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Politicas de Credito e Analise de Demonstrativos Contábeis

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Política de credito e Analise dos 
Demonstrativos Contábeis 
Professor Marcos Nardi 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
Professor Marcos Nardi 
mfnardi@hotmail.com – profmnardi@gmail.com 
POLITICA DE CRÉDITO 
 
O sucesso ou fracasso de um negocio depende principalmente da demanda por seus produtos, 
como regra, quanto maiores os volumes de vendas, maiores também serão os seus lucros e 
consequentemente, o valor de suas ações. 
 
As vendas dependem de uma série de fatores, alguns exógenos, mas outros sob o total 
controle da empresa. 
 
 As principais variáveis controláveis são: Os preços de venda, qualidade do produto, o 
marketing e a política de credito, que é um conjunto de decisões que incluem: 
 
Período de credito: Extensão de tempo dado para que os clientes para pagarem suas 
compras; 
 
Padrões de credito: Que se referem a capacidade financeira mínima dos clientes a prazos 
aceitáveis e a quantia de credito disponível para os diversos clientes; 
 
Política de cobrança: É a medida do rigor ou maleabilidade na cobrança das contas 
atrasadas; 
 
Descontos concedidos: Dados para pagamentos antecipados, incluindo os descontos a 
prazo. 
 
A definição da política de credito das empresas geralmente é efetuada nos níveis táticos, porém 
devido a sua importância deve ser ratificado pelos níveis estratégicos. 
 
Fonte: Texto extraído na integra da apostila de administração financeira do professor 
Almir Volpi. 
 
Analisando Mudanças na política de credito 
 
Grafia da analise 
 
Opção 
política atual 
Efeito da 
mudança 
Política 
proposta 
 Em milhões de R$ 
VENDA BRUTAS 400 130 530 
(-) DESCONTO -2 -4 -6 
(=) VENDA LIQUIDA 398 126 524 
(-) CUSTO DO PRODUTO VENDIDO -280 -91 -371 
(=) LUCRO ANTES DOS JUROS E IMPOSTO DE RENDA 118 35 153 
(-) CUSTO DE CARREGAR RECEBIVEIS -3 -2 -5 
(-) ANALISE DE CREDITO E COBRANÇA -5 3 -2 
(-) PERDA COM DEVEDORES DUVIDOSOS -10 -22 -32 
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (TRIBUTAVEL) 100 14 114 
(-) IMPOSTO DE RENDA 50 7 57 
(=) LUCRO LIQUIDO 50 7 57 
 
 
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Para que se faça viável a análise das políticas de credito é necessário que se tenha 
conhecimento de seus cálculos a serem demonstrados a seguir: 
 
PMR: O cálculo do prazo médio de recebimento da companhia é obtido por uma média 
ponderada dos diversos prazos que compõem a carteira conforme segue: 
 
PMR = (%P1 X Prazo 1) + (%P2 X Prazo 2) + (%P3 X Prazo 3)... 
 
Onde: 
 
P1, P2 e P3 = Clientes que pagam no período analisado. 
 
 
 
PDD: A Perda com Devedores Duvidosos é o percentual de perda aceito pela companhia em 
detrimento do grau de inadimplência do mercado, seu cálculo se dá pela simples aplicação do 
percentual sobre as VENDAS BRUTAS. 
 
 
Desconto: O desconto corresponde ao prêmio concedido pela companhia para os clientes que 
efetuam seus pagamentos de forma antecipada, se dá por: 
 
Desc. = Vendas Brutas X % desconto X % C 
 
 
Onde: 
 
C = Quantidade de clientes que se aproveitam do desconto 
 
CCR: O Custo de Carregar Recebíveis se dá pelo cálculo do prazo de recebimento da empresa, 
pelas vendas efetuadas diariamente, pelo custo de produção e pelo custo de capital, como 
segue: 
 
CCR: Vendas diárias X PMR X %CPV X %K 
 
 
Onde: 
 
Vendas diárias = VENDAS BRUTAS 
 360 
 
 
PMR = Prazo Médio de Recebimento 
 
 
% CPV = Percentual do custo de produto vendido (mercadoria) 
 
 
% K = Percentual do custo de capital 
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EXEMPLO 
 
A empresa “MhorhyBhundha” quer definir sua política de credito. Atualmente conta com vendas 
de $ 1.000.000,00 e concede desconto de 5% para quem paga em até 10 dias. 
Sabe-se que 20% de seus clientes aproveitam o desconto, do restante 50% pagam em 30 dias 
concedidos pela companhia como líquidos e o restante paga com atraso no 40º dia. 
Seu custo de produto vendido é de 70% e o custo de capital é de 20%. Os devedores duvidosos 
somam 2% e o custo com analise de credito e cobrança é de $ 50.000,00 e a alíquota de 
Imposto de Renda é de 40%. 
 
 Opção política atual Efeito da mudança Política proposta 
 Em milhões de R$ 
VENDA BRUTAS 
(-) DESCONTO 
(=) VENDA LIQ 
(-) CPV 
(=) LAJIR 
(-) CCR 
(-) ACC 
(-) PDD 
(=) LAIR 
(-) IR 
(=) LL 
 
MUDANÇAS PROPOSTAS 
 
- Alterar o desconto de 5% para 10%; 
- Alavancagem nas vendas de $ 2.000.000,00 
- Alterações nos padrões de pagamento: 
 40% pagarão em 10 dias; 
 30% pagarão em 30 dias; 
 30% pagarão em 40 dias. 
- CPV e K não se alteram; 
- ACC passa a ser de $ 30.000,00; 
- PDD passa de 2% para 5%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCEITUAÇÃO, OBJETIVO E FINALIDADES DA ANÁLISE CONTÁBIL. 
 
