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Aula 2 - Psicologia Clinica - Psicoterapia Corporal Reichiana - Fundamentos da Pratica Clinica.

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Psicoterapia Corporal Reichiana: Fundamentos da Prática Clínica
Prof. Cairu Vieira Corrêa
E-mail: cairu.correa@utp.br
Por que o corpo em psicoterapia?
Uma Perspectiva Somatopsicodinâmica:
“[...] a psique e o soma funcionam condicionando-se mutuamente e ao mesmo tempo formando um sistema unitário.” (REICH, 1975, p. 176)
 Somatopsicodinâmica: A relação dinâmica entre corpo e mente permeada por processos energéticos. (NAVARRO, 1991).
Uma Perspectiva Somatopsicodinâmica
“[...] a neurose não é somente a expressão de uma perturbação do equilíbrio psíquico; é, mais propriamente, em um sentido muito mais verdadeiro e Profundo, a expressão de uma perturbação crônica do equilíbrio vegetativo e da mobilidade natural. (REICH, 1975, p. 153)
Wilhelm Reich (1897-1957) 
Nasceu em 24 de março de 1897, no antigo império austro-húngaro.
Desafios vivenciados na infância e adolescência.
Combatente da 1ª Guerra mundial.
 Graduou-se em medicina.
Aluno e colaborador de Freud. 
Atuou como psicanalista.
 (ALBERTINI, 2011; REICH, 1996)
 Enfatiza a necessidade do analista atentar-se às resistências do analisando e ao seu comportamento típico (caráter).
 Deixa de utilizar o divã e estabelece um contato mais próximo com o analisando.
 Introduz a análise do corpo (gestos, posturas, tom de voz) na prática clínica.
 Expulso da sociedade Psicanalítica – 1934.
Wilhelm Reich e o método psicanalítico: 
Os três momentos de sua obra:
 Análise do Caráter.
 Vegetoterapia Caracteroanalítica.
 Orgonomia - Orgonoterapia.
Reich  e o FDA (Food and Drug Administration) :​
 Orgonomia: experimentos com a energia orgone.
 Reich foi preso e morreu na prisão, de ataque cardíaco, em 1957. ​
 Seus equipamentos foram destruídos (ex. Acumuladores de Orgônio) e os seus livros foram queimados. 
(CÂMARA, 2009; VOLPI, 2012)
Uma perspectiva social comunitária:
 Trabalho multidisciplinar de assistência à saúde mental;
 Palestras de educação sexual;
 Controle de natalidade e distribuição livre de preservativos;
 Prevenção de doenças venéreas;
 Reflexões acerca do aborto;
 Liberdade para o divórcio;
 Medidas diante do abuso sexual;
 Combate ao fascismo, etc.
(Kignel, 2007)
Sobre o termo “Psicologia Corporal”:
1998: Termo “Psicologia Corporal” - José Henrique Volpi e Sandra Mara Volpi - lançamento do primeiro volume da Revista Psicologia Corporal.
 União de todas as diferentes escolas psicorporais.
 Outros termos (nomes):
 Psicoterapia Corporal,
 Psicoterapia Reichiana, 
 Abordagem Reichiana, 
 Psicanálise Reichiana, etc.
Definição e visão de homem:
 Abordagem psicológica com ênfase no equilíbrio do ser humano em sua totalidade. Para isto, intervêm:
 Psyqué (pensamentos, emoções, sentimentos, conflitos, etc.);
 Soma (somatizações, emoções inscritas no corpo, expressividade, etc.);
 Energia (patrimônio, qualidade e circulação energética).
Autores e Escolas da Psicologia Corporal: 
Wilhelm Reich: Orgonomia Clínica (Análise Reichiana)
Alexander Lowen: Bioenergética
Federico Navarro: Orgonomia Clínica (Análise Reichiana)
Gerda Boyesen: Biodinâmica
David Boadella: Biossíntese
Autores e Escolas da Psicologia Corporal: 
 Convergência: Trabalho realizado de forma a integrar mente, corpo e energia.
 Divergências:
 Fundadores.
 Objetivos específicos.
 Especificidades teóricas. 
 Método terapêutico.
Escolas Pós-reichianas e Neorreichianas.
Objetivo Geral:
 Reestabelecer a “mobilidade biopsíquica através da anulação da rigidez psíquica e somática (encouraçamento).” (REICH, 1975, p. 11).
 Autorregulação.
AUTORREGULAÇÃO
“As energias vitais regulam-se a si mesmas naturalmente, sem qualquer obrigação compulsiva ou moralidade compulsiva [...]” (REICH, 1975, p. 10-11)
Capacidade da pessoa em regular seu patrimônio energético, seus pensamentos e emoções a partir dos seus próprios recursos (VOLPI & VOLPI, 2003). 
 Homeostase do organismo vivo (VOLPI, 2007).
AUTORREGULAÇÃO:
 Elementos correlacionados:
 Autonomia.
 Espontaneidade.
 Criatividade.
 Autopercepção e sensibilidade.
 Capacidade de enfrentamento.
 Autossatisfação.
Método Clínico:
Análise do caráter: 
