :0 6 1 6 :1 2 :0 9 1 6 :1 2 :1 3 1 6 :1 2 :1 6 1 6 :1 2 :2 0 1 6 :1 2 :2 3 1 6 :1 2 :2 6 1 6 :1 2 :3 0 1 6 :1 2 :3 3 1 6 :1 2 :3 6 1 6 :1 2 :4 0 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio 1º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 43 Tabela 4: Valores máximos, mínimos e média do 1º Andar 1º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,50 0,64 0,43 0,22 0,12 0,37 MINIMO -0,78 -0,47 -0,26 -0,03 -0,20 -0,70 MEDIA -0,02 0,07 0,02 0,13 -0,05 -0,02 Fonte: Autor Seguindo a sequência temos as leituras referentes ao 3º Andar. Gráfico 3: Acelerômetro 3º Andar Fonte: Autor Gráfico 4: Giroscópio 3º Andar Fonte: Autor No gráfico 3, podemos observar também a variação da aceleração nas três direções ao longo do tempo, e, assim como no gráfico 1. Do mesmo modo, no gráfico 4 observamos que a perturbação causada pelo protótipo gerou variação no sensor de rotação e os valores podem ser observados na tabela 5. -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 1 6 :4 9 :0 6 1 6 :4 9 :0 9 1 6 :4 9 :1 2 1 6 :4 9 :1 6 1 6 :4 9 :1 9 1 6 :4 9 :2 3 1 6 :4 9 :2 6 1 6 :4 9 :2 9 1 6 :4 9 :3 3 1 6 :4 9 :3 6 1 6 :4 9 :3 9 1 6 :4 9 :4 3 1 6 :4 9 :4 6 1 6 :4 9 :5 0 1 6 :4 9 :5 3 1 6 :4 9 :5 6 1 6 :5 0 :0 0 1 6 :5 0 :0 3 1 6 :5 0 :0 6 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro 3º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -0,85 -0,65 -0,45 -0,25 -0,05 0,15 0,35 0,55 1 6 :4 9 :0 6 1 6 :4 9 :0 9 1 6 :4 9 :1 2 1 6 :4 9 :1 6 1 6 :4 9 :1 9 1 6 :4 9 :2 3 1 6 :4 9 :2 6 1 6 :4 9 :2 9 1 6 :4 9 :3 3 1 6 :4 9 :3 6 1 6 :4 9 :3 9 1 6 :4 9 :4 3 1 6 :4 9 :4 6 1 6 :4 9 :5 0 1 6 :4 9 :5 3 1 6 :4 9 :5 6 1 6 :5 0 :0 0 1 6 :5 0 :0 3 1 6 :5 0 :0 6 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio 3º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 44 Tabela 5: Valores máximos, mínimos e média do 3º Andar 3º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,45 0,57 0,42 0,34 0,19 0,27 MINIMO -0,49 -0,78 -0,36 -0,28 -0,60 -0,75 MEDIA 0,01 0,08 0,07 0,04 -0,14 -0,03 Fonte: Autor Na medição do 5º andar as variações começaram a ficar mais intensas para o acelerômetro. E assim como nos outros gráficos o sensor giroscópio tem uma perturbação um pouco mais acentuada. Gráfico 5: Acelerômetro 5º Andar Fonte: Autor Gráfico 6: Giroscópio 5º Andar Fonte: Autor Com isso temos a tabela 6 com os respectivos valores das leituras do 5º andar. -0,60 -0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 1 6 :5 1 :2 4 1 6 :5 1 :2 7 1 6 :5 1 :3 1 1 6 :5 1 :3 4 1 6 :5 1 :3 7 1 6 :5 1 :4 1 1 6 :5 1 :4 4 1 6 :5 1 :4 8 1 6 :5 1 :5 1 1 6 :5 1 :5 4 1 6 :5 1 :5 8 1 6 :5 2 :0 1 1 6 :5 2 :0 4 1 6 :5 2 :0 8 1 6 :5 2 :1 1 1 6 :5 2 :1 5 1 6 :5 2 :1 8 1 6 :5 2 :2 