São várias as conceituações e objetivos desta técnica contábil, destacando-se: 
 
Conceito 
 Técnica de transformar dados extraídos de um determinado relatório contábil 
em informações uteis a tomada de decisão e concernente aos objetivos 
econômico financeiro almejado pelas companhias. 
 
Objetivo 
 Utilizar-se dos principais instrumentos de analise patrimonial das empresas para 
avalia-las em relação a seu desempenho, assim como buscar a previsibilidade 
de suas tendências. 
 
Finalidades Endógenas 
 Analisar a empresa em relação a suas situações financeiras, econômicas e 
avaliar suas atividades, que são responsáveis por gerar riquezas para a 
companhia. As analises tem caráter de pessoalidade em relação ao responsável 
por sua execução e podem variar seus enfoques de executor para executor. 
 
Finalidades Exógenas 
 Tem por finalidade fornecer a vários Stakeholders um diagnóstico e informações 
necessários para tomadas de decisões em: 
 Financiamentos e concessões de créditos; 
 Controles do governo (política econômica e tributária); 
 Aplicações no mercado de capitais; 
 Aquisições de empresas; 
 Perícias judiciais; 
 Controles internos; 
 Entre outros. 
 
TIPOS DE ANÁLISE CONTÁBIL 
 
Em relação a tipologia pode ser: 
 
Análise por série temporal 
 Desenvolvida para mapear e/ou acompanhar a evolução de determinada conta 
patrimonial ou de resultado através dos períodos de tempo, portanto pode-se 
avaliar a evolução. 
 
Análise comparativa 
 É aquela desenvolvida para se garantir índices comparativos dentro de um 
determinado universo, onde a conta está inserida. 
 
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PROCESSOS E MÉTODOS DE ANÁLISE CONTÁBIL 
 
São as técnicas que serão utilizadas para através de procedimentos e cálculos, criar-
se indicadores que posteriormente serão alvo das analises e, podendo ser: 
 
 
 
Análise vertical - (ou de estrutura), é o método por onde é efetuada a analise da 
estrutura de composição de um grupo determinados elementos, sejam patrimoniais ou 
de resultado, calculando a participação de cada elemento em relação ao todo; 
 
 
 
AH = {[( 
26500
25000
 ) – 1] x 100}= 6,00% 
 
Análise horizontal - (ou de evolução), método pelo qual é processada a variação de um 
ou mais elementos em determinados períodos, buscando estabelecer padrões e 
tendências, como por exemplo, o custo do produto vendido cresceram, em termos 
reais, X% em relação ao ano anterior. 
 
 
 
AV = [( 
25000
490500
 ) x 100]= 5,10% 
 
CONHECENDO AS CONTAS CONTABEIS 
 
DISPONIVEL 
Compreende a conta mais liquida da companhia, por se tratar deuma conta que está 
baseada em valores em espécie, não necessita de nenhum esforço para sua 
conversão. 
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CLIENTES 
 
Compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa. 
Eventualmente, nos casos das empresas prestadoras de serviços, podem ser inclusos 
os serviços já prestados e ainda não faturados. 
 
Provisão para Créditos de liquidação Duvidosa (conta redutora de Duplicatas a 
Receber). 
 
É constituída para cobrir as prováveis perdas decorrentes do não recebimento de 
Duplicatas a Receber. 
 
Duplicatas Descontadas (conta credora). 
 
ESTOQUES 
 
Os estoques compreendem produtos e materiais de propriedade da empresa. 
Compõem os estoques as seguintes contas: 
 
 Produtos Acabados: representa os produtos cujo processo de fabricação foi 
concluído e já se encontram em condições de venda. 
 Mercadorias para Revenda: compreende as mercadorias adquiridas para 
comercialização. 
 Produtos em Elaboração: representa o valor do inventário de produtos que se 
acham em processo de fabricação na data de levantamento do balanço; 
compreende todos os custos aplicados nesses produtos. 
 Materiais: compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto aquele 
que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produção, administração e 
entregas. 
 Mercadorias em Transito: compreende os bens comprados pela empresa que 
na data de balanço se acham em transporte, a caminho da empresa. 
 
 Provisão para Redução ao Valor de Mercado (conta redutora de estoques): 
tem por finalidade eliminar dos estoques a parcela dos custos que 
provavelmente não é recuperável. Tal conta prevê prováveis perdas resultantes 
de estragos, deterioção, obsoletismo, redução nos preços de venda ou de 
reposição do estoque. A constituição da Provisão para Redução ao Valor de 
Mercado é baseada no princípio de avaliação de estoque: “custo ou mercado, 
dos dois o menor”; segundo tal princípio as perdas devem ser reconhecidas no 
resultado do exercício em que ocorreram e não no exercício em que a 
mercadoria/produto é vendida, reposta ou transformada em sucata.Ao constituir 
a provisão para redução ao valor do mercado, a empresa credita essa conta e a 
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contrapartida é lançada na demonstração do resultado, no grupo despesas 
operacionais. 
 
APLICAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Freqüentemente, por excesso de recursos monetários, por obter boas taxas 
remuneratórias, por obrigações contratuais ou por falta de opção de negócios, as 
empresas efetuam aplicações financeiras por prazos que variam desde um dia até 
alguns anos, embora raramente ultrapassem um ano.As aplicações de curtíssimo 
prazo devem ser englobadas às disponibilidades: entretanto, as de maior prazo devem 
constituir um item a parte do Ativo Circulante (ou Realizável a Longo Prazo, se for o 
caso). 
 
OUTRAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE 
 
Existe uma infinidade de direitos, normal e individualmente de pequena monta, que 
podem surgir no Ativo Circulante de uma empresa, como decorrência de inumeráveis 
operações possíveis, como adiantamentos a fornecedores, verbas de propagandas, a 
recuperar, valores a receber por vendas não operacionais, venda de imóveis, 
maquinismo, despesas antecipadas de seguros, assinaturas, aluguéis, etc. 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
O Realizável a Longo Prazo compreende teoricamente as mesmas contas do Atvo 
Circulante (com exceção das Disponibilidades) cujo prazo de realização seja superior 
a um ano ou ao ciclo operacional se este for superior a um ano. 
 
INVESTIMENTOS 
 
A Lei das S.A. estabelece que devem ser classificadas em Investimentos as 
participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza 
que não se destinem à manutenção da atividade da empresa e não se classifiquem no 
Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo. 
 
IMOBILIZADO 
 
O Imobilizado compreende os bens e direitos destinados à manutenção das atividades 
da empresa. 
As principais contas componentes do Imobilizado são: 
 Terrenos 
 Construções 
 Instalações 
 Máquinas e Equipamentos 
 Móveis e Utensílios 
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 Veículos 
 Marcas e Patentes 
 
 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 
 Obras em Andamento 
 Adiantamentos para Imobilização 
 
Terrenos: esta rubrica compreende os investimentos efetuados pela empresa na 
aquisição de terrenos, incluindo os gastos legais com escritura, registros e cisão. 
 
Construções: incluem-se aqui todos os custos incorridos pela empresa na construção 
de edifícios utilizados nas operações da empresa, tanto industriais como de 
administração e vendas. 
 
Instalações: devem ser registradas como instalações todos os gastos necessários ao 
funcionamento da empresa despendidos na instalação de divisórias, estantes, 
prateleiras, bem como as instalações especiais elétricas e hidráulicas requeridas para 
melhor funcionamento ou por condições especiais das operações da empresa. 
 
Máquinas e Equipamentos: são aqui incluídos os custos havidos na aquisição e 
instalação de máquinas e equipamentos, ou seja, todos os custos além do preço pago 
a fornecedores, como impostos, transportes, preparação para instalação, etc. 
 
Móveis e Utensílios: esta conta registra todos os bens representados por mesas e 
cadeiras, máquinas de escrever e calcular, arquivos, armários, etc. 
 
Veículos: registra-se aqui o custo de aquisição de veículos de transporte externos a 
empresa, tanto utilizados pela administração, como por vendas e pela produção. 
Empilhadeiras, vagões, carrinhos, etc., utilizados internamente fazem parte de 
“Equipamentos”. 
 
Marcas e Patentes: são os custos da empresa na aquisição de marcas e/ou patentes 
de terceiros, bem como aqueles decorrentes de desenvolvimento interno através de 
pesquisas e que tenham sido efetivamente registrados nos órgãos competentes, a fim 
de que fiquem devidamente incorporados ao ativo da empresa. 
 
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: as melhorias, as reformas, pinturas, 
construções e adaptações efetuadas em imóveis de terceiros constituirão os custos 
que farão parte deste item. 
 
Obras em Andamento: são compreendidos por este item os custos incorridos pela 
empresa na construção de unidades fabris, comerciais e administrativas, incluindo 
custo de construção, importação em andamento, adiantamentos a fornecedores e 
prestadores de serviços, bem como almoxarifado de materiais a serem utilizados. 
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INTANGÍVEL 
 
Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da 
companhia ou exercícios com essa finalidade, inclusive o fundo de comercio adquirido, 
registrados pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta 
de amortização. 
 
DIFERIDO 
 
Foi extinto pela Lei n° 11.941/09 a qual, entretanto, permite que os valores existentes 
em dezembro de 2008 possam continuar existindo até a sua completa amortização. 
 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
Compreende todas as obrigações da empresa vencíveis no prazo de um ano ou, se o 
ciclo operacional for maior que um ano, as obrigações vencíveis no prazo do ciclo 
operacional. 
Dentro do Passivo Circulante, encontram-se as contas a seguir descritas: 
 Fornecedores: esta conta se origina das operações de compra a prazo, no 
mercado nacional ou no exterior, de matérias-primasa serem usadas no 
processo produtivo, mercadorias destinadas a revenda ou de insumos, outros 
materiais e serviços. 
 Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada: tal conta se refere a 
obrigações da sociedade oriundas de transações normais, ou seja, das compras 
de matérias-primas ou mercadorias a prazo de coligadas e controladas, como 
se fossem qualquer outro fornecedor. 
 Tributos a Pagar/Recolher: compreende as obrigações relativas a impostos, 
taxas e contribuições. Pode aparecer destacada ou englobadamente nos 
balanços. 
 Salários e Encargos sociais: referem-se as obrigações da empresa junto a 
seus empregados, bem como aos agentes arrecadadores de contribuições 
sociais, como INSS e CEF (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). 
 Empréstimo e Financiamentos de Instituições Financeiras: compreendem 
os recursos obtidos pela empresa junto a instituições financeiras do país para 
financiamento das imobilizações ou do giro dos negócios. 
 Outras contas de Passivo Circulante: a regra com relação ao Passivo 
Circulante é semelhante à do Ativo Circulante, no que se refere a outras contas: 
pequenos valores podem ser agrupados, enquanto as contas mais significativas 
devem ser individualizadas. 
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
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O PASSIVO NÃO CIRCULANTE compreende as obrigações da empresa vencíveis a 
prazo superior a um ano ou superior ao ciclo operacional da empresa. 
Integram o PASSIVO NÃO CIRCULANTE: 
 Financiamentos de Instituições de Crédito (sob diversas modalidades) 
 Adiantamentos (idem Passivo Circulante) 
 Contas a pagar 
 Contas Correntes 
 Empresas Coligadas/Controladas 
 Imóveis a pagar 
 Títulos a pagar 
PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
O Patrimônio Líquido representa os recursos dos acionistas formados por Capital – 
dinheiro ou bens – entregues pelos acionistas a empresa ou por lucros gerados pela 
empresa e retidos em diversas contas de reservas. 
 Capital Social: compreende (1) os recursos iniciais conferidos pelos 
acionistas/sócios a empresa; (2) os aportes posteriores de capital efetuados, 
ambos sob a forma de dinheiro ou bens; (3) os aumentos por transferências das 
contas de Reservas e Lucros Acumulados. 
 
