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1João 1 5-2 2 - Jesus nos purifica de todo pecado


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Jesus nos purifica de todo pecado
Mensagem em 1João 1.5-2.2
Mensagem realizada na Congregação Presbiteriana de Vassouras em 14/08/2021 numa reunião de oração da UMP
Saudação e Recapitulação
Meus irmãos, boa noite! Nós nos alegramos com mais essa oportunidade que nós temos de nos encontrarmos, de orarmos juntos uns pelos outros e de aprender mais sobre o nosso Deus.
No nosso último encontro, nós começamos uma série de estudos nas cartas de João. E nós vimos que João teve que lidar com uma situação muito delicada: o surgimento de falsas doutrinas e a aceitação de práticas pecaminosas por membros de sua Igreja.
João teve que lidar com um grupo de pessoas que diziam que Jesus não era o Cristo, que pecados não importavam e que eles poderiam viver da maneira que bem entendessem. Além disso, esse grupo destrava os irmãos e não se preocupava com a comunhão. Um detalhe triste, meus irmãos: é que esses falsos mestres surgiram no meio da Igreja, não eram pessoas de fora. E o apóstolo do amor, nos ensina como lidar com esse tipo de situação.
Nós fizemos um paralelo de como esse contexto de João é parecido com o que nós temos vivido nos dias de hoje. Em nosso contexto, a tolerância é um imperativo. As pessoas se ofendem quando falamos de pecado. E não é difícil encontrarmos grupos que reduzem o Evangelho a um falso amor, que aceita e tolera todas as coisas com medo de ofender ou excluir algum grupo.
Nesse contexto, nós começamos a estudar a resposta Bíblica para esse problema: Jesus e o Evangelho da Graça.
Introdução
Hoje, nós daremos continuidade ao nosso estudo. Aos irmãos que não puderam estar em Barra do Piraí no primeiro estudo, fiquem tranquilos… porque nossa primeira olhada nessa carta foi bastante introdutória. Hoje é que nós vamos começar para valer.
Meus irmãos, eu gostaria de convidá-los para começar nosso estudo com uma reflexão sobre o nosso mundo. Quando nós olhamos para o noticiário, logo notamos que tem algo de errado com esse mundo. Vemos exemplos de maldade, depravação moral, desvalorização da vida, egos inflados, ganância sem medida e muitas outras coisas terríveis. Não é preciso ser um gênio para perceber que as coisas vão mal!
A nossa grande questão é como respondemos à pergunta: o que há de errado com o mundo? Algum dos irmãos gostaria de responder essa pergunta: o que há de errado com o mundo?
Infelizmente, as pessoas têm respondido essa pergunta de maneira equivocada. E isso é um grande problema! Eu não sei se os irmãos gostam daqueles seriados médicos, mas minha esposa ama assistir House. E nos episódios de House, os médicos sempre lutam para tentar descobrir a doença dos seus pacientes. Enquanto o diagnóstico não está certo, os tratamentos não dão certo!
Dando um exemplo esdrúxulo, não adianta tratar uma crise renal como se fosse apenas dores musculares nas costas! Não adianta tratar um infarto como se fossem apenas gases. Enquanto o diagnóstico não está correto, o tratamento não é adequado!
Os irmãos, devem estar pensando assim: o que tem a ver esse seriado médico com os problemas do nosso mundo? Não é verdade? E eu respondo para vocês: tem tudo a ver! Da mesma forma que um médico não pode prescrever o tratamento adequado enquanto não consegue diagnosticar corretamente o seu paciente, o mundo nunca será capaz de resolver os seus problemas enquanto não for capaz de enxergar a verdadeira causa dos seus problemas!
Eu vou repetir: o mundo nunca será capaz de resolver os seus problemas enquanto não for capaz de enxergar a causa dos seus problemas. E quais são as causas mais comuns que as pessoas costuma atribuir aos seus problemas?
