Buscar

Doenças do envelhecimento masculino

Prévia do material em texto

DOENÇAS DO
ENVELHECIMENTO
MASCULINO
HIPOGONADISMO
Deficiência androgênica: manifestação clínica +
evidência laboratorial de redução de testosterona.
Germinativas → espermatozoide
Leydig → testosterona
Sertoli → inibina
ETIOLOGIA
- Testiculo
- Hipotálamo/hipófise
- Misto (problema no testiculo e no eixo)
- Alvos de testosterona: receptor ou 5 - alfa-
redutase
Classificação:
- Primario: problema no testicolo
● Klinefelter 47 XXy, Tumor testicular, lesão
testicular (trauma, infecção, medicamentosa,
criptorquidia)
- Secundário: problema no hipotálamo/hipofisário
● Prolactinoma, kallmann’s, hipopituitarismo
(trauma, RDT, cirurgia), deficiência GnRH
- Misto
● Andropausa: distúrbio androgênico do
envelhecimento masculino (DAEM)
A medida que os homens envelhecem, suas
concentrações séricas de testosterona diminuem e as
concentrações séricas de gonadotrofinas aumentam,
porém esse aumento não é tão grande como seria
esperado pela queda da testosterona (feedback positivo),
refletindo uma atenuação da função hipofisária e,
portanto, uma associação de hipogonadismo secundário
e primário.
Os níveis de androgênios diminuem de forma
gradual e frequentemente sutil, diferente da diminuição
brusca da produção de estrogênios na mulher,
justificando o termo “menopausa”. Esse declínio nos
níveis de testosterona, quando associado a sinais ou
sintomas, tem sido chamado de andropausa, mas esse
termo foi substituído por distúrbio androgênico do
envelhecimento masculino ou hipogonadismo de
aparecimento tardio.
QUADRO CLÍNICO
- Clínico: fadiga, infertilidade, ginecomastia, perda
de massa muscular e densidade óssea
- Sexuais: queda de libido, disfunção erétil,
disfunção: orgasmo/ejaculação, atrofia testicular
- Cognitivo: fogachos, alterações de humor, sono,
memória
DIAGNÓSTICO
- clínico + laboratorial
- 2 dosagens de testosterona
- outros exames: prolactina, FSH/LH, estradiol
- USG doppler de testiculo
- densitometria óssea
- cariótipo
TRATAMENTO
Indicações:
- puberdade tardia
- hipopituitarismo
- disfunção erétil refratária
- DAEM
Contra-indicações:
- CA de próstata → PSA
- CA de mama masculino
- desejo reprodutivo
- hematócrito > 54%
Opções terapêuticas:
- testosterona: ausência de desejo reprodutivo →
inibição do eixo hormonal, espermatogênese,
pode ser por via oral, injetável e tópica.
- clomifeno: desejo reprodutivo, aumento das
gonadotrofinas (FSH/LH)
- anastrozol: inibe aromatização
- HCG/r-FSH: eixo hormonal
Urologia
Mariana Melo
DISFUNÇÕES SEXUAIS
DISFUNÇÃO ERÉTIL
Incapacidade persistente de iniciar ou manter
ereções para permitir relação sexual satisfatória.
FISIOPATOLOGIA
- enchimento arterial de sinusóides dos corpos
cavernosos, termos “aprisionamento” do sangue
por oclusão venosa
- plexo venoso sub tunical
ETIOLOGIA
- vascular
- neurogênica
- medicamentosa
- hormonal
- psicogênica
FATORES DE RISCO
Similar e DCV
- idade
- HAS
- DM
- DLP
- obesidade
- tabagismo
- sedentarismo
QUADRO CLÍNICO
- histórico sexual
- antecedente pessoal
- medicamentos que podem contribuir para
disfunção erétil: anti-hipertensivos,
antidepressivos/ansiolíticos, relaxante muscular,
anti-histamínicos, anti-androgênico e
quimioterapia
EXAME FÍSICO:
- penis
- próstata: toque retal
- testiculo: sinais de hipogonadismo
- geral: PA, IMC, circunferência abdominal
DIAGNÓSTICO
- clínico
EXAMES COMPLEMENTARES
- USG doppler peniano
- Laboratorial: testosterona, prolactina e tireoidiano
TRATAMENTO
- suporte psicológico
- terapia medicamentosa
- cirurgia
- redução de fatores de risco modificáveis
● 1 linha: inibidores de 5PD, Ex: sildenafila - viagra,
