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TCC II

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21
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA
GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
MARIA RAIMUNDA SANTOS DE SOUSA
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS
SÃO BENEDITO DO RIO PRETO – MA
2021
MARIA RAIMUNDA SANTOS DE SOUSA
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS
Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social apresentado ao Centro Universitário UNINTA, Polo de Pedreiras – MA, como requisito para a obtenção do título de Bacharel no Curso Serviço Social.
Orientadora: Profª. Elane Maria Beserra Mendes
SÃO BENEDITO DO RIO PRETO – MA
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
MARIA RAIMUNDA SANTOS DE SOUSA
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS
Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social apresentado ao Centro Universitário UNINTA, Polo de Pedreiras – MA, como requisito para a obtenção do título de Bacharel no Curso Serviço Social.
Orientadora: Profª. Elane Maria Beserra Mendes.
Aprovada em _____/_____/______.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Profª. Elane Maria Beserra Mendes - Orientadora
Centro Universitário INTA-UNINTA
__________________________________________
1º Examinador(a)
Centro Universitário INTA-UNINTA
__________________________________________
2º Examinador(a)
Centro Universitário INTA-UNINTA
O momento que vivemos é um momento pleno de desafios. É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar sonhos e concretizá-los dia a dia no horizonte de novos tempos mais humanos, mais juntos, mais solidários.
(Marilda Iamamoto)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, pelo dom da vida, pela minha fé, pelos momentos em que o busquei e me senti confortada, pois foram muitas as dificuldades para chegar até aqui, e tenho certeza de que, sozinha, não chegaria, e por me proporcionar a oportunidade de cursar esta graduação, e em momento algum desta caminhada pensei em desistir.
Agradeço a Deus, aquele que me fortalece espiritualmente e por tudo que tens feito em minha vida. Agradeço aos meus pais pelo apoio aos estudos, ao meu namorado pelo incentivo e paciência nesta etapa, a minha família e amigos, os quais foram essenciais nesta caminhada.
A minha coordenadora Jesa Vieria pela paciência e dedicação, pelas cobranças sempre necessárias e principalmente pelo incentivo. Sei que tudo que fizeste foi para o meu bem como futura profissional.
As minhas colegas de turma, em especial as companheiras Bruna e Ligiane, que viveram ao meu lado os grandes momentos de alegria de dor.
Cada um de vocês, de alguma forma, participou desta etapa tão importante da minha vida, e por isso, agradeço principalmente, por ter motivos e pessoas para agradecer
Enfim, agradeço a todos que fizeram parte desta caminhada e que continuam fazendo parte da minha vida, que entenderam a minha ausência em certos momentos e que também me incentivaram a sempre manter de pé.
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo geral demonstrar a importância do serviço social nas escolas públicas. Logo, vem caracterizar a necessidade desse profissional nas unidades escolares como medidas preventivas de risco de vulnerabilidade dentro dos parâmetros educacionais. Utilizou-se como método para o desenvolvimento do estudo a pesquisa descritiva qualitativa de cunho bibliográfico. Os resultados apontam que o Assistente Social no âmbito escolar pode contribuir na concretização de um espaço mais democrático de ensino, alcançando, além dos alunos, as famílias e a própria instituição. Apesar dos desafios, é necessário que os ambientes escolares tenham na equipe multidisciplinar esses profissionais, pois parte dele o acompanhamento de algum ato que aconteça com o aluno ligando a escola e a família, ou outras competências de saúde ou segurança. Para tanto, cita-se que é o serviço social venha ser mais valorizado no campo é educacional, é preciso romper paradigmas e passar a aceita-los como personagens importantes no desenvolvimento educacional.
Palavras-chave: Serviço Social. Educação. Escolas Públicas.
ABSTRACT
The present study aims to demonstrate the importance of social work in public schools. Therefore, it characterizes the need for this professional in school units as preventive measures for the risk of vulnerability within educational parameters. A descriptive qualitative bibliographic research was used as a method for the development of the study. The results show that the Social Worker in the school environment can contribute to the realization of a more democratic teaching space, reaching, in addition to students, families and the institution itself. Despite the challenges, it is necessary that school environments have these professionals in the multidisciplinary team, as part of them is monitoring any act that happens to the student, linking school and family, or other health or safety skills. For this purpose, it is mentioned that social service will be more valued in the educational field, it is necessary to break paradigms and start accepting them as important characters in educational development.
Keywords: Social Work. Education. Public schools.
SUMÁRIO
1 	INTRODUÇÃO 	10
2	ASPECTOS HISTÓRICOS DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL	13
2.1	 Um breve histórico do Serviço Social no Brasil	15
2.2 	Serviço Social e política educacional	18
3	A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PUBLICAS	23
3.1 	A atuação do Assistente Social no campo da educação pública	26
3.2	Desafios e contribuições do Serviço Social na educação	30
4	CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO SERVIÇO SOCIAL E ESCOLAS PÚBLICAS33
4.1 	ECA e os Direitos do Educando	36
4.2 	Relação do Assistente Social e Secretarias de Educação	39
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	41
	REFERÊNCIAS	42
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como finalidade mostrar a importância do Assistente Social na educação contribuindo na construção de uma educação pública de qualidade e atuando nos diversos fatores sociais presentes no processo de ensino-aprendizagem. Em qualquer campo de trabalho que atue, o Assistente Social apoia-se no compromisso em lutar pela garantia dos direitos e contribuir para o crescimento social, político e cultural dos sujeitos. Especificamente no campo da educação, o Serviço Social assume como perspectiva trabalhar, também, o desenvolvimento do aluno, o despertar desse público como formadores de opinião, transformadores do seu cotidiano, responsáveis por seus atos, construtores de ideias inovadoras, questionadores da sua realidade e partícipes ativos da sua história. 
A temática trabalhada é importante na formação do Assistente Social, pois revela dados primordiais da atuação histórica do Serviço Social nas escolas, nos projetos comunitários, nas secretarias estaduais por meio de assessorias aos órgãos estatais, nos conselhos de educação e no ensino superior. a dimensão educativa e pedagógica do Serviço Social é ressaltada como resposta ao trabalho especializado na área educacional. 
A contribuição do referido profissional busca garantir direito que nos remete obrigatoriamente à temas que atravessam a realidade social e a crescente percepção que a escola está inserida no processo educacional. É necessário aprofundar essa relação junto à familiares, professores e alunos que através de discussões coloquem a função social da escola e que venha aproximar famílias no contexto escolar.
A atuação do assistente social no campo da educação vai contribuir para com a gestão escolar de forma que possa resolver os problemas ali expressos e que possa realizar encaminhamento as informações, orientando sobre determinado problema, elaborando projetos educativos e atendendo a famílias e alunos. No entanto a falta de segurança gera insegurança a todos envolvidos dentro da área escolar, problemas relacionados à higienização do banheiro e estruturas, desprovimento da ética, respeito, profissionalização e capacitação dos profissionais da área da educação para com os alunos. A gravidez na adolescênciaé um dos fatores que leva ao abandono da escola trazendo sérias consequências mais tarde como a inclusão no mercado de trabalho.
 Sabe-se que inúmeros problemas sociais que atingem os alunos se refletem na escola. Todavia, cabe aos órgãos públicos prover a permanência desses alunos na escola, uma vez que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), toda criança e adolescente tem o direito à educação, visando o pleno desenvolvimento, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Atualmente, o sistema de ensino público enfrenta grandes desafios a serem vencidos, como: Evasão escolar; Desinteresse pelo aprendizado; Problemas com disciplina; Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar; Vulnerabilidade às drogas; Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (CFESS, 2001, p.23).
O Assistente Social na educação deverá também propor ações e não somente atentar em solucionar problema, deverá prever os problemas e se antecipar a eles, compreendendo que a política social de educação necessariamente deve garantir os direitos sociais, podendo aumentar o conceito educacional na sociedade atualmente.
No entanto, a contribuição do Serviço social no âmbito educacional se dá nas seguintes atribuições: melhorar a convivência entre escola, família e aluno; favorecer o aprendizado do processo democrático; incentivar as ações coletivas; efetuar pesquisas para analisar a realidade social dos alunos; 
A presença do Assistente Social nas escolas pode vir a contribuir na problematização e no enfrentamento de demandas que surgem nesses espaços e que vão além da questão do ensinar e do aprender conteúdo.
	Considerando a relevância da temática sobre o profissional de Serviço Social por possuir preparação técnica-metodológica diante das situações da questão social, reforça a importância deste serviço dentro das escolas atuando em uma equipe interdisciplinar, trabalhará não somente com base na política educacional do binômio educando e família. Como também no ramo dos direitos sociais, construção de um projeto político-pedagógico voltado para a ampliação e garantia de direitos. Além de ser um elo na mediação entre os programas de transferência de renda e complementares.
