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CDD 541.394 CDU 541.127 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL APLICADO A CINÉTICA QUIMICA DE REAÇÕES REVERSIVEIS E HOMOGÊNEAS Ney Rodrigues Ferreira* A Físico-Química apresenta algumas dificuldades com relação ao desenvolvimento de suas equações cinéticas, baseado nisto este trabalho apresenta um modelo teórico de equações cinéticas de reações químicas reversíveis, baseados no cálculo diferencial integral. Muitas dessas equações são usadas para se determinar um parâmetro cinético muito importante no monitoramento de uma reação química, a constante de velocidade, que pode fornecer informações de como estão as concentrações dos reagentes e produtos com o decorrer do tempo, durante uma reação química, e que ainda podem ser tratados graficamente e estatisticamente. No entanto, antes será necessário fazer-se uma breve revisão em conceitos muito usado em cinética química. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Cinética química Escritores antigos já observavam a velocidade das reações em metalurgia, fermentação e alquimia. No entanto algo de realmente significativo foi realizado em 1850,por L. Wilhemy. Wilhemy investigou a inversão da sacarose, verificando a transformação com o auxilio de um polarímetro. ___________________ * Concludente do Curso de Química Industrial 9 H2O + C12H22O11 C6H12O6 + C6H12O6 (1.1-1) Sacarose glucose frutose Verificando que a taxa de diminuição da concentração do açúcar (C) com o tempo(t) era proporcional à concentração do açúcar não invertido. Wilhemy descreveu assim: Ck dt dC 1=− (1.1-2) Onde chamou k1 de constante de velocidade. Feito isto integrou a equação diferencial, obteve assim: lnC = -k1t + Const (1.1-3) Num t = 0, a concentração inicial é C0, de forma que a constante passa a ser lnC0, logo: lnC = -k1t + lnC0 (1.1-4) ou tk 0 1eCC −= (1.1-5) Baseado neste trabalho Wilhemy é considerado o fundador da Cinética Química. Guldberg e Waage, em 1863, realizaram um trabalho enfatizando a natureza dinâmica do equilíbrio químico. Em seguida, mais tarde, Van't Hoff pôs a constante de equilíbrio igual à razão das constantes de velocidade, K= kf /kb. A. V. Harcourt e W. Esson, em 1865-1867, estudaram a reação entre o permanganato de potássio e o acido oxálico. Mostrando como calcular as constantes de velocidade para uma reação na qual a velocidade é proporcional ao produto das concentrações dos dois reagentes. Em condições favoráveis e adequadas, alguns materiais podem sofrer transformações para outros com características bem diferentes. Quando isso ocorre apenas por rearranjo ou distribuição dos átomos presentes para formar novas moléculas, concluímos que ocorreu uma reação química. A “função” da química é estudar essas reações, procura explicar a forma, o 10 mecanismo, a facilidade com que ocorrem, também as transformações físicas e energéticas na reação, os produtos que serão obtidos, e em último estagio, o rendimento do processo. A cinética química é um ramo da físico-química, que procura explicar com que velocidade uma