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Aldillany Maria Anatomia desse sistema Órgãos que compõem esse sistema: Rins. Ureteres. Uretra. Bexiga urinária. Pelve renal. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina, por meio da qual são eliminados diversos resíduos do metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos em excesso no meio interno. Cápsula renal: formada por tecido conjuntivo propriamente dito denso (TCPD). Ela possui duas regiões: interna e externa. Parênquima renal: região funcional dos rins. Ele é formado pelo córtex e pela medula renal. Nessa região, ainda, estão localizados os néfrons. Córtex renal: situa-se inferiormente à cápsula renal. Região mais periférica do órgão. Formado por corpúsculos renais e túbulos associados. Medula renal: região mais interna do rim. É formada por túbulos renais e ductos coletores. Não há visualização do corpúsculo renal. Cálices renais: rede de canais para onde vai a urina. Cálices renais menores: se juntam e formam os cálices renais maiores. Cálices renais maiores: desembocam na pelve. Papilas renais: orifício por onde a urina passa. Pelve renal: para onde convergem os cálices renais maiores. Ureter: recebe a urina da pelve, conduzindo-a até a bexiga urinária. Bexiga urinária: armazena a urina. Uretra: conduz a urina da bexiga até o meio externo. Hilo renal: onde entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres. Lobo renal: é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus lados. Lóbulo renal: é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que fica ao seu redor, delimitado pelas artérias interlobulares. Túbulo urinífero: formado pelo néfron e pelo túbulo coletor. Histologia do sistema urinário Componentes desse sistema Introdução Rim Aldillany Maria Figura 1- córtex renal Figura 2- medula renal e pelve renal Figura 3- pelve renal Figura 4- hilo renal Filtração do sangue. Reabsorção. Secreção. Excreção. Garante o controle ácido-base do organismo. Participa da ativação da vitamina D: pró- hormônio esteroide, essencial para a melhoria da absorção de cálcio no intestino. Produz o hormônio eritropoetina: estimula o processo de eritropoise (formação de hemácias). Por isso, pacientes com insuficiência renal costumam apresentar quadro de anemia. É capaz, também, de controlar a volemia (volume sanguíneo). Produz renina: fundamental para ativar o sistema renina-angiotensina-aldosterona, garantindo o aumento da pressão sanguínea. Os dois rins formam, por minuto, cerca de 125 mℓ de filtrado. Desses, 124 mℓ são absorvidos nos túbulos renais e apenas 1 mℓ será lançado nos cálices como urina. A cada 24 h formam-se cerca de 1.500 mℓ de urina. Raios medulares: projeções de túbulos contorcidos retos e de ductos coletores entre o córtex e a medula. Labirinto cortical: regiões entre os corpúsculos renais e os raios medulares, que contêm túbulos contorcidos proximais e distais. Túbulo urinífero: formado por néfron e túbulo coletor, que possuem origem embriológica distintas. É envolvido por lâmina basal. Funções dos rins Alguns termos usados na histologia - rins Aldillany Maria Características do néfron: Unidade funcional filtradora dos rins. Há cerca de 1 milhão de néfrons em cada rim. É capaz de filtrar de 160 a 180L sangue/dia. o A maior parte desse líquido filtrado é reabsorvido. O néfron é formado por: o Corpúsculo renal (corpúsculo de Malpighi). o Túbulo contorcido proximal. o Partes delgada e espessa da alça de Henle. o Túbulo contorcido distal. O túbulo coletor conecta o túbulo contorcido distal aos segmentos dos ductos coletores. TIPOS DE NÉFRON Néfron cortical: sua maior porção encontra-se no córtex renal. Néfron justamedular: sua maior porção encontra- se na medula renal. Figura 5- corpúsculo renal; ao redor: túbulo renal Corpúsculo renal: formado pela cápsula de Bowman e pelo glomérulo. A cápsula de Bowman contém dois folhetos: o Folheto externo (parietal), que forma os limites do corpúsculo renal. Formado por tecido epitelial simples pavimentoso, que se apoia na membrana basal. o Folheto interno (visceral), junto aos capilares glomerulares. Formado por células especializadas (podócitos). Espaço capsular: recebe o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula e se localiza entre os dois folhetos que constituem a cápsula de Bowman. Néfron Corpúsculo renal e filtração do sangue Aldillany Maria Cada corpúsculo renal tem: o Polo vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente. o Polo urinário, no qual tem início o túbulo contorcido proximal. Dos podócitos partem diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos secundários. Seus prolongamentos envolvem completamente o capilar, e o contato com a membrana basal é feito pelos prolongamentos secundários. Os podócitos contêm actina, apresentam mobilidade e localizam-se sobre uma membrana basal. Os podócitos se prendem à membrana basal por meio das proteínas integrinas. O sangue chega ao corpúsculo de Bowman pela arteríola aferente, que se ramifica numa rede de capilares (glomérulo), a qual se fusiona, formando a arteríola eferente, que tira o sangue do néfron. FENDAS