1. Se nós tivéssemos mais oportunidades, o mundo seria um lugar melhor!
2. O nosso problema é falta de educação, se todos tivessem a oportunidade de estudar em boas escolas, o mundo seria um lugar melhor!
3. Se nós tivéssemos mais dinheiro e se esse dinheiro fosse mais bem distribuído, o mundo seria um lugar melhor!
4. Se nós tivéssemos menos preconceitos, o mundo seria um lugar melhor!
De forma geral, meus irmãos, o pensamento da nossa época afirma que vivemos num mundo pobre e doente. As causas são atribuídas à falta de oportunidade, falta de igualdade, falta de dinheiro e falta de educação. Entretanto, esse diagnóstico está errado! O ser humano nunca será redimido enquanto tratar o estado caído desse mundo como um estado de doença e pobreza!
O nosso mundo está em pecado! O nosso mundo está em rebelião contra Deus! E as pessoas ao nosso redor não querem, de jeito nenhum, ouvir falar sobre isso! Uma pessoa prefere ser chamada de doente, de vítima da sociedade, a ser chamada de pecador! Ninguém quer ouvir que, na verdade, o problema do mundo é a nossa rebelião contra Deus!
É nesse contexto, que podemos nos voltar para o texto de João! Assim como em nossa época, as pessoas da época de João negavam a realidade do pecado, a gravidade do pecado e as consequências da prática do pecado! Com a graça de Deus e com o auxílio do texto de João, veremos hoje que Jesus nos purifica de todo pecado!
Leitura e Oração
Eu convido aos irmãos para abrirem as suas Bíblias na primeira carta de João, nós vamos ler do versículo 5 do capítulo 1 até ao versículo 2 do capítulo 2. Geralmente, a gente deixa as lições e a aplicações para o final, mas hoje nós já podemos aprender uma lição antes mesmo de lermos o texto bíblico.
Eu não sei se todos os irmãos sabem, mas as divisões da Bíblia em capítulos e versículos não é algo que constava no texto original, os títulos das divisões também não existiam. As divisões em capítulos só foram introduzidas por Stephen Langton no ano de 1205. Os versículos então, vieram mais de 300 anos depois, introduzidos por Robert Estienne (1551 o NT e em 1571 o AT). E essa divisão é muito útil para localizarmos e citarmos os textos da Bíblia, mas algumas vezes elas atrapalham o fluxo das ideias, o fluxo natural do texto!
Esse é o caso do texto que nós vamos ler! Se você parar de ler no versículo 10 do capítulo 1, você vai deixar de ler a conclusão do texto, que se encontra nos versículos 1 e 2 do capítulo 2. Então, essa é a nossa primeira lição: não se prenda aos capítulos e versículos! Eles são muito úteis, mas podem atrapalhar o fluxo das ideias! Esse é o caso nesse texto que nós vamos ler.
Vamos lá, meus irmãos, eu vou ler o texto e os irmãos acompanhem. Vamos ler na Nova Almeida Atualizada. Diz assim a Palavra de Deus:
5A mensagem que dele ouvimos e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 
2 1Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 2E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro.
Até aqui, meus irmãos, a leitura da Palavra de Deus. Vamos orar pedindo as bênçãos do Senhor sobre esse estudo.
Pai, nós te louvamos porque o Senhor é santo e bom! Nós te agradecemos porque o Senhor providenciou o caminho de reconciliação em Jesus. Te pedimos que a tua graça seja derramada sobre nós por meio da tua Palavra, pedimos também para que o Senhor nos dê saberia para entendermos o texto que lemos. Pedimos também que o teu Espírito incline os nossos corações para praticar as lições que vamos aprender. Tudo isso nós pedimos no poderoso nome do Senhor Jesus, amém.
