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Princípio gerais do pré e pós operatório

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Princípio gerais do pré e pós operatório 
Diagnóstico → preparo → internação/cirurgia → 
recuperação → cicatrização → alta hospitalar → 
cura ou melhora 
 Pré operatório 
 Pós operatório 
 
- é necessário conhecer a patologia, as opções 
terapêuticas, o prognóstico (da doença/cirurgia; 
balança risco benefício); 
** saber o paciente que não deve operar 
- procedimento (preparo do paciente e da 
equipe); 
- preparo da equipe e do paciente; 
- burocracia (tempo necessário para preencher 
esses documentos, solicitação de autorização 
para a realização do procedimento, evidências da 
real indicação que podem ser solicitadas pelo 
plano de saúde); 
- recuperação, retorno ao trabalho, 
complicações (pensar e esclarecer para o 
paciente como será essa recuperação, as 
possíveis complicações, quanto tempo precisará 
até voltar ao trabalho; estar preparado para as 
possíveis complicações – pode ser necessário que 
haja algum especialista para garantir a ocorrência 
correta do procedimento; medidas para evitar 
essas complicações). 
 
 
Aspectos gerais: compreende uma boa 
abordagem clínica (anamnese e exame físico), 
exames pré-operatórios básicos, quando 
indicados, e cuidados que antecedem a cirurgia. 
Dados da história clínica (importantes para 
minimizar a ocorrência de complicações 
“evitáveis”): 
• Doença cardiopulmonar ativa; 
• Fatores de risco para infecções (se for 
mexer no TGI, maior risco de infecções); 
• Alergias (risco de choque anafilático); 
• Infecção (não fazer cirurgia eletiva em 
vigência de infecção, tratar antes); 
• Fatores de risco de doença cardíaca; 
• Uso de tabaco ou álcool; 
• Fatores de risco para sangramento; 
• Antecedentes de hipertensão, diabetes, 
asma e DPOC; 
• Medicamentos atuais (suspensão ou não); 
• Fatores de risco para trombose venosa 
profunda (TVP); 
• Cirurgia prévia ou anestesia com 
complicações; 
• Histórico de apneia do sono. 
 
Exame físico: exame físico completo + exame 
segmentar completo (do órgão em questão). 
 
- uso racional desses exames (indicação), mais 
comuns: 
• Hemograma (eritrócitos, plaquetas), deve 
ser solicitado em: 
- intervenções de grande porte; 
- suspeita clínica de anemia ou Policitemia; 
- insuficiência renal; 
- neoplasias; 
- pacientes com esplenomegalia; 
- uso de anticoagulantes; 
- presença de infecção ativa (avaliação do 
nível de leucócitos); 
- radio ou quimioterapias recentes 
(avaliação das células sanguíneas). 
• Coagulograma (DTP, DTPa; pode ser 
solicitado a depender de qual anestesia vai 
ser utilizada, por exemplo; na 
raquianestesia sempre pedem), solicitado 
quando: 
- história de sangramentos anormais; 
- operações vasculares; 
- operações oftalmológicas; 
- operações neurológicas; 
- operações com circulação extracorpórea; 
- hepatopatias (fatores de coagulação são 
produzidos pelo fígado); 
- síndrome de mal absorção (desnutrição 
pode interferir na síntese desses fatores de 
coagulação); 
- neoplasias avançadas; 
- esplenomegalia. 
• Creatinina (função renal), solicitado: 
- > 40 anos; 
- história pessoal ou familiar de 
nefropatias; 
- hipertensão; 
- diabetes. 
• Glicemia, solicitação ocorre: 
- pacientes > 40 anos; 
- história familiar ou pessoal de diabetes; 
- uso de hiperglicemiantes (corticoide ou 
tiazídicos); 
- pancreatopatias; 
- nutrição parenteral. 
• Eletrólitos (sódio, potássio) 
- pacientes em uso de diuréticos ou 
corticoides; 
- nefropatias; 
- hiperaldosteronismo secundário; 
- cardio ou hepatopatia com síndrome 
edemigênica (edema de membros 
inferiores). 
• Raio X de tórax 
- paciente > 60 anos; 
- operações torácicas ou abdome superior; 
- cardiopatias (análise da área cardíaca); 
- pneumopatias; 
- portadores de neoplasia (principalmente 
para avaliação de comprometimento 
pulmonar/metástases pulmonares); 
- tabagismo de mais de 20 cigarros ao dia. 
• Urocultura 
- pacientes com indicação de cateterismo 
vesical durante a operação ou 
- que façam parte do grupo de risco de 
bacteriúria assintomática (idosos, 
diabéticos, infecção urinária de repetição, 
litíase urinária, bexiga neurogênica, 
malformações de vias urinárias, gravidez, 
AIDS). 
• ECG: 
- homens com mais de 40 anos; 
- mulheres com mais de 50 anos; 
- cardiopatas, coronariopatas ou com 
sintomas de angina; 
- diabéticos; 
- hipertensos; 
 ** fatores de risco para aterosclerose (diabetes e 
hipertensão) 
- portadores de outras doenças com 
repercussão cardiovascular; 
- pacientes em uso de drogas 
cardiotóxicas. 
• Tipagem sanguínea 
- apenas procedimentos cirúrgicos de 
grande porte com possibilidade de perda 
sanguínea elevada (podem precisar de 
hemotransfusão no perioperatório); 
- deve ser acompanhada de reserva de 
sangue. 
• Parasitológico de fezes: 
- intervenção sobre o tubo digestivo. 
- é preciso saber diferencias exames pré-
op/eratórios de exames diagnósticos e/ou 
estadiamento. 
** cirurgias de pequeno/médio porte em pacientes com menos 
de 40 anos e hígidos normalmente não necessitam de exames 
pré-operatórios. 
 