reação atinge o equilíbrio. A mesma está dividida no estudo das reações homogêneas e das heterogêneas. "Cinética química é o estudo da velocidade de reação, como a velocidade da reação muda debaixo de condições variadas e por qual mecanismo a reação procede." (1) 1.2 Importância da cinética química Na físico-química é indispensável para o conhecimento da natureza do sistema reagente, formação e “quebra das moléculas”, quantidades de energia e estabilidade do processo. Na química orgânica, é importante porque a forma como reagem os compostos dá informações sobre sua estrutura, permite analisar a força das ligações químicas, bem como a estrutura molecular dos compostos. É muito importante nas teorias de combustão e dissolução no estudo da transferencia de massa e calor. Em engenharia química, é importante para projetar-se adequadamente um equipamento em que será realizadas as reações, em escala industrial. 2 TERMOS IMPORTANTES EM CINÉTICA QUÍMICA 2.1 Reações As reações correspondem ao resultado da atuação de um ou mais reagentes sobre o analito para formar o produto. Existem vários modelos de reação e aquele a ser escolhido para determinado sistema analítico irá depender dos reagentes a serem utilizados ou disponíveis e das facilidades instrumentais. 11 2.2 Reações cinéticas São reações onde a velocidade da formação do produto é medida durante um intervalo de tempo, que pode ser horas, minutos ou segundos e a denominação cinética é decorrente do relacionamento da reação com o tempo. 2.3 Mecanismos Podemos ter dois significados para o termo acima: O primeiro pode significar uma seqüência particular de reações elementares que leva à transformação química total cuja cinética está em estudo. A expressão pode ainda significar a analise detalhada de como as ligações químicas (ou os núcleos e elétrons) dos reagentes, se agrupam para formar o/um complexo ativado. “O mecanismo é pesquisado através das expressões empíricas de velocidade. Durante o projeto, é necessária uma considerável soma de informações nas mais diversas áreas”.(2) Isso ocorre porque poderemos mudar de idéia com relação a estequiometria, com base nos dados cinéticos, que são surgeridos pelo estudo dos mecanismos. 2.4 Molecularidade Corresponde ao número de moléculas presentes na reação, na etapa que determina a velocidade da reação. "A molecularidade tem sentido só para reações elementares, e geralmente coincidem a ordem e a molecularidade".(3) "A molecularidade de uma reação elementar está determinada por numero de moléculas de reagentes implicadas na reação quando esta se interpreta a nível molecular" (4) Se temos uma só molécula num sistema, a reação denomina-se unimolecular. Se tivermos duas moléculas(do mesmo reagente, ou reagentes 12 diferentes) temos uma reação bimolecular; por analogia se temos três moléculas, a reação será trimolecular. “A molecularidade de uma reação pode ser um, dois e, mais raramente, três”. É necessario frisar que a molecularidade se refere apenas às reações elementares” (5) 2.5 Ordem de reação A velocidade com que ocorre uma reação, com os reagentes genéricos, A, B, C,...,G, pode ser dada por uma equação do tipo: r = k[A]a[B]b[C]c...