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Poder e Conflito nas Organizações Núcleo de Educação a Distância www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitor de Administração Acadêmica Carlos de Oliveira Varella Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Emilio Antonio Francischetti Pró-Reitora Comunitária Sônia Regina Mendes Direção geral: Jeferson Pandolfo Revisão: Camila Andrade e Mariana Baptista Produção editoração gráfica: David Vieira Nunes e Rodrigo de O. Nunes Desenvolvimento do material: Suely Motta Desenvolvimento instrucional: Lívia Rosa dos Santos Copyright © 2018, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Sumário Poder e Conflito nas Organizações Objetivos .......................................................................................... 04 Introdução ........................................................................................ 05 1. Definição de Poder ............................................................... 06 2. Liderança e Poder ................................................................ 07 3. Poder e Autoridade .............................................................. 08 4. Tipos de Poder: Formal e Pessoal ........................................... 09 5. Táticas de Influência ............................................................. 10 6. Abuso de Poder: Assédio Moral e Assédio Sexual ...................... 11 7. Definição de Conflito ............................................................ 12 8. Causas e Soluções do Conflito Organizacional .......................... 12 Síntese ............................................................................................ 17 Referências Bibliográficas ................................................................... 18 4 Comportamento Organizacional Objetivos Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de: ▪ Compreender o conceito e os tipos de poder; ▪ Saber a diferença entre liderança e poder; poder e autoridade; ▪ Conhecer as táticas de influência; ▪ Entender o que é assédio moral e sexual; ▪ Entender as principais causas e formas de solucionar conflitos. 5Comportamento Organizacional Introdução Nesta unidade de aprendizagem, abordaremos as questões ligadas ao Comportamento Meso-organizacional, ou seja, as questões de processos sociais, como poder, política e conflitos impactantes nas organizações. O poder vai além do indivíduo, pois também pode ser exercido por grupos para controlar outros grupos. Quando nos referimos ao poder e à política dentro de uma organização, falamos de fenômenos que precisam ser compreendidos e aceitos, pois são inevitáveis. Além de classificar os diferentes tipos de poder e conhecer as diversas bases sobre as quais ele é exercido, veremos também a maneira como as pessoas lidam com o poder dentro das organizações. Em função das influências políticas e mudanças no ambiente, muitas situações são transitórias e o poder torna-se instável, ou seja, muda de mãos com frequência. Ao longo deste estudo, vamos entender o porquê dessa ocorrência. 6 Comportamento Organizacional 1. Definição de Poder Robbins (2010) define o poder como sendo “a capacidade que A tem de influenciar o comportamento de B, de modo que B aja de acordo com a vontade de A”. Ou seja, só podemos afirmar que alguém exerce poder sobre os outros, se essa pessoa consegue influenciar o seu comportamento final. Na relação de poder, existe um aspecto fundamental a ser considerado: a função de dependência. Quanto maior for a dependência de B em relação a A, maior será o poder de A nesse relacionamento. Essa dependência, assim como o poder, baseia-se em alternativas que B percebe e na importância que B dá à(s) alternativa(s) que A controla. Ou seja, uma pessoa só pode exercer poder sobre outra, se controlar algo que ela deseja. Diante disso, surge a questão: O que cria a dependência? Como vimos, compreender a relação de dependência é fundamental para entender de que maneira o poder é exercido. Vamos conhecer, agora, os aspectos que criam essa dependência: 1. A importância: Aquilo que uma pessoa controla deve ser percebido como importante – se ninguém quiser o que tal pessoa tem, logo, não haverá dependência e nem exercício de poder. Como exemplo