 
 Reservas de Capital: referem-se a acréscimos patrimoniais que não 
transitaram pelo resultado como receitas. 
 Reserva de Lucros: são as contas de reservas constituídas por transferências 
de lucros da empresa. 
 Lucros Acumulados: conta representativa do saldo restante dos lucros após 
as destinações para reservas de lucros e dividendos distribuídos. Essa conta, 
que interliga o balanço a demonstração do resultado do exercício, tem natureza 
transitória e é utilizada para transferência do lucro apurado no período. 
PRINCIPAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
 
1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
A Receita Operacional Bruta da empresa é constituída pelo valor bruto faturado. O 
faturamento representa o ingresso bruto de recursos externos provenientes das 
operações – normais de venda a prazo ou a vista, no mercado nacional e exterior, de 
produtos, mercadorias ou serviços. 
Da Receita Operacional Bruta devem ser deduzidos os impostos incidentes sobre 
vendas, as vendas canceladas e os abatimentos concedidos para se chegar a Receita 
Operacional Liquida. 
 
Deduções das vendas 
 
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 Vendas Canceladas: é a conta devedora que registra o montante das vendas 
devolvidas pelos clientes. 
 Abatimentos sobre vendas: compreendem os descontos concedidos a 
clientes, após a entrega de produtos/mercadorias. 
 
Impostos Incidentes Sobre Vendas 
 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): é um imposto cobrado pela 
União sobre os produtos que sofrem industrialização definida como operação 
que lhes modifique a natureza, o funcionamento ou o seu acabamento. 
 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): é um imposto 
incidente sobre o valor agregado em cada circulação de mercadoria. 
 
2 CUSTOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS (CPV) 
 
 Custo dos Produtos Vendidos (empresas industriais): as empresas 
industriais, caracterizadas pela transformação de bens e sua comercialização, 
apresentam os seguintes componentes do custo dos produtos vendidos: 
CPV = EI + CPP – EF 
CPP = MC + MOD + CIF 
Onde: 
EI = Estoques Iniciais 
CPP = Custo de Produção do Período 
EF = Estoques Finais 
MC = Materiais Consumidos 
MOD = Mão de Obra Direta 
CIF = Custos Indiretos de Fabricação 
 
MATERIAIS CONSUMIDOS: corresponde ao custo dos materiais utilizados na 
produção durante o período compreendido pela demonstração do resultado. Seu 
valor é obtido da seguinte forma: 
MC = EIM + CL – EFM 
onde: 
EIM = Estoque Inicial do Material existente na empresa no inicio do período. 
CL = Compras Líquidas: compras brutas de matérias-primas realizadas no 
período deduzidas das devoluções de compras, abatimentos, impostos 
faturados (IPI, ICMS) e adicionais das despesas com transportes de compras, 
seguros de compras, etc. 
EFM = Estoque Final de Material existente na empresa no final no período, ou 
seja, o material adquirido e não consumido. 
 
 
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 Custos dos Serviços Prestados: o Custo dos Serviços Prestados, no caso das 
empresas prestadoras de serviços, corresponde aos custos incorridos para a 
prestação dos serviços. 
 Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) (empresas comerciais): as 
empresas comerciais caracterizadas pela atividade de compra de mercadorias 
para serem revendidas no mercado apresentam os seguintes componentes do 
custo das mercadorias vendidas: 
CMV = EI + CI – EF 
EI = Estoques das mercadorias destinadas à venda no inicio do período 
CI = Compras Líquidas: as compras brutas de mercadorias realizadas no 
período, deduzidas das devoluções de compras, abatimentos, impostos (IPI, 
ICMS) e adicionadas das despesas com transportes de compras, seguros de 
compras, etc. 
EF = Estoque das mercadorias destinadas à venda existentes no final do 
exercício. 
 
DESPESAS OPERACIONAIS 
 
As Despesas Operacionais, segundo a lei das S.A., compreendem as despesas 
necessárias para a empresa funcionar, isto é, vender, administrar e financiar 
suas atividades. Do ponto de vista da Análise de Balanços, seria interessante 
que as despesas financeiras não estivessem entre as despesas operacionais. 
 
