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AMEBÍASE
É uma infecção intestinal causada pelo protozoário parasito Entamoeba histolytica. Os trofozoítos do protozoário vivem no intestino grosso, podendo ser também encontrados nas ulcerações intestinais, nos abscessos hepáticos, pulmonares, cutâneos e, mais raramente, no cérebro.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
A maioria das pessoas infectadas apresenta pouco ou nenhum sintoma. No entanto, elas excretam os cistos nas fezes e dessa forma, podem disseminar a infecção. Os sintomas de amebíase normalmente se desenvolvem ao longo de uma a três semanas e podem incluir diarreia, às vezes com sangue visível nas fezes, dor abdominal acompanhada de cólicas, perda de peso e febre.
MODO DE TRANSMISSÃO
Ocorre pela ingestão de alimentos e água contaminados com os cistos maduros do parasito. Pode também ocorrer transmissão sexual devido a contato oral-anal; por meio das mãos contaminadas com material fecal que podem reter os cistos, sobretudo sob as unhas.
MORFOLOGIA
Os cistos são esféricos, apresentando cerca de 10 a 16 µm de diâmetro, possuem de 1 a 4 núcleos revestidos com grânulos de cromatina, cariossoma pequeno e central, sua parede celular é composta de polímeros de N-acetil-d- glicosamina (figura 1). A Entamoeba histolytica apresenta trofozoítos móveis com diâmetro que varia de 20µm a 40µm, podendo chegar a 60µm em lesões teciduais (figura 2). O parasito apresenta um único núcleo, bem nítido quando corado, medindo 4 a 7 µm, com cariossoma central, membrana nuclear delgada e cromatina uniforme. Entamoeba histolytica é monoxênico e apresenta quatro estágios evolutivos: trofozoíto, pré-cisto, cisto e metacisto. Enquanto o pré-cisto e metacisto são apenas fases intermediárias, os cistos e trofozoítos constituem fases bem definidas do parasito.
Figura 1:Cisto de Entamoeba hystolitica
Figura 2: Trofozoíto de Entamoeba hystolitica
GIARDÍASE
É uma infecção causada pelo protozoário flagelado Giardia duodenalis tendo como sinonímia Giardia lamblia e Giardia intestinalis. Este protozoário tem como habitat o intestino delgado, vivendo no duodeno e na porção inicial do íleo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A manifestação clínica ocorre após o período de incubação, quando se tratando da forma aguda. Na forma crônica, os sintomas podem ser contínuos ou periódicos podendo até persistir por anos. O principal sintoma é a diarreia, acompanhada por cólicas abdominais (gases). As fezes com mal cheiro e podem apresentar gorduras, o que está diretamente relacionado com a área de colonização do parasita. Em casos mais graves, a absorção de vitaminas lipossolúveis e nutrientes por exemplo, são comprometidas, por consequência, em crianças pode atrapalhar o desenvolvimento.
MODO DE TRANSMISSÃO
Ocorre através da ingestão do cisto maduro que podem estar presentes na água, nos alimentos ou em ambiente contaminado com fezes. O cisto é eliminado pelo hospedeiro através das fezes, sendo este sintomático ou não. A falta de higiene pode resultar em transmissão direta de pessoa para pessoa, por meio de mãos contaminadas.
MORFOLOGIA
É um parasito monóxeno cujo ciclo vital inclui essencialmente duas formas. Os trofozoítos medem 12μm a 15μm de comprimento e 6μm a 8μm de largura e são piriformes, com simetria bilateral (Figura 1 e 2). Movimentam-se por intermédio de quatro pares de flagelos e dividem-se aparentemente de modo assexuado, por fissão binária longitudinal. Tem estrutura ventosa em torno dos mucos. É a forma mais sensível do parasito. Os cistos medem cerca de 8μm a 15μm, são ovalados ou elipsoides, podendo possuir de dois a quatro núcleos dispostos em lados opostos. Possui corpos escuros, em formato de meia lua, posicionado no polo oposto do núcleo (figura 2). As estruturas internas são as mesmas dos trofozoítos, só que duplicadas. Sendo a forma de resistência do parasito.
Figuras 1 e 2: Trofozoítos de Giardia lamblia
Figura 3: Cistos de Giardia duodenalis.