disso, podemos citar o departamento de marketing de uma indústria: se o produto for fabricado, mas não for divulgado corretamente, ou se não conseguir atingir ao público-alvo, essa produção não fará sentido. Logo, o departamento de marketing em uma indústria exerce poder, pois a divulgação é importante para toda a organização. Importante 7Comportamento Organizacional 2. A escassez: Um recurso precisa ser percebido como escasso para criar dependência. Por exemplo: se determinado conhecimento de um subordinado for considerado raro, isso pode criar extrema dependência por parte da empresa, proporcionando a este o exercício do poder de competência por causa da dependência desse conhecimento. 3. A insubstituição: Quanto menos substitutos viáveis tiver um recurso, maior será o poder que seu controle proporciona. Por exemplo: dentro das universidades, a publicação de trabalhos acadêmicos tem enorme valor. Em função disso, podemos afirmar que alguns docentes, por causa da quantidade de suas publicações, têm maior visibilidade e reconhecimento no mercado de educação, ficando menos sujeitos à influência de seus superiores. 2. Liderança e Poder Os líderes usam o poder como meio para atingir os objetivos do grupo. Contudo, apesar desse conceito estar inter-relacionado com o conceito de liderança, existem algumas diferenças, como as apresentadas no Quadro 1. Liderança Poder Requer compatibilidade de objetivos. Não requer compatibilidade de objetivos. Influência descendente, ou seja, do líder sobre o liderado. Influências ascendentes ou literais. Os estudos são focados na questão do estilo de liderança exercido. Os estudos são focados nas táticas de conquista da submissão e vão além do indivíduo, pois o poder pode ser exercido por grupos para controlar outros grupos ou indivíduos. Quadro:1: Liderança x Poder. Fonte: Do autor. 8 Comportamento Organizacional 3. Poder e Autoridade Para Max Weber (1999), autoridade ou dominação se manifesta quando existe influência de alguém sobre outrem de forma legítima, sendo diferente do conceito de poder – que consiste na capacidade de influência de alguém sobre outrem, mas sem, propriamente, legitimidade. Quem tem autoridade tem poder, mas quem tem poder não necessariamente tem autoridade. Para Weber (1999), a autoridade pode se manifestar de três formas: ▪ Tradicional Os costumes e tradições culturais de um determinado grupo ou sociedade são a base, como patriarcas, anciãos, clãs em sociedades antigas ou pelo senhor feudal na Idade Média ou, até mesmo, a família em nossos dias. Normalmente, esse tipo de autoridade vem herdada de mitos, costumes, hábitos e tradições, que passam de geração para geração. ▪ Carismática A autoridade carismática tem como base os traços pessoais de um indivíduo, ou seja, é baseada no carisma. Essa autoridade não é racional, herdada ou delegável, mas é própria de alguém. Como exemplo desse tipo de autoridade temos os profetas, os heróis, os líderes e os guerreiros, que se manifestam em grupos revolucionários, partidos políticos e nações em revolução. Weber (1999) afirma que, para exercer a autoridade carismática, é preciso “fazer-se acreditar”, pois a lealdade está pautada na devoção ou reconhecimento desses traços pessoais, e não necessariamente nas qualificações do indivíduo. O problema é que quando essas características não são mais reconhecidas, a autoridade é perdida. ▪ Autoridade Legal Éaquela fundamentada nas regras e normas estabelecidas por um regulamento reconhecido e aceito por um grupo. Sua legitimidade decorre da lei e da justiça. Toda organização formal (estado, empresas, exércitos etc.) tem como base esse tipo de autoridade, que cria “figuras de autoridade” com direitos e obrigações. 9Comportamento Organizacional Para complementar seus estudos, leia o artigo Liderança por poder x Liderança por autoridade. 