 Despesas de Vendas: representam as despesas necessárias para as vendas, 
bem como as de promoção e distribuição dos produtos da empresa no mercado. 
 Despesas Administrativas: compreendem as despesas incorridas para a 
direção e execução das tarefas administrativas, bem como as despesas gerais, 
que beneficiam os negócios da empresa. 
 Despesas Financeiras: representa a remuneração paga a terceiros que 
financiaram a empresa. As despesas financeiras englobam: 
- Comissões e despesas bancárias: são despesas cobradas pelas instituições 
financeiras nas operações de desconto, repasses, empréstimos, etc. 
- Descontos concedidos: são descontos dados a clientes por pagamentos 
antecipados de duplicatas. 
- Juros: são os juros pagos em empréstimos, financiamentos, desconto de 
títulos, etc. 
- Correção monetária prefixada: relativa à obrigação que tem preestabelecida 
a taxa de correção monetária. 
- Variação cambial: registra os acréscimos de dividas devidos à atualização 
periódica dos empréstimos e financiamentos pagáveis em moeda estrangeira. 
- Correção Monetária: registra os encargos de correção monetária sobre 
empréstimos e financiamentos sujeitosà clausula de correção monetária, 
normalmente fixada com base na variação do valor nominal da OTN (ou UPC). 
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 Receitas Financeiras: representam os ganhos de capitais aplicados em 
investimentos temporários, bem como outros ganhos de natureza financeira 
como: 
- Descontos Obtidos: decorrem de pagamentos antecipados de duplicatas a 
fornecedores 
- Juros Ativos: referem-se aos juros cobrados de clientes por atraso de 
pagamento, postergação de vencimento de títulos, etc. 
- Receita de Investimentos Temporários: aqui são registradas as receitas 
totais provenientes de aplicações temporárias de caixa. 
 
DEMAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
Após a apuração do Lucro Operacional, surgem diversos itens na Demonstração 
do Resultado. Primeiramente, são os resultados não operacionais que 
representam receitas e despesas, ganhos e perdas não previsíveis, cuja 
ocorrência constitui um fato esporádico ou eventual, não ligado as atividades 
normais de obtenção de lucro ou de despesas. 
 
 Resultado não Operacional: compreende o resultado de operações não 
vinculadas ao objeto social da empresa como lucros ou prejuízos na venda de 
Ativo Permanente, baixa de Ativo Permanente, sinistros e suas indenizações, 
etc. 
 Provisão para Imposto de Renda: apurado o lucro, uma parte será destacada 
para pagamento do imposto de renda. 
 
 
 
 
 
Ativos Circulantes 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Disponível Vendas a vista Se a conta for aumentada pelas 
vendas, quanto maior melhor para a 
empresa 
Contas a 
receber 
Vendas feitas a curto prazo Conta que é aumentada pelas vendas, 
quanto maior melhor para a empresa 
Investimentos Valores aplicados em curto prazo Valores que estão disponiveis e se 
referem a sobra de caixa, quanto maior 
melhor 
Estoques Matérias primas ou produtos acabados 
já em poder da empresa 
Valores empatados e ainda não 
recuperados, quanto menos melhor 
Despesas 
pré-pagas 
Adiantamento de pagamentos Quanto mais se paga adiantado, 
melhor, significa sobra de caixa no dia 
a dia 
 
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Realizável a Longo Prazo 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Realizável a 
Longo Prazo 
Vendas feitas no longo prazo Conta que é aumentada pelas vendas, 
quanto maior melhor para a empresa, 
desde que as vendas a vista e curto 
prazo acompanhem. 
 
 
 
 
 
Ativos Fixos (Permanentes): 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Investimentos Participação (investimentos) feitos em 
outras companhias 
Conta de investimento por necessidade 
ou excesso de recursos, quanto maior 
melhor, desde que as demandas 
acompanhem. 
Propriedade 
e 
equipamento 
Estrutura produtiva da companhia deve 
estar adequada a capacidade de 
produção X Demanda 
Conta de estrutura da empresa,quanto 
maior melhor, desde que as demandas 
acompanhem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passivos Circulantes 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Fornecedores Referem-se as compras de materia 
prima feitas a prazo (curto prazo). 
Conta que deve aumentar quando 
aumentarem os estoques, só se 
justifica se a demanda aumentar na 
mesma ordem. 
Duplicatas a 
Pagar 
Demais compras efetuadas que não 
materias primas em transações 
normais. 
Conta que serve como base para as 
compras operacionais, não favoravel 
quando aumenta. 
Tributos a 
Pagar 
Tributos, taxas e impostos para serem 
recolhidos. 
Aumenta em função das atividades da 
companhia, quanto mais ocorrem os 
giros, mais aumentará. 
Salários e 
Encargos 
Obrigações para com seus 
colaboradores. 
Aumenta em função de aumento na 
estrutura de mão de obra, se justifica 
com aumento da demanda. 
Empréstimo e 
Financiamentos 
Recursos de terceiros obtidos em 
istituições financeiras. 
Conta que demanda cuidados, por se 
tratar de ser onerosa para a companhia, 
só valida para capital de giro. 
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Exigivel a Longo Prazo 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Exigivel a 
Longo Prazo 
Obrigações que a empresa possui 
com prazo superior ao periodo 
estudado, acima de 01 ano. 
Conta que é validada para o 
financiamento da estrutura, por se tratar 
de valores a custos menos onerosos 
para sua aquisição. 
 