Diante das fragilidades que as escolas brasileiras têm apresentado, esse tema me chamou atenção, pois entende-se que é necessário que o Estado implemente políticas de educação nas escolas públicas, em prol de melhorias na educação, focalizando não somente o ensino, mas de forma que possam está sendo apreendido pelos alunos e, na presença de dificuldades de apreensão, analisar quais são os motivos e como pode ocorrer a intervenção para solucioná-los.
O profissional em Serviço Social, inserido na política de educação, possui muitos desafios, no qual busca desvendar as expressões da questão social, que estão em apresentadas nas escolas, compreendendo como estas se manifestam na vida dos indivíduos sociais.
Desta forma, a implantação do serviço social nas escolas públicas é de grande relevância, visto que é crescente a vulnerabilidade das crianças e jovens principalmente em regiões periféricas. Diante disso o estudo busca promover uma reflexão sobre os aspectos que perpassam pela atuação do Assistente Social dentro das escolas. Porém trabalho do Assistente Social na área da Educação é uma conquista entre lutas, pois ainda tem municípios que não aderiram e tem a necessidade urgente do profissional, é tão importante pois a educação pública precisa ter relações de respeito as tradições, tendo em consideração o reconhecimento de cada indivíduo.
Esta pesquisa tem como objetivo geral demonstrar a importância do serviço social nas escolas públicas, bem como os específicos, analisar a política de educação como campo de atuação do serviço social; identificar as competências e atribuições na política de educação nas escolas; conhecer a importância do serviço social no enfrentamento das demandas da política de educação.
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, onde foi pesquisado em livros, artigos, sites, revistas, dentre outros, para conhecer autores que discutem sobre o tema, que serviram como base para o desenvolvimento deste estudo bibliográfico.
Em seu capítulo 1° temos os aspectos históricos do serviço social no brasil; estado; serviço social e políticas públicas educacional e um breve histórico do serviço social no brasil. No seu capítulo 2° a importância do serviço social nas escolas públicas; a atuação do assistente social no campo da educação pública e os desafios e contribuições do serviço social na educação. Capítulo 3° a construção da relação serviço social e escolas públicas; eca e direitos do educando e a relação do assistente social e secretarias de educação.
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
 
O Serviço Social possui várias dimensões históricas que se distinguem em ética, política e social nos aspectos que envolve educação e saúde que são recorrentes de lutas antigas que compreende o reconhecimento da profissão tornando-a essencial assim como outras profissões exclusiva para o serviço humanitário ao ser humano. Apesar das dificuldades o exercício profissional do Serviço Social tem ultrapassado processos de comprovação capacitatória colocação a prova se existe essa prática profissional. 
Pereira (2005) fala de uma situação enfrentada pelo Assistente Social e elucida que:
O Assistente Social deveria exercer um controle das demandas e necessidades sociais com as quais cotidianamente se depara, mas sem a veleidade de elaborar um quadro explicativo próprio das mesmas e sem dispor de um instrumental metodológico particularizado (PEREIRA, 2005, p.19).
A autora mostra uma visão colocando a situação a amostra como se o Assistente Social não tivesse capacidade de comandar seu próprio trabalho, como se ele tivesse apenas que seguir uma metodologia pré-pronta, apenas para preencher os dados e dar os resultados também pré-estabelecidos dentro das possíveis respostas já prontas para determinadas situações que vem calhar (PEREIRA, 2005).
 Contudo, várias resistências foram fixadas e repensadas, pois o Serviço Social deveria ser visto de uma forma de elucidar acontecimentos dentro das esferas políticas, sociais e culturais que dependia da determinação do profissional para tornar amplo sua categorização. Logo, o panorama passou se modificar e ser mais aceito como uma profissão ampla e atuante em vários aspectos da sociedade.
Destacando o Serviço Social e a Educação, Dentz e Silva (2015) desta historicamente os direitos políticos, sociais e civis do cidadão brasileiro, onde declama que na história isto é repassado de forma descontinua e limita os avanços conquistados do cidadão brasileiro. Os autores também apontam que o Brasil possui uma incapacidade muito grande de reduzir a desigualdade social (DENTZ E SILVA, 2015), que no qual impossibilita de ser uma sociedade democrática (CARVALHO, 2002). Logo, o sentido de usar o Serviço Social e a educação nas conquistas sociais reflete historicamente na aquisição do conhecimento que são essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade justa e ciente de seus direitos, mesmo havendo a intervenção social, isto é uma necessidade desde o início da história do Brasil.
Dantz e Silva (2015) citam os estudos de Carvalho (2002), Aranha (2006) e Libâneo (2012) que mostram um percalço no sistema de ensino, a diferenciação no ensino entre as classes sociais, sendo colocado em um dualismo caracterizado como “perverso” para os autores, pois, foi dada de forma diferenciada aos ricos e aos pobres. Esta já é uma desigualdade que não deveria existir, no entanto, o que era para melhorar a educação brasileira, incentivou aos pedidos de reformas educacionais, que a princípio era para combater a desigualdade de ensino, entre os mais importantes esteve Anísio Teixeira, Manifesto dos Pioneiros e Movimento da Educação Nova, que tinha “a ideia de que a educação era direito universal, instrumento de democratização da sociedade e de formação de cidadãos” (DANTZ; SILVA, 2015, p.14).Com base aos acontecimentos históricos na educação no Brasil houve a necessidade de incluir na educação o Serviço Social, a partir de meados da década de 30, inicia-se a primeira escola de Serviço Social (DANTZ; SILVA; 2015), logo, “é a partir da década de 1990, em consonância com o amadurecimento do projeto ético-político profissional, que se visualiza no Brasil um considerável aumento da inserção do Serviço Social na área da Educação” (CFESS, 2011, p. 5).
Desde quando começou a formação profissional em Serviço Social muitos acontecimentos influenciaram na educação brasileira, até mesmo nas represálias que persistiam em dar continuidade a formação educacional para ricos e pobres de forma diferenciada, fugindo dos ideais de constitucionais. 
No entanto, O Serviço Social ainda não era forte o bastante para reagir o bastante, tornando-se caráter assistencialista conservadora funcionando através de programas. Porém, muitas ações negativas dentro do âmbito educacional, trouxe o Serviço Social como indispensável para agir e “intervir em situações escolares consideradas desvio, defeito ou anormalidade social” (AMARO, 2011, p. 19). Essa situação era aclamada entre os casos de desordens de não adequação aos requisitos escolares, como: evasão, repetência, comportamento e outros. Ainda, os profissionais do Serviço Social tinham que ajudar esses alunos a se reintegrarem na sociedade.
Contudo, ficou caracterizado no Brasil que o Serviço Social na Educação é voltado para ajudar o educando se integrar na sociedade, e durante sua formação cidadã ser orientado de como ser um cidadão ativo cumpridor de seus deveres. Caso fugindo dessa ordem, abrir-se-á a intervenção social para que seja ampliada a demanda do Serviço Social condizente a este aluno.
Entre as décadas de 40 a 80 tudo que foi feito (movimentos, lutas, seminários, reuniões, etc.) para que o Serviço Social fosse renovado ou até mesmo valorizado, veio ser analisado a partir da década de 80, e na década de 90 o Serviço Social passa a ser reconhecido não apenas na Educação, mais na Saúde, Previdência sendo denominada Seguridade Social (DANTZ, SILVA, 2011).
2.1 Um breve histórico do Serviço Social no Brasil
Contextualizando a história do serviço social na educação podemos perceber que a sua inserção nesse campo de trabalho se deu muito antes do que imaginamos ainda na primeira metade do século XX. O surgimento do Serviço Social no campo educacional se deu no ano de 1906, nos Estados Unidos da América, quando nos centros sociais designavam visitadoras para estabelecer uma ligação com as escolas do Bairro, com o intuito de descobrir o motivo pelo qual as famílias não enviavam seus filhos à escola, as razões da evasão escolar e a falta de aproveitamento escolar dessas crianças (PIANA, 2009).
Diante do exposto, o Conjunto CFESS-CRESS (Conselho Federal e Conselhos Regionais de Serviço Social) elaborou em 2013 o documento “Subsídios para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação”, para nortear a atuação do Assistente Social, nas escolas, IFs e universidades,
 
 Estruturado com a perspectiva de afirmação: da concepção de educação que deve orientar a atuação profissional; das competências e atribuições do/a assistente social; bem como das dimensões, particularidades e estratégias para a inserção, atuação e consolidação do exercício profissional no âmbito da educação em consonância com o projeto ético-político e profissional do serviço social.
É nessa perspectiva que o serviço social deve focalizar, construindo um perfil ativo na política educacional, conquistando espaços, protagonizando ações que possibilitem intervenções profissionais criativas, propositivas, estratégicas, ousadas, destemidas e comprometidas com a transformação social.
