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11. PALESTRA C.I.2 - TEA

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PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
Transtorno do espectro autista (TEA) 
Uma característica marcante de uma criança com autismo é possuir poucos gestos diante de uma interação 
social. 
 Introdução a consulta com o psiquiatra 
Surgimento da infância 
- Antes eram consideradas como pequenos adultos; 
- Crianças incapazes de realizar tarefas eram abandonadas 
- Passaram a ser reconhecidas como crianças a partir do séc. XVIII e XIX 
- Só a partir do séc. XIX a escolaridade passou a ser obrigatória 
Como a criança chega ao psiquiatra 
- Encaminhamento escolar (ou familiar) por transtorno de aprendizagem ou de conduta; 
- Essas queixas não indicam necessariamente uma psicopatologia infantil 
Como diferenciar o normal do patológico 
- Avaliar idade cronológica e momento do desenvolvimento 
- Considerar aspectos motor, sensorial, cognitivo e afetivo; 
- Sofrem influências do contexto familiar, social e escolar 
 Sinais de alerta do TEA 
Atraso ou defasagem no desenvolvimento motor (ex.: tem um ano e meio e ainda não anda – está com 
atraso no desenvolvimento motor), sensorial, cognitivo. Excesso ou insuficiência nas reações emocionais ou 
afetivas em relação a pessoas ou a situações). Dificuldade em lidar com normas sociais. Dificuldade no 
funcionamento adaptativo com os pares, com a família, na escola ou em outros ambientes sociais 
Obs.: Alguns autistas andam nas pontas dos pés, pois o desenvolvimento neurológico é céfalo-caudal, na 
criança com autismo o desenvolvimento para na cintura. Assim, tem que estimular a andar em lugares que 
tem areia, grama, tapetes sensoriais para estimular a sola do pé. 
Transtorno do espectro autista 
 ´´O espectro do autismo é tão grande que uma criança pode ser autista ainda que olhe nos olhos, fale 
e sorria em resposta a seu olhar. A ausência de qualquer dos sintomas apresentados aqui não exclui a 
possibilidade de uma criança ter TEA´´ Paiva Júnior, F., 2012 
 
 Epidemiologia 
A cada 58 crianças que nascem 1 vai ter autismo, a cada 5 com TEA 4 vão ser meninos e 1 menina (o 
autismo delas são diferente, pois desenvolvem a interação social mais rápido) 
 
 
 
 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
Desenvolvimento neurológico 
 
Linha amarela: autista 
Linha rosa: criança normal (neurotípicos) 
A medida que a criança com autismo vai crescendo as linhas se separam cada vez mais comparado com o 
desenvolvimento de um neurotípico, e quanto mais tardio for o diagnóstico menor é a chance de recuperação. 
Obs.: A criança nasce com uma quantidade pequena de sinapses, vai aumentando com os anos. Com 2 anos, 
as crianças têm tanta sinapse que às vezes pode dá um ´´curto circuito´´, vai ocorrer a poda neural (processo 
que ocorre dentro do cérebro, que resulta na redução do número total de neurônios e sinapses) muitas vezes 
não ocorre com a criança com TEA. Nas crianças com TEA até observa-se uma circunferência cefálica maior 
quem em crianças neurotípicas. 
 Fatores de risco 
- Ambientais: idade parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal a ácido valpróico; 
- Genéticos e fisiológicos; 
- Estudos apontam que os ástrócitos (nutrem o neurônio), que são células da glia que sustentam os neurônios, 
que possuem papel fundamental no TEA. Além disso, identificaram aumento de IL-6 em autistas. Pesquisas 
apontam que o bloqueio da IL-6, faz com que os astrócitos alterem a morfologia do neurônio para seu estado 
fisiológico. 
Escalas de triagem: existem diversas, o pediatra deve utilizá-las. 
 Diagnóstico 
 