4. Tipos de Poder: Formal e Pessoal Para entender o que dá a alguém ou a um grupo o poder da influência sobre os outros, dividiremos as bases (ou fontes) de poder em duas categorias: poder formal e poder pessoal. O poder formal tem como base a posição que o indivíduo ocupa na organização. Ele pode ser o resultado, basicamente, de três possibilidades: Poder Coercitivo, que deriva da capacidade de punir ou recomendar sanções pela não obediência. Características: dependente de medo; a pessoa pode tornar as coisas difíceis para os outros; evitamos aborrecê-lo. Um bom exemplo disso são os casos em que as pessoas se submetem à chefia por medo de serem demitidas ou de perder um cargo de confiança que tenha valor para elas. Por causa disso, muitas pessoas aceitam desempenhar tarefas desagradáveis, degradantes ou até mesmo antiéticas e que estejam em confronto com seus valores fundamentais. Poder de Recompensa ▪ As pessoas concordam com os desejos e orientações de outrem porque fazer isso produz benefícios positivos; ▪ A pessoa é capaz de dar benefícios ou recompensas especiais para os outros, pois acha vantajoso trocar favores com elas. Poder Legítimo ▪ Representa o poder que uma pessoa recebe em resultado de sua posição na hierarquia da organização – da posse de autoridade formal; Saiba Mais Leia mais http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca-por-poder-x-lideranca-por-autoridade/31037/ http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca-por-poder-x-lideranca-por-autoridade/31037/ 10 Comportamento Organizacional ▪ A pessoa tem o direito, considerando sua posição e as responsabilidades de seu cargo, de esperar que você concorde com seus pedidos e acate suas ordens. Já o poder pessoal é aquele que emana das características únicas e específicas de um indivíduo e pode ser exercido como: Poder de Competência ▪ É a influência como resultado de especialização, habilidade especial ou conhecimento. A pessoa tem experiência e conhecimento para ganhar o respeito de outra, e esta, por sua vez, acata suas avaliações em alguns assuntos. Poder de Referência ▪ É a identificação com a pessoa que tem recursos ou traços pessoais desejáveis. Você gosta da pessoa e acha agradável fazer coisas para ela. Outros aspectos também podem influenciar no poder de referência, como dinamismo, carisma, atração e efeitos emocionais exercidos sobre os outros. 5. Táticas de Influência As táticas de poder, também conhecidas como táticas de influência, são as maneiras que as pessoas usam para transformar suas bases de poder em ações específicas. São divididas, basicamente, em: ▪ Persuasão racional: Utilização de argumentos lógicos, da razão, fatos e dados para demonstrar a relevância do que está sendo pedido; ▪ Apelo inspiracional: Busca por um comprometimento emocional ligado a valores, ideias, necessidades, esperanças e aspirações; ▪ Insinuação: Uso de bajulação, elogios e agir de forma amigável antes de fazer um pedido, buscando apoio; 11Comportamento Organizacional ▪ Barganha: Uso de negociação por meio da troca de benefícios ou favores, mesmo que seja no futuro; ▪ Coalizão: Conseguir o apoio de outras pessoas na organização por meio da construção de alianças para dar respaldo ao pedido; ▪ Pressão: Utilização de avisos, exigências persistentes ou ameaças para conseguir apoio para realizar o que se deseja; ▪ Apelo pessoal: Busca de apoio com base na amizade ou lealdade. ▪ Consulta: Envolvimento e participação da pessoa-alvo para o planejamento de uma estratégia, atividade ou mudança, caso o apoio dessa pessoa seja desejável e interessante; ▪ Legitimidade: Basear uma solicitação na autoridade da posição exercida ou no fato de que ela está de acordo com as políticas ou regras da organização. Pode ser resumida na famosa frase: “faça porque estou mandando e sou o seu chefe.” Você sabia que existe outra tática muito comum, em diversas situações, para que o poder seja exercido? Esse fato acontece quando se “invoca” uma autoridade maior, buscando obter o apoio de níveis mais altos na organização para dar respaldo a certos pedidos, por perceber que só assim as pessoas irão se submeter. Por exemplo: dizer que a direção da empresa pede determinado comportamento, o vice-presidente valoriza certa habilidade e a “alta administração” procura funcionários com determinadas características ou atitudes são maneiras de convencer as pessoas a fazerem o que está sendo solicitado. 6. Abuso de Poder: Assédio Moral e Assédio Sexual O assédio moral e sexual no trabalho caracteriza-se pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e relativas ao exercício de suas funções. O assédio moral é a repetição de atitudes, por parte de quem está acima na hierarquia, tornando insustentável a permanência do empregado. 