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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE BIOMEDICINA E FARMACIA ROTEIRO PARA AULAS PRÁTICAS DISCIPLINA: IMUNOLOGIA CLÍNICA Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Visualização de Células Sanguíneas AULA 1 ROTEIRO 1 OBJETIVO: Proporcionar a identificação os elementos figurados do sangue e diferenciação das principais células de defesa do sistema imune presentes na circulação sanguínea. Fazer correlação da morfologia com a função destas células. PROCEDIMENTO: - Os microscópios devem estar em superfícies isentas de vibrações. - Não trocar os microscópios de lugar. - Colocar a objetiva de menor aumento na direção da luz através de movimento do revólver. - Colocar a lâmina (com lamínula para cima) na platina, encaixando-a no “charriot”. - Encostar o condensador na lâmina e ligar a luz. - Através do movimento do parafuso macrométrico até focalizar o esfregaço sanguíneo em imagem nítida. - Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico e observar a imagem e elementos figurados que podem ser detectados neste aumento. - Repetir o processo utilizando as outras objetivas até a objetiva de 40X, porém nesta não utilizar mais o parafuso macrométrico para foco e sim o parafuso micrométrico. - Ajustar a iluminação. - Nesta objetiva já é possível diferenciar glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos e também observar os diferentes tipos de leucócitos pela lâmina. - Na objetiva de 100X, adicionar previamente uma gota do óleo de imersão na lâmina (ajustar iluminação e o foco com parafuso micrométrico). - Neste aumento, identificar as diferenças morfológicas entre neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e, se encontrado, basófilos. Não é possível verificar diferenças morfológicas entre o linfócito T, linfócito B e células NK apesar de possuírem funções bastante distintas na resposta imune. Limpeza do Microscópio: − Ao finalizar a análise, limpar as lentes do microscópio, iniciando da lente de menor aumento para finalizar com a de maior aumento, evitando assim que as objetivas de menor aumento fiquem sujas com o óleo de imersão utilizado na objetiva de 100X. MATERIAIS QUANTIDADE Lâminas para leitura ( LÂMINAS DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO) 2-3 por grupo Óleo de imersão Qsp Microscópio 1 por grupo Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Técnicas de Diluição AULA 1 ROTEIRO 2 INTRODUÇÃO A diluição é o ato de tornar mais fraca uma dada solução. Isto é conseguido geralmente adicionando-se a uma solução que se pretende diluir um diluente tal como água, ou cloreto de sódio a 0,85%. Usualmente se expressam as diluições como uma unidade da solução original sobre o total de unidades da solução final. Portanto, uma solução diluição 1/10 significa que uma unidade da solução concentrada foi diluída para um volume total de 10 unidades, ou seja, uma unidade em um total de 10 unidades. As diluições não devem ser interpretadas como significando uma unidade mais 10 unidades. As diluições podem ser representadas como 1:10, 1:50, etc. Quando colocamos, por exemplo, 0,5 ml de NaCl a 0,85% em um tubo e adicionamos a esta solução 0,5ml de soro, ficamos com uma diluição do soro a 1:2, pois há 0,5 ml de soro em um volume total de 1,0 ml de solução, portanto uma diluição de 1:2 ou 1/2. Em imunologia clínica o título indica a concentração de anticorpo no soro do paciente. O título de anticorpo de um soro é a diluição mais alta de soro que reage com o antígeno. Por exemplo, se o último tubo que demonstra reação contém um volume de 1 ml e o soro neste tubo é uma parte em um total de 640 partes, o título é 640 unidade/ml de soro. Diluição em múltiplos de 10 Diluição a 1/10: 1 ml (solução concentrada) + 9 ml (diluente) ou 0,1 ml + 0,9 ml Diluição a 1/ 50: 