O Contexto das Epístolas de João
Meus irmãos, como nós falamos no nosso primeiro estudo, as Igrejas que João pastoreava estavam enfrentando a oposição de um grupo quehavia saído do meio da própria Igreja. Os falsos mestres ensinavam falsas doutrinas e se esforçavam para desviar os crentes que permaneciam fiéis ao que tinham aprendido desde o princípio.
João escreveu essa carta para o bem daquelas Igrejas, ele escreveu para combater as heresias e para lembrar aos nossos irmãos aquilo que eles haviam aprendido desde o princípio: o Evangelho puro e simples da graça de Deus em Jesus Cristo.
Nesse texto que nós vamos estudar hoje, veremos que João combate os falsos ensinos acerca do pecado. Apesar do contexto de João não ser igual ao nosso, o problema que ele enfrentava era o mesmo! Como nós veremos enquanto analisamos o texto, os falsos mestres estavam desprezando a existência (1Jo 1.8), a gravidade (1João 1.6) e a prática do pecado (1João 1.10).
Indiretamente, meus irmãos, eles desprezavam a Santidade de Deus (1João 1.5) e a Obra Salvífica de Cristo (1João 1.7 e 1João 2.1–2). É isso mesmo, desprezar a realidade do pecado é desprezar a santidade de Deus e a obra salvadora de Jesus!
Exposição
As Afirmações de Rebeldia e Suas Consequências
Pois bem, na ‎Introdução, nós falamos do nosso contexto e vimos como o ser humano tem dificuldades de assumir que é um pecador rebelde contra Deus. No contexto das cartas de João, vimos que os falsos mestres estavam desprezando a existência (1Jo 1.8), a gravidade (1João 1.6) e a prática do pecado (1João 1.10). Agora vamos olhar para como João combateu esse problema que continua sendo atual até os dias de hoje: a negação ou a complacência com o pecado.
João começa, no versículo 5 relembrando os irmãos sobre o que eles haviam aprendido da mensagem do Evangelho. João vai falar da santidade de Deus e das implicações dessa santidade para nós, que temos comunhão restaurada com ele, com o Senhor. No versículo 5, João afirma:
A mensagem que dele ouvimos e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
Meus irmãos, quantas vezes nós dizemos que Deus é santo? (pausa) Mas será que nós paramos para refletir sobre essa santidade o que ela significa? João nos diz que nós ouvimos essa mensagem desde o princípio. Sem contar as inúmeras vezes que o Antigo Testamento afirma que Deus é santo, podemos pensar apenas na introdução do Evangelho de João:
1No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2Ele estava no princípio com Deus. 3Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. 4A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. 5A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 
6Houve um homem enviado por Deus, e o nome dele era João. 7Este veio como testemunha para testificar a respeito da luz, para que todos viessem a crer por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina toda a humanidade. (João 1.1–9)
Nessa belíssima introdução do Evangelho de João, vemos como diversas vezes o Senhor Jesus, o Deus Filho, é chamado de Luz que tira o mundo das trevas e da vida! A figura de linguagem de luz e trevas aponta para bondade versus pecado. De sabedoria versus ignorância. E, ainda mais, andar na luz e andar nas trevas é um paralelo de praticar a lei de Deus e o fruto do Espírito ou andar em rebelião contra Deus, praticando as obras da carne.
João, nesse ponto vai começar a citar as frases que os seus adversários usavam Ele vai repetir três jargões dos seus adversários e vai combater cada um deles. É fácil achar as frases dos seus inimigos nesse trecho, elas começam com o condicional “se” nos versículos 6, 8 e 10. Os adversários de João afirmavam que:
1. Tinham comunhão com Deus;
2. Afirmavam ainda que não tinham ou não possuíam pecado nenhum;
3. E, por fim, afirmavam que não praticavam ou cometiam pecados.
Meus irmãos, João vai combater essas três mentiras usando uma estrutura muito parecida:
