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Hantavirose: Doença Transmitida por Roedores

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Hantavirose 
Hantavirose é antropozoonose transmitida por roedores silvestre, cujos agentes etiológicos são da família Buyaviridae, 
gênero Hantavirus 
A infecção em humanos apresenta o potencial de causar duas formas distintas da doença: 
 Febre hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) que ocorre na Ásia e na Europa 
 Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) que ocorre nas Américas 
Agente etiológico 
Vírus da família Buyaviridae, gênero Hantavirus, com destruição universal 
Não é arbovírus 
Tem dupla capa de lipidos, sendo, portanto, suscetíveis a muitos desinfetantes como lysol industrial, solução de hipoclorito 
de sódio a 2,5%, lisofórmio, detergentes e álcool etílico a 70% 
 Sorotipos 
 Causam doença hemorrágica com síndrome renal (FHSR) na Europa e na Ásia: Hantaan, Seoul, Dobrava, Puumala 
 Causam síndrome hemorrágica cardiopulmonar SCPH: Sin Nombre, Bayou, Black Creek Canal, Juquitiba, Castelo dos 
Sonhos, Araraquara, NY, Andes, Laguna Negra, Oran, Lechinguanas 
 Transmissão 
 Geralmente pela inalação de poeiras (aerossóis) contaminadas com fezes, urina e saliva dos ratos silvestres 
infectados 
 Contato das fezes e urina de ratos silvestres com ferimentos na pele, olhos, nariz e boca podem provocar a entrar 
do vírus no organismo humano 
 A mordida do roedor silvestre também pode transmitir o vírus, mas não é comum 
 Eventualmente através de água e alimentos contaminados com as excreções dos roedores silvestres 
 Também pode ocorrer de pessoa para pessoa, mas é muito raro, só que faz isolamento por aerossol mesmo assim 
Roedores silvestres contaminados vão até barracões como onde armazena milho e faz xixi/coco nesses locais (ratos vão lá 
para buscar comida) -> pessoa exposta aos aerossóis contaminados -> pulmões infectados 
 Reservatórios 
 Os roedores silvestres são os principais reservatórios naturais dos hantavírus 
 Nestes, a infecção pelo hantavírus, não é letal e o vírus pode ser isolado em fragmentos de pulmões, coração e rins 
e eliminados em grande quantidade, na saliva, urina e fezes durante longo período 
 Cada vírus está associado a uma espécie específica de roedor hospedeiro, e provavelmente, os hantavírus co-
evoluiram com os respectivos roedores reservatórios, o que determina essa especificidade 
 Período de incubação 
 Em média de 14 dias 
 Variação de 3 a 60 dias 
 Média de 2 semanas 
 
Pietra Rosa TXIX 
 Período de transmissibilidade 
 Desconhecido 
Sintomas 
 Fase febril 
 Os sintomas iniciais são inespecíficos, dores musculares e febre 
 Pode ter sintomas como dor de cabeça, tosse, náusea e vomito, diarreia, 
dor abdominal e dura de 3 a 5 dias 
 Para suspeitar da doença, depende da epidemiologia do paciente 
 Fase cárdio-pulmonar 
 Síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH): 
 De 4 a 10 dias da fase inicial da doença, os sintomas tardios 
começam a aparecer 
 Sintomas tardios: estes incluem tosse seca e falta de ar, 
dificuldade respiratória da infiltração de fluidos no pulmão 
dando a sensação de que, como um sobrevivente relatou: 
“tivesse amarrado uma faixa apertada em volta de seu peito e 
um travesseiro sobre o meu rosto” 
 As alterações pulmonares podem ser vistas no raio-x 
Laboratório 
Hemoconcentração: hematócrito > 45% 
Trombocitopenia: plaquetas < 150 mil cem/mm3 
Leucocitose: leucócitos > 12 mil cel/mm3 com neutrofilia acentuada e desvio à esquerda e linfopenia relativa com presença 
de linfócitos atípicos 
Há redução da atividade protrombínica e aumento do tempo parcial de tromboplastina; aumento de TGO, TGP e DHL 
Casos mais graves, pode ocorrer aumento nas concentrações de ureia e creatinina séricas, além de acentuada acidose 
metabólica 
Hipoxemia: baixa concentração de O2 
Rx de tórax: infiltrado com ou sem derrame pleural 
Fase diurética: aumento da diurese espontânea define o início desta terceira fase que se caracteriza por eliminação rápida 
de líquido acumulado no espaço extravascular, resolução da febre e do choque 
Fase de convalescença: pode durar duas semanas ou mais, com melhorar progressiva dos sinais e sintomas e lenta 
recuperação das alterações hemodinâmicas e da função respiratória 
Tratamento 
Hospitalar - UTI 
 Cuidados hidroeletrolíticos e cardiorrespiratórios 
 Deverá receber soro fisiológico com moderação 
 Pode levar a óbito imediatamente 
 Nos casos mais graves os óbitos ocorrem normalmente 2 a 3 dias após os inícios dos sintomas 
 Isolamento com aerossóis 
Diagnóstico laboratorial 
 Sorológico 
 Imunofluorescência indireta, ELISA para IgG e IgM 
 Virológico 
 PCR e imunohistoquímica de órgão positivos 
Medidas preventivas 
Construção de barraco elevado e com ventilação 
Construção de barracos com empecilhos para a entrar dos ratos 
Construção de depósito de ração longe dos barracos; orientação sobre o destino adequado do lixo 
Doença extremamente grave e comum no nosso meio

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