1 ml (solução concentrada) + 49 ml (diluente) ou 0,1 ml + 4,9 ml ou 1 ml da diluição 1/10 + 4 ml do diluente Diluição 1/100: 1 ml (solução concentrada) + 99 ml (diluente) ou 0,1 ml + 9,9 ml ou 1 ml de 1/10 + 9 ml Diluição 1/500: 1 ml (solução concentrada) 1/100 + 4 ml (diluente) Diluição 1 /5000: 1 ml 1/1000 + 4 ml do diluente Diluição 1/10000: 1 ml 1/1000 + 9 ml do diluente DILUIÇÕES VARIADAS: Diluição a 1/5 = 1 ml (solução concentrada)+ 4ml (diluente) Diluição a 1/15= 1 ml (solução concentrada) + 14 ml (diluente) ou 0,1 ml + 1,4 ml Diluição a 1/20 = 1 ml (solução concentrada)+ 19ml (diluente) ou 0,1 ml + 1,9 ml Diluição a 1/25 = 1 ml (solução concentrada) + 24ml (diluente) ou 0,1 ml + 2,4 ml DILUIÇÕES SEQUENCIAIS OU SERIADAS Nesta técnica se transfere sucessivamente volume determinado de um tubo para o tubo seguinte ao qual se adicionou uma certa quantidade de diluente. A quantificação dos anticorpos, ou a sua titulação, faz-se através da diluição seqüencial do soro Exemplo: Diluições sucessivas na razão igual a 4 1 - Distribuir numa de série de tubos 3,0 ml do diluente em cada tubo. 2 - Ao tubo 1 adicionar 1 ml da solução corante (a ser diluída), homogeneizar com o auxilio de uma pipeta. 3 - Transferir 1 ml do tubo 1 para o tubo 2, homogeneizar. 4 - Transferir 1 ml do tubo 2 para o tubo 3, homogeneizar. 5 - Prosseguir da mesma maneira até o último tubo da série, desprezando 1 ml do último tubo. As diluições obtidas serão: 1/4; 1/16; 1/64; 1/256; 1/1024; etc. OBJETIVO: Mostrar ao aluno, as técnicas de diluição. MATERIAIS QUANTIDADE Meio de cultura 200mL Tubos de ensaio 1 por grupo Água 200mL EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Pipeta 10mL 1 por grupo Estante para tubos 1 por grupo Recipiente para descarte de material 1 por grupo PROCEDIMENTO: PREPARO DE DILUIÇÕES SERIADAS 1:2 1- Separar 5 recipientes de igual volume (tubos de ensaio) 2- Pipetar 10mL do diluente em todos os tubos 3- Adicionar 10mL da solução concentrada ao primeiro tubo. 4- Homogeneizar 5- Transferir 10mL do primeiro tubo para o segundo tubo. 6- Homogeneizar 7- Repetir o procedimento acima até o tubo 5 8- Descartar os 10mL após homogeneização do tubo 5 (para todos os tubos ficarem com igual volume) PREPARO DE DILUIÇÕES SERIADAS 1:10 1- Separar 5 recipientes de igual volume (tubos de ensaio) 2- Pipetar 9mL do diluente em todos os tubos 3- Adicionar 1mL da solução concentrada ao primeiro tubo. 4- Homogeneizar 5- Transferir 1mL do primeiro tubo para o segundo tubo. 6- Homogeneizar 7- Repetir o procedimento acima até o tubo 5 8- Descartar os 1mL após homogeneização do tubo 5 (para todos os tubos ficarem com igual volume) Descarte do material utilizado conforme Normas internacionais de Segurança Para Discussão: Discutir a figura abaixo Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Aglutinação AULA 2 ROTEIRO 1 OBJETIVO: mostrar ao aluno, reações de formação do complexo antígeno-anticorpo “in vitro” Aglutinação Passiva: Determinação de Proteína C-Reativa Finalidade: Teste de aglutinação passiva para detecção da Proteína C-Reativa no soro humano. A Proteína C-Reativa (PCR) em altas concentrações está associada à infecções agudas, situações necróticas e a uma variedade de estados inflamatórios. A monitorização dos níveis de PCR nos permite avaliar a eficácia do tratamento e a recuperação do paciente. Princípio: As partículas de látex são sensibilizadas com anticorpos humanos anti-PCR. Quando se mistura a suspensão de látex contendo elevados níveis de PCR, irá produzir-se uma aglutinação nítida em um período máximo de 2 minutos. Procedimento: Teste Qualitativo 1) Em cada círculo da placa colocar: Círculo número 1 Círculo número 2 Círculo número 3 Círculonúmero 4 Controle Negativo 50l - - - Controle Positivo - 50l - - Amostra número 1 - - 50l - **Látex FR 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 2) Misturar com auxílio de espátula utilizando toda a extensão de cada círculo da lâmina. 