 
Patrimonio Liquido 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Capital Social: Capital integralizado pelos 
proprietários inicialmente, posteior 
aporte ou transferencia de reserva de 
lucros. 
Conta do patrimonio que os sócios 
imputaram na companhia, o aumento 
dessa conta confere aumento de 
estrutura da empresa. 
Reserva de 
Lucros 
Reservas dos lucros da empresa para 
utilização posterior normalmente em 
reinvestimento 
Quanto mais aumentar,significa maior 
sobra de lucros. 
Lucros 
Acumulados 
Conta de lucros da empresa, interliga-
se com o DRE nas apurações 
Quanto maior, pode significar que a 
empresa está mais lucrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DRE 
Conta O que representa Comportamento para a companhia 
Receita operacional 
bruta/vendas brutas/receita 
bruta 
Principal fonte de recusros da 
empresa, entrada principal de 
recusros financeiros. 
Se relaciona com todas as contas de 
balanço e dre, quanto mais aumente os 
melhor para a companhia. 
Deduções das vendas Conta que delapida valores das 
vendas da companhia, retirando 
valores. 
Com excessão dos impostos que 
existem em função delas, essa conta 
pode ser muito nociva para a empresa, 
relaciona-se diretamente com o lucro 
liquido da empresa. 
Custos de produtos, serviços 
ou mercadoria vendidos 
Conta que representa os gastos com 
a produção propriamente dita da 
empresa 
Relaciona-se com as contas 
fornecedores, estoques, contas de 
estrutura e com o lucro da empresa. 
Despesas operacionais Conta que representa todas as 
atividades que promovem que a 
empresa mantenha-se em atividades 
(administrativas, financeiras, vendas, 
etc.) 
Devem ser analisadas caso a caso, por 
exemplo as despesas administrativas 
está ligada a estrutura, a conta despesas 
financeiras está relacionada com o 
endividamento, etc. 
 - Despesas com 
vendas 
Despesas realacionadas a 
promoção e distribuição do 
produto no mercado. 
Relaciona-se com as contas de 
vendas, lucro e com os indicadores de 
rentabildiade. 
 
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- Despesas 
administrativas 
Despesas realacionadas com o 
controle das atividades e os 
subsidios para que ocorram. 
Relaciona-se com a estrutura da 
empresa e com o lucro. 
 - Despesas 
financeiras 
Despesas relacionadas 
capacidade de pagamentos das 
dividas e o custo dos emprestimos 
tomados. 
Relaciona-se diretamente com as 
contas de financiamento, tanto de 
curto como de longo prazo, e de 
fornecedores. 
 
 
Demais contas da 
demonstração do resultado 
Contas operacionais e não 
operacionais,não previsiveis. 
Relacioandas diretamente ao lucro da 
companhia. 
 - Despesas não 
operacionais 
Despesas relacionadas a atividades 
não vinculadas a atividade fim da 
companhia. 
Relacioandas diretamente ao lucro da 
companhia. 
 
 - Peovisão para IR Valor destacado do lucro para 
pagamento do imposto de renda 
Relacionadas diretamente ao lucro da 
companhia. 
 
 
 
Texto extraído de: MATARAZZO, D.C. Analise Financeira de Balanços. 7ed. São 
Paulo: Atlas. 2010 
 
 
 
Indicadores Econômicos Financeiros 
 
Os índicesconstituem um importante instrumento de analise empresarial, são 
uma relação entre as contas dos demonstrativos contábeis e visam evidenciar aspectos 
econômico-financeiros da companhia. 
 
 
 
 
 
 
Rentabilidade 
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação 
TRI ou ROI 
Taxa de Retorno de 
Investimento ou 
Return On Investment 
TRI = Lucro Liquido / Total 
dos Ativos (X 100) 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 
investimento total. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
PAYBACK - 
TRI 
Payback da Taxa de 
Retorno do 
Investimento 
PAYBACK = 100% / TRI 
Quantos anos a empresa levará 
para recuperar o valor total 
investido no ativo. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
TRPL ou 
ROE 
Taxa de Retorno 
sobre Patrimonio 
Liquido ou Return On 
Equity 
TRPL = Lucro Liquido / 
Patrimônio Liquido (X 100) 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 de capital 
próprio investido, em média no 
exercício. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
PAYBACK - 
TRPL 
Payback da Taxa de 
Retorno sobre 
Patrimonio Liquido 
PAYBACK = 100% / TRPL 
Quantos anos os sócios levarão 
para recuperar o que foi 
investido na empresa. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
MOL 
Margem Operacional 
Liquida 
MOL = Lucro Operacional 
/ Vendas Liquidas ( X 100) 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 de 
receita liquida. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
ML 
Margem Liquida - 
Lucratividade 
ML = Lucro Liquido / 
Vendas Liquidas ( X 100) 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 vendidos. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
GA 
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Giro do Ativo - 
Produtividade 
GA = Vendas Liquidas / 
Total dos ativos ( Resp. 
Vezes) 
Quanto foi vendido para cada $ 
1 de investimento total. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
 
Endividamento 
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação 
GE / EG 
Grau de 
endividamento ou 
Endividamento Geral 
GE / EG = Capitais de 
terceiros / Patrimônio 
Liquido ( X 100) 
Quanto a empresa tomou de 
terceiros para cara $ 100 de 
capital próprio. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
CE 
Composição do 
endividamento 
CE = Passivo Circulante / 
Capitais de terceiros ( X 
100) 
Percentual de obrigações de 
curto prazo em relação ao total 
das obrigações 
Quanto 
menor, 
melhor. 
IMPL 
Imobilização do 
Patrimonio Liquido 
IMPL = (Ativos não 
circulantes - realizável a 
longo prazo) / Patrimônio 
Liquido ( X 100) 
Quanto em $ a empresa aplicou 
no seu ativo imobilizado para 
cada $ 100 de Patrimônio 
Liquido 
Quanto 
menor, 
melhor. 
CGP 
Capital de Giro 
Próprio 
CGP = Patrimônio Liquido 
- Ativos não circulantes - 
Realizável a longo prazo 
(Resp. em $) 
Quanto do patrimônio liquido, 
em $, está investido no capital 
de giro. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
IMRÑC 
Imobilização de 
Recursos Não 
Correntes 
IMRÑC = [Ativo 
permanente / (Passivo 
Não Circulante + 
Patrimônio Liquido)] ( X 
100) 
Que Percentual de recursos 
não correntes (PL + PÑC) foi 
destinado ao permanente. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Liquidez 
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação 
LC Liquidez Corrente 
LC = Ativo Circulante / 
Passivo Circulante 
Quanto a empresa possui em 
de ativo circulante para cada 
$1 de passivo circulante 
Quanto maior, 
melhor. 
LS Liquides Seca 
LS = (Ativos Circulantes - 
estoques) / Passivo 
circulante 
Quanto a empresa possui em 
de ativo liquido para cada $1 
de passivo circulante 
Quanto maior, 
melhor. 
LG Liquidez Geral 
LG = (Ativos circulantes + 
realizável a longo prazo) / 
(Passivo circulante + 
passivo não circulante) 
Quanto a empresa possui em 
de ativo circulante + Realizável 
a longo prazo para cada $1 
de divida total. 
Quanto maior, 
melhor. 
LI Liquidez Imediata 
LI = Disponível / Passivo 
Circulante 
Quanto a empresa possui em 
de ativo disponível para cada 
$1 de passivo circulante 
Quanto maior, 
melhor. 
CCL 
Capital Circulante 
Liquido 
CCL = Ativo Circulante - 
Passivo Circulante 
Representa o excedente das 
aplicações em ativo circulante, 
em relação a capitalização de 
Quanto maior, 
melhor. 
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recursos (passivo circulante). 
Situação Financeira. 
 