Exames pré-operatórios x exames 
diagnósticos e/ou estadiamento 
 
- de acordo com as características clínicas do 
paciente, ex.: paciente ictérico, hipertireoidismo, 
estenose pilórica, diabético, sindorme de Cushin, 
feocromocitoma. 
Paciente ictérico: 
• morbimortalidade elevada; 
• possibilidade de lesão do hepatócito que 
leva a possibilidade de insuficiência 
hepática; 
• maior susceptibilidade a translocação 
bacteriana (sepse); 
• pacientes que podem estar 
imunossuprimidos; 
• susceptíveis a absorção de endotoxinas; 
• susceptíveis a lesão tubular renal, 
insuficiência renal. 
- conduta: 
• hidratação venosa mais rigorosa para 
evitar lesão renal; 
• drenagem da via biliar sempre que 
possível; 
• reposição sais biliares por via oral (pode 
ser necessário); 
• colestiramina (caso os pacientes 
apresentem prurido intenso, ela pode ser 
utilizada para diminuição do mesmo); 
• vitamina K (eventuais correções de 
produção de fatores de coagulação); 
• dieta hipoproteica; 
• antibioticoprofilaxia. 
 
Estenose pilórica (distensão gástrica, vômitos, 
pode ter perda importante de eletrólitos podendo 
desenvolver distúrbio ácido-base no 
perioperatório) 
• aspiração gástrica com sonda de Fouchet 
por 3 dias; 
• reposição hidroeletrolítica e ácida-básica; 
• reposição de albumina e/ou plasma (para 
correção de distúrbios); 
• avaliação e suporte nutricional (sonda 
enteral se possível ou nutrição parenteral); 
• antibioticoprofilaxia. 
 
Diabético 
• glicemia deve ser mantida entre 100 e 200 
mg/dL; 
• cirurgia deve ser realizada 
preferencialmente pela manhã para reduzir risco 
de hipoglicemia; 
• substituir hipoglicemiante oral por insulina 
regular dois dias antes (também para reduzir risco 
de hipoglicemia); 
** análise a cada 6 horas e correção com a insulina regular de ação 
rápida. 
• monitorar glicemia e fazer insulina regular 
sempre que necessário. 
 
Hipertireoidismo 
• manter as drogas antitiroidianas até a 
véspera do procedimento; 
• usar beta bloqueadores quando FC 
elevada – iniciar uma semana antes e manter no 
perioperatório; 
• sedação com BZDs por via oral nos 3 dias 
que antecedem a operação (se necessário). 
 