TRICOMANÍASE
É uma infecção localizada no trato urogenital humano causada pelo protozoário
Trichomonas Vaginalis.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
A tricomoníase pode acontecer em homens e mulheres. No entanto, nos homens é mais comum que a infecção seja assintomática comparado as mulheres. Nos casos sintomáticos, os sintomas costumam aparecer entre 5 a 28 dias após o contato com o parasita. Mas quando sintomático o Trichomonas Vaginalis pode causar vulvovaginite que é uma inflamação que afeta a vulva e a vagina podendo surgir em poucos casos hemorragia que pode ser manchas vermelhas ou marrom de sangue. Os sintomas relatados são de mucosa amarela ou esverdeada e as vezes com bolhas que se acumula no colo do útero, ardor, coceira e mau cheiro. Nos homens, em alguns casos, o Trichomonas Vaginalis causa uma inflamação da uretra com mucosa e pus com o fluxo maior pela manhã. Podendo haver problemas no estreitamento uretral, inflamações no pênis e testículos também.
MODO DE TRANSMISSÃO
Sua transmissão ocorre muitas das vezes por meio das relações sexuais ou contato íntimo com secreções de uma pessoa contaminada. A também casos em que gravidas contaminação seus bebês na hora do parto.
MORFOLOGIA
Suas diferentes formas são o elipsoide, piriforme e oval. Com o tamanho variando entre 7μm a 32μm de comprimento e de 5μm a 12 μm de largura, podendo variar dependendo do ambiente. A Trichomonas Vaginalis possui quatro flagelos anteriores livres de tamanho diferentes que saem do canal periflagelar e um flagelo que fica voltado para trás ligado ao corpo da célula por uma prega que possui a membrana ondulatória.
LEISHMANIOSE
É uma doença infecciosa, entretanto não contagiosa, causada pela espécie de protozoário Leishmania. A leishmaniose se divide em duas: tegumentar (cutânea e muco cutânea) e visceral.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Na leishmaniose visceral as manifestações são muito semelhantes clinicamente com o quadro de colite. Os sintomas iniciais são febre intermitente, fraqueza e emagrecimento. Ocorre aumento do baço e hiperpigmentação cutânea em pacientes de pele clara. A doença pode durar de meses a anos, levando a quadros graves devido à ocorrência de anemia, leucopenia e trombocitopenia, com desenvolvimento de sangramento gastrointestinal e infecções secundárias. Na leishmaniose tegumentar causam lesões na pele, geralmente ulcerações e em casos mais graves (leishmaniose mucosa) atacam as mucosas do nariz e boca.
MODO DE TRANSMISSÃO
É transmitida por picada de uma fêmea infectada pelo flebotomíneo, cuja o nome popular é mosquito palha ou anjinho.
MORFOLOGIA
Se caracteriza por duas fases: amastigota é vista no exame microscópico de amostras. As amastigotas são ovoides e medem de 1μm a 5 μm de comprimento por 1μm a 2μm de largura. Elas possuem um núcleo grande, um cinetoplasto proeminente e um axonema curto (este é raramente visível por microscopia). As promastigotas são alongadas, delgadas e medem cerca de 10μm a 12μm de comprimento. Apresentam um núcleo grande central e um cinetolasto localizado próximo à extremidade. O flagelo é livre e frequentemente é maior do que o corpo da promastigota.
Figura 1: Formas amastigotas de Leishmania.
Figura 2: Forma de promastigota.
DOENÇA DE CHAGAS
Tripanossomíase americana ou doença de Chagas, causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma Cruzi, é uma doença que afeta vários tipos celulares do homem, principalmente musculares.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
Em geral se observam infiltrados inflamatórios nos tecidos afetados, mas a carga parasitária em tecidos cronicamente infectados é muito baixa. Esses achados serviram de base para a hipótese de que as lesões teciduais que produzem manifestações clínicas da doença de Chagas se devem essencialmente a uma resposta autoimune contra células do hospedeiro.
MODO DE TRANSMISSÃO
Infecção pode ser adquirida por vias alternativas, transmissão oral, os principais veículos de transmissão descritos são o caldo de cana de açúcar e a polpa ou suco de açaí́, patauá, buriti, bacaba e de outras palmeiras amazônicas.
MORFOLOGIA
São tipicamente arredondados ou ovoides, com aproximadamente 3 a 5 mm de diâmetro, osamastigotas ocorrem principalmente durante o ciclo intracelular na infecção dos mamíferos, constituindo o principal estágio reprodutivo nesses hospedeiros.
Figura 1: Trypanosoma Cruzi
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que atinge vários orgãos, sendo os mais comum no músculo esquelético, no miocárdio, no cérebro e nos olhos. Como os seres humanos são os ospedeiro intermediário, não tem local fixo.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Na maioria dos casos a toxoplasmose é assintomática, mas podem haver complicações dependendo do caso clínico. Os sintomas mais comuns e leves lembrar uma gripe, com linfonodos sensíveis e dores musculares; os sintomas duram em média semanas a meses e desaparecem.
