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Tutoria 3

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Por Yan Slaviero Augusto
 Tutoria 
 Aula 3
Período 2 - Módulo 3-Tutoria 3 por Yan Slaviero Augusto
1) Entender as características gerais do lipídios
· Armazenamento de energia, uma vez que cada grama de lipídios contém 9 quilocalorias de energia; 
· Isolamento térmico, essencial para a manutenção da temperatura corporal, sendo essencial para suportar baixas temperaturas. Nos mamíferos, a gordura subcutânea é formada por lipídios; 
· Disponibilização de ácidos graxos, necessários para a síntese de moléculas orgânicas e formação das membranas celulares; 
· Auxílio na absorção de vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, se dissolvem na gordura;
· Produção de hormônios e sais biliares; • Proteção e suporte para órgãos internos de aves e mamíferos. 
Os lipídios formam um grande grupo de compostos, que incluem gorduras, óleos, ceras, esteroides e várias resinas. Desempenham funções diversas na natureza, duas das quais são particularmente importantes em bioquímica. A primeira delas é o armazenamento de energia, em que o catabolismo das gorduras e dos óleos proporciona a maior parte das necessidades energéticas para muitos tipos de organismos, incluindo animais como os seres humanos. Naturalmente, este é o motivo pelo qual ficamos “gordos” quando nossa ingestão nutricional de certos lipídios excede as necessidades energéticas de nosso estilo de vida. A segunda função importante dos lipídios é na forma de componentes estruturais das membranas. Esta função também envolve todas as espécies, visto que as membranas são de natureza ubíqua, e, embora a composição das membranas varie em diferentes tipos de organismos, todas as membranas contêm lipídios de algum tipo. 
O armazenamento de energia e a estrutura das membranas constituem as duas funções mais importantes dos lipídios, porém não são, de modo algum, as únicas. As ceras são secretadas sobre a superfície das folhas e dos frutos nas plantas para proteger o vegetal da desidratação e do ataque por pequenos predadores, como insetos, enquanto alguns animais e aves secretam ceras e outros lipídios que desempenham funções protetoras semelhantes em sua pelagem e penas. 
Muitos hormônios importantes são lipídios, como as vitaminas A, D, E e K. Um único grupo de lipídios, denominados terpenos, constitui a maior classe de produtos naturais e inclui cerca de 25.000 compostos diferentes, sintetizados principalmente por plantas. Esses compostos desempenham uma variedade de funções, como resistência às doenças, sinalização e proteção contra o ataque de predadores, bem como participação em processos fisiológicos importantes, como a fotossíntese. 
Os lipídios são, em sua maioria, hidrofóbicos e lipofílicos. Em outras palavras, são insolúveis em água, porém solúveis em solventes orgânicos, como acetona e tolueno. Além dessas propriedades, é difícil citar características gerais sobre suas estruturas e propriedades químicas. Elas são tão diversas quanto as funções dos diferentes tipos de lipídios. Entretanto, muitos dos lipídios de maior importância são ácidos graxos ou derivados de ácidos graxos. Esses derivados incluem lipídios que armazenam energia, bem como os lipídios que são encontrados nas membranas biológicas. Por conseguinte, iremos começar com essa importante família de compostos. 
Estrutura de ácidos graxos: Os ácidos graxos são divididos em duas classes, dependendo da estrutura da cadeia de hidrocarboneto. Se todas as ligações entre carbonos adjacentes forem ligações simples, o que significa que cada átomo de carbono na cadeia polimérica apresenta dois átomos de hidrogênio, o ácido graxo é designado saturado. Por outro lado, se houver um ou mais pares de carbonos ligados por ligações duplas, o ácido graxo é denominado insaturado. A ausência de ligações duplas significa que a cadeia de hidrocarboneto de um ácido graxo saturado tem uma estrutura linear. Essas moléculas lineares são capazes de se agrupar de modo mais compacto umas com as outras. Uma consequência desse agrupamento compacto é o fato de que os ácidos graxos saturados têm, em sua maioria, pontos de fusão acima de 40°C e, portanto, são sólidos em temperatura ambiente. A presença de uma ligação dupla introduz uma dobra na cadeia de hidrocarboneto, impedindo que as moléculas de um ácido graxo insaturado formem essas disposições tão compactas. Por conseguinte, os ácidos graxos insaturados têm pontos de fusão mais baixos, e a maioria consiste em líquidos oleosos em temperatura ambiente. 
