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Contestação com Reconvenção

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DO JUÍZO, DA 50ª VARA DE 
TRABALHO DE JÕÃO PESSOA/ PB 
 
 
 
 
 
 
Processo Nº 98.765 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Floricultura Flores Belas Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ nºxxxxx, com sede na rua xxxxx na cidade xxxxx, com o endereço 
eletrônico xxx@xxx vem, por meio de seu advogado infra firmado, constituído 
por procuração em anexo, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, 
apresentar defesa nos termos do art. 847 da CLT em forma de: 
 
 
 
 
 
Contestação C/C Reconvenção 
 
 
Na reclamação trabalhista que lhe move ESTELA, já qualificada na exordial, 
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
SÍNTESE DOS FATOS 
 
A Reclamante laborou na empresa Reclamada no período de 25/10/2012 à 
29/12/2017, exercia a função de floricultora e perfazia a jornada de segunda a 
sexta-feira, das 10h às 20h, com 2h de intervalo, e aos sábados, das 16h às 20h 
e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos, foi 
dispensada sem justa causa 
 
A Reclamante laborou na empresa Reclamada no período de 25/10/2012 à 
29/12/2017, exercia a função de floricultora e perfazia a jornada de segunda 
a sexta-feira, das 10h às 20h, com 2h de intervalo, e aos sábados, das 16h às 
20h e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos, foi 
dispensada sem justa causa 
 
 
1. PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
1.1. DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
A reclamante requer a aplicação da penalidade cominada no Art. 49 da CLT 
contra os sócios da ré. Aduz que foi obrigada a assinar um 
documento autorizando a subtração mensal, contra a sua vontade, para aderir 
ao desconto para plano de saúde. Ocorre que, nos termos do Art. 114, IX, da 
CF/88, compete à Justiça do 
Trabalho processar e julgar controvérsias decorrentes da relação de trabalho, 
não abrangendo penalidade criminal, sendo esta incompetente para tal. 
Ademais, segundo o Art. 337, II, do CPC/15, cabe ao réu, antes de discutir o 
mérito alegar a incompetência absoluta e relativa. 
Posto isto, o pedido de aplicação de penalidade criminal contra os sócios da ré 
não pode ser pleiteado, em razão da incompetência absoluta da Justiça do 
Trabalho. 
 
 
1.2- INÉPCIA DA INICIAL 
 
Conforme dispõe o art. 337, IV, do CPC, incumbe ao réu antes de adentrar o 
mérito alegar a inépcia da petição inicial, que é considerada não 
apta a produzir efeitos jurídicos em decorrência de vícios que a tornem 
confusa, contraditória, absurda ou incoerente, ou, ainda, por lhe faltarem os 
requisitos exigidos pela lei, ou seja, quando a peça não estiver 
fundada em direito expresso ou não se aplicar à espécie o fundamento 
invocado. A inépcia enseja a preclusão e proíbe-se de levar adiante a ação. 
 
Assim, tem-se como inepta a petição inicial do autor visto que, conforme dispõe 
o artigo 840, §1º da CLT, dentre outras formalidades, a inicial deve vir 
acompanhada pelos seus pedidos que deverá ser certo, determinado e com a 
indicação de seu valor, o que não ocorreu no caso concreto 
 
Logo, a exordial deverá ser extinta sem resolução do mérito conforme dispões o 
artigo 840, §3º da CLT. 
 
 
 
2. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
2.1. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
 
 
 
A reclamante laborou de 25/10/2012 à 29/12/2017 na reclamada e ajuizou a 
reclamação trabalhista em 27/02/2018. 
Preceitua o Art. 7º, XXIX, da CF/88 e Art. 11, da CLT que a pretensão quanto a 
créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a extinção do contrato de 
trabalho e a Súmula 308, I, do TST dispõe que respeitado o biênio 
subsequente à cessação contratual, a prescrição quinquenal conta-se da data 
do ajuizamento da reclamação trabalhista. 
Sendo assim, suscita-se a prescrição em relação às pretensões anteriores a 
27.02.2013, tendo em vista que o ajuizamento da ação se deu em 27/02/2018. 
 
 
 
 
3. MÉRITO 
 
 
3.1. DO PLANO DE SAÚDE 
 
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de 
saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento 
autorizando a subtração mensal. 
Ocorre que, no ato da admissão, a Reclamante assinou o documento 
autorizando o desconto de plano de saúde (documento em anexo). 
Sustenta a OJ 160 da SBDI-1 que é inválida a presunção de vício 
de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente 
com descontos salariais na oportunidade da admissão. Vale ressaltar que é de 
se exigir demonstração concreta do vício de vontade. 
Nesse diapasão, a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os descontos 
salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do 
empregado, para ser integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o 
que não afronta o disposto no Art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a 
existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico, não sendo este 
o caso. 
Ademais, o Art. 818, I da CLT e o Art. 373, I, do CPC/15 estabelecem que o ônus 
da prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito. 
Sendo assim, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro 
da legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já que é 
válida a autorização de desconto feita no momento da admissão, cabendo a 
Reclamante o ônus de provar qualquer ilegalidade nesse sentido, não devendo 
prosperar a sua alegação. 
 