MODO DE TRANSMISSÃO
A infecção no homem ocorre pela ingestão de oocistos de T. gondii, que podem estar presentes em diversos alimentos e locais. A toxoplasmose não é transmitida de pessoa para pessoa, exceto nos casos de transmissão de mãe para filho e transfusão de sangue ou transplante de órgãos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
MORFOLOGIA
O Toxoplasma Gondii é um protozoário microscópico heterogênico, ou seja, com hospedeiro definitivo (HD) e hospedeiro intermediário (HI). Seus HD são principalmente os gatos, pois apenas neste hospedeiro consegue completar seu clico de vida. Ficam instalados no intestino do animal até ser expelido nas fezes. Sua reprodução pode ser tanto assexuada quanto sexuada no HD, porém apenas assexuada no hospedeiro intermediário. Sua forma infecciosa consiste em três fazes: Oocisto (1), Taquizóitos (2) e Bradizóitos (3) (assexuados).
MALÁRIA
É uma doença parasitária com características sistêmicas, causada protozoários patogênicos do gênero Plasmodium da família Plasmodidae.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
O plasmódio, causador da malária, tem um período de incubação que pode variar de 7 a 38 dias, a infecção seja causada pelo Plasmodium Falciparum, o período de incubação é de cerca de 10 dias; já caso a infecção seja causada pelo Plasmodium malaria, o período de incubação aumenta para 30 dias; porém, para o Plasmodium vivax, o período de incubação é de cerca de 14 dias.
Decorrer do período de incubação, os parasitas se multiplicam no organismo humano, iniciando no fígado, para posteriormente chegarem às hemácias. O quadro agudo da malária se inicia com sintomas como calafrio, febre alta, sudorese e esplenomegalia, sendo que a febre pode variar de acordo com a versão do plasmódio que está infectando o indivíduo.
MODO TRANSMISSÃO
É transmissão pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, do gênero Plasmodium. Acidentes laboratoriais, transfusão sanguínea, compartilhamentos de seringas e transmissão congênita.
MORFOLOGIA
Tem três formas principais: P. falciparum, P. malarie, P. ovale e P. vivax. Esses parasitos têm distribuição geográfica diversificada.
TENÍASE
A teníase, popularmente conhecida como “solitária”, é uma doença causada pela presença da forma adulta de Taenia solium ou Taenia saginata no intestino delgado do homem.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A teníase é quase sempre assintomática, sendo a infecção percebida pela eliminação de proglotes do verme. Nos casos sintomáticos a teníase pode causar dor abdominal, náusea, debilidade, perda de peso, apetite aumentado, diarréia e constipação.
MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão da teníase por T. solium ocorre por meio da ingestão de carne de porco crua ou mal-cozida que contém as larvas císticas (cisticercos) e a teníase por T. Saginata ocorre pela ingestão de carne bovina crua ou mal-cozida que contém os cisticercos. Quando o homem ingere, acidentalmente, os ovos de T. solium em água ou alimentos contaminados, adquire a doença cisticercose.
MORFOLOGIA
O verme adulto é grande, achatado e esbranquiçado, e consiste em três partes: escoléx, colo e estróbilo (figura 1). O escoléx se localiza na porção anterior e apresenta estruturas responsáveis pela fixação, no caso a T. saginata apresenta quatro ventosas, enquanto a T. solium além de ventosas possui rostelo e acúelos. O colo se encontra logo após o escoléx e é a zona de crescimento do verme onde o corpo começa a se dividir em proglotes. O estróbilo inicia-se logo após o colo e é o restante do corpo do parasito, cada segmento recebe o nome de proglotes ou anel. A T. solium pode conter de 800 a 1000 proglotes atingindo até 3 metros de comprimento e a T. saginata, pode conter mais de 1000 proglotes, podendo atingir até 8 metros de comprimento. Os ovos são esféricos e medem cerca de 30 mm de diâmetro (figura 2). Apresenta uma casca protetora constituída de quitina que confere maior proteção. No interior dos ovos encontra-se a oncosfera (embrião hexacanto) com três pares de acúleos ou ganchos. Às vezes os ovos podem estar envoltos por uma membrana fina e hialina. Ao microscópio os ovos das duas tênias são morfologicamente idênticos, portanto, o encontro deles é diagnosticado como ovos de Taenia spp. Os ovos de cada espécie de tênia são indistinguíveis entre si.