Feocromocitoma (neoplasia da adrenal que leva 
a liberação de catecolaminas) 
• pode ser necessário uso de bloqueador 
alfa adrenérgico durante 2 semanas antes da 
cirurgia; 
• se taquicardia persistente, entrar com beta 
bloqueador; 
• hidratação venosa com solução salina 
(1500 ml) na véspera da operação. 
 
Síndrome de Cushing 
• tem bloqueio da produção endógena de 
cortisol, então não tem a mesma resposta 
metabólica ao trauma cirúrgico; 
• utilizar cetoconazol para bloqueio do 
citocromo P450 (faz parte do metabolismo do 
cortisol). 
 
** escala mais utilizada 
** risco V só será operado em caso de urgência/emergência** olhar as outras escalas no livro 
Relação entre classificação ASA e a 
mortalidade perioperatória 
 
** cada cirurgia tem um risco de mortalidade próprio, por isso os 
intervalos são grandes 
** ASA III já é alta 
 
- prognóstico do paciente (risco da cirurgia não 
pode ser maior do que o risco da doença); 
- anestesista (preparo do ato anestésico) – risco 
anestésico (somado aos demais deve ser menor 
do que o de ficar sem operar). 
 
Morbimortalidade perioperatória: sofre 
influência direta da nutrição e da 
antibioticoprofilaxia que foi empregada. 
→ Ao imaginar pacientes desnutridos, emagrecidos, 
candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade 
mórbida, cirurgias que afetem a capacidade de absorção 
do TGI, doentes com perdas por fistulas, vômitos, 
diarreias ou infecções → nutrição (podem aumentar a 
morbimortalidade) → desfecho desfavorável. 
 
- fornecer ao doente energia necessária para 
restaurar as condições mínimas e garantir a 
resposta adequada no processo de coagulação, 
inflamação, combate a infecção e cicatrização 
(metas da nutrição pré-operatória); 
** cirurgia em que é necessário pensar em um cuidado nutricional 
antes de realizar o procedimento: cirurgia de neoplasia de esôfago 
(esfogectomia, gastrectomia), visto que essa patologia normalmente 
está associada a disfagia → sindorme disruptiva severa → 
desnutrição severa o que levaria a um desfecho ruim. 
- avaliação do estado nutricional: visa 
estabelecer o grau de desnutrição do enfermo. 
Ferramentas: 
• dados antropométricos; 
• composição corpores; 
• exame fisico; 
• analise bioquimica de marcadores de 
nutrição do paciente (proteinas totais, 
albumina); 
• exames funcionais; 
• medidas de consumo alimentar; 
• Avaliação Subjetiva Global. 
- planejamento nutricional: 
• Diagnostico da doença; 
• Intervenção cirúrgica proposta (tem 
anastomose/ressecção do TGI?); 
• Tempo previsto para realimentação (jejum 
pós operatório); 
• Necessidades energéticas (do paciente e 
da agressão metabólica que foi feita); 
• Definir quantidade de nutrientes; 
• Melhor via de acesso para oferta de 
nutrientes (TGI? VO? VE? VP?). 
 
- quando manter, alterar ou suspender a 
medicação de uso habitual do paciente? 
Suspensos 
 
** suspensos de maneira geral, mas cada procedimento tem suas 
especificidades. 
Anticoagulantes orais 
- substituir por heparina cerca de 5 dias antes da 
cirurgia (varfarina); 
- anticoagulantes mais novos (inibidores do fator 
X; ex.: rivaroxabana) podem ser suspensos 24-48 
antes; 
- heparina: suspender 6 horas antes do 
procedimento e reiniciada 24 a 48 horas depois da 
cirurgia; 
- nas operações de urgência transferir plasma 
fresco (15 a 20 ml/kg) para garantir níveis 
adequados dos fatores de coagulação. 
** há condutas específicas em cada tipo de cirurgia. 
 
Antiaderentes/antiagregantes plaquetários: o 
AAS deve ser suspenso 10 dias antes da 
intervenção. 
** na cirurgia vascular não são suspensos (normalmente faz-se dupla 
antiagregação – AAS + clopidogrel e heparina no pós operatório para 
evitar trombose arterial) 
 
Anitinflamatórios não esteroides: alteram a 
função plaquetária e devem ser suspensos 24 a 48 
horas antes da operação. 
 