1. Primeiro há um “se” da rebeldia, que são essas três frases que acabamos de citar;
2. Depois, João fala das implicações de se acreditar nessas mentiras!
3. E como a Bíblia é um livro, ou melhor, uma biblioteca recheada da graça de Deus… João apresenta um “se” da graça. Para cada falsa afirmação, João apresenta uma afirmação verdadeira que nos fala da graça de Deus em Cristo:
a. Se andarmos na luz, como ele está na luz;
b. Se confessarmos os nossos pecados;
c. Se alguém pecar…
4. E João fecha o combate de cada uma das heresias falando das bênçãos associadas à graça de Deus.
Eu montei um quadrinho e vou pedir a Rebeca para enviar para o WhatsApp de vocês… vamos dar uma olhadinha juntos?
	“se” da rebeldia
	Consequência
	“se” da graça
	Bênção associada
	Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas (v6)
	mentimos e não praticamos a verdade. (v6)
	Se andarmos na luz, como ele está na luz (v7)
	mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (v7)
	Se dissermos que não temos pecado nenhum (v8)
	a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. (v8)
	Se confessarmos os nossos pecados (v9)
	ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (v9)
	Se dissermos que não cometemos pecado (v10)
	fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (v10)
	Mas, se alguém pecar (v1)
	temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados. (v1-2)
João começa falando da afirmação dos seus adversários de que eles tinham comunhão com Deus. O problema, meus irmãos, é que eles afirmavam ter comunhão com Deus, mas eles andavam nas trevas. Ou seja, eles diziam ter comunhão com um Deus santo, mas eles andavam praticando obras de rebelião contra Deus, praticando coisas abomináveis aos olhos do Senhor.
Meus irmãos, João é claro ao afirmar: Deus é luz e nele não há treva nenhuma! Uma implicação disso é que Deus não tem comunhão com quem anda nas trevas! Vejam se isso não se parece com o nosso cenário? Quantas pessoas que conhecemos que praticam as coisas mais abomináveis aos olhos do Senhor e ainda assim afirmam “eu também sou filho de Deus!” ?
Existem líderes religiosos, que eram de denominações sérias e que hoje dão apoio a práticas terríveis! Não vou citar nomes, mas temos pastores que defendem casamentos entre pessoas do mesmo sexo, práticas assassinas e outras coisas terríveis e ainda afirma que eles sim são os que têm comunhão com Deus!
Meus irmãos, João é claro ao dizer, essas pessoas não têm comunhão com Deus:
6Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Olhem a seriedade disso! Quem afirma ter comunhão com Deus e anda nas trevas está mentindo, não está praticando a verdade!
Vamos olhar para as próximas afirmações falsas. Em português, elas podem parecer que são a mesma coisa, mas no grego é possível notar a diferença. No versículo 8, João escreve:
8Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós.
E, no versículo 10, ele escreve:
10Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
No versículo 8, pecado é um substantivo e no versículo 10 ele é um verbo. Então a afirmação do versículo 8 é a negação da existência do pecado. Sejam os nossos pecados ou o pecado original, a natureza pecaminosa que herdamos de Adão e Eva. Parafraseando, seria:
8Se dissermos que não há pecado em nós, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós.
O versículo 10 ficaria assim:
10Se dissermos que não pecamos, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Meus irmãos, as consequências de se negar a existência do pecado e o triste fato de que nós ainda pecamos é terrível! Somos mentirosos, nos enganamos a verdade não está em nós e a palavra de Deus não está em nós! Se tivermos a ousadia de dizer que nós não pecamos, nós chamamos Deus de mentiroso, porque estamos contradizendo o que ele afirma claramente em sua Palavra:
“10 […] Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus. 12 Todosse desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Sl 14.1–3; 53.1–3 citados por Paulo em Romanos 3.10–12)
Meus irmãos, quando nós acreditamos nessas três mentiras, nós nos colocamos em rebeldia contra Deus. Chamamos ele de mentiroso e, à semelhança de Satanás, nos firmamos na mentira e não na verdade. (João 8.44).
