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Acesso Venoso Central

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Técnica Operatória – Amanda Longo Louzada 
1 ACESSO VENOSO CENTRAL 
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS: 
 Veias jugulares internas direita e esquerda 
 Veias subclávias direita e esquerda 
 Veias femorais direita e esquerda 
CATETER VENOSO CENTRAL: 
 O acesso venoso central (AVeC) envolve um 
cateter de grosso calibre inserido em uma veia 
no pescoço, na parte superior do tórax ou na 
área da virilha (femoral) para administrar 
fármacos que não podem ser administradas por 
boca ou por acesso venoso convencional (cânula 
ou tubo em veia do braço). 
 O acesso venoso central é definido como 
colocação de um cateter com a sua extremidade 
posicionada na veia cava superior ou no átrio 
direito. 
 O cateterismo venoso central é realizado 
utilizando uma técnica chamada de Técnica de 
Seldinger, que consiste em puncionar a veia 
central com uma agulha longa, de pequeno 
calibre, por dentro da qual avança-se um fio-
guia. Com o fio-guia na posição adequada, um 
dispositivo de dilatação venosa é introduzido 
vestindo o mesmo. A seguir, o cateter é passado 
vestindo o fio-guia até a posição desejada. 
 Vias de acesso: punção ou dissecção 
 Características Relacionadas ao Cateter: 
 Exteriorização: semi-implantável\ totalmente 
implantável 
 Tempo de permanência: curto (até 7 dias), 
longo (após 7 dias), temporária (até 30 dias) e 
definitivo (após 30 dias) 
INDICAÇÕES: 
 Administração rápida de líquidos em pacientes 
hipovolêmicos 
 Nutrição parenteral prolongada 
 Impossibilidade de acesso venoso periférico 
 Marca-passo cardíaco provisório 
 Cateter se Swan-Ganz 
 Hemodiálise 
 Uso de fármacos que não podem ser ministrados 
em veia periférica 
TÉCNICAS: 
TÉCNICA DE SEIDINGER: 
 Consiste em puncionar a veia central com uma 
agulha longa, de pequeno calibre, por dentro da 
qual avança-se um fio-guia. Com o fio-guia na 
posição adequada, um dispositivo de dilatação 
venosa é introduzido vestindo o mesmo. A 
seguir, o cateter é passado vestindo o fio-guia 
até a posição desejada. 
 Veias: jugular, subclávia e femoral 
 Passo a Passo: 
 Posicione o paciente de acordo com o local 
anatômico a ser puncionado. 
 Verifique se a iluminação está adequada. 
 Proceda à paramentação cirúrgica para realizar 
o procedimento. 
 Realize a lavagem e a escovação cirúrgica das 
mãos. 
 Coloque avental e luvas estéreis. 
 Faça a assepsia extensa do local de punção. 
 Coloque campos cirúrgicos estéreis para 
proteger a área do procedimento. 
 Localize a veia de acordo com as referências 
anatômicas do sítio da punção. 
 Realize a infiltração com anestésico local 
(xilocaína a 2%). 
 Realize a punção venosa com agulha calibrosa 
conectada à seringa, mantendo sempre uma 
pressão negativa com o êmbolo da seringa. 
 Quando houver refluxo de sangue, mantenha a 
posição da agulha e desconecte a seringa. 
 Introduza o fio-guia metálico com extremidade 
em J” por volta de 20 cm. 
 Mantenha o fio-guia nessa posição e retire a 
agulha. 
 Proceda à dilatação da pele e ao trajeto até o 
vaso com introdução do dilatador pelo fio-guia 
(pode ser necessária a abertura da pele com 
lâmina de bisturi para introdução do dilatador). 
 Mantenha o fio-guia nessa posição e retire o 
dilatador. 
 Introduza o cateter definitivo com cuidado, sem 
perder a extremidade distal do fio-guia. 
 Retire o fio-guia. 
 Lave a via (distal) com solução salina e feche o 
lúmen. 
 Fixe o cateter com pontos, seguindo as 
especificações do fabricante do dispositivo. 
 Faça curativo oclusivo. 
 Descarte o material na caixa de 
perfurocortantes. 
 Realize a confirmação radiológica da posição 
adequada do dispositivo. 
DISSECÇÃO VENOSA: 
 Veias: axilar, basílica, braquial e safena 
CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO 
PERIFÉRICA (PICC): 
 O PICC (Cateter Central de Inserção Periférica) 
é indicado para: Pacientes que necessitam de 
Técnica Operatória – Amanda Longo Louzada 
2 ACESSO VENOSO CENTRAL 
acesso venoso vascular para terapia venosa 
prolongada (maior que seis dias); 
PORTOCATH: 
 As principais indicações do cateter são: 
Pacientes que precisam ir para casa com a 
quimioterapia infundindo por alguns dias ou 
horas. Uso de quimioterápicos que podem levar 
a irritação da veia 
CATETER VENOSO PROFUNDO\ CATETER DE 
SHILLEY: 
 O catéter de Hemodiálise (Shilley) é utilizado 
temporariamente para realização de 
hemodiálise, quando o paciente tem urgência em 
iniciar as sessões e ainda não está definido a via 
definitiva par a realização do procedimento. 
CONTRAINDICAÇÕES: 
 São apenas relativas 
 Coagulopatia; 
 Trombocitopenia 
 Hemotórax ipsilateral ou trombose ou 
pneumotórax, estenose ou infecção no local 
proposto para inserção do acesso. 
 Terapia anticoagulante 
 Deformidade anatômica 
COMPLICAÇÕES: 
 Punção de artéria carótida 
 Pneumotórax 
 Hemotórax 
 Tamponamento cardíaco 
 Infecções 
 Embolia gasosa 
 Hidrotórax 
 Secção do cateter e embolia 
 Estenoses 
 Flebite e trombose

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