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Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 1 DOENÇAS INFECCIOSAS & PARASITÁRIAS VIREMIA � Presença do vírus no sangue. PODER INVASOR � Capacidade de invadir os tecidos no organismo do hospedeiro. INFECTIVIDADE � Capacidade que certos organismos apresentam de penetrar, desenvolver-se ou multiplicar-se no novo hospedeiro. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 2 VIRULÊNCIA � Capacidade de um agente infeccioso de produzir casos graves e fatais. � Está associada à capacidade de multiplicação no organismo do hospedeiro e à produção de substâncias tóxicas. PATOGENICIDADE � Capacidade de um agente infeccioso de causar enfermidade (patogenia) em um organismo. HANSENÍASE BACTÉRIA: Mycobacterium leprae HANSENÍASE BACTÉRIA: Mycobacterium leprae • Doença crônica infectocontagiosa. • Alta infectividade. • Baixa patogenicidade. • O mycobacterium leprae é um parasita intracelular bacilo álcool-ácido resistente (BAAR). • Infecta nervos periféricos, especificamente as células de Schwann. • A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 3 Até 5 lesões Mais de 5 lesões Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 4 COMPLICAÇÕES DA HANSENÍASE MADAROSE TRIQUÍASE LOGOFTALMO NARIZ EM SELA REAÇÕES HANSÊNICAS Os estados reacionais ou reações hansênicas são alterações do sistema imunológico que se exteriorizam como manifestações inflamatórias agudas e subagudas, mais frequentes nos casos MB. Essas reações podem ocorrer antes do diagnóstico da doença (as vezes, levando a suspeita diagnóstica de hanseníase), durante ou depois do tratamento com poliquimioterapia (PQT), e caracterizam-se por: • Reação Tipo 1 ou REAÇÃO REVERSA – aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e neurite; • Reação Tipo 2 ou REAÇÃO DE ERITEMA NODOSO HANSÊNICO – é a expressão clínica mais frequente, cujo quadro inclui nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e neurite. TRATAMENTO PAUCIBACILAR 6 Meses MULTIBACILAR 12 Meses PORTARIA Nº 04, 2020. De 30 – 50 KG: Dose para criança Acima de 50 kg: Dose para adulto Gravidez e aleitamento materno não são contraindicações para o tratamento. A partir do início do tratamento, a transmissão é interrompida. Só quem transmite a Hanseníase é o paciente multibacilar. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 5 (BRASIL, 2020) BCG nos contatos de Hanseníase DENGUE VÍRUS DENGUE VÍRUS Da família Flaviviridae Os insetos vetores de dengue, chikungunya e Zika no Brasil são mosquitos da família Culicidae, pertencentes ao gênero Aedes, do subgênero Stegomyia. A transmissão do DENV ao ser humano ocorre pela picada de fêmeas infectadas da espécie Aedes aegypti e também pelo Aedes albopictus. A infecção pelo vírus dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Três fases clínicas podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação. DENGUE FASES CLÍNICAS DA DENGUE FEBRIL CRÍTICA RECUPERAÇÃO Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 6 FASE FEBRIL Febre (2 – 7 dias – 39 – 40ºC) Cefaleia Mialgias Artralgia Dor retroorbitária. Exantema (tipo máculo-papular) Anorexia, náuseas e vômitos Diarreia (habitualmente nao e volumosa - fezes pastosas – 3 a 4 evacuações/dia) FASE CRÍTICA DENGUE COM SINAIS DE ALARME DENGUE GRAVE A maioria dos sinais de alarme é resultante do aumento da permeabilidade vascular, a qual marca o início do deterioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma. FASE CRÍTICA DENGUE COM SINAIS DE ALARME SINAIS DE ALARME - DENGUE Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua. Vômitos persistentes. Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico). Hipotensão postural e/ou lipotimia. Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal. Sangramento de mucosa. Letargia e/ou irritabilidade. Aumento progressivo do hematócrito. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 7 FASE CRÍTICA DENGUE GRAVE Extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica. Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis, em função da intensidade do extravasamento e da quantidade excessiva de fluidos infundidos. O extravasamento plasmático também pode ser percebido pelo aumento do hematócrito, quanto maior sua elevação maior será a gravidade, pela redução dos níveis de albumina e por exames de imagem. FASE DE RECUPERAÇÃO Nos pacientes que passaram pela fase crítica haverá reabsorção gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica. É importante estar atento as possíveis complicações relacionadas a hiper-hidratação. Nesta fase o debito urinário se normaliza ou aumenta, podem ocorrer ainda bradicardia e mudanças no eletrocardiograma. Alguns pacientes podem apresentar um rash cutâneo acompanhado ou não de prurido generalizado. Infecções bacterianas poderão ser percebidas nesta fase ou ainda no final do curso clínico. Tais infecções em determinados pacientes podem ter um caráter grave, contribuindo para o óbito. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 8 EXAME FÍSICO GERAL - DENGUE Escala de Glasgow. O estado de hidratação. O estado hemodinâmico Verificar a presença de derrames pleurais, taquipneia, respiração de Kussmaul. Pesquisar a presença de dor abdominal, ascite, hepatomegalia. Investigar a presença de exantema, petéquias. Buscar manifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas (prova do laco, que frequentemente e negativa em pessoas obesas e durante o choque). EXAME FÍSICO GERAL - DENGUE A partir da anamnese, do exame físico e dos resultados laboratoriais (hemograma completo) responder as seguintes perguntas: É dengue? Em que fase (febril/crítica/recuperação) o paciente se encontra? Tem sinais de alarme? Qual o estado hemodinâmico e de hidratação? Está em choque? Tem condições preexistentes? O paciente requer hospitalização? Em qual grupo de estadiamento (grupos A, B, C ou D) o paciente se encontra? Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 9 Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 10 FEBRE AMARELA VÍRUS Da família Flaviviridae Doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. O agente etiológico é transmitido por artrópodes (vetores), da família Culicidae, habitualmente conhecidos como mosquitos e pernilongos. A importância epidemiológica decorre da gravidade clínica, da elevada letalidade e do potencial de disseminação e impacto, sobretudo quando a transmissão for urbana, por Aedes aegypti. Agente etiológico O vírus da febre amarela e um arbovírus do gênero Flavivírus, protótipo da família Flaviviridae. FEBRE AMARELA Não há transmissão de pessoa a pessoa. O vírus e transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Apenas as fêmeas transmitem o vírus. Nos mosquitos, a transmissão também ocorre de forma vertical, na qual as fêmeas podem transferir o vírus para a sua prole, favorecendo a manutenção do vírus na natureza. No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetor urbano (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantementesilvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. FEBRE AMARELA Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 11 FEBRE AMARELA FEBRE AMARELA Febre alta Cefaleia intensa e duradoura Inapetência Náuseas Mialgia Icterícia Oligúria Manifestações hemorrágicas (epistaxe, hematêmese e metrorragia) SINAIS E SINTOMAS INSUF. RENAL INSUF. HEPÁTICA SINAL DE FAGET MALÁRIA PROTOZOÁRIOS do gênero Plasmodium Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 12 MALÁRIA PROTOZOÁRIOS do gênero Plasmodium Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. No Brasil, a magnitude da malária está relacionada a elevada incidência da doença na região amazônica e a sua potencial gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, principalmente naquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento. Agente etiológico Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana: P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. No Brasil, há três espécies associadas a malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. MALÁRIA VETOR Mosquitos pertencentes a ordem Diptera, gênero Anophele. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras formas de transmissão, tais como transfusão sanguínea, transplante de órgãos, compartilhamento de agulhas contaminadas ou transmissão congênita também podem ocorrer, mas são raras. MALÁRIA Modo de transmissão Ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp. Ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no sangue humano, na fase de gametócitos, são sugados pelo mosquito, que atua como hospedeiro principal e permite o desenvolvimento do parasito, gerando esporozoítos no chamado ciclo esporogônico. Por sua vez, os esporozoítos são transmitidos aos humanos pela saliva do mosquito no momento das picadas seguintes. O ciclo do parasito dentro do mosquito tem duração variada conforme as espécies envolvidas, com duração média de 12 a 18 dias, sendo, em geral, mais longo para P. falciparum do que para P. vivax. O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. O horário em que há maior abundancia de mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes regiões e ao longo do ano. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 13 MALÁRIA Manifestações clínicas O quadro clínico típico e caracterizado por febre precedida de calafrios, seguida de sudorese profusa, fraqueza e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Período de infecção A fase sintomática inicial caracteriza-se por mal-estar, cansaço e mialgia. O ataque paroxístico, que pode demorar dias para se instalar, inicia-se com calafrio, acompanhado de tremor generalizado, com duração de 15 minutos a uma hora. Na fase febril, a temperatura pode atingir 41°C, a febre pode ser acompanhada de cefaleia, náuseas e vômitos, e é seguida de sudorese intensa. Baço e fígado podem estar aumentados e dolorosos a palpação. MALÁRIA Caso não seja adequadamente tratado, o indivíduo pode ser fonte de infecção por até 1 ano para malária por P. falciparum; até 3 anos para P. vivax; e por mais de 3 anos para P. malariae. MALÁRIA O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos. TESTE DA GOTA ESPESSA MALÁRIA TESTES CARACTERÍSTICAS GOTA ESPESSA É o método amplamente adotado no Brasil para o diagnostico da malária. É padrão ouro! ESFREGAÇO DELGADO Possui baixa sensibilidade. TESTE RÁPIDO (Antigênico) Por sua praticidade e facilidade de realização, são uteis para a confirmação diagnóstica, no entanto seu uso deve ser restrito a situações onde não é possível a realização do exame da gota espessa. TESTE MOLECULAR (PCR) O custo elevado, a dificuldade em sua interpretação, a falta de infraestrutura e a falta de mão de obra especializada restringem o uso dessa técnica. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 14 MALÁRIA TRATAMENTO MEDICAMENTOS MAIS USADOS Cloroquina Primaquina Arteméter e lumefantrina Artesunato e mefloquina Quinina Clindamicina FEBRE TIFOIDE BACTÉRIA: SalmonellaTyphi FEBRE TIFOIDE BACTÉRIA: Salmonella Typhi Doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em áreas com precárias condições de saneamento, higiene pessoal e ambiental. Também conhecida como “doença das mãos sujas”. Agente etiológico Salmonella enterica, sorotipo Typhi (S. Typhi) Modo de transmissão •Direta − pelo contato direto com as mãos do doente ou portador. •Indireta − relacionada a água e aos alimentos, que podem ser contaminados pelas fezes ou urina do doente ou portador. A contaminação dos alimentos ocorre, geralmente, pela manipulação de portadores ou pacientes com manifestações clínicas discretas. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 15 FEBRE TIFOIDE •Alto risco – leite cru, moluscos, mexilhões, ostras, pescados crus, hortaliças, legumes e frutas não lavadas e água não potável. •Médio risco – alimentos intensamente manipulados logo após o cozimento ou requentados e massas. •Baixo risco – alimentos cozidos que são consumidos imediatamente, verduras fervidas, alimentos secos e carnes cozidas ou assadas. ALIMENTOS SEGUNDO RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR S. TYPHI FEBRE TIFOIDE • Febre alta, cefaleia, mal-estar geral • Dor abdominal • Anorexia • Dissociação pulso/temperatura (SINAL DE FAGET) • Constipação ou diarreia • Tosse seca • Roséolas tíficas (manchas rosadas no tronco – achado raro) • Hepatoesplenomegalia. SINAIS E SINTOMAS FEBRE TIFOIDE Vômitos biliosos ou em “borra de café” Enterorragia Perfuração Intestinal Peritonite COMPLICAÇÕES SARAMPO VÍRUS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 16 SARAMPO VÍRUS DA FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE Doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa. A viremia provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas. MODO DE TRANSMISSÃO Ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Daí a elevada contagiosidade da doença. Também tem sido descrito o contagio por dispersão de AEROSSÓIS com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas. Período de incubação Pode variar entre 7 e 21 dias, desde a data da exposição até o aparecimento do exantema. SARAMPO VÍRUS DA FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema maculopapular de direção cefalocaudal, tosse seca (inicialmente), coriza, conjuntivite não purulenta e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos amarelados na mucosa bucal, na altura do terceiro molar, antecedendo o exantema). SARAMPO RUBÉOLA