Buscar

INSTRUMENTAL TÉCNICO OPERATIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MEMORIAL DESCRITIVO E ANALÍTICO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO OPERATIVO UTILIZADO NO CAMPO DE ESTÁGIO
Autor – Fabiula Valentim dos Santos
Prof. Orientador – Ilka Alves Simão
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Bacharelado em Serviço Social (0560/7) – Estágio III 
17/12/2020
1 INTRODUÇÃO
Este relatório tem a finalidade de apresentar os instrumentais técnicos operativos que a Assistente Social Naraiza Caldas Lira utilizou durante o período em que fiquei como estagiária na Coordenadoria Regional de Ensino de Tefé – SEDUC. Esses instrumentos são ferramentas que os profissionais de serviço Social têm para aplicar durante suas práticas profissionais, os usados durante o decorrer do estágio supervisionado foram: observação, entrevista, relatórios, reunião, encaminhamento, visita domiciliar, parecer, abordagem, escuta, intervenção. 
A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator preponderante para o assistente social. Como todos os profissionais têm seus instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social um trabalhador inserido na divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional. Os instrumentais técnicos- operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI,1994 P. 137). 
Do mesmo modo que um advogado ou um médico possui seus instrumentos de trabalho não seria diferente com o Assistente Socia, pois os profissionais utilizam-se de diversas práticas instrumentais para realizar o seu ofício com qualidade e eficiência.
Durante as fases do estágio supervisionado os principais instrumentos utilizados pela assistente social no desenvolvimento de suas intervenções foram: observação, entrevista, relatórios, reunião, encaminhamento, visita domiciliar, parecer, abordagem, escuta, intervenção. Logo que, a profissional é responsável por atender todos que fazem parte da rede Estadual de Educação do Município de Tefé-AM, como as crianças, adolescentes, jovens e adultos que sofrem com questões relacionadas a violência doméstica (física, sexual, psicológica e a negligência), uso de substâncias psicoativas, evasão escolar, violência, abandono familiar, entre outros, além de oferecer suporte aos funcionários que estão acometidos por alguma problemática psicossocial ou problemas de natureza administrativa com relação de questões trabalhista.
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO
O primordial instrumento do trabalho do Assistente Social é o conhecimento, sobretudo, para uma efetivação de suas ações os instrumentos teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-politico são fundamentais para nortear intervenções sociais a serem trabalhadas com uma melhor eficácia na garantia dos direitos dos usuários, que na sua práxis devem ser embasados nos valores da ética, fornecendo respaldo para uma maior segurança nas suas articulações. 
Mediante este relatório, direcionou-se um olhar ao que se conhece a cerca das funções desempenhadas do Assistente Social, mais especificamente nos instrumentais técnicos-operativos que o mesmo utiliza nas suas intervenções. Sendo assim, darei ênfase na relação do profissional com a sua instrumentalidade que são de extrema importância na sua práxis.
Segundo Sousa (2008, p. 131), “o instrumento é o resultado da capacidade criativa e da compreensão da realidade social, para que alguma intervenção possa ser realizada com o mínimo de eficácia, responsabilidade e competência profissional”. 
Os instrumentos utilizados durante o período de estágio no Serviço Social, foram adquiridos com base teóricas, metodológicas, técnicas e eticopolíticas como um conjunto articulado permitindo a operacionalização. 
2.1 Observação
	Este instrumental busca de o profissional observar todas as atitudes e ações expostas do usuário, permitindo fazer uma análise da situação exposta, buscando decifrar todos os acontecimentos na integra.
	A observação pode ser entendida, como esclarece Sarmento (2013, p. 121)
(...) como um instrumento importante no levantamento de dados qualitativos e que possibilita a participação conjunta dos usuários e do assistente social. Para tanto requer do profissional clareza (acerca dos elementos teóricos com que está operando seu conhecimento) e segurança (quanto aos objetivos pretendidos) na direção que dá ao conhecimento compreensivo e explicativo que vai desenvolvendo no processo de observação. Um esforço conjunto entre assistente social e usuários, para refletir criticamente os mecanismos de produção e reprodução social das relações nas quais estão inseridos, reconstruindo as mediações, em uma perspectiva de totalidade e historicidade.
 
A observação, por ser um instrumento profissional, não se dá de forma casual e espontânea, mas através de um planejamento, de uma ação refletida que sabe aonde quer chegar, o que pretende fazer, o que precisa conhecer.