Atividades 
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação 
PMRE 
Prazo médio de 
renovação de 
estoques 
PMRE = Estoques / 
Custo do produto vendido 
( X 360 dias) 
Quantos dias, em média, a 
empresa leva para renovar 
seus estoques 
Quanto 
menor, 
melhor. 
GE Giro dos estoques GE = 360 dias / PMRE 
Quantas vezes os estoques 
foram renovados no período. 
Quanto maior, 
melhor. 
PMRV 
Prazo médio de 
recebimento de 
vendas 
PMRV = Duplicatas a 
receber / Vendas a prazo 
( X 360 dias) 
Quantos dias, em média, a 
empresa leva para receber 
suas vendas a prazo. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
GD 
Giro de duplicatas a 
receber 
GD = 360 dias / PMRV 
Quantas vezes as duplicatas a 
receber foram renovados no 
período. 
Quanto maior, 
melhor. 
PMPF 
Prazo médio de 
pagamento de 
fornecedores 
PMPF = Fornecedores / 
Compras (CMV + Ef - Ei) 
( X 360 dias) 
Quantos dias, em média, a 
empresa leva para pagar seus 
fornecedores 
Quanto maior, 
melhor. 
GF Giro de Fornecedores GF = 360 dias / PMPF 
Quantas vezes as duplicatas a 
pagar foram renovados no 
período. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
Fonte: Braga, Zuinglio J.B. – Apostila Contabilidade para Executivos – Fundação Getulio Vargas 
 
 
RENTABILIDADE 
 
Os indicadores de rentabilidade são os índices que medem a companhia em relação a 
sua capacidade de produzir lucro, ou seja, as possibilidades de transformar esforços 
produtivos em margens de lucro e os prazos que esse leva para ocorrer. As margens 
descritas são inversamente proporcionais aos prazos de retorno, portanto quanto 
maiores forem as margens, menores serão os prazos. 
 
 
ROI – Retorno Sobre Investimento, também conhecido como Retorno Sobre Ativos 
(ROA), mede a eficiência global da companhia, ou seja a capacidade dos ativos da 
empresa em gerarem retornos financeiros (lucro). 
 
 
 
 
 
 
ROE – Retorno Sobre Patrimônio Liquido, mede os retornos gerados em lucros pelos 
investimentos dos sócios na empresa, quanto eles auferem de lucro. Quanto mais 
melhor a empresa demonstra sua capacidade de gerar riqueza para os sócios. 
 
 
 
 
 
 
ROI = 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒐𝒔 𝑨𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔
 X 100 
ROE = 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐
𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒐 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐
 X 100 
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MOL – Margem Operacional Liquida, mede quanto das vendas resta após a companhia 
apropriar o CPV/CMV, mais despesas operacionais. Quanto maior melhor será, haja 
vista que mais lucro esta ficando na empresa. 
 
 
 
 
 
 
ML – Margem Liquida, mede quanto das vendas resta após a companhia apropriar 
todos as despesas inclusive os juros e imposto de renda. Quanto maior melhor será, 
haja vista que mais lucro esta ficando na empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENDIVIDAMENTO 
 
Medem a quantidade e a dependência da companhia em relação a capitais de terceiros 
investidos em sua estrutura, quanto menor for a dependência do capital de terceiros 
melhor será para a companhia. 
 
GE/EG – Endividamento geral ou Grau de endividamento é a correlação entre o que 
foi pego de capital de terceiros em relação ao capital próprio investido na companhia. 
Quanto menor for a necessidade de se utilizar desse recurso, melhor será para a 
companhia. 
 
 
 
 
 
 
CE – Composição do Endividamento geral mede entre o que foi pego de capital de 
terceiros o que corresponde a curto prazo. Quanto menor for a necessidade de se 
utilizar desse recurso, melhor será para a companhia.IMPL – Imobilização do Patrimônio Liquido mede quanto do Patrimônio Liquido foi 
investido em Imobilizados da companhia. Quanto menor for a utilização desse recurso, 
melhor será para a companhia, pois restará mais recursos para ser utilizado em Capital 
de Giro Próprio. 
 
 
MOL = 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑶𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂𝒔
 X 100 
EG = 
𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏
𝐏𝐋
 X 100 
ML = 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂𝒔
 X 100 
CE = 
𝐏𝐂
𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏
 X 100 
IMPL = 
𝐀𝐏
𝐏𝐋
 X 100 
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CGP – Capital de Giro Próprio quanto foi investido no capital de giro do que foi investido 
em capital próprio (PL). Quanto maior for a utilização desse recurso, melhor será para 
a companhia. 
 