Antidepressivos: especialmente iMAO devem 
ser retirados 3 a 5 dias antes do ato operatório. 
 
Hipoglicemiantes orais: 
- devem ser substituídos por insulina regular na 
véspera do ato cirúrgico, para melhor controle da 
glicemia e evitar a hipoglicemia; 
- aqueles em uso de insulina NPH (ação 
prolongada) devem receber apenas um terço da 
dose pela manhã da operação, seguido da infusão 
de soro glicosado 5% (evitar hipoglicemia). 
** paciente anestesiado/sedado → não é possível observar os sinais 
de hipoglicemia, paciente pode sofrer injuria cerebral. 
 
Mantidos 
 
- mantidos mesmo no dia da cirurgia mas com 
ingesta mínima de água para degluti-los. 
 
Como será? TGI, CV? 
Quando o paciente deve se sentar, levantar, entre 
outros? 
Quando deve se alimentar? 
Como será a dor e como faremos para amenizá-
la? 
Haverá cateteres, sondas e/ou drenos? 
Haverá estomas (estomia = derivação do TGI/TU 
para o meio externo [ex.: colostomia])? 
Como será a fisioterapia no pós operatório? 
(quando começar, tem equipe pra isso) 
Por que colaborar é importante? 
Quando ocorrerá a alta hospitalar (necessidade de 
jejum pós-operatório, medicamentos IV)? 
- essas informações serão passadas para o 
próprio paciente a fim de que ele esteja ciente 
sobre como será o procedimento, possíveis 
complicações e etc. 
 
Termo de consentimento informado 
(recomendação CFM nº 1/2016 – dispõe sobre 
o processo de obtenção de consentimento 
livre e esclarecido na assistência médica) 
- deve constar todas as informações sobre o 
procedimento; 
- em resumo, as seguintes recomendações são 
apresentadas neste documento: 
• Esclarecimento claro, pertinente e 
suficiente sobre justificativas, objetivos esperados, 
benefícios, riscos, efeitos colaterais, 
complicações, duração, cuidados e outros 
aspectos específicos inerentes à execução tem o 
objetivo de obter o consentimento livre e a decisão 
segura do paciente para a realização de 
procedimentos médicos. Portanto, não se 
enquadra na pratica da denominada medicina 
defensiva. 
** medicina defensiva → não é uma arma para o médico; trata-se um 
documento que visa garantir o conhecimento do paciente sobre tudo 
que pode ocorrer na operação. 
 
Tricotomia 
- não é feita com lâmina, seu uso é contraindicado 
pelo risco de infecção de ferida operatória; 
- preconizado: aparação dos pelos apenas na 
área da incisão. 
 
Preparo da pele 
- boa higiene e banho utilizando soluções 
degermantes antissépticas; 
- na sala operatória: degermação com soluções 
antissépticas seguida da antissepsia apropriada. 
 
Cateterismo 
- cateterismo vesical só deve ser feito quando há 
necessidade absoluta de monitorização da 
perfusão tecidual (pacientes com muitas 
comorbidades ou em situação de urgencia ou 
situação instavel) e em operações pelvicas ou de 
vias urinárias; 
- assepsia e antissepsia rigorosa na passagem da 
sonda; 
- deverá ser retirada o mais breve possível. 
** normalmente necessário apenas em grandes cirurgias, cirurgias de 
emergência 
** porta de entrada para infecção, por isso deve ser retirada o mais 
precocemente possível 
 
- visita anestésica; 
- diminuir ansiedade/medo; 
- administração de BZDs nos dias que antecipam 
a operação; 
- sedação com midazolam sublingual 30 minutos 
antes de ir para a sala operatória (diminui 
ansiedade/medo, pode interferir positivamente na 
resposta metabólica ao trauma). 
 