2.2 Entrevista
A entrevista é um instrumental técnico-operativo onde o profissional assume o papel de entrevistador, é o momento em que o mesmo tem para estabelecer a confiança através do diálogo com o usuário para assim conseguir informações. Sendo uma prática utilizada pelo profissional “a entrevista é um ato do qual devem participar no mínimo duas pessoas ou mais, onde se busca compreender, identificar ou constatar uma determinada situação” (RUARO; LAZZARINE, 2009, p. 74).
2.3 Visita domiciliar
	É um instrumento que consiste em conhecer a realidade de uma determinada família, visando compreender, registrar e analisar os dados sobre a dinâmica da vida familiar, suas vulnerabilidades e potencialidades, intensificando assim o vínculo entre o técnico de referência e a própria família.
A visita domiciliar é uma prática profissional investigativa ou de atendimento, efetuadas por profissionais junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar, os quais desenvolvem as técnicas de observação, de entrevista e de relato oral (AMARO, 2003 apud TEIXEIRA, 2009, p. 167).
É nesse momento que também são identificadas as necessidades e realizados os encaminhamentos para a rede de atendimento, bem como, o acompanhamento dos encaminhamentos realizados.
2.4 Encaminhamentos
É um procedimento de articulação entre Serviço Social e outros serviços da rede, utilizado para atender as necessidades dos usuários, possibilitando assim maior facilidade na busca de atendimento em determinados serviços.
Para Ruaro e Lazzarine (2009, p. 65), encaminhamento é:
Uma ponte de ligação entre outras ações do serviço social. Pressupõe o conhecimento das políticas públicas da problematização para os devidos encaminhamentos, bem como um levantamento prévio das condições e características do contexto em estudo, com o detalhamento e a documentação dos fenômenos observados, a fim de buscar a sua resolução. 
2.5 Reunião
É um instrumento amplamente utilizado pelo assistente social, presente no seu cotidiano de trabalho, tanto na atuação com grupos, como na interação com usuários e comunidades ou nos encontros com outros profissionais.
Assim como a dinâmica de grupo, as reuniões são espaços coletivos. São encontros grupais, que têm como objetivo estabelecer alguma espécie de reflexão sobre determinado tema. Mas, sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de uma decisão sobre algum assunto (SOUSA, 2008, p. 127).
2.6 Relatório
São documentos onde o profissional descreve e guarda informações de todas as observações e providências tomadas.
É um documento de registro de informações, observações, pesquisas, investigações, fatos, e que varia de acordo com o assunto e as finalidades. Os relatórios são bastantes utilizados na prática profissional do assistente social porque serve como registro importante capaz de subsidiar decisões (LOPES,2010).
É fundamental que todas as informações coletadas estejam detalhadas deixando claro as motivações de cada intervenção realizada.
2.7 Escuta
É umatécnica que exige do profissional capacidade para se relacionar com outros indivíduos, sabendo ouvi-los e ao mesmo tempo investigando a realidade social em que o usuário está inserido, sempre com o compromisso ético-político da profissão.
“A habilidade da escuta, é um questionamento e observação do que não é dito, mas que se configura no sujeito para quem se dirige o trabalho do assistente social” (Lewgoy e Silveira, 2007, p. 237).
2.8 Parecer
Este é um instrumento que o profissional faz uma análise suscinta e conclusiva dos dados coletados, mediantes as informações fornecerão a sua opinião a respeito do assunto por ele estudado indicando alternativas possíveis para tal.
O parecer social diz respeito a esclarecimentos e análises, com bases em conhecimentos específicos do Serviço Social, a uma questão ou questões relacionadas a decisões a serem tomadas. Trata-se de exposição e manifestação sucinta, enfocando- se objetivamente a questão ou situação social analisada, e os objetivos de trabalhos solicitado e apresentado: a análise da situação, referenciadas em fundamentos teóricos, éticos e técnicos, inerentes ao Serviço Social, portanto, com base em estudo rigoroso e fundamentado e uma finalização de caráter conclusivo ou indicativo (CFESS, 2003 p. 61).
É uma espécie de laudo, no entanto, pode ser considerado o desfecho baseado em outras situações já documentadas.
2.9 Abordagem
A abordagem é uma estratégia de aproximação, uma vez que ao conhecer a história de vida dos usuários, suas experiências, vivências, modos de vida, o profissional sinaliza a preocupação profissional com o sujeito que ele atende porque demonstra interesse, preocupação e compromisso, pautados na ética profissional.