Os principais objetivos do trabalho do Assistente Social atuando na educação é garantir a qualidade da educação mantendo os direitos sociais dos alunos nas escolas. Consiste ainda em identificar e propor alternativas de enfrentamento aos fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, de forma a cooperar com a efetivação da educação como um direito para a conquista da cidadania.
É preciso pensar a dimensão pedagógica e educativa do Serviço Social, voltada a um trabalho desenvolvido pelos profissionais na perspectiva de desmistificar e desvelar a realidade produtora e reprodutora de desigualdades, visando à autonomia, à participação e à emancipação dos indivíduos sociais (PIANA, 2009).
Segundo Meksenas (2002), a educação nasce quando se transmite e se assegura as outras pessoas o conhecimento de crenças, técnicas e hábitos que um grupo social já desenvolveu, a partir de suas experiências de sobrevivência. Neste sentido, pode-se afirmar que o nascimento da educação surge quando o ser humano sente a necessidade de converter as suas práticas cotidianas ao seu semelhante.
A instituição escolar é importante no crescimento do ser humano, pois, em busca da civilização, existe a necessidade de passar o conhecimento aos semelhantes. Assim, entende-se que a escola surge, para garantir aos outros aquilo que certo povo aprendeu.
O ser humano, através da educação se orienta social, cultural e espiritualmente, sendo capaz de transformar o mundo ao seu redor, ela serviu de base para a sociedade desde tempos remotos. E daqui em diante ela será extremante importante para as próximas gerações. “A educação é imprescindível para que todos os indivíduos tenham acesso à cultura e possam fazer parte do mundo, compreendendo a realidade que se inserem e transformando sua própria história de vida” (SANTOS, 2012, p. 124).
Para Piana (2009) a educação é uma área nova de atuação do Serviço Social, porém podemos perceber que esses profissionais estão interessados em ingressar na equipe de profissionais da educação nas escolas a fim de pôr em prática seus conhecimentos teórico-metodológicos.
Assim, a educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com uma visão de sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se de forma a promover a autorreflexão. Neste sentido, a educação é entendida como uma prática de libertação, que desperta no sujeito a sua capacidade de promover a humanização, esforçando-se em uma perspectiva conjunta para mudar o sistema escolar, social e político (GERHARDT, 2001).
A educação nos dias atuais assume novos contornos na sociedade brasileira e especialmente entre os educadores, que, por excelência, buscam assumir o compromisso de socializar, construir e desvendar novos conhecimentos.
A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira de 1996 é a primeira lei geral da educação promulgada desde 1961 e tem ampla repercussão sobre o sistema escolar. O governo assume a definição da política educacional como tarefa de sua competência, descentralizando sua execução para Estado e municípios. 
Diante disso, o controle do sistema escolar passa a ser exercido por meio de uma política de avaliação para todos os níveis de ensino. O que para Demo (2001, p.12) não se pode falar em inovações, no sentido de ser a “lei dos sonhos do educador brasileiro”, trouxe sim, alguns dispositivos inovadores permitindo avançar em certos rumos, mas “para quem não quer mudar permanece como está.
Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a escola tem a competência de garantir a educação e o desenvolvimento integral do aluno, compreendendo os aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, buscando sua formação para o exercício da cidadania, preparando o aluno para o ingresso no mundo do trabalho e participação na sociedade.
Nesse sentido, o Serviço Social será de grande importância no cumprimento das determinações da LDB, contribuindo: 
-no acompanhamento sistemático e efetivo das políticas governamentais de atendimento às famílias com crianças em idade escolar;
- no trabalho na perspectiva de rede, estabelecendo vínculos com a rede socioassistencial;
- no desenvolvimento de trabalho em parceria com a comunidade local, buscando, construiruma relação comunidade - escola – família (BRASIL, 2005, p.01).
O assistente social é um profissional que trabalha a realidade social e, diante dessas reflexões, faz-se necessário que construa um perfil diferenciado, crítico, reflexivo, criativo, propositivo, inovador e estratégico para as negociações e conquistas no campo educacional. Visando diversas experiências de atuação profissional, no ambiente escolar, ampliando a concepção que se tem de educação hoje, do processo pedagógico em geral, do ensino-aprendizagem, da figura da escola e da articulação da educação com as demais políticas sociais.
2.2 Serviço Social e política educacional
Ao tratar a relação entre Serviço Social e a política educacional tem sido uma situação acadêmica com a qual me deparo recorrentemente ao longo dos últimos nove anos, muito em razão dos investimentos realizados à frente do Projeto de Extensão Educação Pública e Serviço Social. Nos últimos três anos se intensificaram os encontros e as demandas para discutir o papel e a inserção do assistente social no campo educacional.
A política educacional aparece no cenário das preocupações profissionais hoje de uma forma diferenciada da que tínhamos há alguns anos. Não se trata mais de uma aproximação saudosista quanto a um campo de atuação profissional, mas de um interesse ancorado na leitura do papel estratégico que esta política desempenha do ponto de vista econômico, cultural e social. As mudanças ocorridas ao longo das últimas três décadas do século vinte no modo de produção capitalista foram decisivas para um conjunto diversificado de requisições ao campo educacional.
Por exemplo, a escola, ao longo da história de educação no Brasil, sempre sofreu com as ações “revolucionárias, doutrinárias e salvadoras” elaboradas de forma distante do cotidiano escolar e implantadas sob uma forte tradição autoritária. Infelizmente, ainda conservamos muito de uma cultura política autoritária em todas as instâncias da vida social, inclusive na educação. Basta verificarmos como foi efetivada uma verdadeira reforma no sistema educacional brasileiro ao longo dos últimos oito anos, onde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação é uma de suas mais emblemáticas expressões, sem que fossem consideradas a árdua trajetória de luta e as propostas e reivindicações dos movimentos sociais ligados à educação.
Desta forma, a presença de mais um profissional na escola, imputada, geralmente, por meio de uma lei, sem a discussão prévia com os profissionais da educação e sob o argumento de que este profissional enfatiza em seu trabalho justamente uma dimensão educativa, é de fato preocupante para quem atua na área.
 Pensar a inserção dos assistentes sociais na área de educação nos coloca do desafio de compreender e acompanhar teórica e politicamente como que as requisições postas a este profissional estão articuladas à tendências contraditórias da política de educação de ampliação das formas de acesso de permanência na educação escolarizada diante de um cenário de mundialização do capital. (ALMEIDA, 2011, p. 25)
Uma importante questão a ser tratada está relacionada na atuação do assistente social na área de educação que requer pensar a política educacional em sua dinâmica e estrutura, o que significa dizer que o espaço escolar é apenas uma das imensas possibilidades de atuação deste profissional no campo educacional. De fato, que a escola represente uma simbólica forma mais completa na área de educação, muitas vezes privilegiamos o espaço escolar como locus de atuação dos assistentes sociais que conduz a uma leitura reducionista e equivocada da política educacional.
 A presença dos assistentes sociais nas escolas expressa uma tendência de compreensão da própria educação em uma dimensão mais integral, envolvendo os processos sócio-institucionais e as relações sociais, familiares e comunitárias que fundam uma educação cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas de novas formas de sociabilidade humana, nas quais o acesso aos direitos sociais é crucial (ALMEIDA, 2005, p. 6).
Um fator importante a destacar é que de acordo com Almeida (2007), a inserção dos assistentes sociais na Educação não é um fenômeno recente, mas já nos anos iniciais da profissão em que a atuação profissional era voltada para um controle social sobre a família proletária, buscando a socialização e educação da classe trabalhadora no decorrer do ciclo expansionista do capital.
 A inserção do Serviço Social na Política de Educação tem se dado de forma tímida, assim, hoje não temos um grande número de profissionais atuando nessa área, como acontece na política de assistência social e saúde, por exemplo, tanto que só a partir de 2000 é que o conjunto CFESS-CRESS passa a se mobilizar formalmente no sentido de construir direcionamentos para atuação do profissional nesse âmbito.
	O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) tem se articulado e se mobilizado através de debates, reflexões, seminários, grupos de trabalhos, ou seja, tem empreendido um processo de lutas e embates políticos para que seja possível a inserção dos assistentes sociais na Política de Educação.
Assistentes sociais se inserem nas mais diversas áreas: saúde, previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça etc. Com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, atuam nas relações entre os seres humanos no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de prestação de serviços. (CRESS/RJ).
Na Política de Educação, as competências e atribuições do assistente social, assim como nas demais áreas, são direcionadas e orientadas pela Lei de Regulamentação da Profissão (8.662/93) pelo Código de Ética Profissional de 1993 e ainda pelas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social)1996, pois são esses instrumentos que estabelecem direitos, deveres e princípios norteadores da ação profissional e, portanto, devem ser observados e respeitados pela categoria profissional e pelos seus empregadores.