- prevenir a infecção de sítio cirúrgico (ISC); 
- sua indicação deve ser restrita a procedimentos 
em que: 
• Há risco significativo de ocorrência de ISC; 
• O risco é baixo, mas a morbimortalidade da 
ISC é elevada. 
- deve ser administrado na indução anestésica, 
dentro dos 60 minutos que antecedem a incisão 
cirúrgica, devido necessidade de um nível tecidual 
desse ATB no início da cirurgia (adm 30/60 min 
antes); 
- conceitos gerais da antibioticoprofilaxia: 
• Nível tecidual no início da cirurgia; 
• Duração do uso (dose vai precisar ser 
repetida); 
• Tipos de cirurgia em que se indica o uso. 
- classificação das cirurgias quanto ao 
potencial de contaminação: 
• Cirurgia limpa: não se usa profilaxia; 
• Cirurgia potencialmente contaminada: 
usa profilaxia; 
• Cirurgia contaminada: exigem 
antibioticoterapia; 
• Cirurgia infectada: exigem 
antibioticoterapia. 
- escolha do antimicrobiano: deve ter espectro 
para a maior parte dos patógenos causadores da 
ISC, de acordo com o tipo de procedimento e com 
dados de cada instituição (infecções/germes mais 
prevalentes). 
 
 
 
- deve haver uma preocupação em manter a Hb 
próxima a 10g/100ml a fim de garantir a perfusão, 
especialmente em idosos; 
- anemia das doenças crônicaspode cursar com 
volemia normal; 
** hoje em dia, considera-se todo o contexto do paciente para avaliar 
a necessidade da transfusão (Hb < 10g/100 ml não determina 
diretamente a hemotransfusão). 
 
Fatores de risco: 
- idade; 
- obesidade; 
- uso de anticoncepcional; 
- cardiopatia (ICC e FA); 
- câncer; 
- trauma de MMII; 
- imobilização prolongada; 
- operações pélvicas e quadril (risco de embolia 
gordurosa; ficam mais restritos ao leito no pós 
operatório); 
- passado de TVP/TEP (índices que preveem o 
risco [scores]). 
** deve-se avaliar os fatores de risco para determinar a 
necessidade da profilaxia. 
 
Risco baixo → meias elásticas e deambulação 
precoce (terapia mecânica) . 
Risco moderado ou alto → heparina profilática 
(terapia farmacológica). 
No intraoperatório → utilizar compressão 
pneumática das panturrilhas (botas; 
ajudam/aceleram o retorno venoso [cirurgia 
plástica, bariátrica]). 
 
- check list da “cirurgia segura” 
(relatório/documento para conferir as coisas – 
membro a ser operado, exemplo); 
- profilaxia antimicrobiana (tem indicação? Qual 
usar? Por quanto tempo manter?); 
- anestesia regional ou combinada; 
- hidratação endovenosa restrita (tem que evitar 
excessos?); 
- uso restrito de sonda nasogástrica (SNG), cateter 
urinário e drenos; 
- videocirurgia ou incisões obliquas; 
- profilaxia de náuseas e vômitos; 
- analgesia pós operatória (como vai ser? Quanto 
de dor esse paciente provavelmente vai sentir? 
Qual analgésico usar?). 
 
Preceitos da cirurgia e do manejo pós 
operatório 
- mobilização ultraprecoce: estimular a 
deambulação o mais rápido possível (estimula o 
peristaltismo, movimento do TGI; diminui risco de 
TVP); 
- hidratação venosa restrita; 
- controle da dor por opiáceos; 
- uso de procinéticos (normalmente antieméticos; 
ajuda no retorno do TGI - estimula); 
- retorno precoce à dieta; 
- terapia nutricional no pós operatório (necessita 
de algum cuidado especial, qual via será usada 
[enteral, parenteral]); 
- alta hospitalar (o que pode ser feito para que 
esse paciente vá, o mais rápido possível para casa 
- onde terá acesso apenas a microrganismos da 
comunidade e não aos hospitalares). 
 
- dor; 
- jejum prolongado; 
- perda sanguínea (principalmente em pacientes 
que desenvolvem instabilidade hemodinâmica); 
- redução da perfusão tissular por lesão extensa 
(hoje se preconiza cirurgias minimamente 
invasivas – apenas o suficiente para corrigir o 
distúrbio do paciente); 
- distúrbios funcionais de órgão vitais geram 
alterações orgânicas e humorais que visam 
restabelecer a hemostasia. 
** evitar essas alterações para que seja 
possível restabelecer a hemostasia do 
paciente o mais rápido possível. 
 