DE FILTRAÇÃO: espaço entre os prolongamentos secundários dos podócitos, preenchido pela proteína nefrina, que reduz a filtração das proteínas barreira de filtração. Espaço capsular (espaço glomerular ou urinário): região para onde o filtrado vai. Capilares glomerulares são fenestrados. Barreira de filtração glomerular: consiste em uma espessa membrana basal, formada através da fusão entre a membrana basal do endotélio e a a membrana basal dos podócitos. Ela é composta por três camadas: Lâmina rara interna, clara e situada próximo às células endoteliais; Lâmina densa, mais elétron-densa; ela é um feltro de colágeno tipo IV e laminina, em uma matriz que contém proteoglicanos. Lâmina rara externa, também clara, localizada mais externamente ao lúmen do capilar e, portanto, em contato com os podócitos. As lâminas raras contêm fibronectina que estabelece ligações com as células. O filtrado glomerular tem concentrações de cloreto, glicose, ureia e fosfato semelhantes à do plasma sanguíneo, porém quase não contém proteínas, pois as macromoléculas não atravessam a barreira de filtração glomerular. CÉLULAS DOS GLOMÉRULOS Podócitos: células especializadas em realizar a filtração glomerular, localizadas no folheto visceral da cápsula de Bowman. Células endoteliais: recobrindo os vasos sanguíneos. Células mesangiais glomerulares: envolvendo os capilares sanguíneos. Essas células encontram-se mergulhadas na matriz mesangial, mas podem estar também na parede dos capilares glomerulares, entre as células endoteliais e a lâmina basal. Encontram- se principalmente no espaço entre os capilares. Aldillany Maria Funções das células mesangiais: Elas são contráteis e têm receptores para angiotensina II, os quais, quando ativados, promovem a redução do fluxo sanguíneo glomerular. Contêm ainda receptores para o hormônio ou fator natriurético, que é um vasodilatador e relaxa as células mesangiais, aumentando o volume de sangue nos capilares e a área disponível para filtração. Outras funções: garantem suporte estrutural ao glomérulo, sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas (complexos de antígenos com anticorpos, por exemplo) retidas pela barreira de filtração e produzem moléculasbiologicamente ativas, como prostaglandinas e endotelinas. As endotelinas causam contração da musculatura lisa das arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo. Túbulo contorcido proximal: é maior do que o túbulo distal. As células do túbulo proximal possuem o citoplasma basal fortemente acidófilo em razão de numerosas mitocôndrias alongadas. O citoplasma apical apresenta microvilos, que formam a orla em escova. Os túbulos proximais apresentam lumens amplos e são circundados por muitos capilares sanguíneos. Absorve a totalidade da glicose e dos aminoácidos contidos no filtrado glomerular e aproximadamente 70% da água, bicarbonato e do cloreto de sódio, além de íons cálcio e fosfato. Atividade secretória: o túbulo proximal secreta, mediante processo ativo creatinina e substâncias estranhas ao organismo, como os ácidos úrico e para-amino-hipúrico e a penicilina, retirando essas moléculas do plasma intersticial do rim. Encontrados na região cortical e formados por epitélio cúbico. O citoplasma apical das células dos túbulos proximais contém canalículos que aumentam a capacidade de o túbulo proximal absorver macromoléculas. Nos canalículos se formam vesículas de pinocitose, que introduzem na célula macromoléculas que atravessaram a barreira de filtração glomerular. As vesículas se fundem com lisossomos, nos quais as macromoléculas são digeridas. Na sua parte basal, essas células apresentam abundantes mitocôndrias e prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes. A bomba de sódio (Na+/K+ ATPase) localiza-se nessas membranas celulares basolaterais e é responsável pela absorção de certos íons encontrados no filtrado e pelo transporte deles até o interstício. O filtrado glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, no qual começa o processo de absorção e excreção. Esse segmento do néfron absorve a totalidade da glicose e dos aminoácidos contidos no filtrado glomerular e aproximadamente 70% da água, bicarbonato e do cloreto de sódio. Túbulo intermediário (alça de Henle): A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que consiste em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos. O lúmen deste segmento do néfron é largo, porque a parede da alça é formada por epitélio simples pavimentoso. Túbulos contorcidos Aldillany Maria A alça de Henle participa da retenção de água, conservando-a conforme as necessidades. Ela cria um gradiente de hipertonicidade no interstício medular que influencia a concentração da urina, à medida que ela passa pelos ductos coletores. Segmento delgado descendente da alça de Henle: é completamente permeável à água. Segmento ascendente da alça de Henle: é impermeável à água. No segmento espesso ascendente, o cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da alça, para estabelecer o gradiente medular necessário para concentrar a urina. Túbulo contorcido distal: suas células são menores (em relação