Competências expressam a capacidade para apreciar ou dar resolutividade a determinado assunto, não sendo exclusivas de uma única especialidade profissional, mas a ela concernentes em função da capacitação dos sujeitos profissionais e atribuições se referem às funções privativas do/a assistente social, isto é, suas prerrogativas exclusivas” (IAMAMOTO, 2002, p. 16 apud CFESS-CRESS 2011-2014, p. 25 e 26).
A principal marca da inserção de assistentes sociais nessa Política tem sido a atuação profissional no sentido de garantir o acesso à educação escolarizada. Contudo, a educação pública está longe de se afirmar como um direito social, pois as estratégias de ampliação do acesso à escolarização, nos diversos níveis dessa política. 
A Política de Educação requer um profissional com competência teórica e política que seja capaz de elaborar estratégias de ação em diferentes níveis que visem clarificar as reais contradições que impregnam a Política de Educação. Desse modo, esse profissional terá condições de ultrapassar os vários programas que afirmam compromisso social, mas que não oferecem as condições objetivas para sua realização, assim a ação profissional transporá os limites requeridos pelas instituições da mecânica realização de estudos socioeconômicos e contribuirá significativamente para que o direto social à Educação se efetive.
Trata-se, portanto, de uma dimensão que particulariza a inserção e a atuação dos assistentes sociais na Política de Educação, que depende sobremaneira dos insumos institucionais e que, diante de sua diversidade e lenta forma de expansão, acentua a necessidade de que o trabalho profissional mobilize para além dos procedimentos técnico - instrumentais que já se encontram presentes em seu cotidiano, processos de articulação com as lutas sociais travadas pela ampliação das condições de permanência dos estudantesem seus diferentes momentos de formação (CFESS-CRESS, 2011-2014, p. 42).
Na política educacional, as estratégias institucionais que visam garantir a permanência na educação escolarizada não são realizadas através de projetos e programas unificados a todos os níveis e modalidades. Assim, essa é uma dimensão importante para se pensar a atuação profissional, tendo a clareza de que as ações profissionais nesse contexto as ações de caráter individual, coletivo e administrativo-organizacional devem ser planejadas considerando o fato de que os programas, as rotinas de acompanhamento e as articulações Intersetoriais são diferentes em cada nível e modalidade de ensino (CFESS-CRESS, 2011-2014)
A garantia da qualidade da educação que deve pautar a atuação profissional se ancora na perspectiva de uma educação que contribua para emancipação humana e que não prescinde, para tanto, da apropriação, pela classe trabalhadora, do acervo cultural, científico e tecnológico produzido pela humanidade. Assim, como do desenvolvimento das capacidades intelectuais e manuais necessárias à construção de novas formas de produção, distribuição social da riqueza e sociabilidade, distintas daquelas que caracterizam a sociedade capitalista e que determinam o amplo processo de desumanização e de aprofundamento de todos os tipos de desigualdades e injustiças que vivenciamos nesse tempo de barbárie (CFESSCRESS, 2011-2014, 44). 
As competências específicas dos assistentes sociais na Política de Educação se expressam em ações que necessariamente devem perpassar e articular com as diversas dimensões da atuação profissional, de acordo com o CFESS, 2011-2014.
Diante do exposto, ao realizar uma reflexão analítica sobre a inserção do assistente social na Política de Educação percebe-se que esse profissional tem sido cada vez mais requisitado nessa área por ser pertinente sua atuação face às múltiplas expressões da questão social evidenciadas nos espaços sócio-ocupacionais próprios da Educação. E, também por se entender que nos espaços em que a prática educativa acontece as expressões da questão social se manifestam em suas mais variadas formas e que elas são as responsáveis pela maioria dos problemas que se manifestam nesse ambiente.
A atuação do assistente social nessa política ainda é limitada pela ausência de instrumentos que a legitime, mas tem-se consciência de que é necessária e imprescindível. Porém, tem-se no horizonte uma esperança de que esse processo se reverta, pois após muitos anos de mobilizações e lutas da categoria profissional através do CFESS/CRESS, o Projeto de Lei 3688/2000 que versa sobre a obrigatoriedade da inserção dos assistentes sociais na Política de Educação foi aprovado em julho de 2013.Contudo, que ainda há um longo caminho a frente que continuará exigindo da categoria profissional mobilização para que esse Projeto de Lei se efetive.
Segundo Gerardi (2000, p. 51) “cabe ao Serviço Social na área da educação propiciar o acesso, a frequência e viabilizar melhoria de condições de vida imprescindíveis ao bom desempenho escolar”. O Serviço Social tende a contribuir com grandes avanços na área da educação, porém Gerardi (2000) afirma que:
[...] é utópico pensarmos que o Serviço Social poderia solucionar todos os problemas de âmbito educacional, mas é prudente afirmar que o Serviço Social tem condições para colaborar com a melhoria do sistema educacional, por meio da atuação direta na escola e também via planejamento social de programas de auxílio familiar visando o combate à exclusão social... (GERARDI, 2000, p. 54).
Esse trabalho tem o intuito, de contribuir com esse debate e o mesmo possibilitou-me conhecer um pouco sobre os elementos teóricos que norteiam a atuação profissional nessa área e entender os processos de exclusão e de dominação que engendram a Política de Educação no capitalismo contemporâneo acirrando as desigualdades sociais. Portanto, o principal papel do assistente social na educação é introduzir na escola ações que contribuam para que a educação se torne uma prática de inclusão social.
3 A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PUBLICAS
O Serviço Social dentro das unidades escolares configura um apoio e suporte de organização social na vida do educando. Muitos alunos atualmente, principalmente das escolas públicas, possuem alunos em risco de vulnerabilidade social, que necessitam de acompanhamento social, frente aos critérios da sociedade para receber uma educação de qualidade.
Sendo a Constituição Federal (BRASIL, 1988) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) serem as leis que garantem os direitos de formação escolar e cidadã do educando, estas necessitam de profissionais capacitados para atuarem neste âmbito em valorização da criança e do Adolescente em sua formação cidadã.
Bezerra (2017) expõe seu pensamento que devemos:
[...] pensa na educação como um direito constituído a todos os cidadãos brasileiros e a sua importância para o desenvolvimento do indivíduo na sociedade capitalista, que vem reproduzindo um cenário de desigualdade social, desde sua implantação, implicando na qualidade dos serviços prestados a um público mais vulnerável, questiona-se a necessidade de um profissional de Serviço Social nas escolas, a fim de contribuir para o bom funcionamento das demandas institucionais e garantia da política educacional, em conjunto com o enfrentamento das expressões da questão social, que, inevitavelmente, estão inseridas nesse espaço de reprodução das relações sociais (BEZERRA, 2017, p. 10).
	O que a autora revela que a sociedade capitalista tem contribuído para o cenário de desigualdade social, fazendo escolhas que desfavorece os menos favorecidos, excluindo-os de terem oportunidades que amplie sua participação no meio social. Logo, famílias que vivem nesse contexto, não tem muito a oferecer aos filhos que tem como única oportunidade o estudo público, que muitas das vezes também chegam a serem excluídos por terem algum tipo de dificuldade de aprendizagem.
	Muitas escolas públicas atendem com grande relevância o perfil de crianças ou adolescentes em situação de vulnerabilidade social, colocando-a em um diferencial pejorativo “o coitado, o pobrezinho, o sem casa, etc.” deixando a criança perceber que sua estadia ali, não está sendo bem aceita, causando desânimo na criança e após a criança não querer mais se aproximar nem da escola, apela para os serviços sociais, como forma de se libertar do problema causado devido a má aceitação feita com o aluno. Infelizmente, ainda existem pessoas que agem dessa forma. 
Entre muitos aspectos, o Serviço Social é direcionado na Educação também para atuar nos problemas decorrentes de evasão, reprovação, conflitos (bullying, maus comportamentos, etc.) entre outros, essas problemáticas são rotineiras dentro uma unidade educacional, mais o perfil ético de um Assistente Social traz um diferencial que é compreendido por Bezerra (2017) que declara:
O Serviço Social na Educação tem como intuito, tendo em vista o projeto ético-político profissional, garantir o exercício do direito à educação efetivamente acessível a todos, prezando por educação gratuita, laica, de qualidade para toda a população. [...] as funções do assistente social na Educação, especialmente na escola, como: as abordagens individuais e com as famílias dos alunos, bem como aos trabalhadores da Política de Educação; intervenção coletiva com os movimentos sociais; papel investigativo em relação a um contexto social, econômico, político e cultural do indivíduo; e a participação na construção de um espaço mais democrático e de programas e projetos, junto a uma equipe multidisciplinar, como estratégias para a participação dos alunos, familiares e os profissionais da educação (BEZERRA, 2017, p. 39-40).