3) Agitar a lâmina com movimentos circulares por dois minutos. 4) Observar os resultados. REAÇÃO POSITIVA: Nítida aglutinação. REAÇÃO NEGATIVA: Ausência de aglutinação (suspensão homogênea). 2) Aglutinação Passiva: Determinação de Fator Reumatóide Finalidade: Teste de aglutinação passiva para o diagnóstico de fator reumatóide (FR). Princípio: Partículas de látex sensibilizadas com IgG. A aglutinação é visível em amostra com concentração de FR igual ou superior a 8 UI/ml, de acordo com as referências estabelecidas. Exercícios propostos (não obrigatório) 1) Nos testes de hamaglutinação para Toxoplasmose e doença de Chagas, pede-se: a) Qual suporte foi empregado? b) Realizou-se a pesquisa de anticorpos. Que tipo de antígeno foi empregado? c) Quais cuidados devem ser observados na realização do teste? d) Qual tipo de resposta imunológica foi ativada? Explique. e) Suponhamos que tenha se detectado na pesquisa da paciente a presença de IgM (IgM+ - ou reagente), o que significa? Qual a relevância da positividade de uma IgM em uma gestante? f) Qual o valor da pesquisa de IgG para a Doença de Chagas? Explique. MATERIAIS QUANTIDADE Descarte com hipoclorito qsp Placa de fundo escuro (acompanha o kit) qsp Palito para homogeneizar os reagentes (acompanha o kit) qsp Pipeta automática de 5l -20l 1 por grupo Ponteiras amarelas (menor volume) 10 por grupo Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Aglutinação - Hemaglutinação AULA 2 ROTEIRO 2 Hemaglutinação Passiva para Doença de Chagas Finalidade: Teste de hemaglutinação passiva para o diagnóstico sorológico da doença de Chagas. Princípio: Hemácias de aves estabilizadas e sensibilizadas com antígenos totais de Trypanosoma cruzi (antígenos solúveis), são aglutinadas quando colocadas em contato com diluições de soros de pacientes chagásicos. Procedimento: Teste Quantitativo a) Em tubo de ensaio, diluir a amostra a 1/40 a ensaiar e os soros controle positivo (R3) e negativo (R4), adicionando: 10l de amostra + 0,4ml de diluente (R2A). b) Adicionar na microplaca a partir da 2 cavidade 50l de diluente (R2A). c) Transferir 50l da amostra diluída para a 1 cavidade. d) Transferir 50l da amostra diluída a 2 cavidade e homogeneizar e transferir 50l para a 3 cavidade, homogeneizar e transferir 50l para a 4 cavidade e assim sucessivamente até a 8 cavidade, em que após a homogeneização 50l serão desprezados (observar esquema). e) Controle positivo: seguir o mesmo esquema de diluição (item d), até a 6 cavidade, em que após a homogeneização 50l serão desprezados (observar esquema). f) Controle negativo: adicionar 50l do controle diluído nas 7 e 8 cavidades. g) Homogeneizar bem a suspensão de hemácias (R1), por agitação delicada do frasco e adicionar 25 l a cada cavidade. h) Bater levemente nas laterais da placa para homogeneização dos reagentes. i) Deixar a placa em repouso por 1 hora, a temperatura ambiente, em local isento de vibrações. j) Efetuar leitura ao final da incubação. Resultado: O título será a maior diluição que ainda fornecer um resultado positivo. Para validar o teste deve- se encontrar nas mesmas condições de leitura, o título do soro positivo (R3) indicado na etiqueta 1 diluição. REAÇÃO POSITIVA: Véu uniforme de hemácias recobrindo toda a cavidade, podendo estar às vezes parcialmente retraído nas bordas. REAÇÃO FRACAMENTE POSITIVA: Véu pouco nítido, apresentando pequeno depósito de hemácias no fundo da cavidade. REAÇÃO NEGATIVA: Botão compacto de hemácias no fundo da cavidade. Esquema Geral Cavidade da placa 1 2 3 4 5 6 7 8 Diluente (R2A) l - 50 50 50 50 50 50 50 Amostra diluída a 1/40 (l) 50 50 Transferir 50l → → → → → → → desprezar Hemácias (R1) l 25 25 25 25 25 25 25 25 Título do Soro 40 