12 Comportamento Organizacional Segundo Robbins (2010), assédio sexual é qualquer atividade indesejada, de caráter sexual, que afete a relação de emprego de uma pessoa, criando um ambiente de trabalho hostil. Para complementar seus estudos, leia o artigo Qual a diferença entre o Abuso de Poder e o Abuso de Autoridade? 7. Definição de Conflito Conflito é uma situação de oposição e confronto que pode ocorrer entre indivíduos ou grupos nas organizações. É um processo, ou seja, algo que leva tempo para se desenrolar, não um evento que ocorre de repente, muito menos que desaparece com facilidade. O conflito envolve o uso de poder no confronto e nas disputas em torno de interesses em choque. É um problema que os gerentes precisam saber controlar. Contudo, fica a questão: O conflito sempre é algo ruim e que deve ser evitado na organização? Vejamos, no próximo tópico, a resposta. 8. Causas e Soluções do Conflito Organizacional O conflito pode ser classificado como ruim ou funcional. Veja quando ocorre cada um deles: ▪ Conflito ruim: Quando é danoso às organizações e impede o progresso rumo às metas desejadas. ▪ Conflito funcional: Aquele que exerce efeitos positivos, como: Saiba Mais Leia mais Importante https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual-a-diferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane-fucci-wady https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual-a-diferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane-fucci-wady 13Comportamento Organizacional ▪ Integrar as relações, por meio de discussões que amenizem as pressões; ▪ Manter o estímulo para atuação inovadora; ▪ Dar feedback sobre a distribuição do poder e as interdependências na organização; ▪ Esclarecer diferenças e fronteiras entre indivíduos e grupos. Algumas condições vivenciadas nas organizações podem estimular o conflito. Veja o diálogo a seguir: — A diretoria proíbe, a partir de hoje, o uso de camisas que não seja estilo social. — Isso é um absurdo! Isso virou uma ditadura? — Qual será a próxima determinação? Vir todos de azul? — Senhor, iniciou-se uma manifestação. — Corte os serviços gerais e veremos quanto tempo durará. Existem vários outros estímulos ao conflito (WAGNER; HOLLENBECK, 2012). Por exemplo, quando há dependência de informações, ajuda e feedback entre grupos e indivíduos, há uma forte tendência para que o conflito ocorra. A seguir, vejamos mais alguns estímulos: Indeterminismo político – Caso em que a hierarquia política entre indivíduos e grupos é sujeita a questionamentos e o poder é incerto. Nenhum dos dois, ou mais envolvidos no conflito, quer sesubordinar. Divergências – Diferenças quanto às funções desempenhadas e diferenças entre as metas dos grupos. Diferentes orientações de tempo – Há áreas que precisam planejar para o longo prazo, e as que atuam com foco no curto prazo. Alocações de recursos desiguais – Distribuição de computadores melhores em um determinado setor em relação a outro; quantidade maior de funcionários ou de um determinado cargo em um setor. 14 Comportamento Organizacional Práticas de avaliação e premiação de grupos e indivíduos – É necessário haver equidade, do contrário, ocorrerão conflitos. Diferentes status das áreas na organização – Alguns setores têm maior importância dentro da organização do que outros, e isso incentiva os conflitos, até porque é bem difícil para um funcionário entender que se o cargo, a remuneração e o nível na hierarquia são iguais, por que outro colega terá maior importância dentro da empresa, por questão de status da área de atuação? Disputas de jurisdição – Quando não está claro de quem é a responsabilidade sobre alguma coisa, começa um “jogo de empurra” para que outro setor assuma a responsabilidade. Divergência sobre valores e orientações para o desempenho – Os conflitos dentro de uma organização como um todo, ou até mesmo em um grupo, inevitavelmente, geram alguns efeitos, alguns positivos, outros não (WAGNER; HOLLENBECK, 2012). Aumento da coesão do grupo: Como o conflito tende a tratar em vez de esconder o problema, existe forte tendência de que o grupo fique mais unido depois que o conflito emerge, contanto que ele seja