Figura 1: Verme adulto de Taenia spp
Figura 2: Ovo de Taenia spp
ESQUITOSSOMOSE
Esquitossomose humana abrangem enfermidades de parasitas causadas por trematódeos do gênero Schistosoma. O platelminto usa o caramujo aquático como hospedeiro intermediário e os humanos como hospedeiro definitivo.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
As primeiras lesões aparecem tipicamente no intestino delgado, enquanto na esquistossomose mansônica ocorrem no cólon. As manifestações são variadas, mas as principais incluem cefaleia, anormalidades visuais e edema de pálpebra.
MODO TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre quando o indivíduo hospedeiro entra em contato com as fazes contaminadas de algum outro individuo ou pelo contato com água contaminada pelo caramujo de água doce.
MORFOLOGIA
O macho mede de 1,0 a 1,5 cm de comprimento e 0,75 a 1,0 mm de espessura (diâmetro), as fêmeas são longas e finas, medindo de 1,6 a 2,6 cm e 0,25 cm de diâmetro, sua porção terminal do intestino inicia-se no meio do corpo.
ASCARIDÍASE
É uma parasitose intestinal causada por um nematódeo pertencente à família Ascarididae e gênero Ascaris. O Ascaris lumbricoides conhecido popularmente como lombriga tem como hospedeiro o homem, habitando e se desenvolvendo principalmente no intestino delgado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
É uma doença que habitualmente, não apresenta sintomas relevantes, mas de acordo com a gravidade da infestação, pode manifestar-se por dor abdominal, diarréia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Löefler, que cursa com eosinofilia importante.
MODO DE TRANSMISSÃO
O Ascaris lumbricoides é contraído ao se ingerir os ovos embrionados originados de fezes contaminadas, presentes em água e/ou alimentos crus contaminados, como frutas, verduras e legumes.
MORFOLOGIA
Os ovos do Ascaris lumbricoides podem apresentar-se das seguintes formas: Ovo fértil apresenta formato oval ou quase esférico de casca espessa e célula ovo no interior, formada por três camadas apresentando em média, 60µm de comprimento. (Figura A). Ovo infértil possui formato alongado, apresentando 80 a 90µm de comprimento, casca mais delgada. O interior do ovo infértil é cheio de grânulos refringentes, de aspecto grosseiro. (Figura B) Ovo embrionado de formato oval ou quase esférico, apresentando camada interna e média, com célula ovo em seu interior (apresenta larva em seu interior). (Figura C). As larvas adultas são longas, cilíndricas e com extremidades afiladas. As fêmeas são maiores e mais grossas, tendo a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada. Os machos têm enrolamento ventral, espiralado na extremidade caudal (Figura D).
ANCILOSTOMÍASE
Infecção intestinal causada por nematódeos chamados Ancilostomídeos, parasitos do intestinodelgado de diversas espécies de hospedeiros como humanos, canídeos e felídeos. Possuem uma cavidade bucal, provida de lâminas e dentes, que lhes permitem aderir à parede do intestino do hospedeiro em busca de alimento (tecido e sangue), fato que pode promover um acentuado quadro de anemia, o que explica a ser conhecida como amarelão.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Apresenta quadro clínico predominantemente gastrointestinal. Pode ser assintomática, em caso de infecções leves. Os sintomas típicos surgem quando o parasita migra para o intestino delgado, podendo o paciente apresentar náuseas, vômitos, diarreia, cansaço, aumento dos gases e dor abdominal. Nos casos mais graves pode ocorrer hipoproteinemia. Com frequência, dependendo da intensidade da infecção, acarreta anemia ferropriva.
MODO DE TRANSMISSÃO
Os ovos presentes nas fezes contaminadas são depositados no solo, onde após se desenvolverem, tornam-se infectantes em um prazo de 7 a 10 dias. A infecção nos homens ocorre quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés, causando uma dermatite característica e alcançando então o intestino delgado onde continuam seu ciclo reprodutivo.
MORFOLOGIA
Apresenta-se como um ovo elipsóide de casca fina e transparente, de forma ovóide com massa embrionária no interior que se fragmenta formando uma mórula e posteriormente uma larva. (Figura 3). Os ovos podem ser encontrados em diferentes fases de desenvolvimento. Tamanho: 56 a 76 µm de comprimento.