	
Observa-se que as funções declaradas pela autora, traz uma participação do Assistente Social dentro do âmbito educacional que vai desde o trabalho educacional como a buscar a participação ativa da família para dentro da escola como forma de sustentar o progressodo aluno na sala de aula.
Isto envolve não apenas a busca na realidade das famílias mais na participação dos mesmos ao menos no aspecto educacional como forma de participação ativa na sociedade, ou seja, buscar um ensino de qualidade para seu filho. No entanto, observa-se nos âmbitos educacionais que é mais comum um Assistente Social ser buscado os serviços pela educação para trazer a família a escola, do que a família buscar o Serviço Social para se chegar a escola.
Nesse pensamento, Schneider e Hernandorena (2012) evidenciam que:
[...] a inserção do Assistente Social na educação pública constitui-se em uma das formas de garantir o exercício da cidadania ao aluno, refletido em sua família, por meio da disponibilidade de atendimento e acompanhamento individualizado, como também buscando a promoção da democracia através da abertura de espaços de participação e envolvimento na realidade escolar (SCHNEIDER E HERNANDORENA, 2012, p.20).
 Mediante as questões sociais que são bastante diferenciadas nas escolas, o Serviço Social além de trazer em suas atividades acompanhamentos e orientações para alunos e familiares, estes também podem atuar nas questões dos conflitos sociais relacionados a problemas sociais, econômicos, culturais e de saúde que essas famílias podem vir a ter. Logo, Schneider e Hernandorena (2012) compreende que:
O Serviço Social tem enorme relevância para contribuir não somente com as situações cotidianas, procedentes das questões sociais, mas por meio da mobilização social da comunidade escolar, colabora no processo de democratização da educação, com vistas ao fortalecimento da Gestão Escolar. (SCHNEIDER; HERNANDORENA, 2012, p.16)
No entanto, os profissionais que atuam no Serviço Social, devem estar capacitados para enfrentar todas as realidades relacionadas as desigualdades sociais, preconceitos, e vulnerabilidades relacionadas aos aspectos econômicos, social, cultural, educacional e de saúde. Por isso, que a partir do momento que a criança se encontra em precariedade dentro de uma unidade educacional é acionada logo a família, para que se saiba o contexto que a família se encontra, podendo a criança estar exposta a:
[...] relações familiares precárias, pais negligentes, trabalho infantil, maus tratos com crianças, violência e exploração sexual, desemprego, miséria, fome, drogas, abandono e várias formas de discriminação social que geram a evasão escolar marcando o início de uma história de exclusão. (SILVA; RESENDE; ALMEIDA, 2016, p.2)
No entanto, o acompanhamento profissional do Serviço Social sabe como chegar a estas famílias, pois tem toda uma preparação para não causar mais conflitos ou serem injustiçados a calunias e infâmias pelas famílias, sendo isso, um reflexo das mazelas que vivem, não sabendo se aceita ou não a ajuda desses profissionais que só tem a contribuir com a família e a educação de seus filhos.
Quando ocorre a identificação de situações como as descritas por Silva, Resende e Almeida (2016) a escola por si não pode muito ajudar seus alunos, pois são situações que requer profissionais qualificados para atender as famílias no momento. No entanto, já identificar que há algo errado no desenvolvimento da criança ou que esteja atrapalhando o educando ter progressão nos estudos, já é um bom andamento. Mas, deve se manter afastado fazendo apenas o que o Serviço Social pedir por precaução e para não inibir a criança de participar ativamente dos estudos.
Nesta perspectiva Santos (2012) define escola como:
[...] uma instituição social formadora do conhecimento humano, o qual é trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno, que busca sanar seus problemas e necessidades sociais. Por isso é importante realizar um diagnóstico familiar e aproximar mais o cotidiano familiar com o escolar. Deste modo, a escola é uma instituição preparada para desenvolver os valores sociais dos sujeitos (alunos e familiares), sendo capaz de prepará-los para viver em sociedade. (SANTOS, 2012, p.127
Dessa forma, a escola prepara o aluno para viver em sociedade, mas como se sabe que a base de todo ser humano é a família e após esta, vem a educação, a escola tem como primazia a participação da família na escola, e quando não consegue realizar essa proeza deve buscar ajuda mediante aos profissionais capacitados para este fim. A partir daí, aliar a Educação os Serviços Sociais é a forma mais sabia de utilizar as funções desses profissionais.
3.1 A atuação do Assistente Social no campo da educação pública
A Educação Pública configura-se pelos nos processos produtivo decorrentes do avanço científico e tecnológico tem apresentado novos desafios no processo de configuração da educação, das instituições educativas. O assistente social é um profissional que trabalha a realidade social e, diante dessas reflexões, faz-se necessário que construa um perfil diferenciado, crítico, reflexivo, criativo, propositivo, inovador e estratégico para as negociações e conquistas no campo educacional. 
Tais desafios referem-se à incorporação das exigências de formação do trabalhador para atuar em um contexto de mudanças o que exige consequentemente alterações no seu projeto educativo de modo a atender as necessidades formativas contempladas no perfil do trabalhador, que se apresentam à educação exigem a cada dia precisa de mãos para continuar a corrente da busca por um ensino de qualidade, pois, quando melhora em um ponto em outro deixa a desejar. 
São grandes as parcerias e investidas que a educação tem recebido, cabe às gestões desenvolver um bom trabalho, aplicar o que é devido e partilhar com a comunidade escolar seus feitos para surtir efeito no desenvolvimento da educação. Para entender as questões dentro da escola que é necessário haver o serviço, recorre-se a algumas reflexões reformistas que abrem caminho para esta necessidade: 
A princípio a preocupação em entender o contexto político e econômico que originou essas reformas parece ter sido predominante, baseando-se em estudos críticos dos programas, da legislação pertinente, dos seus estatutos político-ideológicos e, mais recentemente, observa-se pesquisas mais relacionadas à análise da implementação prática de tais reformas. As contribuições que essas pesquisas trouxeram e ainda trazem ao campo da política e administração da educação são fundamentais para o entendimento das mudanças recentes operadas no âmbito da gestão dos sistemas de ensino. (OLIVEIRA, 2003, p.13).
Considerando que a escola é um ambiente diverso, necessita optar por concepções teóricas que venha respaldar estratégias diferenciadas para atender as diferenças sociais e culturais, de estímulo à participação dos segmentos representativos da escola na construção das políticas públicas sociais na escola. 
Desse ponto de vista, e considerando a função social escola e os objetivos que devem nortear o projeto educativo comprometidos com a formação dos sujeitos capazes de atuar e intervir na sociedade, comprometendo-se com sua transformação. Nessa perspectiva de entendimento Luck (2009, p.20) define escola como:
[...] uma organização social constituída pela sociedade para cultivar e transmitir valores sociais elevados e contribuir para a formação de seus alunos, mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional condizentes com os fundamentos, princípios e objetivos da educação. O seu ambiente é considerado de vital importância para o desenvolvimento de aprendizagens significativas que possibilitem aos alunos conhecerem o mundo e conhecerem-se no mundo, como condição para o desenvolvimento de sua capacidade de atuação cidadã (LUCK 2009, p. 20).
É neste contexto que se começa a inserir o serviço social como um importante instrumento no processo de transformações que afetam o âmbito educacional e sendo por ela também afetada. Espera-se, portanto dessa instituição o desenvolvimento de uma prática educativa capaz de nortear o trabalho da escola possibilitando o desenvolvimento de um ensino de qualidade que atenda às necessidades de formação dos sujeitos dentro de uma perspectivacidadã. 
Descreve-se que para o Assistente Social atuar na educação básica precisa que esteja apta a dominar os instrumentos norteadores de uma escola para conciliar as políticas públicas sociais que perpassam os valores culturais que identificam os grupos sociais e a sociedade.
Florentino e Florentino (2015) relatam que:
Não obstante ao Serviço Social, diversas categorias profissionais também observam, com certa preocupação, a presença de outros fenômenos que envolvem o universo da educação e o ambiente escolar, tais como a violência, o uso e abuso de drogas, o trabalho infantil, as relações intrafamiliares conflituosas e outras manifestações da questão social que permeiam o campo da educação, mobilizando diferentes profissionais e pesquisadores em busca de soluções que possam auxiliar o enfrentamento de tais questões (FLORENTINO; FLORENTINO, 2015, p. 2)
Mediante ao que os autores repassam é o serviço social pode se apresentar em diversas categorias profissionais, e atuar no ambiente escolar é de grande complexidade, pois surgem problemas tão grandes como em uma unidade de atendimento social. Observa-se que os autores também apontam problemas que podem ser classificados como de média e alta complexidade.