tratado e administrado. Maior ênfase no desempenho das tarefas: Durante o conflito, todos ficam mais expostos e ninguém quer falhar no desempenho, pois vira alvo de críticas. Aceitação de uma liderança autocrática que controle a crise: Muitas vezes, é preciso um líder com “pulso forte” para que o conflito seja minimizado. Clamor por uma rigidez estrutural, que deixe as regras claras: Muitos conflitos surgem por causa de uma estrutura que permite várias exceções, incentivando, até mesmo, problemas de comunicação. Hostilidade: Um grupo se considera vitorioso e, por isso, julga os outros como inimigos, o que resulta em menos comunicação entre os grupos conflitantes (os indivíduos ou grupos simplesmente param de falar com seus “opositores”, gerando um péssimo efeito sobre o clima organizacional). 15Comportamento Organizacional Uma das piores consequências do conflito para a organização são os atrasos na produtividade e as perdas de diversas ordens e em diversos níveis. Às vezes, em função do tempo de duração dos conflitos e dos desgastes envolvidos, essas perdas podem durar, além de serem danosas demais para os resultados da empresa, podendo levar a perdas irreparáveis de recursos humanos e financeiros. Se o conflito nas organizações é inevitável, até pelas diferenças de valores, opiniões e todos os demais fatos já citados, como gerenciar a enorme gama de divergência de interesses? Geralmente, essas diferenças são gerenciadas por meio de barganhas – ofertas, contraofertas e concessões trocadas numa tentativa de resolver o conflito –, ou de negociação – processo no qual as partes decidem o que cada uma irá dar e receber na troca entre elas. Essas diferenças ocorrem nas organizações quando as pessoas e os grupos tentam satisfazer aos seus próprios desejos e controlar o quanto devem sacrificar-se para satisfazer os demais. E para resolver conflitos, será que isso é possível? Quais são as melhores estratégias para solucionar situações conflituosas? Segundo Robbins (2010) e Wagner & Hollenbeck (2012), “Uma estratégia que deixa bem claro que a solução não será cooperativa é a competição. Nessa estratégia, cada parte busca a satisfação dos próprios interesses às custas dos interesses dos outros, não se importando com os possíveis impactos gerados”. Ao contrário, é possível buscar solucionar o conflito por meio da colaboração. Nesse caso, as partes conflitantes buscam soluções para que todos os interessados ganhem e satisfaçam aos seus interesses. Também é possível resolver conflitos por intermédio da acomodação, em que uma das partes buscará satisfazer os interesses da outra parte às custas dos próprios. Outro modo de resolução de conflitos é por meio da abstenção ou evitamento, quando a busca é por neutralidade, por fugir de um conflito ou tentar suprimi-lo. A estratégia mais interessante na busca por uma solução que atenda ambas as partes envolvidas em um conflito é o compromisso. É preciso que cada um abra mão de alguma coisa para gerar satisfação parcial de todos (troca e sacrifício), buscando uma resolução aceitável. Importante 16 Comportamento Organizacional A Figura 1 ilustra as estratégias de resolução de conflitos, considerando o nível de assertividade de um lado e o de cooperação do outro: Competição Colaboração Compromisso Evitamento Acomodação As se rti vid ad e Nã o a sse rtiv a As se rtiv a Cooperação Não cooperativa Cooperativa Figura 1: Estratégias de resolução de conflitos. Fonte: Adaptado de Jugge, Robbins e Sobral (2010). 17Comportamento Organizacional Síntese Nesta unidade de aprendizagem, conhecemos o conceito de poder e os seus tipos: poder formal (coercitivo, recompensa e legítimo) e poder pessoal (competência e referência). Estudamos as bases de poder e o que aumenta o poder, por criar dependência (importância, escassez e insubstituição). Vimos, também, suas táticas: legitimidade, persuasão racional, apelo inspiracional, consulta, apelo pessoal e insinuação, barganha, coalizão e pressão. Além disso, pudemos analisar as principais causas e soluções do conflito organizacional, identificando estímulos ao conflito, como o indeterminismo político, as divergências, as diferentes orientações de tempo, alocações de recursos desiguais, práticas de avaliação e premiação de grupos e