[G]g (2.5-1) Em que: n = a + b + c +...+ g (2.5-2) Onde n corresponde a ordem geral; a, b, c,...,g são as potências que representam a ordem da reação, e não são necessariamente os coeficientes estequiometricos. 2.6 Reações elementares São reações em que a velocidade da reação corresponde a uma equação estequiométrica. A + B R (2.6-1) Cuja equação de velocidade, para o consumo de A, é: -rA = k[A][B] (2.6-2) 2.7 Não-elementares “Quando não houver correspondência entre a estequiometria e a velocidade de reação, então teremos uma reação não-elementar." (6) H2 + Br2 2HBr (2.7-1) 13 Cuja a expressão de velocidade é: ]Br/[]HBr[k ]Br][H[k r 22 2/1 221 HBr + = . (2.7-2) 3 CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES Há varias formas de se classificarem uma reações químicas. 3.1 Quanto ao número de fases 3.1.1 Homogênea Quando ocorre em uma única fase. Não-Catalíticas: Grande parte das reações em fase gasosa. Catalíticas: Grande parte das reações em fase liquida. 3.1.2 Heterogênea Quando exige a presença de, pelo menos, duas fases para ocorrer numa certa velocidade: Não-catalíticas: Queima do coque, ustulação de minérios, ataque de sólidos por ácidos, redução de minério de ferro, etc. Catalíticas: Síntese do NH3; oxidação do NH3 na produção de HNO3;craqueamento do óleo cru; oxidação de SO2 para SO3, etc. 3.2 Quantoa estequiometria 3.2.1 Simples “Quando uma equação estequiométrica simples e uma equação de velocidade simples forem escolhidas para representar o andamento da reação, teremos uma reação simples ou isolada”.(7) 14 3.2.2 Múltiplas “Quando mais de uma equação estequiométrica for usada para representar as modificações observadas e mais de uma expressão cinética for necessária para acompanhar as variações de composição dos componentes da reação, teremos reações múltiplas”.(8) Reações múltiplas em série: A B C (3.2.2-1) Reações em paralelo: B A B A (3.2.2-2) (competitiva) R C (3.2.2-3) (laterais) C Reversíveis: A B (3.2.2-4) Existem ainda reações mais complexas: A + B R (3.2.2-5) R + B S Na qual a reação é paralela em relação a B, e em serie com relação a A, R e S. 4 VARIÁVEIS QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO A velocidade de uma reação química pode ser afetada por muitas variáveis. Isto é muito evidente nos sistemas homogêneos, por exemplo, temperatura, concentração, tamanho das partículas, luz, radiação e outros. Vejamos como cada um destes pode afetar as reações: 15 4.1 Concentração dos reagentes “ Quanto mais concentrado, maior será a velocidade da reação química ( em alguns casos a velocidade pode não ser afetada pela concentração de um dos reagentes em particular, por está presente em concentração mínima).” (9) 4.2 Temperatura “Normalmente as reações aceleram com temperatura crescente ( 10° C de elevação a velocidade dobra).” (10) 4.3 Estado físico dos reagentes “Pós(Grãos) reagem mais rapidamente que blocos, pois sua área superficial é maior, desde que a reação aconteça na superfície.” (11) 4.4 