- fazer o exame físico completo, ficando atento ao 
que está no quadro; 
- débito urinário dá ideia sobre a volemia, se há 
necessidade de reposição ou não; 
- aspecto da drenagem (se está drenando algum 
liquido além do comum); 
- panturrilha (empastamento, edema assimétrico 
podem sinalizar para uma TVP; avaliar 
diariamente). 
 
 A maioria dos doentes cirúrgicos não 
necessita de exames complementares de rotina 
no periodo pós-operatório, a não ser quando o 
exame clínico evolutivo sugere anormalidades que 
demandam investigação (pacientes com 
internação superior a 48 horas). 
 Nos casos mais graves, por outro lado, 
podem requerer controles diarios os quais, por sua 
vez, são dependentes do tipo de paciente, das 
doenças de base, tipo de operação e eventuais 
complicações. 
 
 
** medicações que serão reintroduzidas. 
Dieta 
- específica para cada paciente no contexto de 
suas comorbidades de base e tipo de cirurgia 
(previsão de tempo de jejum); 
- exemplos: 
• DM – dieta para DM; 
• HAS – dieta hipossódica; 
• IRC – dieta restrita em proteínas e K+. 
- a evolução da dieta VO no pós operatório de 
cirurgias digestivas vai depender das condições 
clínicas do paciente e do tipo de cirurgia realizada 
(ex.: gastrectomia [anastomose/sutura 
reconstruindo o transito] – não quer que nas 
primeiras 24/48 horas passe alimento por ali [após 
isso pensar na dieta enteral ou parenteral para dar 
o suporte nutricional pro paciente). 
 
 
 
Reposição hidroeletrolítica 
- depende do porte da cirurgia, do tempo de jejum 
pós operatório; 
- em caso de cirurgia eletiva fazer balanço 
hídrico diário para avaliar as necessidades 
diárias do paciente e as por perdas pela própria 
cirurgia 
- quando for necessária hidratação venosa no pós-
operatório, buscar não ultrapassar a norma de 30 
ml/kg em 24 horas, salvo necessidades extras. 
Requisitos para fluidoterapia no pós 
operatório 
- conhecimento dos fenômenos da síndrome 
metabólica pós operatória; 
- balanço rigoroso da perda diária e desvios 
hidroeletrolíticos (necessidades e perdas 
individuais e aquelas associadas a cirurgia – ex.: 
vômito, perda no dreno); 
- conhecimento das necessidades diárias; 
- conhecimento da composição de líquidos 
perdidos (cada secreção tem sua composição 
específica [quadro]); 
- conhecimento da composição das soluções 
utilizadas na fluidoterapia. 
Balanço hídrico diário normal no adulto 
 
 
** ex.: não pode deglutir e toda a saliva que está sendo produzida 
está sendo eliminada, logo, está perdendo 1500 ml diário, por 
exemplo. 
** perda pode ocorrer também por sondas. 
 
Necessidades hidroeletrolíticas no pós 
operatório comum (sem outras perdas) 
- paciente comum (que não está tendo outras 
perdas) – é o que precisamos saber; 
- água: oferta de 2000 a 2500 ml/dia; 
- sódio: 100 a 150 mEq/dia (necessidades diárias 
incluindo perdas habituais e pequenas 
espoliações no pós operatório); 
** soro de manutenção → 2000 ml de água 
- potássio: 50 a 75 mEq/dia (necessidade diária), 
a partir do 2º dia de pós operatório; 
** reposição em pacientes que ficam menos de 48 horas muitas vezes 
não necessitam dessa reposição. 
- calorias: 400 a 600 kcal/dia (glicose) → SG 5% 
ou 10% (100 g de glicose). 
** soro fisiológico 0,9% → em 2000 ml há ~100 a 150 mEq de sódio 
** SG 5% → 2000 mL há 100 g de glicose; + 1 ampola de sódio 
(glicofisiológico) 
** ampola do potássio (25mEq) → uma ampola em cada 1000 ml de 
soro; ampola de sódio (50mEq) → uma ampola em 1000 ml de soro. 
- soro de manutenção é feito de acordo com 
essas necessidades basais. 
** disse que é importante!!! 
 