ao proximal), não têm orla em escova e são menos acidófilas (contêm menor quantidade de mitocôndrias). As células dos túbulos distais têm invaginações da membrana basolateral nas quais se encontram mitocôndrias, características indicativas do transporte de íons. Encontrado na região cortical e formado por epitélio cúbico. Possui a MÁCULA DENSA, região do túbulo contorcido distal que encosta no glomérulo, que é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produzindo moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina na circulação. Na região do túbulo contorcido distal em que há a mácula densa, as células tornam-se cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. Túbulos e ductos coletores: A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que desembocam nos ductos coletores (tubos mais calibrosos), os quais se dirigem para as papilas renais. Os túbulos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico. À medida que se fundem e se aproximam das papilas, suas células tornam-se mais altas, até se transformarem em cilíndricas, além de aumentar o diâmetro do tubo. Figura 6- mostra um corpúsculo renal, túbulos contorcidos proximais (TCP) e distais (TCD). A seta aponta uma mácula densa do túbulo distal. O aparelho justaglomerular é formado pela junção entre a mácula densa, presente no túbulo distal, as células justaglomerulares (que consistem em células musculares lisas modificadas da arteríola aferente) e as células mesangiais extraglomerulares. Função: atua no controle do balanço hídrico (a água é retida ou eliminada junto com o sódio) e no controle do equilíbrio iônico do meio interno. É nas células justaglomerulares que a pró-renina é convertida em renina, para posteriormente atuar no sistema renina-angiotensina-aldosterona. Os principais efeitos fisiológicos da angiotensina II são aumentar a pressão sanguínea e a secreção de aldosterona pela glândula adrenal. A aldosterona é um hormônio que inibe a excreção do sódio pelos rins. Figura 7- polo vascular de corpúsculo renal. Aparelho justaglomerular Aldillany Maria A bexiga e as vias urinárias armazenam a urina formada pelos rins por algum tempo, conduzindo- a posteriormente para o exterior. Os cálices, a pelve, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no sentido em direção à bexiga. MUCOSA: formada por um epitélio de transição e por uma lâmina própria, formada por tecido conjuntivo propriamente dito, que varia do frouxo ao denso. As células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais. Nestas células, a membrana plasmática em contato com a urina é especializada, apresentando placas espessas separadas por faixas de membrana mais delgada. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões delgadas, e as placas espessas se invaginam e se enrolam, formando vesículas fusiformes, que permanecem próximo à superfície celular. Ao se encher novamente, sua parede se distende e ocorre um processo inverso, com transformação das vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas que se inserem na membrana, aumentando a superfície das células. TÚNICA MUSCULAR: é formada por uma camada longitudinal interna e uma circular externa. A partir da porção inferior do ureter aparece uma camada longitudinal externa. Na parte proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o seu esfíncter interno. ADVENTÍCIA: envolve externamente as vias urinárias, exceto na região superior da bexiga, a qual é coberta por uma serosa. O ureter atravessa a parede da bexiga obliquamente, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas músculo longitudinal, cuja contração abre a válvula e facilita a passagem de urina do ureter para a bexiga. A uretra consiste em um tubo que transporta a urina da bexiga para o exterior no ato da micção. Uretra masculina: dá passagem ao esperma durante a ejaculação. Ela é formada pelas porções: prostática, membranosa e cavernosa (peniana). Porção prostática: situa-se muito próximo à bexiga e no interior da próstata. Onde os ductos que transportam a secreção da próstata se abrem. É revestida por epitélio de transição. Porção membranosa: tem apenas 1 cm de extensão e é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. Nessa parte da uretra há um esfíncter de músculo estriado: o esfíncter externo da uretra. Porção cavernosa: localiza-se no corpo cavernoso do pênis. Seu epitélio é pseudoestratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. As glândulas de Littré são do tipo mucoso e se encontramem toda a extensão da uretra, porém predominam na uretra peniana. Algumas dessas glândulas têm suas porções secretoras diretamente ligadas ao epitélio de revestimento da uretra, enquanto outras contêm ductos excretores. Uretra feminina: órgão exclusivamente do aparelho urinário. Possui de 4 a 5 cm de comprimento, é um tubo revestido por epitélio plano estratificado, com áreas de epitélio pseudoestratificado colunar. Próximo à sua abertura no exterior, a uretra feminina contém o esfíncter externo da uretra (um esfíncter de músculo estriado). Bexiga e vias urinárias Uretra
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