80 160 320 640 1280 2560 5120 Interpretação dos Resultados: Título do soro menor que 1/40: soro não reagente – indivíduo não parasitado. Título do soro maior ou igual a 1/40: soro reagente – indivíduo com suspeita da parasitose. Hemaglutinação Passiva para Toxoplasmose Finalidade: Teste de hemaglutinação passiva para o diagnóstico sorológico da toxoplasmose. Princípio: Hemácias de aves estabilizadas e sensibilizadas com antígenos totais de Toxoplasma gondii (antígenos solúveis), são aglutinadas quando colocadas em contato com diluições de soros com anticorpos específicos. Procedimento: Teste Quantitativo a) Em tubo de ensaio, diluir a amostra a 1/16 a ensaiar e os soros controle positivo e negativo, adicionando: 25l de amostra + 0,4ml de diluente. b) Adicionar na microplaca a partir da 2 cavidade 50l de diluente. c) Transferir 50l da amostra diluída para a 1 cavidade. d) Transferir 50l da amostra diluída a 2 cavidade e homogeneizar e transferir 50l para a 3 cavidade, homogeneizar e transferir 50l para a 4 cavidade e assim sucessivamente até a 8 cavidade, em que após a homogeneização 50l serão desprezados (observar esquema). e) Controle positivo: seguir o mesmo esquema de diluição (item d), até a 6 cavidade, em que após a homogeneização 50l serão desprezados (observar esquema). f) Controle negativo: adicionar 50l do controle diluído nas 7 e 8 cavidades. g) Homogeneizar bem a suspensão de hemácias, por agitação delicada do frasco e adicionar 25 l a cada cavidade. h) Bater levemente nas laterais da placa para homogeneização dos reagentes. i) Deixar a placa em repouso por 1 hora, a temperatura ambiente, em local isento de vibrações. j) Efetuar leitura ao final da incubação. Resultado: O título será a maior diluição que ainda fornecer um resultado positivo. Para validar o teste deve-se encontrar nas mesmas condições de leitura, o título do soro positivo indicado na etiqueta 1 diluição. REAÇÃO POSITIVA: Véu uniforme de hemácias recobrindo toda a cavidade, podendo estar às vezes parcialmente retraído nas bordas. REAÇÃO FRACAMENTE POSITIVA: Véu pouco nítido, apresentando pequeno depósito de hemácias no fundo da cavidade. REAÇÃO NEGATIVA: Botão compacto de hemácias no fundo da cavidade. Esquema Geral Cavidade da placa 1 2 3 4 5 6 7 8 Diluente (R2) l - 50 50 50 50 50 50 50 Amostra diluída a 1/16 (l) 50 50 Transferir 50l → → → → → → → desprezar Hemácias (R1) l 25 25 25 25 25 25 25 25 Título do Soro 16 32 64 128 256 512 1024 2048 Interpretação dos Resultados: Verificar a máxima aglutinação Exercícios propostos (não obrigatório) I) Nos testes de hamaglutinação para Toxoplasmose e doença de Chagas e de aglutinação, pede-se: a) Qual suporte foi empregado nos testes? Explique o princípio do método. b) Realizou-se a pesquisa de anticorpos. Que tipo de antígeno foi empregado? c) Quais cuidados devem ser observados na realização dos testes? d) Qual tipo de resposta imunológica foi ativada? Explique. e) Explique o significado clínico para uma gestante com resultado reagente para IgM na Toxoplasmose. f) Qual o valor da pesquisa de IgG para a Doença de Chagas? Explique. II) Indique o título das amostras (em A e B). Após análise do controle positivo e controle negativo, justifique a validação e a liberação dos resultados das amostras em cada teste. Legenda: C+ = controle positivo C- = controle negativo Reação positiva: véu uniforme de hamácias recobrindo toda a cavidade. Reação negativa: botão compactode hemácias no fundo da cavidade. Teste A: Doença de Chagas Teste B: Toxoplasmose Diluição: Amostra Diluição: Amostra 1:40 • • C+ 1:16 • • C+ 1:80 • • C+ 1:32 • • C+ 1:160 • • C+ 1:64 • • C+ 1:320 • • C+ 1:128 • • C+ 1:640 • • C+ 1:256 • • C+ 1:1280 • • C+ 1:512 • • C+ 1:2560 • • C- 1:1024 • • C- 1:5120 • • C- 1:2048 • • C- MATERIAIS QUANTIDADE Descarte com hipoclorito Pipeta automática