Presença de um catalisador (ou um inibidor) Um catalisador acelera uma reação, um inibidor reduz a velocidade da mesma.” (12) 4.5 Presença de luz “Luz de um comprimento de onda particular também pode acelerar uma reação.” (13) 4.6 Radiação “Nos processos radioativos, fatores como a quantidade e intensidade da radiação, bem como sua natureza são importantes na determinação da velocidade de reação.” (14) 16 5 DEFINIÇÃO DE VELOCIDADE DE REAÇÃO "A velocidade de reação é o aumento em concentração molar de produto de uma reação por unidade de tempo ou a diminuição da concentração molar de reagente por unidade de tempo."(15) Podemos expressar a velocidade de uma reação de várias formas. Em certos casos, a serem investigados, é conveniente medir a concentração de um produto de reação em vários tempos. Na curva da figura a seguir mostra-se esquematicamente como esta concentração varia com o tempo, para o pentóxido de nitrogênio. 2N2O5(g) 4NO2(g) + O2(g) (5-1) Fig. Taxa de formação de O2. * Podemos expressar a velocidade de três formas: Taxa de consumo do N2O5( dt ONd ][ 52 − ) (5-2), Velocidade de formação do NO2( dt NOd ][ 2+ ) (5-3) e ___________________ * http:\\ www.newi.ac.uk/buckleyc/bed.htm 17 A velocidade de formação do O2( dt Od ][ 2+ ) (5-4). “ Verifica -se que a decomposição do N2O5 segue uma lei de primeira ordem para pressões compreendidas entre 10-2 a 10 atm. e para temperaturas de 0 a 200°C”. (16) Esta lei toma as seguintes formas: ][][ 52152 ONkdt ONd =− (5-5) ]['][ 5212 ONkdt NOd =+ (5-6) ][''][ 5212 ONkdt Od =+ (5-7) “As unidades da constate de velocidade dependem da ordem da reação. Para de primeira ordem, -dC/dt=k1C , as unidades de k1 são: mol.L-1.s-1 .(L.mol-1)=s –1.Para a de segunda ordem, -dC/dt=k2C2 , as unidades de k2 são: mol.L-1.s-1.(mol-1.L)2=L.mol-1.s-1. Em geral para uma reação de ordem n, as dimensões da constante kn são(tempo)-1.(C)1-n.” (17) 6 CARACTERIZAÇÃO MATEMÁTICA DE EQUAÇÕES CINÉTICAS PARA REAÇÕES ELEMENTARES E REVERSIVEIS “Nos sistemas o nde ocorrem reações reversíveis, a velocidade da reação direta diminuirá com o acumulo de produtos, até que um equilíbrio dinâmico seja estabelecido. No equilíbrio as velocidades das reações direta e inversa se igualam e a velocidade resultante é nula.” (18) 18 6.1 Monitoradas pelo(s) reagente(s) 6.1.1 Reação Reversível de Primeira Ordem Reações reversíveis de 1ª ordem a volume constante podem ser representadas pelas seguintes equações: k1 Equação estequiométrica: aA xX (6.1.1-1) k2 Equação cinética: ][][][][ 21 XkAk xdt Xd adt Ad −== − (6.1.1-2) Esta equação diferencial pode ser resolvida por separação de variáveis e pela integração da equação resultante nos limites t=0 ([A]0) e um tempo t ([A]) de acordo com a equação(1-1) do anexo 1. Então rearranjando a eq. (6.1.1-2), temos: a AxXaax X ])[][][(][ 00 −+= (6.1.1-3) Deste modo substituindo a eq. (6.1.1-3) em (6.1.1-2),temos: ( )][][][][][ 21 AxXaAxkAakdt Ad oo −+−=− (6.1.1-4) Usando a condição de equilíbrio, onde: 0][ =− dt Ad Segue-se: ( ) ∞∞ −+= ][][][][ 21 AxXaAxkAak oo (6.1.1-5) Onde: ( ) ∞ ∞ −+ = ][][][ ][1 2 AxXaAx Aakk oo (6.1.1-6) Substituindo (6.1.1-6) em (6.1.1-3), segue: 19 ( ) ( )][][][.][][][ ][][][ 11 AxXaAxAxXaAx Aak Aak dt Ad oo oo −+ −+ −=− ∞ ∞ (6.1.1-7) Arrumando os termos, temos: ( ) ( ) ( ) ∫∫ ∞∞ −+ + = − − t oo oo A A dt AxXaAx XaAxak AA Ad 0 1][ ][ ][][][ ][][ ][][ ][ 0 (6.1.1-8) Integrando ambos os membros da equação (6.1.1-8) de acordo com a equação(2-1) do anexo 2, temos: Fazendo-se: ( ) ( ) ( )( ) tAxXaAx XaAxak AAAA oo oo .][][][ ][][][][ln][][ln 1 ∞ ∞∞ −+ + +−−=−− (6.1.1-9) ou txkakAAAA )()][]ln([)][]ln([ 210 ++−−=−− ∞∞ (6.1.1-10) Temos assim a equação cinética integrada de 1ª ordem, em sua forma não-elementar, monitorada pelo reagente A. 6.1.2 Reação Reversível de Segunda Ordem Direta e Primeira Ordem Inversa Podemos representar esta equação assim: k1 Equação estequiométrica: a A + b B x X (6.1.2-1) k2 Equação cinética: xdt Xd bdt Bd adt Ad ][][][ =−=− (6.1.2-2) A equação cinética do reagente A, é: ][]][[][ 21 XkBAk adt Ad +−= (6.1.2-3) 20 Rearranjando a equação (6.1.2-2) e integrando seus termos de acordo com as equações(3-1)e (3-5) do anexo 3, segue-se: a BaAbAbB )][][][(][ 00 +−= (6.1.2-4) a XaAxAxX )][][][(][ 00 +−= (6.1.2-5) Substituindo os valores das equações (6.1.2-4) e (6.1.2-5) em (6.1.2-3), temos: a XaAxAxk a BaAbAbAk adt Ad )][][][()][][][]([][ 002001 +−++−−= (6.1.2-6) Fazendo-se na equação (6.1.2-6): )][][( 00 AbBap −= (6.1.2-7) e )][][( 00 XaAxq += (6.1.2-8) Temos assim: ])[(])[]([][ 21 AxqkAbpAkdt Ad −+−−= (6.1.2-9) No equilíbrio r=0,então; a eq. (6.1.2-9) pode tomar a seguinte forma: )][( )][(][1 2 ∞ ∞∞ − + = Axq AbpAkk (6.1.2-10) Substituindo a eq. (6.1.2-10) em (6.1.2-9), antes da transformação, temos: )][( ])[)(][(][])[]([][ 11 ∞ ∞∞ − −+ +−−= Axq AxqAbpAk AbpAk dt Ad (6.1.2-11) Multiplicando membro a membro, separando os termos e transformando em uma função quadrática obteremos: 21 − + + − + −−= ∞ ∞∞ ∞ ∞ )][( )][(][ )][( ]).[][(][][ 2 2 1 Axq AbpAq Axq AAbxpq Abk dt Ad (6.1.2-12) Fazendo-se na eq. (6.1.2-12) f Axq Abxpq = − + ∞ ])[( )][( 2 (6.1.2-13) e g Axq AbpAq = − + ∞ ∞∞ )][( )][(][ (6.1.2-14) Separando os membros e integrando de acordo com a equação(4-1) do anexo 4, vamos obter: ∫∫ =+−− tA A dtk gAfAb Ad 01 ][ ][ 20 )][][( ][ (6.1.2-15) Que nos dá por integração a seguinte equação. t bgfk bgf Abf arctgh bgf Abf arctgh . 2 4 4 ][2 4 ][2 21 2 0 2+ + + + = + + (6.1.2-16) Que é conhecida como equação cinética integrada de primeira ordem direta e inversa. 6.1.3 Reação Reversível de Primeira Ordem Direta e Segunda Ordem Inversa Reações reversíveis deste tipo podem ser representadas pelas formas seguintes: k1 Equação estequiométrica: a A x X + yY (6.1.3-1) k2 Equação cinética: ydt Yd xdt Xd adt Ad r ][][][ ==−= (6.1.3-2) 22 A equação cinética do reagente A é: ][]][[][ 12 AkYXk adt Ad −=− (6.1.3-3) Rearranjando a eq. (6.1.3-2) e integrando de acordo com a equação(5-1) do anexo 5, temos: a AxXaAx X ])[][][(][ 00 −+= (6.1.3-4) a AyYaAyY ])[][][(][ 00 −+= (6.1.3-5) Substituindo estes valores na equação (6.1.3-3) e usando a condição de equilíbrio, onde: r=0, temos: −+ −+ +−= a AyYaAy a