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Sepse: Infecção e Disfunção Orgânica

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Joëlle Moreira - Turma 05
Medicina de emergência
SEPSE
É a resposta do organismo para combater infecção,
provocando uma reação inflamatória sistêmica
descontrolada, não regulada e autossustentável que
causa lesão celular e disfunções orgânicas.
- O foco da infecção pode ser apenas um órgão
Infecção não complicada ⤍ sepse ⤍ choque séptico⤍
síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMOS).
EPIDEMIOLOGIA: .
- A causa mais comum de sepse é a pneumonia.
Até 48% dos pacientes internados com
pneumonia terão sepse.
- UTI no Brasil: 36/1000 pacientes/dia; mortalidade
de 55% dos acometidos.
- Fatores de risco: idade, câncer, diabetes,
doenças e medicamentos imunossupressores,
abuso de álcool, cateteres venosos ou outras
condições que envolvam integridade cutânea.
FISIOPATOLOGIA: .
A sepse ocorre quando a liberação de mediadores
pró-inflamatórios em resposta a uma infecção excede os
limites do ambiente local, levando a uma resposta
generalizada. A causa da generalização é provavelmente
multifatorial, envolve o agente infeccioso e o hospedeiro,
e pode incluir:
● Efeito do microorganismo ou de seus produtos
tóxicos
● Liberação de muitos mediadores pró-inflamatórios
● Ativação do sistema complemento
● Suscetibilidade genética
Lesão celular é o mecanismo precursor da disfunção
orgânica na sepse. Os mecanismos propostos para
explicar a lesão celular incluem:
- Isquemia tecidual
- Lesão citopática
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: .
⟶ Os pacientes pode se apresentar com sinais e
sintomas relacionados à:
1. Infecção - Sinais de choque séptico:
a. Pele fria, pálida e pegajosa
b. ⇡ tempo de enchimento capilar
c. Livedo
d. Cianose de extremidades
e. Estado mental alterado
f. ⇣ débito urinário
g. Hipotensão arterial
⤍ O choque séptico é uma disfunção hemodinâmica e
metabólica associada a sepse.
2. Resposta inflamatória sistêmica - Critérios SIRS
3. Disfunção ou falência orgânica - Escore SOFA
Etiologias de sepse e manifestações clínicas
Pneumonia Tosse, dispneia, expectoração
purulenta
Infecção de trato
gastrointestinal
Dor abdominal, diarreia,
presença de sangue e pus nas
fezes
Infecção de cateteres e
dispositivos
Tunelite, saída de secreção
purulenta ostial
Infecção de trato urinário Disúria, urgência miccional, dor
suprapúbica, dor em flancos
Infecção de pele e partes moles Hiperemia e dor local, saída de
secreção purulenta
Infecção de articulações Hiperemia e dor local, bloqueio
articular
Infecção de sítio cirúrgico Hiperemia de ferida operatória,
saída de secreção purulenta
EXAMES COMPLEMENTARES: .
⇒ Exames diagnósticos para elucidação de foco
infeccioso de acordo com suspeita clínica:
⇒ Exames laboratoriais para avaliação de disfunções
orgânicas:
DIAGNÓSTICO: .
Critérios diagnósticos:
- Sepse: Infecção suspeita ou confirmada +
aumento > 2 pontos no SOFA
- Choque séptico: Necessidade de vasopressor
para PAM ≥ 65 mmHg + lactato > 2 mmol/L (18
mg/dL) na ausência de hipovolemia
Triagem:
Joëlle Moreira - Turma 05
Medicina de emergência
● SIRS ≥ 2 pontos: alta sensibilidade e baixa
especificidade.
● qSOFA ≥ 2: baixa sensibilidade e alta
especificidade. Não recomendado para a triagem.
● NEWS ≥ 4: melhor acurária para sepse com
sensibilidade comparável à do SIRS e
especificidade comparável à do qSOFA.
TRATAMENTO: .
1. Antibioticoterapia precoce (até 1h) e adequada:
droga ou associação de amplo espectro.
Considerando os agentes mais comumente
causadores de sepse, são: Staphylococcus aureus,
Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella pneumoniae e Streptococcus
pneumoniae.
2. Suporte às disfunções
3. Ressuscitação volêmica: se sinais de má perfusão
⤍ reposição volêmica inicial com 30ml/kg de peso
de solução cristalóide nas primeiras horas
(preferência ringer lactato).
4. Vasopressor: noradrenalina
5. Transferência para unidade de internação ou
unidade de terapia intensiva

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