VÍRUS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 17 Doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade. Sua importância epidemiológica esta relacionada ao risco de abortos, natimortos e a síndrome da rubéola congênita (SRC). Modo de transmissão Ocorre por meio de contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. O vírus é disseminado por GOTÍCULAS ou pelo contato direto com pessoas infectadas. A transmissão indireta, que e pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue e urina. Período de incubação Pode variar de 12 a 23 dias. Período de transmissibilidade 7 dias antes a 7 dias aposo inicio do exantema. RUBÉOLA VÍRUS DA FAMÍLIA TAGOVIRIDAE RUBÉOLA VÍRUS DA FAMÍLIA TAGOVIRIDAE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Exantema maculopapular e puntiforme difuso, com inicio na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e os membros. Febre baixa Linfoadenopatia retroauricular e/ou occipital e/ou cervical posterior. RUBÉOLA VÍRUS DA FAMÍLIA TAGOVIRIDAE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sinal de Forchheimer RUBÉOLA X SARAMPO VÍRUS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 18 SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA VÍRUS SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA VÍRUS DA FAMÍLIA TAGOVIRIDAE Descrição A infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre, pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, morte fetal e anomalias congênitas, que caracterizam a síndrome da rubéola congênita (SRC). Agente etiológico Vírus RNA, pertencente ao gênero Rubivirus e família Togaviridae. Modo de transmissão Transmissão pela via transplacentária, após a viremia materna. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 19 SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA As principais manifestações clínicas no RN Catarata, glaucoma, microftalmia, retinopatia, cardiopatia congênita (persistência do canal arterial, estenose aórtica, estenose pulmonar), surdez, microcefalia e retardo mental. Manifestações clínicas transitórias Hepatoesplenomegalia, hepatite, icterícia, anemia hemolítica, púrpura trombocitopênica, adenopatia, meningoencefalite, miocardite, osteopatia de ossos longos. A prematuridade e o baixo peso ao nascer estão, também, associados a rubéola congênita. As crianças com SRC frequentemente apresentam mais de um sinal ou sintoma, mas podem ter apenas uma malformação, sendo a DEFICIÊNCIA AUDITIVA A MAIS COMUM. COMO EVIDENCIAR SRC PELO LABORATÓRIO? Evidência de infecção congênita, uma vez que os anticorpos IgM maternos não ultrapassam a barreira placentária. IgM para rubéola (Sagnue do RN) Positivo CAXUMBA OU PAROTIDITE EPIDÊMICA CAXUMBA VÍRUS DA FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE Doença viral aguda, caracterizada por febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, com predileção pelas parótidas e, às vezes, pelas sublinguais ou submandibulares. Ocorre primariamente no escolar e no adolescente; tem evolução benigna, mas eventualmente pode ser grave, chegando a determinar hospitalização do doente. A caxumba é doença de distribuição universal, de alta morbidade e baixa letalidade, aparecendo sob a forma endêmica ou em surtos. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 20 CAXUMBA VÍRUS DA FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE Modo de transmissão Via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. A transmissão indireta e menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou da boca. CAXUMBA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acometendo também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada de febre. Os sintomas iniciais são febre (37,7o a 39,4oC), anorexia, astenia, cefaleia, mialgia, artralgia e desconforto em mastigar. De 20 a 30% dos casos em homens adultos acometidos podem apresentam orquiepididimite. O vírus também tem tropismo pelo SNC, observando-se, com certa frequência, meningite asséptica, de curso benigno, que, na grande maioria das vezes, não deixa sequelas. Mais raramente, pode ocorrer encefalite. Sua ocorrência durante o 1° trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo. DIFTERIA BACTÉRIA: Corynebacterium diphtheriae DIFTERIA BACTÉRIA: Corynebacterium diphtheriae Doença toxi-infecciosa aguda, contagiosa, potencialmente letal, imunoprevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amigdalas, faringe, laringe, fossas nasais e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por apresentar placas pseudomembranosas típicas. O bacilo Corynebacterium diphtheriae é o produtor da toxina diftérica. Modo de transmissão Ocorre pelo contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de GOTÍCULAS de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por fômites. O leite cru pode servir de veículo de transmissão. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 21 DIFTERIA DIFTERIA BACTÉRIA: Corynebacterium diphtheriae A medida terapêutica eficaz na difteria é a administração do soro antidiftérico (SAD), que deve ser feita em unidade hospitalar, e cuja finalidade é inativar a toxina circulante o mais rápido possível, possibilitando a circulação de excesso de anticorpos em quantidade suficiente para neutralizar a toxina produzida pelos bacilos. O SAD não tem ação sobre a toxina já impregnada no tecido, por isso sua administração deve ser feita o mais precocemente possível diante de suspeita clínica bem fundamentada. DIFTERIA BACTÉRIA: Corynebacterium diphtheriae As doses do SAD não dependem do peso e da idade do paciente, e sim da gravidade e do tempo da doença. A administração do SAD deve ser feita por via intramuscular ou, preferencialmente, por via endovenosa, sendo diluída em 100mL de soro fisiológico, em dose única. TÉTANO BACTÉRIA: Clostridium tetani Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 22 TÉTANO BACTÉRIA: Clostridium tetani • Produz esporos que lhe permitem sobreviver no meio ambiente por vários anos. • O C. tetani e normalmente encontrado na natureza, sob a forma de esporo, podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, aguas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doenca). Doença infecciosa aguda não contagiosa, prevenível por vacina, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani (C. tetani), que provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. TÉTANO BACTÉRIA: Clostridium tetani A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Em condições favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas vegetativas, que são responsáveis pela produção de toxinas – tetanolisina e tetanopasmina. A presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia e infecção contribuem para diminuir o potencial de oxirredução e, assim, estabelecer as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo. TÉTANO - SINTOMATOLOGIA • Hipertonias musculares mantidas. • Ausência de febre ou febre baixa. • Contraturas paroxísticas que se manifestam à estimulação do paciente (estímulos táteis, sonoros, luminosos ou alta temperatura ambiente. • Paciente se mantém consciente e lúcido. • Dificuldade de abrir a boca (trismo e riso sardônico) e de deambular, devido a hipertonia muscular. • Dificuldade de deglutição (disfagia). • Rigidez de nuca, rigidez paravertebral (pode causar opistótono), hipertonia da musculatura torácica, de músculos abdominais e de membros inferiores. OPISTÓTONO BACTÉRIA: Clostridium tetani COQUELUCHE BACTÉRIA: Bordetella pertussis Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 23 COQUELUCHE BACTÉRIA: Bordetella pertussis Doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade, de distribuição universal. Importante causa de morbimortalidade infantil. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. O agente etiológico é a bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível, por meio de GOTÍCULAS de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro. HEPATITES VIRAIS VÍRUS A, B, C, D e E HEPATITES VIRAIS VÍRUS As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus hepatotrópicosque apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem distribuição universal e são observadas diferenças regionais de acordo com o agente etiológico. Sinonímia Tiriça; amarelão. Agentes etiológicos Os mais relevantes são os vírus A (HAV), B (HBV), C (HCV), D (HDV) e E (HEV). Esses vírus pertencem, respectivamente, as seguintes famílias: Picornaviridae, Hepadnaviridae, Flaviviridae, Deltaviridae e Hepeviridae. VÍRUS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 24 HEPATITE AGUDA Icterícia Hepatomegalia dolorosa Esplenomegalia MANIFESTAÇÃO CLÍNICA HEPATITE CRÔNICA As hepatites virais crônicas estão relacionadas aos vírus B, C e D. A cronicidade é caracterizada pela detecção de material genético ou de antígenos virais por um período de 6 meses após o diagnóstico inicial. HEPATITE FULMINANTE Termo utilizado para designar a INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de ate 8 semanas. Trata-se de uma condição rara e potencialmente fatal, cuja letalidade e elevada (40 a 80% dos casos). A fisiopatologia esta relacionada a degeneração e necrose maciça dos hepatócitos. O quadro neurológico progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial. POLIOMIELITE OU PARALISIA FLÁCIDA AGUDA VÍRUS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 25 POLIOMIELITE A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, que ocorre em cerca de 1% das infecções causadas pelo poliovírus. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa 3 dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. Agente etiológico Poliovírus, pertencentes ao gênero Enterovirus, família Picornaviridae. VÍRUS Da família Picornaviridae POLIOMIELITE VÍRUS Da família Picornaviridae POLIOMIELITE VÍRUS Da família Picornaviridae Modo de transmissão Ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. POLIOMIELITE Manifestações Clínicas • Forma inaparente ou assintomática – pode ser identificada apenas por exames laboratoriais específicos. (90 a 95% das infecções) • Forma abortiva – caracteriza-se por sintomas inespecíficos: febre, cefaleia, tosse e coriza, e manifestações gastrointestinais, como vômito, dor abdominal e diarreia. Como na forma inaparente, só é possível estabelecer diagnóstico por meio do isolamento do vírus. (5% das infecções) • Forma meningite asséptica – no início, apresenta-se com as mesmas características da forma abortiva. Posteriormente, surgem sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski positivos) e rigidez de nuca. (1% das infecções) Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 26 POLIOMIELITE Manifestações Clínicas • FORMA PARALÍTICA (1 a 1,6% dos casos) - apenas as formas paralíticas possuem características clínicas típicas, que permitem sugerir o diagnóstico de poliomielite, entre elas: -Instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre; -Assimetria, acometendo, sobretudo, a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores; -Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; -Sensibilidade preservada; -Persistência de alguma paralisia residual (sequela), após 60 dias do início da doença. CÓLERA BACTÉRIA: Vibrio cholerae CÓLERA Doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina da bactéria Vibrio cholerae com manifestações clínicas variadas. Frequentemente, a infecção é assintomática ou oligossintomática, com diarreia leve. Pode também se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e caibras. Quando não tratada prontamente, pode ocorrer desidratação intensa, levando a graves complicações e ao óbito. A diarreia e os vômitos determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser da ordem de 1 a 2 l/h hora. Tal quadro leva rapidamente a desidratação intensa e deve ser tratado precoce e adequadamente, para se evitar a ocorrência de complicações (choque hipovolêmico, hipocalemia, hipoglicemia) e óbito. BACTÉRIA: Vibrio cholerae O1 ou O139 toxigênico CÓLERA MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral e pode ser direta ou indireta. • Transmissão direta – ocorre pela contaminação pessoa a pessoa. • Transmissão indireta – ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados (consumo de peixes, mariscos e crustáceos crus ou malcozidos). Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 27 PLANOS DE TRATAMENTO DA DESIDRATAÇÃO Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 28 Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 29 BOTULISMO BACTÉRIA: Clostridium botulinum BOTULISMO BACTÉRIA: Clostridium botulinum Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Apresenta-se nas formas de botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal e caracteriza-se por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais. Os esporos do C. botulinum são amplamente distribuídos na natureza, em solos e sedimentos de lagos e mares. São identificados em produtos agrícolas, como legumes, vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos. BOTULISMO BACTÉRIA: Clostridium botulinum Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados, que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são: • conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); • produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); • pescados defumados, salgados e fermentados; • queijos e pasta de queijos; • raramente, alimentos enlatados industrializados. Botulismo alimentar Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 