AxXaAxkAk adt Ad ][][][][][][][][ 000021 (6.1.3-6) Que nos dá: )][][][)(][][][(][ 0000221 ∞∞∞ −+−+= AyYaAyAxXaAxa k Ak (6.1.3-7) Encontrando-se o Valor de k1 em (6.1.3-7), e substituindo o mesmo em (6.1.3-6), temos: + −+−+−= ∞∞ ∞ ][)][][][)(][][][(][ ][ 00002 2 AAyYaAyAxXaAx Aa k adt Ad ])[][][])([][][( 000022 AyYaAyAxXaAxa k −+−+ (6.1.3-8) Simplificando os termos constantes, fazendo-se na eq. (6.1.3-8) )][][( 00 XaAxp += (6.1.3-9) e )][][( 00 YaAyq += (6.1.3-10) 23 Substituindo p e q em (6.1.3-9), temos: −−+−− − = ∞∞ ∞ ])[])([()][)(][(][ ][][ 2 AyqAxpAyqAxp A A a k dt Ad (6.1.3-11) Rearranjando a eq. (6.1.3-11), chegamos a: + + −= ∞ ∞ pqA A AxypqAxy a k dt Ad ][][ ][][][ 2 22 (6.1.3-12) Simplificando a eq. (6.1.3-12), fazendo: xy=e (6.1.3-13) + = ∞ ∞ ][ ][ 2 A Axypqf (6.1.3-14) e pq=g (6.1.3-15) Substituindo estes valores em (6.1.3-12), para em seguida separar as variáveis e integrar de acordo com a equação(6-1) do anexo 6, vamos obter: ∫∫ =+− tA A dt a k gAfAe Ad 0 2][ ][ 20 )][][( ][ (6.1.3-16) A eq. (16) nos fornece: t a egfk egf Aef arctg egf Aef arctg . 2 4 4 ][2 4 ][2 22 2 0 2 − + − − = − − (6.1.3-17) Que é conhecida como equação cinética integrada de 1ª ordem com relação ao reagente e 2ª ordem com relação aos produtos. Em sua forma não- elementar, monitorada pelo reagente A. 6.1.4 Reação Reversível de Segunda Ordem Direta e Segunda Ordem Inversa Esta reação pode ser representada das seguintes formas: 24 Equação estequiométrica: k1 a A + b B x X + y Y (6.1.4-1) k2 Equação cinética: ydt Yd xdt Xd bdt Bd adt Ad r ][][][][ ==−−= (6.1.4-2) A equação cinética para o reagente A é : ]][[]][[][ 21 YXkBAk adt Ad +−= (6.1.4-3) Rearranjando a eq. (6.1.4-2), e integrando os termos de acordo com a equação(7-1) e (7-5) do anexo 7, segue: a AbAbBa B ])[][][(][ 00 +−= (6.1.4-4) a AyyaAy Y ])[][][(][ 00 −+= (6.1.4-5) a AxXaAxX ])[][][(][ 00 −+= (6.1.4-6) Substituindo as eq. (6.1.4-4), (6.1.4-5) e (6.1.4-6) em (6.1.4-3), temos a seguinte equação: + +− −= a AbAbBa Ak adt Ad ][][][][][ 001 −+ −+ a AyYaAy a AxXaAxk ][][][][][][ 00002 (6.1.4-7) Fazendo-se na eq. (6.1.4-7) as seguintes convenções: 00 ][][ AbBap −= (6.1.4-8) 00 ][][ XaAxq += (6.1.4-9) 25 00 ][][ YaAyr += (6.1.4-10) Temos: ])[])([(])[]([][ 221 AyrAxqa kAbpA a k adt Ad −−++ − = (6.1.4-11) ou [ ]][])([(]])[[(1][ 21 AyrAxqkAAbpak adt Ad −−−+=− (6.1.4-12) No equilíbrio: 0][ = dt Ad (6.1.4-13) Igualando a eq. (6.1.4-11) à eq. (6.1.4-13), temos: )][)(][()][(][ 21 ∞∞∞∞ −−=+ AyrAxqkAbpAak (16.1.4-4) Onde: )][)(][( ][(][1 2 ∞∞ ∞∞ −− + = AyrAxq AbpAakk (6.1.4-15) Substituindo a eq. (6.1.4-15) em (6.1.4-12), multiplicando membro a membro, os produtos, e separando os termos, vem: [ ] [ ] + ++++ −−++ −− = ∞∞ ∞ ∞ ∞∞ qrAAbp ApqrAxypbxrbyq AbqrAbxrbyqxyp AyrAxq k dt Ad ])[][( ][])[( ][])[( )][)(][( ][ 2 2 1 (6.1.4-16) Fazendo-se na eq. (6.1.4-16): [ ]bqrAbxrbyqxype −++= ∞ ])[( (6.1.4-17) [ ]pqrAxypbxrbyqf +++= ∞ 2])[( (6.1.4-18) ∞∞ += ][)][( AqrAbpg (16.1.4-9), temos: 26 )][][()][)(][( ][ 21 gAfAe AyrAxq k dt Ad +− −− = ∞∞ (6.1.4-20) Separando as variáveis e integrando os termos da eq (6.1.4-20) de acordo com a equação(8-1) do anexo 8, temos: t AyrAxq egfk egf Aef rctgh egf Aef rctgh )][)(][(2 4 4 ][2 4 ][2 21 2 0 2 ∞∞ −− − + − − = − − aa (6.1.4-21) Que é conhecida como equação cinética integrada para a reação reversível de segunda ordem direta e inversa. 