CGP = PL – AP (Resposta em R$) 
 
IMRÑC – Imobilização de Recursos não Correntes é parecido com a Imobilização de 
PL, porém com a participação do capital não circulante de terceiros, nesse caso esse 
recurso diminui a participação do capital próprio no imobilizado, restando maior parcela 
para capital de giro próprio.. Quanto maior for a utilização desse recurso, melhor será 
para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIQUIDEZ 
 
Medem a capacidade que a companhia tem de cumprir com suas obrigações, 
principalmente no curto prazo, fazendo uma correlação entre os recebíveis e os 
exigíveis de terceiros. Buscam o equilíbrio entre pagamentos e recebimentos, caso isso 
não ocorra haverá excesso ou falta de capital de giro. 
 
 
LC – Liquidez Corrente é a correlação direta entre ativos e passivos circulantes, mede 
para cada unidade monetária em divida quantas unidades monetárias a empresa 
possui. Quanto maior for o resultado, melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
LS – Liquidez Seca é a mesma relação que a Liquidez Corrente, porém excluindo-se 
os estoques, pois esses são mais complexos em tornarem-se recursos financeiros. 
Quanto maior for o resultado, melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
IMRÑC = 
𝐀𝐏
𝐄𝐋𝐏+ 𝐏𝐋
 X 100 
LC = 
𝐀𝐂
𝐏𝐂
 (Resposta em R$) 
LS = 
𝐀𝐂−𝐄𝐬𝐭𝐨𝐪𝐮𝐞𝐬
𝐏𝐂
 (Resposta em R$) 
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LG – Liquidez Geral é a mesma relação que a Liquidez Corrente, porém incluindo-se 
os ativos e passivos de longo prazo, pois assim pode-se traçar um cenário um pouco 
mais amplo. Quanto maior for o resultado, melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
LI – Liquidez Imediata é a mesma relação que a Liquidez Corrente, porém utilizando-
se apenas do disponível para pagamento de todas as contas de curto prazo, verifica 
se houvesse a necessidade de liquidação de todas as contas no momento como seria 
a capacidade. Quanto maior for o resultado, melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
CCL – Capital Circulante Liquido, também conhecido como Capital de Giro, é a 
quantidade de recurso total que a empresa tem em circulantes em relação ao que ela 
deve também em circulantes. Quanto maior for a utilização desse recurso, melhor será 
para a companhia. 
 
CCL = AC – PC (Resposta em R$) 
 
 
 
ATIVIDADE 
 
Medem os prazos de produção da empresa e a quantidade de giros que esses quesitos 
dão durante o prazo de um ano, cada prazo tem um comportamento próprio, porém 
todos ligados ao ciclo operacional da empresa. Medem capacidade produtiva e de 
escoamento de produtos, e capacidades de pagamento e recebimento em dias. 
 
PMRE – Prazo Médio de Renovação de estoques ou Prazo Médio de Estocagem mede 
o tempo que os estoques permanecem na companhia antes das vendas, desde a 
compra de matéria prima até a venda do produto acabado. Quanto menor for esse 
tempo melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
PMRV – Prazo Médio de Renovação de Vendas ou Prazo Médio de Cobrança, mede 
o tempo que os clientes levam para pagar suas compras, portanto o prazo que a 
companhia leva para receber suas vendas. Em outras palavras é o prazo que a 
LG = 
𝐀𝐂 + 𝐑𝐋𝐏
𝐏𝐂 + 𝐄𝐋𝐏
 (Resposta em R$) 
LI = 
𝐃𝐢𝐬𝐩𝐨𝐧𝐢𝐯𝐞𝐥
𝐏𝐂
 (Resposta em R$) 
PMRE = 
𝐄𝐬𝐭𝐨𝐪𝐮𝐞𝐬
𝐂𝐏𝐕
 X 360 dias 
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mailto:profmnardi@gmail.com
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companhia financia a atividade do cliente. Quanto menor for esse tempo melhor será 
para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMRF – Prazo Médio de Renovação de Fornecedores ou Prazo Médio de Pagamento, 
mede o tempo que a companhia leva para pagar suas compras. Em outras palavras é 
o prazo que a companhia opera com os recursos dos fornecedores. Quanto maior for 
esse tempo melhor será para a companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
Os giros serão sempre uma relação entre o ano comercial e os prazos encontrados, 
seu comportamento será sempre inversamente proporcional ao prazo. 
 
 
Giro Estoque = 360 dias / PMRE (Quanto maior melhor) 
 
Giro Recebto = 360 dias / PMRV (Quanto maior melhor) 
 
Giro Pagto = 360 dias / PMRF (Quanto menor melhor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMRV = 
𝐃𝐮𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐭𝐚𝐬 𝐚 𝐑𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫
𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨 
 X 360 dias 
PMRV = 
𝐅𝐨𝐫𝐧𝐞𝐜𝐞𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬
𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐬 (𝐂𝐏𝐕+𝐄𝐅−𝐄𝐈) 
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Analise de Insolvência de Stephen Kanitz 
 
A analise de insolvência é um modelo que permite determinar com antecedência o 
grau de solvência ou insolvência da organização. 
 
Determinação do índice de Insolvência: 
 
A determinação é feita através da ponderação estatística de cinco indicadores, 
calculados pela formula: 
 
 
Solv.= { [(ROE x 0,05) + (LG x 1,65) + (LS x 3,55)] - (LC x 1,06) – (EG x 0,33) } 
 
Onde o resultado remete a: 
 
 
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mailto:profmnardi@gmail.com

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