 
3.2. DO ADICIONAL DE PENOSIDADE 
 
 
A Reclamante pleiteia o recebimento de adicional de penosidade, na razão de 
30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua atividade, era 
constantemente furada pelos espinhos das flores que manuseava. 
Embora previsto no Art. 7º, XXIII, da CF/88 o adicional de remuneração para as 
atividades penosas, o mesmo não foi regulamentado. 
Sendo assim, o pedido de pagamento de adicional de penosidade na proporção 
de 30% sobre o salário-base não deve prosperar, uma vez que não consta 
previsão na CLT e não foi regulamentado em lei especial. 
 
 
3.3. DAS HORAS EXTRAS 
 
 
A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de 
50%, em razão da jornada de trabalho, laborava de segunda a sexta-feira, das 
10h às 20h, com intervalo de 2 horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 
20h, sem intervalo, totalizando 44h semanais. 
O Art. 58 da CLT dispõe que a duração normal do trabalho, para os empregados 
em qualquer atividade privada, não excederá de 8h diárias e o Art. 
7º, XIII da CF/88 assenta que a duração do trabalho normal não será superior às 
8h diárias e 44h semanais. Vale destacar que o Art. 71, § 2º da CLT alinha que 
os intervalos não serão computados na duração do trabalho. 
Sendo assim, a Reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras 
pleiteadas, pois o módulo constitucional de 8h diárias e 44h semanais não foi 
ultrapassado. 
 
 
3.4. DA MULTA DO ART. 477, § 8º da CLT 
 
 
A Reclamante verbera que o pagamento das verbas resilitórias extrapolou o 
prazo legal, que somente foi creditada na sua conta 20 dias após a comunicação 
do aviso prévio. 
Conforme estabelece o Art 477, § 6º da CLT, o pagamento dos valores 
constantes do instrumento de rescisão ou recebido de quitação deverá ser 
efetuado até dez dias contados a partir do término do contrato de trabalho 
Sendo assim, é infundado o pedido de pagamento da multa prevista no Art. 477, 
§ 8, da CLT, vez que o pagamento das verbas devidas foi dentro do prazo legal. 
 
 
 
 
4. DA RECONVENÇÃO 
 
 
Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC/15, na contestação, é lícito 
ao Réu propor reconvenção, para manifestar pretensão própria, conexa com a 
ação principal ou com o fundamento da defesa, o que faz pelas razões de fato e 
de direito a seguir. 
A Reclamante ao ser cientificada do aviso prévio teve uma reação violenta, 
gritando e dizendo-se injustiçada,sendo necessário que a segurança a 
contivesse e acompanhasse até a porta de saída. Quando deixava o prédio, a 
Reclamante correu e pegou uma pedra que arremessou violentamente contra o 
prédio da Reclamada, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa gastou R$ 
300,00 na recolocação do vidro danificado, conforme nota fiscal (documento em 
anexo). 
Conforme disposto no Art. 186 do CC/02, aquele que por ação, violar o direito e 
causar dano a outrem, comete ato ilícito, já o Art. 927 do mesmo diploma legal, 
assegura que, aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela 
Reclamante. 
 
 
 
4.1. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Conforme disciplinado no Art.791-A, da CLT, ao advogado serão devidos 
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
Outrossim, a teor do § 5º, do Art. 791-A da CLT, são devidos honorários de 
sucumbência na reconvenção. 
Desse modo, requer honorários de sucumbência na ação principal e na 
reconvenção, nos termos supra. 
 
 
 
5. DOS PEDIDOS 
 
 
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, em sede de 
Contestação, requer a Vossa Excelência: 
 
 
1) O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta da Justiça 
do Trabalho para apreciação e condenação criminal, conforme o Art. 337, II, do 
CPC/15 c/c Art. 114, IX, da CF/88; bem como o acolhimento da preliminar da 
inépcia da inicial tendo em vista a falta de pedido expresso com fundamento no 
artigo 840, §3º da CLT 
 
2) O acolhimento da prejudicial de mérito, quanto à prescrição quinquenal das 
pretensões anteriores a 27/02/2013, data do ajuizamento da ação, nos termos 
da Súmula 308, I, do TST; 
 
3) Por hipótese absurda, ultrapassada as preliminares avençadas, no mérito, 
requer que as pretensões apresentados na exordial sejam julgadas totalmente 
improcedentes, com a consequente condenação da Reclamante em 
custas processuais e demais cominações legais; 
Em sede de RECONVENÇÃO, requer: 
 
4) O recebimento das razões da reconvenção com seu devido processamento, 
de acordo com o Art. 343, do CPC/15, e a procedência da reconvenção para 
receber o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela Autora, nos termos 
do Art. 186 e Art. 927, ambos do CC/02; 
a) A intimação da Reclamante para apresentar resposta, nos termos do 
Art. 341, § 1º, do CPC/15; 
b) Honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção, nos 
termos do Art. 791-A, § 5º da CLT; 
 
5) protesta provar o alegado por todos os meios de prova em 
direitos admitidos, em especial, a testemunhal, documental e depoimento 
da reclamada, e o que mais for necessário à elucidação dos fatos; 
 
 
 
5.1. DO VALOR DA CAUSA 
 
 
Dá-se à causa, na Reconvenção, o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) 
 
 
 
 
 
Termos em que, 
Pede deferimento 
 
São Paulo, 6 de outubro de 2021 
 
Guilherme Da Costa Jardim 
OAB/SP Nº XXXXX

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