1 1 6 :5 2 :2 5 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro 5º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 1 6 :5 1 :2 4 1 6 :5 1 :2 7 1 6 :5 1 :3 1 1 6 :5 1 :3 4 1 6 :5 1 :3 7 1 6 :5 1 :4 1 1 6 :5 1 :4 4 1 6 :5 1 :4 8 1 6 :5 1 :5 1 1 6 :5 1 :5 4 1 6 :5 1 :5 8 1 6 :5 2 :0 1 1 6 :5 2 :0 4 1 6 :5 2 :0 8 1 6 :5 2 :1 1 1 6 :5 2 :1 5 1 6 :5 2 :1 8 1 6 :5 2 :2 1 1 6 :5 2 :2 5 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s)) Giroscópio 5º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 45 Tabela 6: Valores máximos, mínimos e média do 5º Andar 5º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,58 0,93 0,40 0,06 -0,06 0,41 MINIMO -0,56 -1,03 -0,53 -0,23 -0,53 -0,49 MEDIA 0,02 0,01 0,04 -0,06 -0,28 -0,04 Fonte: Autor No 7º andar continuamos observando que a perturbação nos andares superiores se mostra maior que nos outros andares. Gráfico 7:Acelerômetro 7º Andar Fonte: Autor Gráfico 8: Giroscópio 7º Andar Fonte: Autor Assim temos a tabela 7 com os respectivos valores das leituras do 7º andar. -0,65 -0,45 -0,25 -0,05 0,15 0,35 1 6 :5 5 :2 21 6 :5 5 :2 5 1 6 :5 5 :2 8 1 6 :5 5 :3 2 1 6 :5 5 :3 5 1 6 :5 5 :3 8 1 6 :5 5 :4 2 1 6 :5 5 :4 5 1 6 :5 5 :4 9 1 6 :5 5 :5 2 1 6 :5 5 :5 5 1 6 :5 5 :5 9 1 6 :5 6 :0 2 1 6 :5 6 :0 5 1 6 :5 6 :0 9 1 6 :5 6 :1 2 1 6 :5 6 :1 6 1 6 :5 6 :1 9 1 6 :5 6 :2 2 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro - 7º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 6 :5 5 :2 2 1 6 :5 5 :2 5 1 6 :5 5 :2 8 1 6 :5 5 :3 2 1 6 :5 5 :3 5 1 6 :5 5 :3 8 1 6 :5 5 :4 2 1 6 :5 5 :4 5 1 6 :5 5 :4 9 1 6 :5 5 :5 2 1 6 :5 5 :5 5 1 6 :5 5 :5 9 1 6 :5 6 :0 2 1 6 :5 6 :0 5 1 6 :5 6 :0 9 1 6 :5 6 :1 2 1 6 :5 6 :1 6 1 6 :5 6 :1 9 1 6 :5 6 :2 2 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio - 7º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 46 Tabela 7: Valores máximos, mínimos e média do 7º Andar 7º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,44 0,72 0,41 -0,18 -0,16 0,33 MINIMO -0,35 -0,58 -0,28 -0,59 -0,46 -0,26 MEDIA 0,01 0,11 0,07 -0,32 -0,31 -0,04 Fonte: Autor Na última medição do prédio-caixa mostramos as leituras do 9º andar. Gráfico 9: Acelerômetro 9º Andar Fonte: Autor Gráfico 10: Giroscópio 9º Andar Fonte: Autor Diferentemente dos outros gráficos, as leituras do 9º andar mostraram a maior variação entre eles, com isso temos os valores máximos, mínimos e médios de cada eixo na Tabela 8. -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 1 9 :1 2 :3 7 1 9 :1 2 :4 1 1 9 :1 2 :4 4 1 9 :1 2 :4 8 1 9 :1 2 :5 1 1 9 :1 2 :5 4 1 9 :1 2 :5 8 1 9 :1 3 :0 1 1 9 :1 3 :0 4 1 9 :1 3 :0 8 1 9 :1 3 :1 1 1 9 :1 3 :1 5 1 9 :1 3 :1 8 1 9 :1 3 :2 1 1 9 :1 3 :2 5 1 9 :1 3 :2 8 1 9 :1 3 :3 2 1 