Quando olhamos para esse cenário de João e para o nosso cenário de hoje, nós vemos que as coisas vão de mal a pior! Assim como nos tempos de João, as pessoas nos nossos dias pensam que é possível:
1. Ter comunhão com Deus andando nas trevas;
2. Pensam que não existe essa história de pecado ou pecado original;
3. E de forma ousada, ainda pensam que não são praticantes do pecado.
As consequências? Separação, falta de comunhão com Deus, condenação, um mundo caído e gemendo, aguardando redenção. As pessoas que acreditam nessas mentiras estão nas trevas. Meus irmãos, no escuro não é possível ver a um palmo na frente do nosso rosto e essa é a situação do mundo.
A Graça de Deus em Cristo
Antes que qualquer um de nós entre em desespero eu afirmo aos irmãos: mesmo nessa situação terrível, existe uma boa notícia! Para cada um dos “se” que João apresentou e condenou ele apresenta um “se” da graça de Deus em Cristo! Para cada problema, João cita uma solução e uma bênção associada a essa solução!
Meus irmãos, vejamos juntos como Jesus nos convence e nos purifica de todo pecado.
6Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
Meus irmãos, quando nós nos arrependemos e nos convertemos dos nossos maus caminhos, Deus restaura a nossa comunhão, ele nos capacita para abandonarmos os caminhos das trevas e para andarmos nos caminhos da luz e o podemos ter comunhão com ele, não porque somos merecedores ou porque não pecamos, mas porque o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
Meus irmãos, como é maravilhosa a graça do nosso Deus, em Cristo. Nós estamos lá, em rebeldia contra ele… estamos lá, andando nas trevas e chamando ele de mentiroso… nós estamos cegos e nem sabemos que estamos caminhando para um precipício, para a nossa morte. E Deus, a parte ofendida dessa história, vem ao nosso resgate!
Alguém denuncia o nosso pecado, o Espírito Santo nos convence de que estamos em rebelião contra Deus, o Senhor tira as nossas culpas de nós e as lança sobre Cristo, na cruz do Calvário. Toda a sujeira que nós praticamos é limpa, purificada pelo sangue de Jesus. Deus muda o nosso coração e nós podemos andar na luz, como ele está na luz e ainda temos comunhão, ou seja, um relacionamento com ele.
Meus irmãos, uma ilustração belíssima que nos mostra o quanto Deus é misericordioso é a seguinte:
Conta-se a história que um bom homem cristão estava de passagem pelo infame mercado de escravos da Louisiana e assim que ele adentrou aquele recinto, uma jovem belíssima seria leiloada. Os homens que estavam atrás dele começaram a comentar as atrocidades que eles cometeriam com ela caso conseguissem adquiri-la no leilão.
Aquele homem cristão ficou revoltado e decidiu que não deixaria aquilo acontecer. Veio o primeiro lance, $20.000 dólares. E aquele homem cristão gritou eu pago meio milhão de dólares. O mercado parou, houve um silencia aterrador. Na visão daqueles mercadores, nenhum escravo valia isso tudo.
Então, o leiloeiro perguntou ao bom homem: você não se confundiu? Você quis dizer $50.000 dólares? E aquele homem reafirmou: não estou enganado, eu pago meio milhão de dólares. O leiloeiro disse: pode se aproximar, venha pegar o seu prêmio.
Quando o bom homem se aproximou daquela mulher, ela cuspiu no rosto dele. Se ele não fosse rápido, mesmo amarrada ela teria lhe dado uma cabeçada. Aquele homem tirou um lenço do bolso, limpou seu rosto, pegou a escrava e a levou ao cartório mais próximo do mercado e mandou o escrivão preparar os documentos para pô-la em liberdade.
Quando ele entregou os documentos na mão daquela moça que não sabia ler, ela cuspiu novamente no homem. E ele disse: você não entende o que eu acabei de fazer? Esses são os papeis da sua liberdade? Eu te comprei para te libertar!