ESTRONGILOIDÍASE
Verminose causada pelo Nematóide Strongyloides Stercoralis, que habita preferencialmente o intestino delgado do homem. É o único helminto capaz de completar seu ciclo de vida dentro do seu hospedeiro. Algumas larvas conseguem penetrar a mucosa do cólon ou a pele da região perianal e retornar à circulação sanguínea, indo em direção aos pulmões, o que possibilita ao paciente ficar se auto infectando, tornando possível a perpetuação da parasitose.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Em caso de infecções leves, a doença pode apresentar-se assintomática. Os casos sintomáticos apresentam inicialmente alterações cutâneas com pontos eritematosos, que aparecem nos lugares de penetração das larvas, acompanhadas de prurido, edema local e urticária. A migração da larva pode causar manifestações pulmonares, como tosse seca, dispneia ou broncoespasmo e edema pulmonar (Síndrome de Löefler). As manifestações intestinais podem ser de média ou grande intensidade, com diarréia, dor abdominal e flatulência, acompanhadas ou não de anorexia, náusea, vômitos e dor epigástrica. Os casos mais graves podem apresentar febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias profusas.
MODO DE TRANSMISSÃO
A infecção no homem ocorre por penetração cutânea das larvas infectantes filarioides presentes no meio externo que atravessam a pele, chegando aos pulmões, traqueia, epiglote, atingindo o trato digestivo, via descendente, onde desenvolve-se o verme adulto. Pode ocorrer também pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por autoinfecção.
MORFOLOGIA
Apresenta várias fases evolutivas, que podem ser vistas durante seu ciclo: A forma adulta parasitária é a fêmea partenogenética que mede cerca de 2 a 3 mm de tamanho, boca com 3 pequenos lábios, esôfago longo e cilíndrico. São ovovivíparas e podem gerar a larva rabditoide que mede 0,2 a 0,3 mm de comprimento (Figura abaixo). Onde pode se desenvolver em dois ciclos de vida, o ciclo direto onde evolui para a larva filarióide com capacidade infectante ou ciclo indireto onde alcançam o meio externo evoluem para machos e fêmeas de vida livre que irão se reproduzir e reiniciar o ciclo.
TRICURÍASE
É uma infecção que acontece principalmente crianças malnutridas, causada por helmintos enteroparasitos Trichuris trichiura, agente da tricuríase.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
A maioria dos portadores são assintomáticos. As manifestações clínicas provocadas pela infecção dependem da carga parasitária (quantidade de vermes) e estão relacionadas à redução da capacidade de ingestão de alimentos e à má absorção de nutrientes. Na fase inicial presenta febre, suor, fraqueza, palidez, náuseas e tosse, nas infecções crônicas e/ou com altas cargas parasitárias, nas infecções crônicas e/ou com altas cargas parasitárias são observadas intensa inflamação do intestino, perda de sangue e anemia à redução da capacidade de ingestão de alimentos e à má absorção de nutrientes.
MODO DE TRANSMISSÃO
É transmitido pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os ovos embrionados do parasito.
MORFOLOGIA
Os ovos é de aproximadamente 50 × 20 μm, e eles possuem aspecto muito característico: formato de barril alongado, com dois polos, que interrompem a camada externa da casca, ovo também é muito resistente às condições ambientais.
ENTEROBÍASE
É uma infecção por nematoides da espécie Enterobius Vermicularis, causada por ausência de saneamento básico, os hábitos higiênicos inadequados, afeta principalmente criança.
MANISFESTAÇÃO CLÍNICA
É uma infecção benigna, a maioria dos infectados são assintomáticos, insônia
,distúrbio do sono, perda de apetite, perda de peso, irritabilidade, instabilidade emocional e enurese (incapacidade de controlar a micção).
MODO TRANSIMSSÃO
Transmissão ocorre por meio da ingestão dos ovos do parasito, cerca de 4 a 8 semanas depois, já são encontrados vermes adultos no intestino delgado.
MORFOLOGIA
OVOS: são característicos possuem forma de “d”, casca dupla, lisa, fina e transparente, encontram embrionados e larvados, têm aproximadamente 25 x 60 μm de tamanho.
Adultos: são filiformes e possuem nítido dimorfismo sexual, a fêmea possui cerca de 1 cm x 0,4 mm (comprimento x diâmetro), macho possui cerca 0,5 cm x 0,2mm (comprimento x diâmetro).
 Figura 1: Adulto
 Figura 2: Ovos
REFERÊNCIAS
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<http://atlasparasitologia.sites.uff.br/>. Acesso em: 05 de nov. de 2021
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<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf>. Acesso em: 05 de nov. de 2021
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