7.0 CONCLUSÃO Neste trabalho procurou-se mostrar um método matemático para dedução e compreensão de como proceder na obtenção de equações cinéticas para reações reversíveis. Convém ressaltar que: “Amplamente, a Cinética química pode ser definida como o estudo de sistemas cuja composição química ou distribuição energética varia com o tempo.” 19 Podemos ainda afirmar que: “O objetivo da Cinética química é o estudo das velocidades das reações químicas, e dos fatores que dependem estas velocidades. Destes fatores, os mais importantes são a concentração, temperatura e pressão hidrostática.” 20 Em toda investigação cinética se mede de forma direta ou indireta a concentração em tempos distintos. O problema é expressar a velocidade em forma de uma equação que relacione a velocidade com a concentração dos reagentes, e as vezes dos produtos( e outras substancias). 27 Neste trabalho usamos o método de integração, que parte de uma equação cinética que se supõe aplicável. Caso tenha uma boa concordância se pode determinar o valor da constante de velocidade por um método gráfico. Para isso, deduzimos as seguinte equações abaixo: Equação estequiométrica: k1 aA xX (6.1.1-1) k2 Equação cinética integrada: txkakAAAA )()][]ln([)][]ln([ 210 ++−−=−− ∞∞ (6.1.1-10) Equação estequiométrica: k1 a A + b B x X (6.1.2-1) k2 Equação cinética integrada: t bgfK bgf Abf arctgh bgf Abf arctgh . 2 4 4 ][2 4 ][2 21 2 0 2 + + + + = + + (6.1.2-16) Onde: f Axq Abxpq = − + ∞ ])[( )][( (6.1.2-13) e g Axq AbpAq = − + ∞ ∞∞ )][( )][(][ (6.1.2-14) Equação estequiométrica: k1 a A x X + yY (6.1.3-1) k2 28 Equação cinética integrada: t a egfk egf Aef arctg egf Aef arctg . 2 4 4 ][2 4 ][2 22 2 0 2 − + − − = − − (6.1.3-17) Onde: xy=e (6.1.3-13) + = ∞ ∞ ][ ][ 2 A Axypqf (6.1.3-14) e pq=g (6.1.3-15) Equação estequiométrica: k1 a A + b B x X + y Y (6.1.4-1) k2 Equação cinética integrada: t AyrAxq egfk egf Aef rctgh egf Aef rctgh )][)(][(2 4 4 ][2 4 ][2 21 2 0 2 ∞∞ −− − + − − = − − aa (6.1.4-21) Onde: [ ]bqrAbxrbyqxype −++= ∞ ])[( (6.1.4-17) [ ]pqrAxypbxrbyqf +++= ∞ 2])[( (6.1.4-18) ∞∞ += ][)][( AqrAbpg (16.1.4-9). 29 SUMMARY The Physical-Quimca it presents adds difficulties with relationship to the development of your kinetic equations, based on this this work presents the theoretical model of kinetic equations of reversible chemical reactions, based on the calculation integral diferential. Many of those equations plows used to be determined the very important kinetic parameter in the monitoramento of the chemical reaction, the constant of rate, that it can supply information of the they plows the concentrations of the reagentes and products with elapsing of the team, during the chemical reaction, and thatcan still be treated graphically and estatisticamente. However, before it will be necessary to do an abbreviation revision in concepts very used in chemical kinetics. 