Inconveniente da dor no pós operatório 
- dificulta a mobilização; 
- limita o esforço da tosse; 
- abate física e psiquicamente o paciente. 
 
Inconvenientes da sedação da dor (usar 
apenas o necessário) 
- mascarar as complicações pós-operatórias 
graves; 
- inibir o reflexo da tosse; 
- interferir no mecanismo de respiração; 
- interferir na possibilidade de comunicação do 
paciente. 
** ter cuidado ao usar analgésicos por tempo prolongado, porque 
pode mascarar complicações 
** cuidado especial após 48 horas pois pode mascara febre, por 
exemplo, mascarando uma infecção (complicação pós operatória); 
uso prolongado de opioides pode interferir no íleo adinâmico do 
paciente (diminui o movimento peristáltico → quadro de constipação) 
– não é bom em caso de pacientes com anastomose do TGI, ex. 
 
Analgesia convencional 
- analgésicos narcóticos (morfina); 
- analgésicos não narcóticos (analgésicos 
[dipirona, paracetamol] e AINES). 
 
Analgesia por bloqueio epidural (manutenção 
do cateter) 
- morfina em doses 4 a 10 mg para um efeito de 4 
a 24 horas; 
- infusão continua (bomba de infusão); 
- risco de depressão respiratória (atenção!). 
 
 
 
→ quando a dor permanece mesmo em uso de 
paracetamol, acrescenta-se um opioide fraco, sem 
suspender o AINEs; na retirada a escadinha de 
suspensão é do opioide mais forte para o AINEs. 
 
Tríade de Virchow 
1. Lesão endotelial 
2. Estase sanguínea 
3. Hipercoagulabilidade 
** presença de um deles sinaliza para risco de TVP 
 
Pacientes susceptíveis- necessidade de imobilização (estase sanguínea); 
- história anterior de doença tromboembólica 
(estase + fator predisponente 
[hipercoagulabilidade]); 
- uso de anticoncepcionais e estrogênios (fator de 
hipercoagulabilidade); 
- idade > 40 anos (paciente geralmente menos 
ativo – estase venosa; hipercoagulabilida maior 
nessa idade); 
- presença de varizes (estase venosa por mal 
funcionamento das valvas das veias); 
- gravidade e duração da cirurgia (maior duração, 
maior estase venosa; maior cirurgia, maior o 
impacto da resposta metabólica ao trauma nos 
fatores de coagulação - hipercoagualbilidade); 
- obesidade (estase); 
- neoplasia (hipercoagulabilidade); 
- infecção (hipercoagulabilidade – cascata de 
inflamação interfere na de coagulação) 
- tipo de anestesia (estase); 
- trombofilias hereditárias. 
 
 
 
 
 
 
Quadro clínico da TVP 
 
→ dor, edema e empastamento muscular, 
principalmente se assimétrico é TVP até q se 
prove o contrário. 
→ sinal de Homans: dor à dorsiflexão. 
** não precisa gravar tudo 
 
 Mais de 90% dos êmbolos pulmonares se 
originam de trombos nas veias profundas dos 
membros inferiores. Eventualmente, origina-se de 
trombos proveniente do AD do coração ou de 
veias do membro superior. 
 
 
 
** anastomose alta → adm de azul de metileno → se insuficiencia, sai 
azul de metileno no dreno (por isso bastante utilizado na 
esofagectomia e gastrectomia total) 
 
Em cirurgias abdominais: 
- posição de Fowler (diminui a tensão da parede 
abdominal; favorece a drenagem venosa dos 
membros inferiores); 
- limitação ao leito prolongada exige fisioterapia 
motora; 
- fisioterapia respiratória previsse pneumonias e 
atelectasias. 
 
Síntese primária (sutura): reepitelização ocorre 
em 24 horas se tornando impermeável. 
- o curativo realizado na sala operatória deve 
permanecer por 24 horas, depois disso a ferida 
pode ficar exposta e a partir daí utiliza-se 
antissépticos. 
Incisões deixadas abertas (fechamento por 
segunda intenção): limpeza, desbridamento, 
oclusão (mantém a ferida fechada). 
 