Quando a moça entendeu o que estava acontecendo, ela sentiu vergonha das vezes que cuspiu no rosto daquele homem. Ela se ajoelhou diante dele com lágrimas nos olhos e lhe pediu: por favor, mesmo em liberdade, eu posso ser sua serva?
Meus irmãos, qual pessoa que em sã consciência não iria querer trabalhar para um patrão tão generoso assim? E o nosso Deus fez por nós muito mais do que esse homem fez por aquela escrava. Muito mais do que meio milhão de dólares ele pagou com a vida do seu Único Filho. Muito mais que cusparadas, nós ofendemos a Deus com os nossos pecados! Todas as vezes que nós nos rebelamos contra Deus, nós estamos gritando junto com os judeus “solte Barrabás e crucifique Jesus”. E, mesmo assim, Deus escolhe nos salvar. Mesmo assim ele escolhe nos capacitar para andarmos na luz e termos comunhão com ele e uns com os outros! Ao invés de se lembrar das nossas falhas, Deus usa o sangue de Cristo para nos purificar de todo pecado.
E isso, meus irmãos, apenas no primeiro “se” da graça de Deus. Não é um exagero do apóstolo Paulo dizer que:
[…] onde abundou o pecado, superabundou a graça […] Rm 5.20b
Vamos olhar para os outros 2 “se” restantes. Nos versículos 8 e 9, João nos diz:
8Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Aqui começamos a ver os passos para resolver os problemas do nosso mundo. João afirma que, se ao invés de negar a existência dos pecados, nós confessarmos os nossos pecados… Deus é gracioso, fiel e justo ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda injustiça.
Meus queridos irmãos, não neguem os seus pecados, procurem o Pai gracioso em oração, confessem a ele os seus pecados. Jesus nos garantiu livre acesso ao trono da graça de Deus (Hb 4.16). Quando negamos os pecados nós nos enganamos a nós mesmos. Quando confessamos, Deus nos perdoa e nos purifica.
Por fim, meus irmãos, vamos olhar a sequência que vai do versículo 10 do capítulo 1 até o versículo 2 do capítulo 2:
10Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 2 1Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 2E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro.
Meus irmãos, viram como foi importante ler o pedacinho do capítulo 2? O terceiro “se” da graça, se encontra no capítulo 2: se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
Meus irmãos, olhem que coisa maravilhosa que Jesus faz por nós! Jesus não apenas morreu em nosso lugar, Jesus não apenas viveu uma vida de justiça em nosso lugar, mas até hoje, ele está ao lado do Pai, nos representando.
Se alguém apresenta alguma acusação contra nós, nosso advogado não é ninguém menos que o Deus Filho, Jesus Cristo, aquele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Os irmãos já imaginaram o que isso significa?
Se Satanás, o acusador, e é isso que significa o nome dele — Satanás é a palavra hebraica para acusador/opositor. Se Satanás disser, veja lá, o Felipe não é teu servo? Ele acabou de perder o controle, ficou nervoso e falou uma meia dúzia de besteiras no trânsito. Jesus é quem vai me defender dessa acusação! Assim como diz João:
10Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
E Paulo também afirma:
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Rm 8.33–34
Meus irmãos, isso é amaravilhosa graça de Deus. Mas João, assim como Paulo, tomou o cuidado de alertar que a graça não é desculpa para pecar:
1Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem.
O paralelo de Paulo para essa passagem seria:
1Que diremos, então? Continuaremos no pecado, para que a graça aumente ainda mais? 2De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós, que já morremos para ele (Romanos 6.1–2)
Então, meus irmãos, nada de sair por aí pecando e dizendo que “tá tranquilo”, pois Jesus é o seu advogado. Aprendemos que quem anda nas trevas não tem comunhão com Deus. Isso nos ensina que os crentes infelizmente ainda pecarão nessa vida, mas que eles não viveram em pecado.