Lipídios simples 
· Glicerídeos: São os óleos e as gorduras, formados pela união do álcool glicerol com ácidos graxos. As gorduras neutras (triglicerídeos) são encontradas como substâncias de reserva em quase todos os tipos de células animais, em especial nas adiposas, acumuladas no tecido sob a pele (hipoderme), principalmente nas aves e mamíferos, onde agem também como isolante térmico. 
· Os óleos são encontrados com mais frequência em plantas, especialmente nas sementes de soja, milho, amendoim e algodão. A diferença fundamental entre óleos e gorduras é que os óleos são líquidos à temperatura ambiente (20°C), enquanto que as gorduras são sólidas. o Cerídeos: São mais comuns entre os vegetais, embora sejam produzidos também pelos animais, como é o caso das abelhas. São encontrados na superfície de pétalas de flores, casca de frutos e folhas, onde atuam como impermeabilizantes, impedindo a perda de água por evaporação. 
· Lipídios compostos: São formados pela união entre ácido graxo, glicerol e outra substância. Os mais importantes são os fosfoglicerídeos (fosfolipídios), componentes das membranas celulares, que além do álcool e do ácido graxo, apresentam o radical fostato na sua estrutura. 
· Lipídios derivados: Destacamos os esteroides, dos quais o mais importante é o colesterol, que é componente da membrana plasmática das células animais e precursor dos hormônios corticoides das glândulas suprarrenais e sexuais, como a testosterona e a progesterona. 
Triacilgliceróis | Importantes compostos de armazenamento de energia nos eucariotos: A gorduras e os óleos naturais são, em sua maioria, misturas de ácidos graxos e derivados desses compostos, denominados triacilgliceróis ou triglicerídios. O primeiro desses nomes tem maior utilidade, visto que ele revela que esses lipídios são compostos de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol. O glicerol é um composto orgânico pequeno contendo três grupos hidroxila. Em um triacilglicerol, cada um desses grupos hidroxila atua como ponto de fixação para um ácido graxo. A ligação ocorre por meio do grupo carboxila do ácido graxo, resultando em uma ligação éster. Em alguns triacilgliceróis, as três cadeias de ácidos graxos são idênticas, como na tripalmitina, que possui três cadeias 16:0, e na trioleína, que contém três cadeias 18:1(Δ9). Esses compostos são denominados triacilgliceróis simples. Existem exemplos desses triacilgliceróis na natureza, porém eles são menos comuns do que os triacilgliceróis complexos, nos quais as cadeias consistem em ácidos graxos diferentes. À semelhança dos ácidos graxos livres, os triacilgliceróis totalmente saturados apresentam pontos de fusão relativamente altos, e alguns consistem em gorduras sólidas na temperatura ambiente. Aqueles com uma ou mais cadeias insaturadas são habitualmente óleos. Os triacilgliceróis são importantes compostos de armazenamento de energia para a maioria dos animais e muitas plantas. Os animais possuem células especializadas no armazenamento de gordura, denominadas adipócitos, encontrados na gordura branca e na gordura marrom. As células da gordura branca contêm apenas uma gotícula de gordura e óleo, enquanto as células da gordura marrom apresentam múltiplas gotículas aderidas à membrana. As células da gordura branca são as que aumentam em tamanho e em número quando o indivíduo se torna obeso. Nas plantas, os triacilgliceróissão armazenados nas sementes e fornecem a energia que é utilizada pela nova muda (broto) após a germinação.