Isto decorre por falta de políticas públicas educacionais mais firmes, mais bem aplicadas no sistema de ensino educacional. No qual a presença do Assistente Social no âmbito escolar vai constatar a necessidade de intervenção social dentro de uma das maiores categorias de formação cidadã e profissional, a escola, lugar de aprendizagem, onde adquiri se o conhecimento.
A relação entre a educação e o serviço social é comenta por Oliveira (2017) que diz:
Apreendida como direito social, a educação é uma possibilidade de espaço para atuação do assistente social, profissional que contribui na formulação, gestão e execução de políticas públicas. Além disso, como profissional que contribui com a viabilização de direitos, o assistente social também pode colaborar com a efetivação de alguns princípios contidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 – LDB, a exemplo da “Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” (OLIVEIRA, 2017, p.2).
	Visto que, dentro da educação é necessário um suporte de serviço social, observa-se que o assistente social nas palavras da autora é visto como uma garantia de igualdade de direitos, que é tão subestimada não só na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei Nº 9.394/1996, como por todos os documentos norteadores que reagem a educação básica, em especial destaca-se essa tentativa de igualdade a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Documento Curricular do Território Maranhense (DCTMA).
	Apesar de haver esses problemas dentro do âmbito educacional, a educação não se torna impedida de dar continuidade as suas atividades formadoras, o serviço social contribui nas partes que nem mesmos os profissionais da educação tentam atuar, que são: nas condições sociais, questões econômicas, políticas, e ao que se nota é que mesmo havendo o serviço social ainda há a inexistências de interesse por parte das famílias.
	Fala-se dessa forma, por que muitas famílias não valorizam a criatividade dos filhos, o desejo dos filhos, e isso acaba contribuindo para que o educando seja repetente, se torne um aluno evasivo, e acaba sendo de má influência para os outros que por meio das dúvidas ainda acham um pelo exemplo quando um aluno se rebela dentro da sala de aula.
	No estudo realizado por Oliveira (2017), em escolas que o serviço social é atuante, este reúne algumas questões sociais que são realidade presentes nas escolas públicas:
Falta de informação sobre políticas e direitos; violência intrafamiliar/doméstica e precariedade/falta de acesso a políticas e direitos. As que apresentam menor incidência são: distorção idade–série; trabalho infantil e preconceito religioso; preconceito de orientação sexual; dificuldade/restrição de participação política e em instâncias de controle social, analfabetismo funcional, preconceito étnico-racial. [...] questões relacionadas a “bullying”, [...] no caso das instituições particulares, mudança de emprego de familiares, dificuldade de mobilização por parte dos estudantes, deficiências e déficits cognitivos, desmotivação para o estudo, baixo rendimento acadêmico, negligência, descaso, falta de cuidado e humanização, assédio moral, falta de recurso financeiro e sua melhor organização (OLIVEIRA, 2017, p.4).
	É importante descrever que muitos problemas como estes citados, levam o aluno a pensar que tudo acabou, é o fim, o exemplo, são as questões referentes ao Bullying que afetam tanto a vida do aluno na escola como em ambiente familiar.
	E quando não há a presença desse profissional na escola, se torna muito difícil para o corpo docente, pois terão que dividir o tempo de ensino com a atenção para os alunos que muitas vezes chegam na escola como se fosse o último momento de sua vida.
	Souza (2008) completa que:
Pontua-se que o leque de atuação do exercício profissional é extenso, assim como, as possibilidades de articulação com outras áreas e campos do saber. O campo da política de educação, por exemplo, representa uma atuação mais ampla do Serviço Social – Secretarias de Educação, Conselhos de Educação, escolas – nos diferentes ciclos/níveis de formação, na elaboração, gestão, coordenação de programas e projetos, realização de pesquisas, diagnóstico social, pareceres e outras ações. (SOUZA, 2008, p. 95)
	Considera-se o serviço social dentro das unidades educacionais como fundamental, pois haverá momentos que até mesmos os próprios alunos virão ao seu encontro buscando apoio social, emocional, cultural e isso se torna gratificante para ele, saber que pode contar com alguém que estar disponível para atender o seu problema, é abrir caminhos que vai fazer o aluno se reconhecer e valorizar quem estar abrindo as portas para ele.
	Na maioria das escolas, onde o contexto social já é trabalhado, o serviço social tem suas linhas de atuações resumidas, ou seja, ao invés de se preparar para realizar intervenções, ele se prepara para fazer prevenções. Por isso que se diz, que o sistema educacional precisa refazer uma política de organização em suas unidades educacionais. Para tanto, a contribuição dos Assistente Sociais é visto como uma forma de somar, confiando que os alunos vai multiplicar o conhecimento recebido.
	De acordo com CFESS (2011), o Assistente Social nas escolas e inserido na política de educação se remete a uma gestão democrática e ao exercício dos direitos sociais. Esse profissional no âmbito escolar deve se articular as dimensões técnico-operativa, ético-político e teórico metodológico, para desenvolver ações voltadas a orientação e acompanhamento dos usuários; a investigação social, econômica e cultural; socialização de informações e discussões sobre temática cotidianas; elaboração de projeto e programas, entre outros. 
3.2.	Desafios e contribuições do Serviço Social na educação
 	Sabe-se que toda atividade dentro do campo educacional, limita-se a prática pedagógicas, ou seja, quase todas as atividades sejam ela de ajuda ou de intervenção é feita por meio pedagógico, e isto leva a ser um desafio para o Assistente Social. Novais (2001) aponta algumas atividades que podem ser realizadas pelo serviço social nas escolas:
Pesquisa de natureza socioeconômica e familiar para a caracterização da população escolar; Elaboração e execução de programas de orientação sociofamiliar, visando prevenir a evasão escolar e melhor o desempenho e rendimento do aluno e sua formação para o exercício da cidadania; Participação, em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que visem prevenir a violência; o uso de drogas e o alcoolismo, bem como visem prestar esclarecimento e informações sobre doenças infectocontagiosas e demais questões de saúde pública; Articulação com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações comunitárias locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para atendimento de suas necessidades;Somente com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade sociofamiliar do aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e encaminhá-lo adequadamente; Elaboração e desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde existem classes especiais. (NOVAIS, 2001, p. 13)
	Diante de tantas atividades, questiona-se: será apenas aos alunos que essas atividades podem fazer efeito? E os pais não podem ser inseridos nesse contexto? Será que o preparo passado aos alunos será o suficiente pra que eles se tornem multiplicadores de informação. 
	Na verdade, o serviço social diante de tudo que pode ser feito por eles, deverá estar presente junto a construção das propostas municipais das escolas, porque de certa forma, será ele o norteador das atividades, eles podem colocar mais a fundo, o que é mais necessário para ser feito. 
	Para Santos (2009 apud FLORENTINO, FLORENTINO, 2015, p. 7) apontam que a maior contribuição do serviço social na escola “é a aproximação da família no contexto escolar”. Logo, isso é uma determinação que deve ser feita antes que se elabore as atividades anuais da escola, para que possam ser inseridas paralelas ao ano letivo.
	Segundo Martins (1999) além das contribuições, há também benefícios e se destacam em:
Melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos; Favorecer a abertura de canais de interferência dos sujeitos nos processos decisórios da escola (os conselhos de classe); Estimular a vivência e o aprendizado do processo democrático no interior da escola; Estimular ações coletivas; Realizar pesquisas que contribuam com a análise da realidade social dos alunos e suas famílias; Maximizar a utilização dos recursos da comunidade; Contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais, disponibilizando campo de estágio adequado às novas exigências do perfil profissional (MARTINS, 1999, p. 70). 
	Essas contribuições equalizam o trabalho docente, se tornando comum trabalhar com alunos de reflexão, pois a partir do momento que o aluno tiver apatia, isso se transformará em equidade. 
	É importante descrever que o serviço social direcionado as atividades escolares, contribui também para ele, pois além de se adequar a comunidade educativa, vai também apresentar habilidades próprias adquiridas com as experiências no campo educacional.
	Contudo, o espaço educacional é carente de políticas sociais, pois em grande parte das escolas, os ensinos são precarizados, pois falta “contratação de determinadas áreas profissionais, evidenciando uma relação de desresponsabilização e/ou diminuição do Estado nas políticas sociais” (OLIVEIRA, 2017, p. 6).
	Ao que diz respeito a estes profissionais, acredita-se que depende muito dos gestores municipais, pois há custos que nem todos os prefeitos querem abrir mão, e para aqueles que estão iniciando sua carreira no serviço social, buscando ao menos ter uma experiência, acaba se doando para que possam ajudar e ganhar experiências.