Entrevistas verbais, análise do modo específico de funcionamento do cliente, leitura corporal (REICH, 1995).
Vegetoterapia caracteroanalítica: 
Intervenção direcionada ao corpo, exemplo: Massagem reichiana, Actings (NAVARRO, 1996).
ANÁLISE REICHIANA:
Vegetoterapia Caracteroanalítica:
“O tratamento vegetoterapêutico das atitudes musculares é entrelaçado de modo muito bem definido com o trabalho sobre as atitudes de caráter. Assim, não exclui de modo algum o trabalho de análise do caráter. Completa-o, mais propriamente; em outras palavras, vegetoterapia significa o mesmo trabalho em um estrato mais profundo do sistema biológico. De fato, segundo a nossa visão terapêutica, a couraça de caráter e a couraça muscular são funcionalmente idênticas.” (REICH, 1975, p. 166)
Clínica da expressividade:
Transcender a Racionalização. 
Identificar, sentir, expressar (canalizar) e organizer os conteúdos vivenciados.
Relação entre Terapeuta e Paciente:
Ao discutir o manejo clínico diante de pacientes com esquizofrenia, Reich (1998, p. 385) afirma que: “nunca o devemos julgar do ponto de vista do homo normalis; a sanidade deste está sujeita a sérias ressalvas. Em vez disso, devemos tentar compreendê-lo como expressando funções racionais de maneira distorcida. Por isso, é necessário julgá-lo de um ponto ALÉM de nosso mundo “ordenado”; temos de julgá-lo a partir de seu próprio ponto de vista” (REICH, 1998, p. 385).
Relação entre Terapeuta e Paciente:
 Disponibilidade: Aceitação da singularidade do paciente e da sua forma de se expressar no mundo.
 Autenticidade: Indispensável para promover segurança (REICH, 1998). 
 Ponte Radiante: Sintonia (vínculo) entre terapeuta e cliente. (REICH, 1998). 
Relação entre Terapeuta e Paciente:
Ponte Radiante: Sintonia (vínculo) entre terapeuta e cliente. (REICH, 1998). 
 Sensação de Órgão: 
 Segundo Reich (1998), as pessoas expressam conteúdos subjetivos através de movimentos corporais. 
 Movimentos que provocam involuntariamente uma imitação.
 Possibilidade de compreensão do estado emocional do paciente a partir das sensações que ele desperta no terapeuta.
Diagnóstico:
Diagnóstico caracterológico.
 Diagnóstico energético.
 Diagnóstico corporal.
Caráter
Charakter: Sinal gravado (JAPIASSU & MARCONDES, 2006, p. 39)
 Conduta típica.
 Modo específico de existir.
 Características pessoais.
 Expressão da história de vida.
 (REICH, 1998) 
 Navarro (1995, p. 11) compreende o caráter como: “[...] a maneira habitual de agir e reagir de um indivíduo por intermédio do seu comportamento”. 
Dois tipos de Caráter: Genital e Neurótico
Traços de Caráter
 Núcleo Psicótico. 
 Oral.
 Masoquista.
 Obsessivo Compulsivo.
 Fálico Narcisista.
 Histérico.
(NAVARRO, 1995)
Couraça do Caráter: 
Cristalização do jeito de ser. 
 Padrões fixos de comportamento. 
 Defesas crônicas advindas de conflitos emocionais.
Couraça Muscular:
 Definição:
 Tensão (contração) muscular crônica.
 Defesa inscrita no corpo.
 Lembrança. 
 Função:
 Proteção (defesa).
 Etiologia:
 Estresse (ansiedade e medo).
 Inibição. 
 (NAVARRO, 1991; REICH, 1975; REICH, 1998)
Couraça Muscular:
Um processo fisiológico de repressão:
“[...] a rigidez somática representa a parte mais essencial do processo de repressão. Todos os nossos pacientes contam que atravessaram períodos na infância nos quais, por meio de certos artifícios sobre o comportamento vegetativo (prender a respiração, aumentar a pressão dos músculos abdominais, etc.) haviam aprendido a anular os seus impulsos de ódio, de angústia ou de amor.” (REICH, 1975, p. 153)
7 Segmentos de Couraça
 Ocular: Interpretação da realidade.
 Oral: Raiva – Depressividade.
 Cervical: Controle.
 Peitoral: Ambivalência – Identidade.
 Diafragmático: Ansiedade.
 Abdominal: Visceralidade - Retenção/Eliminação.
 Pélvico: Prazer.“Não é fácil dizer o que torna possível receber uma impressão direta da expressão corporal de uma pessoa, e encontrar as palavras certas para exprimir o que percebemos.” (REICH, 1975, p. 154)
 
LEITURA CORPORAL:
Entretanto...
“Pode dizer-se que toda rigidez muscular contém 
a história e o significado da sua origem.” 
(REICH, 1975, p. 153)
“O amor, o trabalho e o conhecimento são as fontes da nossa vida. Deveriam também governá-la.” (REICH, 1975, p. 4)

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