Ceras e sabões são derivados de triacilgliceróis: Os triacilgliceróis não são os únicos derivados importantes de ácidos graxos. Os ácidos graxos também formam outros produtos quando reagem com compostos de álcool de cadeia longa. Um álcool é qualquer composto com a estrutura geral R–CH2–OH. O álcool mais simples é o metanol (H–CH2–OH), e o álcool seguinte, em termos de complexidade, é o etanol, obtido de produtos fermentados e destilados (CH3– CH2–OH). Os alcoóis que reagem com ácidos graxos apresentam grupos R muito mais longos, como o triacontanol, cuja fórmula é CH3–(CH2)28–CH2–OH. Esses alcoóis formam uma ligação éster com o grupo carboxila de um ácido graxo. O produto da esterificação entre o triacontanol e o ácido palmítico (o ácido graxo 16:0) é a cera de abelha, a qual é produzida pelas abelhas operárias e que forma a colmeia na qual a nova colônia é criada. Em geral, as ceras têm pontos de fusão mais altos do que os ácidos graxos ou os triacilgliceróis, em sua maioria na faixa de 60 a 100°C. Os sabões também são derivados de ácidos graxos, formados pelo aquecimento de um triacilglicerol com um álcali, como hidróxido de sódio. Esse processo é denominado saponificação. O tratamento rompe as ligações éster e converte o triacilglicerol de volta a seus ácidos graxos componentes, que formam sais com o cátion do álcali, o sódio no caso do hidróxido de sódio. Os primeiros sabões foram produzidos com gorduras animais há mais de 4.000 anos. Nesses últimos séculos, esses sabões foram suplementados por sabões finos feitos com óleos vegetais, como o “sabão de Castela”, que provém do azeite de oliva, e sabões líquidos à base de azeite de oliva e óleos de pinho e de palma. 
Glicerofosfolipídios e os esfingolipídios são lipídios anfifílicos: Os sabões não constituem o único tipo de derivado de ácidos graxos com propriedades anfifílicas. Duas classes importantes de lipídios, denominadas glicerofosfolipídios e esfingolipí dios, também são compostos anfifílicos. São os lipídios encontrados nas membranas. Um glicerofosfolipídio assemelha-se a um triacilglicerol, porém um dos ácidos graxos é substituído por um grupo hidrofílico ligado ao componente glicerol por uma ligação fosfodiéster. Esse grupo hidrofílico é designado como “grupo cabeça”, visto que está localizado na cabeça da molécula e constitui a parte à qual estão ligadas duas cadeias de ácidos graxos. O glicerofosfolipídio mais simples é o ácido fosfatídico, cujo grupo cabeça é constituído por um átomo de hidrogênio. Outros são mais complexos, como a fosfatidilserina, em que o grupo cabeça é o aminoácido serina. O fosfatidilglicerol é particularmente importante, visto que apresenta um grupo cabeça de glicerol, que pode ser ainda modificado para produzir estruturas adicionais
 Lipídios diversos com diversas funções
· Os terpenos estão disseminados na natureza: Examinaremos em primeiro lugar os terpenos. Os terpenos são as substâncias mais diversificadas de todos os tipos de produtos naturais, com mais de 25.000 compostos diferentes conhecidos. Os terpenos são produzidos, em sua maioria, pelos vegetais, e muitos deles são específicos de apenas uma espécie ou de um pequeno grupo de espécies. As resinas secretadas pelas árvores e por outras plantas consistem, em grande parte, em terpenos, e esses compostos são componentes importantes de muitos produtos, como adesivos, vernizes e alguns tipos de fragrâncias. Os terpenos são compostos extremamente variáveis, porém todos têm como base um pequeno hidrocarboneto, denominado isopreno. Diferentes terpenos distinguem-se pelo número de unidades de isopreno que eles contêm, que pode ser de apenas um nos hemiterpenos e dois nos monoterpenos, até centenas nos politerpenos. Estes últimos incluem substâncias resinosas espessas, como a borracha e a guta- percha. Os diferentes comprimentos das cadeias são responsáveis por parte da grande diversidade desses compostos, porém uma imensa variabilidade adicional deve-se à ampla diversidade de derivados estruturais que existem em cada classe de terpeno. Consideremos, por exemplo, alguns monoterpenos comuns, que consistem em duas unidades de isopreno. No caso do mirceno e do geraniol, substâncias aromáticas obtidas dos óleos do louro e da família das rosas, respectivamente, as estruturas são relativamente simples, e as unidades de isopreno subjacentes são facilmente identificadas. Essa identificação torna-se menos fácil quando a derivatização dá origem a um terpeno com um componente em anel de hidrocarboneto (cíclico), como no caso da carvona do cominho e do terpineol do óleo de pinho. 