indivíduos, diferentes status das áreas na organização, disputas de jurisdição e divergência sobre valores e orientações para o desempenho. Por fim, vimos os principais efeitos do conflito, como o aumento da coesão do grupo, maior ênfase no desempenho das tarefas, aceitação de uma liderança autocrática que controle a crise, clamor por uma rigidez estrutural – que deixaria as regras claras –, hostilidade e atrasos na produtividade, coligadas, tomadores de serviço para tutela do contrato mínimo de trabalho das obrigações decorrentes das relações de trabalho, bem como as fontes do direito do trabalho, meio pelo qual este se forma, se origina e estabelece suas normas jurídicas. 18 Comportamento Organizacional Referências Bibliográficas ADMINISTRADORES. Liderança por poder x Liderança por autoridade. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca- por-poder-x-liderancapor-autoridade/31037/. Acesso em: 02 mai. 2018. CALDAS, Miguel P.; WOOD JR., Thomaz. Comportamento organizacional: uma perspectiva brasileira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2007. CARDOSO, Antonio Semeraro Rito et al. Modelos de gestão. Rio de Janeiro: FGV, 2005. DRUCKER, Peter Ferdinand. Administrando em tempos de grandes mudanças. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 1998. HOLLENBECK, John R.; WAGNER, John A. Comportamento organizacional: criando vantagem competitiva. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. JUSBRASIL. Qual a diferença entre o abuso de poder e o abuso de autoridade? Disponível em: lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual- adiferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane- fucci-wady. Acesso em: 02 mai. 2018. ROBBINS, Stephen P.; SOBRAL, Filipe; JUDGE, Thimoty A. Comportamento organizacional. 14 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2010. SIQUEIRA, Mirlena Maria Matias. Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed, 2008. WEBER, Max. Sociologia. São Paulo: Ática, 1999. http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca-por-poder-x-liderancapor-autoridade/31037/ http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/lideranca-por-poder-x-liderancapor-autoridade/31037/https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual-a-diferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane-fucci-wady https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual-a-diferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane-fucci-wady https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/20923/qual-a-diferenca-entre-o-abuso-de-poder-e-o-abuso-de-autoridade-ariane-fucci-wady Introdução ao Comportamento Organizacional Objetivos Introdução 1. Importância do Comportamento Organizacional para a Formação do Administrador: Funções, Papéis e Habilidades 2. Definição do Comportamento Organizacional 3. Áreas do Comportamento Organizacional: Micro, Meso e Macro 4. Contribuições de Outras Disciplinas: Psicologia, Psicologia Social, Sociologia e Antropologia 5. Desafios e Oportunidades no Campo do Comportamento Organizacional Síntese Leitura Complementar Processos Relacionados ao Indivíduo (Aprendizado, Percepção, Personalidade, Atitudes e Valores, Emoções e Sentimentos) Objetivos Introdução 1. Aprendizado e Percepção 2. Personalidade, Atitudes e Valores 3. Emoções e Sentimentos: Aspectos Conceituais e Aplicações no Comportamento Organizacional 4. Diversidade nas Organizações 4.1 Características Pessoais 4.2 Diversidade 4.3 Discriminação 4.4 Estratégia de Gestão da Diversidade 4.4.1 Programas de Diversidade Eficazes 5. Direitos Humanos e Trabalho 6. Educação das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Culturas Afro-brasileira e Indígena 7. Pessoas com Deficiência 8. Pessoas com Transtorno do Espectro Autista 9. Motivação e Desempenho no Trabalho Síntese Leitura Complementar Referências Bibliográficas Comportamento Mesorganizacional: Grupos e Equipes Objetivos Introdução 1. Definição de Grupos 2. Classificação de Grupos 3. Atributos Básicos do Grupo (Papéis, Normas, Status) 4. Definição de Equipes 5. Diferença entre Grupos e Equipes 6. Tipos de Equipes: Resolução de Problemas, Autogerenciadas, Multifuncionais e Virtual 7. Dificuldades Enfrentadas nas Equipes 8. Características das