	Florentino e Florentino (2015) relembram que:
O exercício profissional do assistente social na educação pública não pretende, de forma alguma, substituir ou sobrepor o trabalho dos educadores ou interferir na relação de ensino-aprendizagem entre alunos e professores. A própria Lei de Diretrizes e Bases delimita, de modo claro, as ações, as competências e as atribuições dos professores. Ocorre que, na própria escola, muitos professores se queixam de algumas situações: “tenho que ser psicólogo(a), assistente social, etc.”, revelando uma dinâmica em que os professores vêm sendo requisitado para assumir funções para as quais não possuem a devida formação, comprovando, assim, a real necessidade do assistente social, no contexto escolar.
	É importante descrever que em muitas situações os professores precisam ser sim, um pouquinho Psicólogo e Assistente Social, mesmo não sendo essa a sua formação, os alunos acabam ganhando a confiança do seu professor a ponto de se abrir e construir afetividades significativa para o seu progresso educacional.
A partir desse momento nasce a afetividade que envolve aluno e professor que é demonstrado através de carinho, mansidão, humildade, e que é indispensável para se realizar trabalhos na comunidade escolar. Além disso, o afeto ajuda impactar situações corriqueiras de cansaço na sala de aula oriundas do cotidiano fora da escola, tanto por parte do professor como do aluno, construindo uma convivência saudável e harmoniosa.
A escola, por sua vez, precisa transmitir conhecimentos com responsabilidade e ética para fazer do aluno um cidadão consciente, humanizado, o Serviço Social contribui para sua formação, não só em casa. Mas na escola também por ser seu segundo lar. E dentro das funções dos profissionais Assistentes Sociais sua contribuição visa melhorar a relação aluno-professor nos trabalhos pedagógicos, o educador ajuda o educando a amenizar e superar os problemas, através de sentimentos, amor, carinho e aceitação como formas de superar as dificuldades encontradas pelos alunos. Mas, também é preciso que a família também se junte a escola com afeto e parceria, a aprendizagem do aluno com a união da família e escola, reforçada pelo Serviço Social resulta em alunos mais ativo nas atividades escolares e sociais.
4 CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO SERVIÇO SOCIAL E ESCOLAS PÚBLICAS
	Dentre vários aspectos que tornou o Serviço Social parceira da Educação, esta possui em suas bases a presença social do ser humano, vivendo em grupos ou de forma individual. A necessidade que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1998) que torna obrigatória que a criança seja escolarizada, remete que sejam cumpridas de acordo o que a Lei impõe. Nesse sentido o Serviço Social visa cumprir a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) – ECA- Contempla o direito da Criança a esse atendimento, evidenciando no Art. 7º que “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. (BRASIL, 1990, p.17).
	Com base na necessidade de reforços para a progressão social do aluno as politicas públicas educacionais contam com instrumentais e norteadores que servem de guia para o bom desenvolvimento da educação, estes instrumentais (BNCC, DCTMA, RECNEI, PCN e cartilhas criadas pelo MEC/SEB) buscam garantir o desenvolvimento gradual da criança para adquirir uma visão de mundo e de conhecimentos para ingressar na sociedade.
	De acordo as Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2010) existem alguns princípios básicos que são favoráveis ao desenvolvimento da criança no âmbito escolar:
Princípios éticos: valorização da autonomia, da responsabilidade e a solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades; Princípios políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática; Princípios estéticos: valorização da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 2010, p. 39).
	Estes princípios mostram que a criança deve ser preparada para ser um cidadão atuante na sociedade, aprendendo a limitar-se para não atropelar sua conduta moral e passa a construir atitudes como: respeito e solidariedade, adquirindo valores e aprendendo que no mundo é preciso ter igualdade de direitos, sendo que é preciso aprender a questionar para ter respeito coletivo.
	Com isso, as oportunidades do conhecimento oferecidas às crianças têm papel fundamental e sendo acompanhada pelo Assistente Social buscar ajudar a escola e o educador onde ambos devem trabalhar para oferecer a criança um lugar de alegria, de confraternização e de gosto pelo estudo, além de transformar a sociedade. Logo, a partir das colaborações e as propostas de governo foram acrescentadas e repensadas, pois pra se chegar até aqui, foram percorridos longos processos que começaram a valorizar a criança como pessoae ser social.
	 Mesmo sendo o Serviço Social uma profissão que serve de base para as relações socias no âmbito escolar Santos, Dias e Santana (2015) revelam que:
A escola é considerada um espaço de reprodução das classes e muitas expressões da questão social podem ser identificadas nela. O serviço social no ambiente escolar é incumbido então de identificar e atender as demandas oriundas dela. [...]. O profissional de serviço social é aquele habilitado para enfrentamento dos desafios de efetividade e consolidação de direitos sociais, em se tratando deste caso especificamente do direito a educação, o qual é garantido na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 205, onde se afirma que a educação é direito de todos os cidadãos e deve ser mantida pelo Estado em conjunto com a família, sendo estimulada por toda a sociedade (SANTOS, DIAS; SANTANA, 2015, p.2).
	É diante dessa certeza que o Assistente Social realiza seu trabalho em prol da educação e do cumprimento de seus deveres enquanto profissionais que seguem a ética de suas profissões. Nesta perspectiva o serviço social compreende atuar de acordo as dimensões sociais que permite os aspectos educacionais, sociais, econômicos e culturais. 
	Para tanto, aliar o serviço social a educação nos dias atuais não é uma tarefa tranquila, pois estes profissionais tem que alinhar as relações que envolvem escola, família e o serviço social dentre eles, preservar a identidade da criança que está sendo buscada a sua formação.
	Segundo Iamamoto (1995, p. 101), “o Serviço Social atua nas relações entre os homens no cotidiano da vida social”. Em conformidade, atua para o pleno desenvolvimento social humano direcionando formas de sanar as problemáticas sociais que são criadas pelo próprio homem. É essencial firmar que as escolas públicas não são desfavoráveis e nem tão pouco impróprias para a formação de um indivíduo, a educação brasileira é marcada pela história desigual da formação de sua sociedade burguesa que possui muito entre poucos, escravizando aqueles que não tem nada para sua sobrevivência.
	Neste contexto, Iosif (2007) esclarece que:
Os seres humanos são diferentes, mas podemos considerar iguais suas necessidades básicas de sobrevivência e seus direitos enquanto seres humanos. Para viver com qualidade de vida no mundo contemporâneo, todos precisam de alimentação, saúde, educação, moradia, segurança, necessidades básicas que são asseguradas como direitos iguais a todos os homens. Entretanto, o atendimento a essas necessidades não tem sido igual para todos (IOSIF, 2007, p. 91).
	Fica claro, que o ser humano não estar tendo um desenvolvimento social merece, falta o mais importante, apoio e acesso livre para exercer seus direitos, no entanto, falta-lhe oportunidade para agir como cidadão. E diante disso, questiona-se: Onde estar o Serviço Social? Essa é uma resposta bem fácil de ser respondida, com base nos autores já citados nessa dissertação, a demanda para ser atendida pelos profissionais Assistentes Sociais que existem é muito grande em relação a população pobre, existem poucos profissionais e muitos deles, atuam em serviços particulares que os pobres não podem pagar, a contratação pelo serviço público se torna muito inferior ao que um município precisa.
	Sendo assim, através do serviço social existente, há prioridades que são buscadas pelos Ministério Público que já são serviços ligados aos setores educacionais e muitas das vezes não são resolvidos a tempo pela demanda, e os setores educacionais ficam sem esse apoio, não por culpa dos profissionais e sim do sistema em geral que regem os processos jurídicos.
	Fala-se dessa forma, por ser essa a real situação do Brasil, não precisa buscar em livros, é uma realidade que se vivencia todos os dias, tanto pela necessidade do profissional quanto pela demanda existente que precisam de suas atuações. Contudo, este estudo, faz refletir, o por quê de não haver mais profissionais atuando nos setores educacionais, pois o que se vê são apenas, serviços compartilhados entre os CRAS e CREAS nos municípios para atender uma demanda sendo os profissionais insuficientes para atender a todos. Neste sentido, Santos, Dias e Santana (2015) revela que: 
Os assistentes sociais que estão atuando na rede escolar do referido município atendem crianças e adolescentes que frequentam as escolas públicas municipais, em que o perfil dos estudantes em sua maioria são de baixa condição sócio econômica e recebem o benefício de transferência de renda do governo federal, o Bolsa Família (SANTOS, DIAS; SANTANA, 2015, p. 5).
	Mediante a fala dos autores, o Serviço Social nos municípios é direcionado aos que recebem auxílio do governo, este é um critério, uma veze que estão cadastradas no sistema de transferência de renda, e esse atendimento traz beneficio para o município, sendo ignorado o restante das crianças que estudam e não recebem o benefício, como ficam a sua situação? Ficam sendo jogadas para quando surgir uma vaga, ou então, acontecer o pior para que este atendimento seja realizado. Para tanto, é o sistema que funciona dessa forma, não os profissionais.