de 25l, 50l KITS conforme descrito 1 kit de cada para cada 30 alunos em média Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Enzimático – ELISA para HIV AULA 3 Roteiro 1 OBJETIVO: Mostrar ao aluno, reações de formação do complexo antígeno-anticorpo “in vitro” com o emprego de um teste enzimático aplicado na prática de diagnóstico e de triagem. Princípio A amostra é diluída no suporte no qual se encontra o antígeno imobilizado. Se a mesma contiver os anticorpos específicos, estes formarão um complexo com os antígenos e permanecerão unidos. A fração não unida é eliminada por lavagem. Adicionar os anticorpos anti-imunoglobulina humana marcados pela enzima (conjugado). Se ocorrer a reação na primeira etapa do processo, o conjugado se unirá ao anticorpo da amostra. Após uma nova lavagem, se adiciona o substrato cromogênico. Nos casos onde o conjugado tiver se unido, haverá surgimento de coloração celeste. A reação se detém com ácido sulfúrico, com o que a coloração azul celeste torna-se amarela. Procedimento 1. Estabelecer o plano de distribuição e identificação das amostras e dos controles. 2. Pipetar 200µl do diluente + 10µl dos controles positivo, negativo e amostra. Fazer um controle branco no qual será adicionado somente 200µl do diluente. 3. Bater levemente nas laterais da placa. 4. Incubar por 30 minutos a 37C . 5. Desprezar o líquido de cada poço e lavar 5 vezes com tampão de lavagem. 6. Distribuir 50µl do conjugado anti-Ig humano peroxidase. 7. Incubar por 30 minutos a 37C. 8. Lavar como no item 5. 9. Distribuir 50µl do Revelador A + 50µl do Revelador B. (uma gota de cada e cada um dos poços). 10. Incubar por 30 minutos a 37C. 11. Distribuir 50µl do “stoper” em cada poço. LEITURA: Proceder à leitura da reação em espectrofotômetro para microplacas utilizando filtro 450m. Exercício proposto (não obrigatório) Para as técnicas imunoenzimáticas, responda: a) Explique o princípio do teste imunoenzimático. b) Esquematize um teste ELISA para a pesquisa de anticorpos. c) Explique como em um teste ELISA pode-se determinar a fase da doença, contra qual doença é o anticorpo encontrado na amostra. d) O que é o conjugado empregado no teste ELISA para a pesquisa de anticorpos? Explique. e) Qual o princípio do teste de Western blotting WB? Explique. f) Porque devemos realizar as etapas de lavagem? Qual o objetivo? g) Diferencie o substrato cromogênico do teste ELISA e WB. MATERIAIS QUANTIDADE Descarte com hipoclorito qsp Pipeta automática de 5l , 25l, 50l, 100l, 500l 1 de cada por grupo Proveta 50mL (para diluir tampão de lavagem) qsp Balão volumétrico 200mL (para diluir tampão de lavagem) qsp Ponteiras amarelas (volume até 200l) qsp Ponteiras azuis (volume até 1000l) qsp Béquer de 200mL (para solução de lavagem) qsp Pipeta Pasteur de plástico ou vidro (para lavagem) qsp EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Leitora de placas (ELISA) bancada Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: Antes de descartar as placas usadas autoclavar. Instituto de Ciências da Saúde Curso: BIOMEDICINA Disciplina: Imunologia Clínica Titulo da Aula: Discussão de Casos Clínicos AULA 4 Roteiro 1 CASO CLÍNICO 1 GFMF, sexo masculino, solteiro, 43 anos, hipertenso controlado, marcou uma teleconsulta com seu clínico geral de confiança. Durante a consulta, relatou ao médico que um morador de seu prédio havia testado positivo para o novo coronavírus, motivo pelo qual encontrava-se muito ansioso, embora não apresentasse nenhum sintoma respiratório ou outra queixa. Estava preocupado, apesar de não ter havido nenhum contato com esse vizinho e estivesse totalmente isolado dentro de casa há quase dois meses (se recordava apenas ter saído de casa há uma semana para tomar a vacina contra a gripe no posto de saúde). Informou que já havia realizado, por iniciativa própria, um “teste rápido” em domicílio feito por um laboratório da rede particular, e que o resultado já encontrava-se disponível. O motivo principal da consulta seria para que ele pudesse tirar algumas dúvidas sobre o resultado desse exame sorológico. Seu médico o informou que, em virtude de sua história clínico- epidemiológica, não havia nenhuma recomendação de realização da sorologia, mas já que havia feito, solicitou então que mostrasse o exame. Para a surpresa do médico, o resultado do exame apresentava uma IgM reagente, com IgG não reagente. Frente a esse resultado, o paciente foi informado que havia a possibilidade do mesmo estar no curso de uma infecção aguda/recente pelo novo coronavírus. Já que se encontrava totalmente assintomático, foi orientado a permanecer em isolamento social domiciliar, com monitoramento periódico de sinais vitais. Foi solicitado uma nova sorologia em 14 dias, a fim de verificar a soroconversão. Informado sobre a necessidade de reavaliação do seu quadro clínico, em dias alternados, por meio de teleconsulta. Durante todo o período recomendado de isolamento, o paciente permaneceu sem sintomas respiratórios e sem queixas. Realizou então nova sorologia (“teste rápido”) duas semanas após o primeiro, e entrou em contato com seu médico para mostrar o resultado. Novamente, para espanto do médico, o resultado de ambas as imunoglobulinas (IgM e IgG) vieram não reagentes. Qual a provável causa da reatividade transitória e isolada da IgM? Justifique sua resposta CASO CLÍNICO 2 P. C. F., sexo feminino, 5 anos, parda, natural e procedente de Salvador, católica, Febre e Manchas pelo corpo há 2 dias. Paciente procurou a UPA, trazida pela genitora, a qual referiu que a mesma há dois dias começou a apresentar febre não aferida, associada a exantemas que iniciaram na cabeça e que se disseminaram rapidamente pelos braços, pernas e tronco; dor de garganta e dor de cabeça. Geral: Afirma febre; Cabeça: Refere cefaléia; Paciente nega outros sintomas nos demais sistemas Nascida de parto natural, sem intercorrências, a termo, Apgar 8, perímetro cefálico 33 cm, 43 cm de comprimento e 3,0 kg ao nascer. Refere ter tido catapora no ano anterior. Nega alergias e outras comorbidades. Não sabe informar sobre o calendário vacinal. Antecedentes familiares Pai hipertenso. Mãe sem comorbidades. Avô paterno diabético e hipertenso. Hábitos de vida Compõe uma família de classe média com casa própria, água encanada, saneamento básico. Encontra-se matriculada na série G4, não possui animais de estimação. Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. Exame físico geral Ao exame físico encontra-se em estado geral regular, lúcida, orientada, hidratada, mucosas coradas e febril 38.2 °C, temperatura axilar. Apresenta exantema máculo papular e puntiforme, difusamente pela face e corpo, e linfonodos retro auriculares, occipital e cervical presentes. Orofaringe levemente eritematosa, sem placa de pus. Ao exame físico segmentar, apresenta: Cabeça e Pescoço– Implantação e distribuição dos cabelos normais; Linfonodos palpáveis em cadeias retroauricular, occipital e cervical posterior. Sistema Cardiovascular- Bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos esem sopros; Sistema Respiratório- Murmúrios vesiculares bem distribuídos e sem ruídos adventícios; Abdome- Flácido, globoso e simétrico; Som timpânico à percussão abdominal; Extremidades- Sem deformidades, bem perfundidas e sem edemas. Foi orientada a necessidade de isolamento social em domicilio, e prescrita medicação para dor e febre. Sugerido realização de exames laboratoriais para confirmação de hipótese diagnóstica. Os exames solicitados foram: sorologia para algumas doenças exantemáticas, entre elas Rubéola, Sarampo e Dengue. Retornou ao ambulatório com os resultados do exames negativos para sorologia dessas doenças, exceto o de Rubéola que se apresentou positivo, com o valor de IgM 2,10. O tratamento recomendado foi um tratamento sintomático, para alívio das manifestações apresentadas pelo paciente. Questões para orientar a discussão do caso 1. Qual o quadro clínico característico da Rubéola? 2. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais para esse caso clínico? 3. Quais exames podem ser solicitados para o diagnóstico de Rubéola? 4. Qual o motivo do isolamento social? 5. Qual o tratamento para Rubéola? CASO CLÍNICO 3 Paciente de 21 anos, sexo masculino. Procurou Unidade de Pronto Atendimento após notar o aparecimento de uma lesão no pênis, próximo à glande a aproximadamente 15 dias. Segundo ele, a lesão teve início como um pequeno caroço (sic) na pele, que depois de 4 dias progrediu com características de uma úlcera com bordas endurecidas não dolorosa, negou a presença de qualquer outro sintoma. O paciente afirma ter vida sexual ativa e relacionamento estável, mas revelou ter mantido relações sexuais desprotegidas com outra pessoa enquanto a parceira estava em uma viagem de intercambio. Busca o auxílio médico pois sua namorada está retornando de viagem e ele teme que ela descubra a traição. Exame Físico Paciente lúcido, orientado em tempo e espaço. Bom estado geral. Sinais vitais: FC: 80 bpm; FR: 14 irpm; PA: 120 x 80 mmHg, Temperatura: 36,5 ºC. Pele, fâneros e mucosas: Pele corada e mucosas coradas, unhas e pelos sem alterações. Apresenta lesão ulcerosa com características de cancro no pênis próximo à glande. Cabeça e pescoço: Linfonodo submentoniano palpável sem características de malignidade. Sem mais alterações. Sistema Respiratório: Tórax simétrico com expansibilidade preservada, frêmito toraco-vocal normal, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular preservado sem roncos ou sibilos. Sistema Cardiovascular: Tórax simétrico sem abaulamentos, ictus cordis palpável no 5º EIC LMCE. Ritmo cardíaco regular. Pulsos simétricos de amplitude normal. Aparelho Gastrointestinal: Abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral ou herniações. Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis à palpação. Peristalse normal, presente nos quatro quadrantes e ausência de sopros em focos arteriais abdominais à ausculta. Hepatimetria medindo cerca de 10 cm (lobo direito) e 6 cm (lobo esquerdo). Traube livre. Abdome timpânico. Sem visceromegalias e sinais de irritação peritoneal. Exames Complementares Exame de Campo Escuro positivo (Presença de várias espiroquetas em esfregaço da base de um cancro) Questões para orientar a discussão do caso • Pela história da moléstia atual, exames físicos e exames complementares qual a suspeita de diagnóstico? • Quais são os tipos mais comuns de apresentação desta doença? • Quais os diagnósticos diferenciais mais comuns? • Qual o tratamento indicado para este paciente? OBJETIVO: Mostrar ao aluno, as técnicas de diluição. Aglutinação Passiva: Determinação de Proteína C-Reativa 2) Aglutinação Passiva: Determinação de Fator Reumatóide Hemaglutinação Passiva para Doença de Chagas Hemaglutinação Passiva para Toxoplasmose OBJETIVO: Mostrar ao aluno, reações de formação do complexo antígeno-anticorpo “in vitro” com o emprego de um teste enzimático aplicado na prática de diagnóstico e de triagem. Exercício proposto (não obrigatório) Nascida de parto natural, sem intercorrências, a termo, Apgar 8, perímetro cefálico 33 cm, 43 cm de comprimento e 3,0 kg ao nascer. Refere ter tido catapora no ano anterior. Nega alergias e outras comorbidades. Não sabe informar sobre o calendário va... Antecedentes familiares Hábitos de vida Exame físico geral Questões para orientar a discussão do caso Exame Físico Exames Complementares Questões para orientar a discussão do caso
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