9 :1 3 :3 5 1 9 :1 3 :3 8 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro - 9º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 1 9 :1 2 :3 7 1 9 :1 2 :4 1 1 9 :1 2 :4 4 1 9 :1 2 :4 8 1 9 :1 2 :5 1 1 9 :1 2 :5 4 1 9 :1 2 :5 8 1 9 :1 3 :0 1 1 9 :1 3 :0 4 1 9 :1 3 :0 8 1 9 :1 3 :1 1 1 9 :1 3 :1 5 1 9 :1 3 :1 8 1 9 :1 3 :2 1 1 9 :1 3 :2 5 1 9 :1 3 :2 8 1 9 :1 3 :3 2 1 9 :1 3 :3 5 1 9 :1 3 :3 8 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio - 9º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 47 Tabela 8: Valores máximos, mínimos e média do 9º Andar 9º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,49 2,49 0,43 -0,20 -0,10 0,52 MINIMO -0,49 -0,84 -0,29 -0,67 -0,45 -0,53 MEDIA 0,04 0,02 0,04 -0,39 -0,30 0,00 Fonte: Autor Ainda com o mesmo objetivo, fizemos os testes também no prédio-tijolo e medir os resultados das perturbações. A seguir os gráficos referentes ao 1º andar do prédio-tijolo. Gráfico 11: Acelerômetro 1º Andar Fonte: Autor Gráfico 12: Giroscópio 1º Andar Fonte: Autor -1,00 -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 1 6 :1 3 :4 9 1 6 :1 3 :5 2 1 6 :1 3 :5 5 1 6 :1 3 :5 9 1 6 :1 4 :0 2 1 6 :1 4 :0 6 1 6 :1 4 :0 9 1 6 :1 4 :1 2 1 6 :1 4 :1 6 1 6 :1 4 :1 9 1 6 :1 4 :2 2 1 6 :1 4 :2 6 1 6 :1 4 :2 9 1 6 :1 4 :3 3 1 6 :1 4 :3 6 1 6 :1 4 :3 9 1 6 :1 4 :4 3 1 6 :1 4 :4 6 1 6 :1 4 :4 9 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro - 1º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -1,2 -0,7 -0,2 0,3 0,8 1 6 :1 3 :4 9 1 6 :1 3 :5 2 1 6 :1 3 :5 5 1 6 :1 3 :5 9 1 6 :1 4 :0 2 1 6 :1 4 :0 6 1 6 :1 4 :0 9 1 6 :1 4 :1 2 1 6 :1 4 :1 6 1 6 :1 4 :1 9 1 6 :1 4 :2 2 1 6 :1 4 :2 6 1 6 :1 4 :2 9 1 6 :1 4 :3 3 1 6 :1 4 :3 6 1 6 :1 4 :3 9 1 6 :1 4 :4 3 1 6 :1 4 :4 6 1 6 :1 4 :4 9 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio - 1º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 48 Tabela 9: Valores máximos, mínimos e média do 1º andar 1º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,34 0,48 0,43 0,37 0,47 0,23 MINIMO -0,73 -0,48 -0,41 -0,28 -0,19 -1,00 MEDIA -0,03 0,05 0,01 0,13 -0,05 -0,02 Fonte: Autor Podemos observar que o 1¹ Andar de medição teve variação semelhante ao do prédio-caixa. Já no 3º Andar se comportou de maneira diferente, tendo picos mais acentuados como pode ser visto a abaixo. Gráfico 13: Acelerômetro 3º Andar Fonte: Autor Gráfico 14: Giroscópio 3º Andar Fonte: Autor Com isso temos os valores de máximos, mínimos e média: -1,20 -0,70 -0,20 0,30 0,80 1,30 1,80 0 0 :1 5 :0 6 0 0 :1 5 :0 9 0 0 :1 5 :1 3 0 0 :1 5 :1 6 0 0 :1 5 :1 9 0 0 :1 5 :2 3 0 0 :1 5 :2 6 0 0 :1 5 :3 0 0 0 :1 5 :3 3 0 0 :1 5 :3 6 0 0 :1 5 :4 0 0 0 :1 5 :4 3 0 0 :1 5 :4 7 0 0 :1 5 :5 0 0 0 :1 5 :5 3 0 0 :1 5 :5 7 0 0 :1 6 :0 0 0 0 :1 6 :0 4 0 0 :1 6 :0 7 0 0 :1 6 :1 0 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro - 3º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -2,3 -1,3 -0,3 0,7 1,7 2,7 0 0 :1 5 :0 6 0 0 :1 5 :0 9 0 0 :1 5 :1 3 0 0 :1 5 :1 6 0 0 :1 5 :1 9 0 0 :1 5 :2 3 0 0 :1 5 :2 6 0 0 :1 5 :3 0 0 0 :1 5 :3 3 0 0 :1 5 :3 6 0 0 :1 5 :4 0 0 0 :1 5 :4 3 0 0 :1 5 :4 7 0 0 :1 5 :5 0 0 0 :1 5 :5 3 0 0 :1 5 :5 7 0 0 :1 6 :0 0 0 0 :1 6 :0 4 0 0 :1 6 :0 7 0 0 :1 6 :1 0 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio - 3º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 49 Tabela 10 : Valores máximos, mínimos e média do 3º andar 3º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 2,49 1,93 0,60 0,49 1,04 1,67 MINIMO -2,01 -2,16 -0,58 -1,02 -0,54 -0,64 MEDIA -0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 Fonte: Autor No 5º andar o comportamento continua semelhante ao do andar anterior, apesar dos picos a variação se mantem mais num intervalo médio. Gráfico 15: Acelerômetro 5º Andar Fonte: Autor Gráfico 16 : Giroscópio 5º Andar Fonte: Autor -2,00 -1,50 -1,00 -0,50 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2 3 :5 0 :3 3 2 3 :5 0 :3 6 2 3 :5 0 :3 9 2 3 :5 0 :4 3 2 3 :5 0 :4 6 2 3 :5 0 :5 0 2 3 :5 0 :5 3 2 3 :5 0 :5 6 2 3 :5 1 :0 0 2 3 :5 1 :0 3 2 3 :5 1 :0 6 2 3 :5 1 :1 0 2 3 :5 1 :1 3 2 3 :5 1 :1 7 2 3 :5 1 :2 0 2 3 :5 1 :2 3 2 3 :5 1 :2 7 2 3 :5 1 :3 0 2 3 :5 1 :3 3 A ce le ra çã o ( m /s ²) Tempo (h:m:s) Acelerômetro - 5º Andar AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) -3 -2 -1 0 1 2 2 3 :5 0 :3 3 2 3 :5 0 :3 6 2 3 :5 0 :3 9 2 3 :5 0 :4 3 2 3 :5 0 :4 6 2 3 :5 0 :5 0 2 3 :5 0 :5 3 2 3 :5 0 :5 6 2 3 :5 1 :0 0 2 3 :5 1 :0 3 2 3 :5 1 :0 6 2 3 :5 1 :1 0 2 3 :5 1 :1 3 2 3 :5 1 :1 7 2 3 :5 1 :2 0 2 3 :5 1 :2 3 2 3 :5 1 :2 7 2 3 :5 1 :3 0 2 3 :5 1 :3 3 R o ta çã o ( d eg /s ) Tempo (h:m:s) Giroscópio - 5º Andar GyX(deg/s) GyY(deg/s) GyZ(deg/s) 50 Tabela 11 : Valores máximos, mínimos e média do 5º andar 5º Andar GyX (deg/s) GyY (deg/s) GyZ (deg/s) AcX (m/s²) AcY (m/s²) AcZ (m/s²) MAXIMO 0,94 1,69 0,59 0,96 0,40 1,66 MINIMO -0,87 -2,00 -0,77 -1,64 -0,14 -0,88 MEDIA 0,01 -0,05 0,05 -0,03 0,15 0,02 Fonte: Autor No 7º andar notamos os picos maiores que nos andares anteriores. Gráfico 17: Acelerômetro 7º Andar Fonte: Autor Gráfico 18 : Giroscópio 7º Andar Fonte: Autor -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 2 3 :5 6 :0 0 2 3 :5 6 :0 4 2 3 :5 6 :0 7 2 3 :5 6 :1 1 2 3 :5 6 :1 4 2 3 :5 6 :1 7 2 3 :5 6 :2 1 2 3 :5 6 :2 4 2 3 :5 6 :2 7 2 3 :5 6 :3 1 2 3 :5 6 :3 4 2 3 :5 6 :3 8 2 3 :5 6 :4 1 2 3 :5 6 :4 4 2 3 :5 6 :4 8 2 3 :5 6 :5 1 2 3 :5 6 :5
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