Sarmento (2013, p. 121) define a abordagem como:
Um contato intencional de aproximação através do qual é criado um espaço de diálogo crítico, para a troca de informações e/ou experiências para a aquisição de conhecimento e/ou de um conjunto de particularidades necessárias à ação profissional e/ou o estabelecimento de novas relações de interesses dos usuários.
Está diretamente associada à forma como se tem construído a aproximação profissional com os usuários, sujeitos também da realidade social. É também reveladora dos conhecimentos e saberes acumulados pelo profissional que se explicitam nas atitudes, posturas e posicionamentos dos assistentes sociais.
2.10 Intervenção
É a ação que o profissional faz diante das demandas e necessidades sociais de seus usuários. É necessário que a intervenção do Serviço Social esteja pautada na reflexão sobre a realidade que é concreta e complexa e, como tal, necessita “(...) uma equipagem teórico-metodológica a altura de sua complexidade. É nesse ponto que a categoria mediação aporta uma enorme contribuição ao desvendamento dos fenômenos reais e à intervenção do assistente social” (PONTES, 2000, p.36).
A intervenção profissional, dentro de uma prática diferenciada, crítica, assume a perspectiva de reconstrução das relações sociais, mesmo que predominantemente determinada pelas relações de produção. Encontra a partir do relacionamento a possibilidade de reconstruir para além do campo interpessoal e afetivo o campo político das mediações, em suas distintas dimensões individuais, coletivas e de classe.
	 
	
3 CONCLUSÃO
O Serviço Social é uma profissão que procura atender a sociedade de forma dinâmica, objetiva e prática, utilizando de seus instrumentos e técnicas que devem ser pautadas sobre a realidade social, baseando se no respeito aos princípios éticos fundamentais do Código de Ética Profissional. O processo de qualificação profissional para o pleno exercício da prática deve ser contínuo, pois sem sombra de dúvidas o conhecimento é o melhor instrumento a ser utilizado.
O período de estágio foi primordial para formar o meu desenvolvimento acadêmico, pois foi através dele que adquirir conhecimentos e experiências e pude também perceber a efetivação das ações do assistente social baseando-se nos instrumentos técnico-operativo, compreendendo o guiar pelas técnicas que o mesmo utiliza. No decorrer do estágio foi possível constatar a importância do uso dos instrumentais para um trabalho de qualidade dos serviços prestados a população, assim como a responsabilidade diante do usuário. 
Desse modo, um trabalho com prioridade certamente trará um serviço de qualidade aos usuários, logo o procedimento do assistente social fundamentado na teoria, executados com os instrumentos adequados e na observância da ética proporcionará um trabalho com a qualidade e com seguridade no dinamismo do agir do profissional.
REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (org.). O Estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, na penitenciária e na previdência social. São Paulo: Cortez, 2003.
LOPES, Joilda. Os instrumentos técnicos operativos na prática profissional do serviço social, 2010.
LEWGO Y, Alzira Maria Baptista; SILVEIRA, Esalba Carvalho. A entrevista no processo de trabalho do assistente social. Revista Virtual Textos & Contexto n. 8, ano 6, des. 2007. 
MARTINELLI, Maria Lúcia, KOUMROUYAN, Elza. Um novo olhar para a questão dos instrumentais técnico-operativos em Serviço Social. Revista Serviço Social & Sociedade. N.º 54. São Paulo: Cortez, 1994.
PONTES, R. N. Mediação e Serviço social: categoria fundamental para o trabalho do assistente social. In: Capacitação em serviço social e política social, Módulo 4: Brasília: UnB, CEAD. 2000.
RUARO, Gisele de Cassia Galvão; LAZZARINE, Juliana Maria. Estratégia, técnicas e instrumentos da ação profissional I. Indaial: Uniasselvi, 2009. 
SARMENTO, H. B. M. Instrumental técnico e o Serviço Social. In: SANTOS, Claudia Mônica dos; BACKX Sheila; GUERRA, Yolanda. (Orgs.). A dimensão técnico-operativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. 2. ed. Juiz de Fora: UFJF, 2013.
SOUSA, Charles Teniolo. A prática do Assistente Social: conhecimento, instrumentalidade intervenção profissional, 2008.
TEIXEIRA, Carla Pacheco. Visita domiciliar: um instrumento de intervenção. Sociedade em debate, Pelotas n. 15, p. 165- 178 jan./ jun. 2009.

Outros materiais