 ADI-R (precisa de um curso p/fazer o teste) 
 ADOS (precisa de um curso p/fazer o teste) 
 DSM-V 
Critérios diagnósticos 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
Critérios Diagnósticos DSM-5 
A. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme 
manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia: 
 1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e 
dificuldade para estabelecer conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou 
afetos, a dificuldade para iniciar ou responder interações sociais. 
 2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando por 
exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e 
linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso de gestos, a ausência total de expressões faciais 
e comunicação não verbal. 
Obs.: sentar em ´´M´´ é uma manifestação, devido a hiperflexibilidade que esses pacientes possuem. Além 
disso, o pct tem dificuldade de manter contato visual, desviando por exemplo para os lábios, nariz (triângulo 
invertido). 
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, conforme manifestado 
por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou por história prévia: 
 1. Movimentos motores, uso de objetos ou falas estereotipados ou repetitivos (ex. estereotipias motoras 
simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas) 
 2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento 
verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldade em 
transições, padrões rígidos de pensamentos, rituais de saudação, necessidade de fazer o mesmo caminho 
ou ingerir os mesmos alimentos diariamente. 
 3. Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (p. ex., forte apego a 
ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivos circunscritos ou perseverativos). 
 4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do 
ambiente (p.ex., indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, 
cheiras ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento). 
C. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período de desenvolvimento (mas podem não se 
tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem 
ser mascaradas por estratégias aprendidas mais tarde na vida). 
Especificar a gravidade atual: baseia-se em prejuízos na comunicação social e em padrões de 
comportamento restritos e repetitivos. 
D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo no presente. 
E. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento 
intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento. 
Deficiência intelectual ou transtorno do espectro do autista costumam ser comórbidos; para fazer o 
diagnóstico da comorbidade de TEA e deficiência intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do 
esperado para o nível geral do desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
Teste teoria da mente 
Obs.: O autista fala que a bola está na caixa, se fosse um 
neurotípico falaria que estaria no último lugar onde deixou, que no caso seria no cesto. 
 Demais características do TEA 
- Pode ocorrer autolesão (bater a cabeça, morder o punho). Muitos adultos com TEA sem deficiência 
intelectual ou linguística aprendem a suprimir comportamentos repetitivos em público. Apenas uma pequena 
minoria vive e trabalha de forma independente na fase adulta; 
- Tendem a ter linguagem e capacidades intelectuais superiores, conseguindo encontrar um nicho que combine 
com seus interesses e habilidades especiais. Interesses especiais podem constituir fonte de prazer, motivação, 
propiciando, propiciando vias de educação e emprego mais tarde na vida; 
- Mesmo aqueles com inteligência média ou alta apresentam um padrão irregular de capacidades (por exemplo, 
não sabe amarrar o cadarço do tênis) – Umexemplo: Albert Einstein. 
- Déficits motores estão frequentemente presentes, incluindo marcha atípica, falta de coordenação. Problema 
na práxi: não consegue pensar, planejar e realizar; 
- Uma pequena proporção de indivíduos apresenta deterioração comportamental na adolescência; 
- Podem continuar indivíduos socialmente ingênuos e vulneráveis, com dificuldades para organizar as 
demandas práticas sem ajuda, mais propensos a ansiedade e depressão. 
- Dificuldades extremas para planejar, organizar e enfrentar mudanças causam impacto negativo no sucesso 
acadêmico, mesmo para alunos com inteligência acima da média. (Confundindo-se com o TDAH). Cerca de 
70% dos TEA podem ter transtorno mental comórbido e 40% podem ter dois ou mais transtornos mentais 
comórbidos. 
- Na adolescência dos autistas o corpo se desenvolve no tempo cronológico correto, mas o cérebro demora um 