	Menciona-se que muitas questões sociais poderiam ser impedidas de acontecerem, pois, a prevenção de certos acontecimentos mediante a orientação de Assistentes Sociais dentro dos âmbitos escolares é de certa forma a melhor saída para resolver tais problemas sociais.
	
4.1 ECA e os Direitos do Educando
	Ainda nos anos 90, no Brasil, foi lançada o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que determinou direito da criança e adolescente estudar, e que a família deverá cuidar para que a frequência às aulas seja cumprida, sob risco de punição. Com a Constituição Federal de 1988, a educação passou a existir de uma forma certa, sendo de direito do cidadão e dever do Estado, resultante de lutas e movimentos em proteção à criança.
	Outra garantia importante do ECA, são os aspectos que abrange a educação de crianças:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990, p.20).
	Diante do exposto evidencia-se que tanto a Constituição Federal, quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes de Bases e Educação abrangem a educação como direito efetivo com a participação integrada ente escola e família, principalmente. 
	Está sob conhecimento de todos que a responsabilidade não é somente do estado representado pela escola, mas de ambos ao mesmo tempo. Escola e família desempenhando funções diferentes, porém, com os mesmos objetivos. Pois sabe-se que no mundo em que se vive cheio de muitas contradições e questionamentos toda iniciativa de unir forças para superar os obstáculos vivenciados pelos profissionais de educação é bastante relevante.
	O ECA foi um grande avanço para o nosso país, e mesmo que haja eventuais equívocos em sua utilização, é fundamental conhecer suas potencialidades, para fazer uso dessa legislação que favorece a criança, o jovem e ao adolescente. A partir da década de 90, o direito da criança a educação foi ficando mais forte com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que reafirmava os direitos constitucionais e educacionais, e a criação das políticas para a infância.
	Com o ECA o ensino passou a ser mais oportunizado, pois anteriormente, as estratégias para o atendimento educacional eram muito poucas, era mais fácil o pai alfabetizar em casa e só matricular o filho quando chegasse a idade de sete anos. Essa mudança ocorreu devido a necessidade pedagógica necessária para a evolução do aluno, a aprendizagem e aquisição de conhecimento que nem sempre os pais são suficientes para atender a curiosidade do filho.
	De certa forma, o apoio para os alunos que necessitavam de inclusão educacional também aconteceu, embora ainda quemeio camuflado, mas passou a existir devido à busca ativa da criança fora da escola com idade para alfabetização e a realização do cumprimento da ordem governamental implantada no país.
	Em vista disso, os entes federados passaram a garantir escolas para qualquer que seja o número de crianças que precise estudar. E por isso, o Programa Nacional de Educação visa essa perseverança para que não sejam necessários os pais buscarem processos jurídicos para garantir que seu filho tenha acesso a educação. 
	E devido a isto, sempre ocorre divulgação do governo federal através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) as divulgações de quantas escolas existem em suas diversas situações, se estão concluídas, em execução, paralisadas, não iniciadas, inacabadas ou canceladas, para se ter um panorama de crescimento ou decréscimo da atividade educacional na modalidade educação infantil e se está sendo satisfatório para atender toda a população.
	Por isso, as responsabilidades anunciadas pelo ECA, devem ser cumpridas, pois a mesma institui:
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude (BRASIL, 1990, p. 36).
	Nesse contexto, A carta magna voltada a crianças e adolescentes ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), na sua estrutura trás, artigos de leis que visa a proteção de direitos básicos e essências a esse grupo participante da sociedade. De acordo com a Constituição Federal as crianças e os adolescentes são “pessoas em condição peculiar de desenvolvimento” e devem ter prioridade absoluta em qualquer situação, por isso a necessidade de leis que priorizem suas necessidades, a educação, saúde, lazer.
	A ação de educar detém a capacidade de ao mesmo tempo proporcionar meios para o desenvolvimento pessoal do indivíduo e consequentemente da sociedade na qual ele se encontra inserido. A educação dever ser oriunda da aplicação por meio do Estado e seus três poderes que o compõem, assim como também da família, como afirma o Art. 205 diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
	A educação é um processo de forma contínua, que tem o início com o nascimento, a partir desse momento cabendo à família e ao Estado o dever de cuidar, de propiciar a educação de forma que possa capacitar. Sendo que tanto o Estado, como a família ou a sociedade, sempre estará presente no processo educacional, às vezes em menores ou maiores dimensões. O ato de educar, como ressaltado ser algo constante, assim como sabe-se que a educação é algo imprescindível e essencial a formação do indivíduo, pois ela é o meio alavancar para uma vida melhor, com mais dignidade, além de promover o acesso a cidadania e ao cumprimento de direitos e deveres.
	Com isso a educação é algo que o indivíduo pode e deve cobrar do Estado, pois este tem o dever constitucional de promovê-la não levando em consideração a condição social de cada um, sendo que cada indivíduo na realidade é o titular de tal direito enquanto o Estado é o organismo que deve viabilizar o seu cumprimento sem a distinção por respeito à dignidade da pessoa humana e na busca pela igualdade e desenvolvimento social.
	Garcia (2016) diz que: 
Em 1990 o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) veio como reforçador desses direitos, passando o educando a ser amparado por políticas públicas especificas para cada fase de desenvolvimento e também nomeando a família, a sociedade e o poder público como responsáveis por garantir tais direitos com prioridade e total atenção (GARCIA, 2016, p. 7). 
	No âmbito educacional o ECA está bem presente, pois a parceria constante de segmentos do governo em redigir políticas voltadas a inserção do ECA nos currículos e práticas escolares, assim como ações que contribui para os sistemas educacionais refere-se à formação continuada de professores e gestores educacionais. O direito a uma educação de qualidade é considerado como parte dos Direitos Fundamentais, já que é algo indispensável na caminhada a procura da Dignidade Humana, tendo como base o Princípio da Universalidade sendo, portanto, um direito universal que o Estado não pode tolher do indivíduo e este por sua vez não pode dispor, tratando ser este um direito indisponível.
	
4.2 Relação do Assistente Social e Secretarias de Educação
	Diante da função do Assistente Social em uma unidade educacional as atividades deste profissional são estabelecidas mediante o sistema e diretrizes que firma a legislação destes para o serviço social. A CEFSS muito frisa sobre o código de ética deste profissional sobretudo o que garante o resultado de seu trabalho. No entanto, para Novais et (2001) o Serviço Social nas unidades educacionais cabe o desenvolvimento atividades técnicas que são prioritárias ao processo pedagógico escolar, ou seja, deve estar equiparado ao serviço educacional para atuarem paralelamente.
	Segundo Souza (2008) o Serviço Social nas Secretarias de Educação deve ser pontuado dentro da política pública, e frisa:
Pontua-se que o leque de atuação do exercício profissional é extenso, assim como, as possibilidades de articulação com outras áreas e campos do saber. O campo da política de educação, por exemplo, representa uma atuação mais ampla do Serviço Social – Secretarias de Educação, Conselhos de Educação, escolas – nos diferentes ciclos/níveis de formação, na elaboração, gestão, coordenação de programas e projetos, realização de pesquisas, diagnóstico social, pareceres e outras ações (SOUZA, 2008, p. 95).
	No entanto, o Serviço Social deve atuar em todos os serviços da Secretaria de Educação, assim como, fazer parte da construção de documentos como Projeto Pedagógico que leva a todas as realizações dos profissionais dentro das unidades educacionais. Deve participar das reuniões e atividades pedagógicas para diagnosticar defasagens que venham prejudicar o ensino dos educandos.
	Por isso, é preciso repensar o papel e a importância das instituições e dos profissionais que atuam, uma vez que para se ter um trabalho de qualidade, mudanças nas características e métodos são necessários. O comprometimento das pessoas envolvidas com o processo educacional é fundamental diante de tão grandes responsabilidades.
	Destaca-se que dentro das organizações escolares é possível juntar Serviço Social e educação para integrar pais, alunos, professores e demais servidores da educação, sabendo que essas ações não se resumirão somente ao ambiente escolar. Nesse sentido, despertar e garantir à participação das pessoas nas atividades escolares, em destaque a família, é promovê-la a uma instituição com características individuais e visão democrática.
	Nessa perspectiva, unir o Serviço Social a educação, encontra-se o consenso acerca dos parâmetros educativos, sociais e culturais na criação e prática de discernimento, valores e ações almejadas pela prática escolar. Por isso, a afirmação da parceria entre escola e família além de ser obrigatória é imprescindível. Pois esta constitui toda prática educadora de qualquer ser humano. 
	Destaca-se que é constituído no ECA, a línea a do Parágrafo III, do Art. 136. “Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança” este é um ato direcionado às atribuições do Conselho Tutelar, mais

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