tadalafila, vardenafila, udenafila. Contraindicados
quando o paciente usa nitratos.
● 2 linha: injeção intracavernosa, Ex: monoterapia:
alprostadil; Combinada: alprostadil, papaverina e
fentolamina.
● 3 linha: prótese peniana (cirúrgico). Tipos:
semirrígida e inflável.
EJACULAÇÃO PRECOCE
Tempo <1 minuto após a penetração vaginal.
Inabilidade em retardar ejaculação.
Sofrimento pessoal:
- frustração
- incômodo
- evitar contato sexual
ETIOLOGIA
- indeterminada
FATOR DE RISCO
- disfunção erétil
- transtorno de ansiedade
QUADRO CLÍNICO
- diferenciar: EP primária x EP situacional
- é clínico
TRATAMENTO
- suporte psicológico/psicoterápico
- farmacológico
● inibidores da recaptação de serotonina;
Ex: dapoxetina e paroxetina
● anestésicos tópicos; Ex: tramadol
- comportamental
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
Hiperplasia das células do epitélio e estroma
Urologia
Mariana Melo
EPIDEMIOLOGIA/ETIOLOGIA
Idade avançada:
- tempo de exposição à testosterona
- maior sensibilidade à testosterona
Presença de testosterona
- proliferação das células epiteliais
- fatores de crescimento
História familiar de doença precoce
FISIOPATOLOGIA
A HPB começa na zona de transição.
Obstrução ureteral:
- mecânico: compressão dos nódulos
adenomatosos
- Funcional/dinâmico: contração das fibras
musculares do estroma prostático
Resposta vesical:
- Hipertrofia do músculo detrusor da bexiga
- reduz complacência e capacidade vesical →
sintomas irritativos
QUADRO CLÍNICO
Sintomas obstrutivos:
- hesitação
- jato fraco
- intermitência
- jato afilado
- gotejamento terminal
- esvaziamento incompleto
- gotejamento pós-miccional
Sintomas irritativos:
- urgência
- frequência
- noctúria
- incontinência de urgência
- incontinência por transbordamento
O volume prostático não tem, necessariamente,
relação com a quantidade de obstrução.
COMPLICAÇÕES:
- retenção urinária aguda refratária
- ITU → estase urinária
- litíase vesical → estase urinária
- falência do detrusor
- IRA ou IRC
- hematúria
- sintomatologia leve: 0 a 7
- sintomatologia moderada: 8 a 19
- sintomatologia grave: 20 a 35
DIAGNÓSTICO
- quadro clínico
- toque retal: aumentada simetricamente,
consistencia fibroelastica, sulco interlobular
preservado, nodulos endurecidos → biopsia,
tonus do esfincter anal (diagnostico diferencial
com causa neurologica.
- exames complementares:
● sumário de urina/EAS/exame de urina
tipo I
- piúria → itu
- hematúria → usg
● ureia e creatinina
- nefropatia obstrutiva
● PSA
- > 60 anos - VR< 4,0 ng/ml
- >1,6 → maior risco de HPB
TRATAMENTO
Assintomáticos, sintomas leves e sem complicações:
- observar e acompanhar anualmente
Sintomatologia moderada:
- terapia farmacologica
Sintomatologia grave:
- terapia medicamentosa inicialmente
- terapia cirúrgica: não responsivos ou retenção
urinária aguda, itu de repetição, hematúria
microscópica persistente, litíase vesical,
insuficiência renal, divertículos vesicais
Bloqueador alfa - 1 - adrenérgico:
Urologia
Mariana Melo
- relaxar o músculo liso
- seletivo (alfa-1-a) ou não seletivos, ex: tansulosina
- Efeitos colaterais: hipotensão postural, tontura
fraqueza, cefaléia, rinite
- Contra indicações: IR pós-renal e/ou resíduo
vesical elevado; hipotensão postural;
hipersensibilidade.
Inibidores da 5-alfa-redutase
- reduz volume glandular; ex: finasterida e
dutasterida
- interfere no PSA
- terapia combinada: sintomas obstrutivos
importantes e próstatas de grande volume
(>40gr)
Tratamento cirúrgico:
- Ressecção transuretral (RTU)
- Prostatectomia subtotal
● cálculos ou divertículos vesicais
● próstatas muito volumosas (>80gr)
Urologia
Mariana Melo

Continue navegando