pouco mais para se desenvolver. Não se deve deixar a sexualidade do autista ser inexistente 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
 Níveis 
Gravidade do TEA Comunicação Social Comportamentos 
repetitivos e interesses 
restritos 
Nível 3 
Requer suporte muito 
grave 
Graves déficits em 
comunicação social 
verbal e não verbal, que 
ocasionam graves 
prejuízos em seu 
funcionamento; as 
interações sociais são 
muito limitadas e se 
observa mínima 
resposta ao contato 
social. 
Preocupações, rituais 
imutáveis e 
comportamentos 
repetitivos interferem 
muito no funcionamento 
em todas as esferas. Há 
marcado desconforto 
quando os rituais ou as 
rotinas são 
interrompidos, com 
grande dificuldade em 
redirecionar interesses 
fixos ou retornar para 
outros interesses 
rapidamente. 
Nível 2 
Requer suporte grande 
Graves déficits em 
comunicação social 
verbal e não verbal 
aparecem sempre, 
mesmo com suportes, 
em locais limitados, 
observando-se 
respostas reduzidas ou 
anormais ao contato 
com outras pessoas. 
Preocupações ou 
interesses fixos 
aparecem 
frequentemente, sendo 
óbvios a um observador 
casual e interferindo, 
frequentemente, em 
vários contextos. 
Desconforto e frustração 
são visíveis quando as 
rotinas são 
interrompidas, 
dificultando o 
redirecionamento dos 
interesses restritos. 
Nível 1 
Requer suporte 
Sem suporte local, o 
déficit social ocasiona 
prejuízos. Existe 
dificuldade em iniciar 
interações sociais e se 
observam claros 
exemplos de resposta 
atípicas e sem sucesso 
no relacionamento 
social com outros. Pode-
se observar diminuído 
interesse pelas 
interações sociais. 
Rituais e 
comportamentos 
repetitivos causam 
interferência significativa 
no funcionamento em 
um ou em mais 
contextos. Resiste às 
tentativas de se 
interromperem os rituais 
ou de se redirecionarem 
seus interesses fixos. 
Prognóstico X nível de apoio 
 Nível 1: Síndrome de Asperge, alto funcionamento 
 Nível 2: médio funcionamento 
 Nível 3: baixo funcionamento 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20 
 Tratamento 
Só duas medicações são aprovadas para agressividade e ansiedade para os autistas: Risperidona e o 
Aripiprazol. O principal tratamento é cognitivo comportamental. 
OBS.: Se for uma criança acima do peso, preferência para o Aripiprazol (causa poucas reações 
metabólicas, não engorda muito, é um pouco mais caro, administrado pela manhã, pois pode deixar a criança 
agitada e consequentemente não conseguindo dormir). Uma criança magrinha que tem dificuldade de comer 
e não consegue dormir, uso da Risperidona, mas é utilizado em casos graves, quando a criança não consegue 
dormir, é agressiva, etc. 
Psicofarmacologia 
Não há, até o momento, intervenções farmacológicas que tratem os sintomas nucleares do autismo. 
Assim, o tratamento medicamentoso tem por objetivo reduzir sintomas associados, que causam prejuízo grave 
ao indivíduo, como agressão, automutilação, instabilidade de humor, desatenção, hiperatividade e 
comportamentos estereotipados. 
Sintomas de desatenção e hiperatividade e impulsividade muitas vezes atrapalham o funcionamento da 
pessoa com TEA. Em recente metanálise, o metilfenidato obteve bons resultados para os sintomas de TDAH 
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) em pessoas com autismo, embora elas pareçam obter 
menos resultado com medicações estimulantes e são mais sensíveis aos efeitos colaterais do que crianças com 
desenvolvimento típico. 
- Metilfenidato: 5- 60mg/dia ou 0,25 – 1 mg/kg/dia (em doses divididas). A apresentação de ação 
prolongada tem dosagem semelhante porem com apenas 1 tomada. 
- Lisdexanfetamina: Iniciar com 30mg/dia, podendo aumentar em incrementos de 20 até 70mg/dia. 
Podem também ser usadas com drogas de segunda linha para tratar a hiperatividade a risperidona e 
aripiprazol. 
Agressividade, irritabilidade e automutilação podem ser muito incapacitantes para crianças com TEA. 
Atualmente a Risperidona e o Aripiprazol são as únicas medicações aprovadas pelo FDA para tratamento 
desses sintomas em crianças e adolescentes com TEA (idades entre 5-16 anos e 6-17 anos, respectivamente). 
E também podem reduzir comportamentos repetitivos e estereotipados. 
- Risperidona: Crianças: 1-2 mg/dia e Adolescentes: 2,5 – 4 mg/dia 
- Aripiprazol: Crianças: 5- 15mg/dia e Adolescentes: 10 - 20 mg/dia 
Indivíduos com TEA geralmente apresentam comportamentos repetitivos e compulsões, semelhantes 
aos encontrados no TOC e a fluoxetina obteve resultado superior ao placebo. 
- Fluoxetina: 4 - 40mg (até 80mg para autismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALESTRA C.I – KAILAME LIMA – DRA. LUCIANA – 23/03/20

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