30 8.0 ANEXOS 31 1) xdt Xd adt Ad ][][ =− (1-1) ∫ ∫=− ][ ][ ][ ][0 0 ][][AA XX XdaAdx (1-2) )][]([)][]([ 00 XXaAAx −=−− (1-3) a XaAxAx X )][][][(][ 00 ++−= (1-4) 2) ( )∫ ∞ − − ][ ][ 0 ][][ ][A A AA Ad (2-1) ( ) u[A][A] =− ∞ (2-2) 1 d[A] du = dud[A] = (2-3) ( ) ( ) ∫∫ ∞ −+ + =− t 0 oo oo1u u dt]A[x]X[a]A[x ]X[a]A[xaK u du o (2-4) [ ] ( )( ) tAxXaAx XaAxaK u oo oou u .][][][ ][][ln 1 0 ∞ −+ + =− (2-5) ( ) ( ) ( )( ) t.]A[x]X[a]A[x ]X[a]A[xaK]A[]A[ln]A[]A[ln oo oo1 ∞ ∞∞ −+ + +−−=−− (2-6) 32 3) dtb Bd adt Ad ][][ −=− (3-1) ∫ ∫=][ ][ ][ ][0 0 ][][AA BB BdaAdb (3-2) )][]([)][]([ 00 BBaAAb −=− (3-3) a )]B[a]A[b]A[b(]B[ 00 +−= (3-4) xdt Xd adt Ad ][][ =− (3-5) ∫ ∫=− ][ ][ ][ ][0 0 ][][AA XX XdaAdx (3-6) )][]([)][]([ 00 XXaAAb −=− (3-7) a AxXaAxX ])[][][(][ 00 −+= (3-8) 4) = +−−∫ ][ ][ 20 )][][( ][A A gAfab Ad ][ ][ 2 0 42 4 ][22 A Abgf bgf Abf arctgh + + + (4-1) t bgfK bgf Abf arctgh bgf Abf arctgh . 2 4 4 ][2 4 ][2 21 2 0 2 + + + + = + + (4-2) 33 5) xdt Xd adt Ad ][][ =− (5-1) ∫ ∫−=][ ][ ][ ][0 0 ][][XX AA AdxXda (5-2) )][]([)][]([ 00 AAxXXa −−=− (5-3) ][][][][ 00 AxAxAaXa −=− (5-4) a AxXaAxX ])[][][(][ 00 −+= (5-5) De modo análogo calculamos a seguinte equação: a AyYaAyY ])[][][(][ 00 −+= (5-6) 6) = +−∫ ][ ][ 20 )][][( ][A A gAfAe Ad ][ ][ 2 2 0 4 4 ][22 A Aegf egf Aef arctgh − − − (6-1) t a fegk feg fAe arctg feg fAe arctg . 2 4 4 ][2 4 ][2 22 2 0 2 +− + +− +− = +− +− (6-2) 34 7) dtb Bd adt Ad ][][ −=− (7-1) ∫ ∫=][ ][ ][ ][0 0 ][][AA BB BdaAdb (7-2) )][]([)][]([ 00 BBaAAb −=− (7-3) a )]B[a]A[b]A[b(]B[ 00 +−= (7-4) xdt Xd adt Ad ][][ =− (7-5) ∫ ∫=− ][ ][ ][ ][0 0 ][][AA XX XdaAdx (7-6) )][]([)][]([ 00 XXaAAb −=− (7-7) a AxXaAxX ])[][][(][ 00 −+= (7-8) De modo análogo calculamos a seguinte equação: a AyYaAyY ])[][][(][ 00 −+= (7-9) 35 8) = +−∫ ][ ][ 20 )][][( ][A A gAfAe Ad ][ ][ 2 2 0 4 4 ][22 A Aegf egf Aef arctgh − − − (8-1) t a fegk feg fAe arctg feg fAe arctg . 2 4 4 ][2 4 ][2 22 2 0 2 +− + +− +− = +− +− (8-2) 36 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 1) Chemical kinetic. Capturado em 9 de novembro.1999. On line. Disponivel na Internet http:\\ www.newi.ac.uk/buckleyc/bed.htm 2) LEVENSPIEL, Octave. Engenharia das reações químicas: cinética química aplicada. Vol. 1. São Paulo: Edgard Blucher, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.p.23. 3) Ralph E. Weston, Jr. SCHWARZ, Harold A. Cinética química. Madrid: Alhambra, 1976.p.7. 4) Ralph E. Weston, Jr. SCHWARZ, Harold A. op. cit. p.7. 5) LEVENSPIEL, Octave. op. cit. p.9. 6) LEVENSPIEL, Octave. op. cit. p.7. 7) LEVENSPIEL, Octave. op. cit. p.7. 8) LEVENSPIEL, Octave. op. cit. p.7. 9) Capturado em 9 de novembro. 1999. On line. Disponível na Internet http:\\ www.newi.ac.uk/buckleyc/bed.htm 10) Capturado em 9 de novembro. 1999. On line. Disponível na Internet http:\\ www.newi.ac.uk/buckleyc/bed.htm 11) Capturado em 9 de novembro. 1999. On line. Disponível na Internet http:\\ www.newi.ac.uk/buckleyc/bed.htm 12) Capturado em 9 de novembro. 1999. On line. 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