30 BOTULISMO BACTÉRIA: Clostridium botulinum As manifestações gastrointestinais mais comuns são náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, e podem anteceder ou coincidir com os sinais e sintomas neurológicos. Os primeiros sinais e sintomas neurológicos podem ser inespecíficos, tais como cefaleia, vertigem e tontura. Os principais sinais e sintomas neurológicos são: visão turva, ptose palpebral, diplopia, disfagia, disartria e boca seca, íleo paralitico, hipotensão sem taquicardia e retenção urinaria, evoluindo para paralisia flácida motora descendente, associada a comprometimento autonômico disseminado. As manifestações começam no território dos nervos cranianos e evoluem no sentido descendente. Essa particularidade distingue o botulismo da síndrome de Guillain-Barre, que é uma paralisia flácida aguda ascendente. ATENÇÃO! BOTULISMO PARALISIA FLÁCIDA MOTORA DESCENDENTE GUILLAIN-BARRÉ PARALISIA FLÁCIDA MOTORA ASCENDENTE ATENÇÃO! O soro antibotulínico (SAB) atua contra a toxina circulante, que ainda não se fixou no sistema nervoso. Por isso, recomenda-se que o tratamento com SAB seja realizado o mais precocemente possível (até 7 dias a partir dos sintomas neurológicos); caso contrário, poderá não mais ser eficaz. LEPTOSPIROSE BACTÉRIA: Leptospira interrogans Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 31 Doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro clínicopode variar desde um processo inaparente até formas graves. Animais domésticos e selvagens. Os principais são os roedores das especies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Esses animais não desenvolvem a doença quando infectados e albergam a leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio ambiente e contaminando água, solo e alimentos. Outros reservatórios são caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. O HOMEM E APENAS HOSPEDEIRO ACIDENTAL E TERMINAL, DENTRO DA CADEIA DE TRANSMISSÃO. LEPTOSPIROSE BACTÉRIA: Leptospira interrogans LEPTOSPIROSE BACTÉRIA: Leptospira interrogans A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, pele integra imersa por longos períodos em agua contaminada ou através de mucosas. Outras modalidades de transmissão possíveis, porem com rara frequência, são: contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados; transmissão acidental em laboratórios; e ingestão de agua ou alimentos contaminados. A transmissão pessoa a pessoa é rara, mas pode ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas. LEPTOSPIROSE BACTÉRIA: Leptospira interrogans SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES Sufusão conjuntival (hiperemia e edema da conjuntiva) Petéquias Hemorragias conjuntivais. Intensa mialgia (principalmente em região lombar e nas panturrilhas) Síndrome de Weil (tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar). Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 32 LEPTOSPIROSE BACTÉRIA: Leptospira interrogans RAIVA VÍRUS RAIVA VÍRUS Da família Rhabdoviridae Antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100%. Sinonímia Encefalite rábica e hidrofobia. Agente etiológico O vírus rábico pertence a família Rhabdoviridae e genero Lyssavirus. RAIVA No Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas. Os quirópteros (morcegos) são os responsáveis pela manutenção da cadeia silvestre, entretanto, outros mamíferos, como canídeos silvestres (raposas e cachorro do mato), felídeos silvestres (gatos do mato), outros carnívoros silvestres (jaritatacas, mão pelada), marsupiais (gambás e saruês) e primatas (saguis), também apresentam importância epidemiológica nos ciclos enzoóticos da raiva. Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovinos, equinos e outros. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 33 RAIVA MODO DE TRANSMISSÃO Penetração do vírus contido na saliva do animal infectado. Principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. Dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica É eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. Parestesia no trajeto de nervos periféricos (próximos ao local da mordedura) Alterações de comportamento Ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios Espasmos musculares involuntários e/ou convulsões Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir liquido Sialorreia intensa Paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinaria Disfagia, aerofobia, hiperacúsia, fotofobia Paciente consciente, com período de alucinações, ate a instalação de quadro comatoso e a evolução para óbito. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ESPECÍCIFICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ESPECÍCIFICAS Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 34 RAIVA – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE Vacina raiva (inativada) Soro antirrábico (SAR) Imunoglobulina antirrábica humana (IGHAR) Vacina raiva (inativada) A vacina raiva (inativada) é indicada para a profilaxia da raiva humana, sendo administrada em indivíduos expostos ao vírus da doença, em decorrência de mordedura, lambedura de mucosa ou arranhadura provocada por animais transmissores, ou como profilaxia em pessoas que, por força de suas atividades ocupacionais, estão permanentemente expostas ao risco da infecção pelo vírus. Deve ser conservada em geladeira, fora do congelador, na temperatura entre 2 a 8°C até o momento de sua aplicação. Soro antirrábico (SAR) É indicado para profilaxia da raiva humana após exposição ao vírus rábico. Sua indicação depende da natureza da exposição e das condições do animal agressor. O uso do SAR não é necessário quando o paciente recebeu esquema profilático completo anteriormente. No entanto, deve ser recomendado, se houver indicação, em situações especiais, como pacientes imunodeprimido ou dúvidas com relação ao esquema profilático anterior. Manter entre 2 e 8°C, sendo ideal a temperatura de 5°C. Não pode ser congelado. A dose é de 40UI/kg de peso. A dose máxima é de 3.000UI. A dose pode ser dividida e administrada em diferentes músculos, simultaneamente. APÓS RECEBER O SAR, O PACIENTE DEVERÁ SER OBSERVADO NO SERVIÇO DE SAÚDE POR 2 HORAS. Soro antirrábico (SAR) Deve-se infiltrar na(s) lesão(ões) a maior quantidade possível da dose do soro que a região anatômica permita. A infiltração no local do ferimento proporciona proteção local importante, pois impede a disseminação e neutraliza as toxinas produzidas pelo vírus rábico para as terminações nervosas. Esta conduta é fundamental para a neutralização local do vírus rábico (diminui a replicação viral local), e se constitui em um procedimento que evita falhas da terapêutica. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 35 Imunoglobulina antirrábica humana (IGHAR) A IGHAR é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada a partir de hemoderivados de indivíduos imunizados com antígeno rábico. É um produto mais seguro que o soro antirrábico de origem animal, porém de produção limitada e, por isso, de baixa disponibilidade e alto custo. INDICACÃO Em substituição ao SAR, nas seguintes situações especiais: • na vigência de hipersensibilidade ao SAR; • na vigência de história pregressa de utilização de outros heterólogos (origem equídea); • na vigência de contatos frequentes com animais, principalmente com equídeos, por exemplo, nos casos de contato profissional (veterinários) ou por lazer. Imunoglobulina antirrábica humana (IGHAR) Manter entre 2 e 8°C, sendo ideal a temperatura de 5°C. Não pode ser congelada, pois o congelamento provoca a perda de potencia, forma agregados e aumenta o risco de reações. Administração Dose única, de 20UI/kg de peso. ESQUEMA DE VACINAÇÃO PÓS-EXPOSIÇÃO ESQUEMA DE APLICAÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) 4 doses (dose única). Dias de aplicação: 0, 3, 7, 14. Via de administração intramuscular profunda utilizando dose completa de 0,5mL, no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa. Não aplicar no glúteo. MENINGITE VÍRUS, BACTÉRIA, FUNGO E PROTOZOÁRIO Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 36 MENINGITE Processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causado por vírus, fungos ou bactérias. MODO DE TRANSMISSÃO: Em geral é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por GOTÍCULAS e secreções da nasofaringe. MENINGITE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre Cefaleia Náusea Vômito Rigidez de nuca Prostração Confusão mental Sinais de irritação meníngea Alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR). Petéquias Delírio, coma, convulsões... SINAL DE KERNIG SINAL DE BRUDZINSKI SINAL DE KERNIG – resposta em flexão da articulação dojoelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. SINAL DE BRUDZINSKI – flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente. Acredite: Você vai vencer! 07/11/2020 Foca na sua preparação! 37 TERAPIA ANTIBIÓTICA QUIMIOPROFILAXIA CEFTRIAXONA RIFAMPICINA MENINGITE
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