Essa distinção é entendida melhor com um exemplo. Pode ser que num momento de descontrole, você fale um palavrão. Mas os palavrões jamais serão parte do seu vocabulário. Pode ser que você tenha um pensamento de ira ou de lascívia, mas a ira e lascívia não te dominarão e não regerão a maneira como você vive.
Conclusões e Aplicação
Meus irmãos, nós vamos nos aproximando da conclusão do nosso estudo e eu gostaria de relembrar aos irmãos o que nós vimos até aqui e depois nós vamos partir para as nossas aplicações práticas.
1. Nós começamos falando do nosso cenário e do nosso mundo que:
a. Reconhece que as coisas não vão bem;
b. Mas tem dificuldades de assumir que o nosso problema é o pecado e a rebelião contra Deus.
c. Vimos que se o diagnóstico for errado, o tratamento não dará certo.
2. Em segundo lugar, vimos o cenário de João. Nesse cenário, os falsos mestres:
a. Ensinavam que era possível viver nas trevas e ainda assim ter comunhão com Deus.
b. Eles afirmavam que não tinham pecado, ou seja, eles negavam a nossa natureza pecaminosa e o pecado que herdamos de Adão e Eva.
c. Por fim, eles tinham a ousadia de afirmar que eles não praticavam pecados.
3. Vimos que essa situação é terrível e tem consequência desastrosas. Quando negamos a realidade do pecado nós:
a. Desprezamos a santidade de Deus e a obra salvadora de Jesus;
b. Nós não temos comunhão com Deus e uns com os outros;
c. Nós andamos nas trevas e mentimos para nós mesmos;
d. Pior ainda, nós chamamos Deus de mentiroso e a sua Palavra não está em nós.
4. Graças a bondade e a misericórdia do nosso Deus, nós vimos que o Senhor não nos deixa nessa situação terrível:
a. Na sua graça ele oferece reconciliação;
b. Ele pagou o altíssimo preço da morte do seu Filho, para nos libertar da escravidão;
c. Assim como aquele bom cristão da ilustração do mercado de escravos, o nosso Deus nos compra, nos perdoa e nos liberta.
E aí, chegamos nas nossas aplicações, meus irmãos:
1. A primeira é que cabe a nós andar como ele andou. Andar na luz, como ele está na luz.
2. A segunda aplicação é que devemos reconhecer e confessar os nossos pecados;
3. Um ponto muito importante de aplicação, é que devemos alertar aqueles que estão cegos nas trevas! Meus irmãos, as pessoas que estão nas trevas não veem. Elas são incapazes de enxergar o que nós enxergamos. E Deus escolheu salvar as pessoas pela pregação do Evangelho. Nós sabemos que é o Espírito Santo quem convence as pessoas do pecado, mas o instrumento que Deus escolheu para levar a sua palavra até aos perdidos foi a pregação do Evangelho. Pensem em quantas pessoas que nós conhecemos, algumas que amamos e que estão nas trevas. Apenas por meio da pregação do Evangelho, essas pessoas podem ser libertas. E hoje, você é convocado a levar o Evangelho até essas pessoas. Quando nós não alertamos essas pessoas, nós estamos sendo negligentes! (somos como a corte puxa-saco de “a roupa nova do rei”)
Meus irmãos, o nosso mundo precisa reconhecer que nossos problemas não são uma doença e que mais educação, ou uma economia melhor, ou mais ciência não vão resolver o nosso problema.
Nosso mundo não está doente e precisa de um remédio, nosso mundo está nas trevas e precisa da luz! Nosso mundo está em pecado e precisa de Jesus! Porque Jesus é o único capaz de nos purificar de todo pecado.
Que Deus nos abençoe e que nós sejamos portadores dessa mensagem. Uma mensagem dura, mas extremamente graciosa. O Deus ofendido, estende a mão para você, ele limpa do rosto as cusparadas que você deu. E ele te adota como um filho legítimo dele. Graças a Deus por isso! Amém.

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