Equipes Eficazes Síntese Leitura Complementar Referências Bibliográficas Síntese Introdução 1. Liderança: Definição e Teorias de Liderança (dos Traços, Teoria Comportamental e Contingencial) 2. Abordagens Contemporâneas de Liderança 3. Competências e Desenvolvimento da Liderança 4. Efeitos da Liderança sobre a Motivação e a Produtividade 5. Manifestações de Liderança nas Organizações Brasileiras Objetivos Poder e Conflito nas Organizações Objetivos Introdução 1. Definição de Poder 2. Liderança e Poder 3. Poder e Autoridade 4. Tipos de Poder: Formal e Pessoal 5. Táticas de Influência 6. Abuso de Poder: Assédio Moral e Assédio Sexual 7. Definição de Conflito 8. Causas e Soluções do Conflito Organizacional Síntese Leitura Complementar Comunicação Organizacional Objetivos Introdução 1. Comunicação: Importância Estratégica nas Organizações 2. O Processo de Comunicação 3. Funções da Comunicação 4. Comunicação Interpessoal: Modos de Comunicação, Aprimorando a Comunicação Interpessoal 5. Comunicação Dentro das Organizações 6. A Ética na Comunicação Organizacional 7. Barreiras para a Comunicação Eficaz Síntese Leitura Complementar Referências Bibliográficas Introdução ao Comportamento Organizacional Objetivos Introdução 1. Conceito de Cultura Organizacional 2. Elementos que Compõem a Cultura Organizacional 3. Criação e Preservação da Cultura Organizacional 4. Desvendando a Cultura Organizacional 5. Traços da Cultura Organizacional Brasileira Síntese Leitura Complementar Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Leitura Complementar Síntese Introdução 1. A Natureza da Mudança Organizacional 2. Motivos e Forças para Mudanças 3. O Processo de Mudança 4. Modelos de Administração da Mudança e como Criar uma Cultura de Mudança 5. Aplicação de Conceitos do Comportamento Organizacional nas Práticas de Gestão de Pessoas das Organizações Objetivos Introdução ao Comportamento Organizacional Objetivos Introdução 1. Importância do Comportamento Organizacional para a Formação do Administrador: Funções, Papéis e Habilidades 2. Definição do Comportamento Organizacional 3. Áreas do Comportamento Organizacional: Micro, Meso e Macro 4. Contribuições de Outras Disciplinas: Psicologia, Psicologia Social, Sociologia e Antropologia 5. Desafios e Oportunidades no Campo do Comportamento Organizacional Síntese Referências Bibliográficas Processos Relacionados ao Indivíduo (Aprendizado, Percepção, Personalidade, Atitudes e Valores, Emoções e Sentimentos) Objetivos Introdução 1. Aprendizado e Percepção 2. Personalidade, Atitudes e Valores 3. Emoções e Sentimentos: Aspectos Conceituais e Aplicações no Comportamento Organizacional 4. Diversidade nas Organizações 4.1 Características Pessoais 4.2 Diversidade 4.3 Discriminação 4.4 Estratégia de Gestão da Diversidade 4.4.1 Programas de Diversidade Eficazes 5. Direitos Humanos e Trabalho 6. Educação das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Culturas Afro-brasileira e Indígena 7. Pessoas com Deficiência 8. Pessoas com Transtorno do Espectro Autista 9. Motivação e Desempenho no Trabalho Síntese Referências Bibliográficas Comportamento Meso-organizacional: Grupos e Equipes Objetivos Introdução 1. Definição de Grupos 2. Classificação de Grupos 3. Atributos Básicos do Grupo (Papéis, Normas, Status) 4. Definição de Equipes 5. Diferença entre Grupos e Equipes 6. Tipos de Equipes: Resolução de Problemas, Autogerenciadas, Multifuncionais e Virtual 7. Dificuldades Enfrentadas nas Equipes 8. Características das Equipes Eficazes Síntese Referências Bibliográficas Liderança Objetivos Introdução 1. Liderança: Definição e Teorias de Liderança 2. Abordagens Contemporâneas de Liderança 3. Competências e Desenvolvimento da Liderança 4. Efeitos da Liderança sobre a Motivação e a Produtividade 5. Manifestações de Liderança nas Organizações Brasileiras Síntese Referências Bibliográficas Poder e Conflito nas Organizações Objetivos Introdução 1. Definição de Poder 2. Liderança e Poder 3. Poder e Autoridade 4. Tipos de Poder: Formal e Pessoal 5. Táticas de Influência 6. Abuso de Poder: Assédio Moral e Assédio Sexual 7. Definição de Conflito 8. Causas e Soluções do Conflito Organizacional Síntese Referências Bibliográficas
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