 
Atrasam a recuperação 
- ansiedade, medo; 
- disfunção orgânica; 
- resposta orgânica ao trauma; 
- íleo pós-operatório; 
- náuseas e vômitos; 
- jejum prolongado; 
- hipoxemia; 
- drenos, tubos e cateteres. 
 
Aceleram a recuperação 
- informação; 
- nutrição perioperatória; 
- bloqueio neuroaxial; 
- cirurgia mini-invasiva; 
- normotermia; 
- prevenção de náuseas e vômitos; 
- prevenção de íleo; 
- abreviação de jejum pré-operatório; 
- retorno precoce a dieta; 
- evitar uso de opioides; 
- sono adequado, deambulação precoce. 
 
- paciente alimentando-se sem punção 
endovenosa; 
- paciente sem dor ou com dor controlada com 
analgésico por via oral; 
- paciente deambula sozinho ou com pouca ajuda; 
- desejo de alta (fascies de alta). 
Princípios para redução da resposta orgânica 
ao trauma 
- cirurgia minimamente invasiva; 
- prevenção de hipotermia perioperatória; 
- ingestão de carboidratos 2 horas antes da 
operação; 
- nutrição perioperatória; 
- otimização de líquidos por via endovenosa; 
- analgesia endovenosa; 
- antieméticos; 
- anestesia com bloqueio regional. 
** menor agressão → menor resposta metabólica ao trauma → 
recuperação mais rápida. 
 
Vantagens dos protocolos multimodais 
- redução da duração do íleo pós-operatório; 
- melhora da força muscular no pós-operatório; 
- melhora da ingestão calórica-proteica e menor 
perda de massa magra; 
- redução de complicações cardiorrespiratórias e 
cirúrgicas; 
- redução da internação hospitalar (tempo); 
- redução do período de convalescença; 
- redução de custos. 
 
 
 
- atelectasia, pneumonia, edema pulmonar 
(infusão de muito líquido), aspiração, 
broncoespasmo, embolia pulmonar; 
- fatores de risco: idade, obesidade, tabagismo 
associado a DPOC, drogas anestésicas, dor 
(cirurgia no andar superior; deprime o SR), 
imobilidade; 
- fatores que contribuem: diminuição da tosse, 
microbiota hospitalar, tubagem das vias aéreas, 
sobrecarga volêmica (edema pulmonar), 
distensão abdominal, hemorragia (aumento do 
espaço morto – meio de cultura [fazer hemostasia 
de maneira adequada]). 
- medidas gerais no tratamento dessas 
complicações: 
• Retirada precoce do leito ou mudança 
frequente de decúbito; 
• Toalete brônquica rigorosa (= aspiração e 
limpeza das vias aéreas); 
• Fisioterapia respiratória (cirurgias grandes; 
anestesia geral); 
• Drogas broncodilatadoras e esteroides; 
• Inalação com mucolíticos e 
broncodilatadores; 
• Antibioticoterapia; 
• Tratamento de flebites, fraturas e 
movimentação dos membros. 
 
Embolia pulmonar 
- formas de apresentação clínica: 
• Embolia maciça: colapso circulatório 
(falência do VD → morte); 
• Embolia submaciça: dispneia não 
explicada; 
• Infarto pulmonar: dor torácica tipo 
“pleurítica”; 
 
Preventivas 
- heparina profilática; 
- mobilização precoce; 
- elevação dos MMII; 
- uso de meias elásticas; 
- fisioterapia. 
 
 
 
Manifestação clínica 
- oligúria ou anúria; 
- retenção urinária; 
- insuficiência renal aguda (atenção a pré-renal 
[baixo fluxo] que pode evoluir para NTA [necrose 
tubular aguda]). 
Complicações renais 
- insuficiência pré-renal: pode ser causada por 
hipovolemia, síndrome de baixo débito cardíaco; 
- insuficiência renal (NTA), fatores de risco: 
• idade (RN e lactentes jovens); 
• função renal alterada pré-operatória; 
• duração de CEC (circulação 
extracorpórea); 
• tempo total da cirurgia; 
• uso de drogas nefrotóxicas no 
perioperatório.

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