· Os esteróis e os esteroides são derivados dos terpeno: Os complexos derivados cíclicos de terpenos que acabamos de examinar nos levam ao próximo tipo de lipídio que iremos considerar. Os esteróis são formados por ciclização do esqualeno, que é um triterpeno constituído por seis unidades de isopreno. A estrutura esterol central produzida pela ciclização do esqualeno apresenta quatro anéis de hidrocarboneto, três dos quais possuem seis carbonos, enquanto o quarto anel tem cinco carbonos. Os esteróis são outros constituintes lipídicos importantes das membranas celulares. À semelhança de outros componentes da membrana, os esteróis são anfifílicos, apresentando um grupo cabeça hidrofílico proporcionado pelo grupo hidroxila ligado ao carbono número 3 e, na maioria dos casos, uma cadeia de hidrocarboneto hidrofóbica, que compreende alguns ou todos os carbonos 20-27, como grupo R na outra extremidade da molécula. O colesterol, o esterol animal mais conhecido, é um exemplo típico desse tipo de lipídio, com um grupo R de hidrocarboneto de 8 membros constituído por seis carbonos em uma cadeia, e outros dois em ramificações curtas. O composto equivalente nos vegetais é o estigmasterol, cujo grupo R assemelha-se ao do colesterol quanto ao tamanho, porém com uma configuração de hidrocarboneto ligeiramente diferente. Além desses constituintes de membrana, alguns esteróis possuem grupos R hidrofílicos e são prontamente solúveis em água. Esses esteróis incluem os ácidos biliares, que possuem cadeias laterais que terminam em um grupo carboxila, sendo o ácido cólico o exemplo mais simples. Os derivados do ácido cólico, como o glicocolato e o taurocolato, são sintetizados no fígado e secretados no intestino delgado, onde ajudam a emulsificar as gorduras na dieta e, portanto, ajudam na sua degradação. 
· Eicosanoides e vitaminas lipossolúveis 
· Após descrever a maior parte das classes importantes de lipídios naturais, iremos discutir de modo sucinto dois tipos finais de lipídios, ambos os quais com funções biológicas importantes. 
· Em primeiro lugar, os eicosanoides são compostos derivados do ácido graxo 20:4(Δ5,8,11,14), o ácido araquidônico. Os eicosanoides são sintetizados a partir de moléculas de ácido araquidônico liberadas dos glicerofosfolipídios de membrana em resposta à estimulação hormonal, e esses eicosanoides possuem, eles próprios, atividade de tipo hormonal, controlando diversos processos biológicos, entre os quais a reprodução e a resposta de dor. Os analgésicos comuns, o ácido acetilsalicílico e o ibuprofeno, impedem a formação de determinados tipos de eicosanoides. Os eicosanoides não são verdadeiros hormônios, visto que eles permanecem nos tecidos onde são sintetizados, em lugar de circular e alcançar partes distantes do corpo na corrente sanguínea. Prostaglandinas e tromboxans são exemplos de eicosanoides. 
· As vitaminas A, D, E e K são lipídios (Figura 5.18). As vitaminas A, E e K estão relacionadas com os terpenoides, enquanto a vitamina D possui uma estrutura esteroide, porém com um dos anéis de hidrocarboneto aberto. Cada vitamina representa um grupo de compostos relacionados:
· A vitamina A desempenha uma variedade de funções, porém inclui, de modo mais notável, o retinol, que é necessário para a síntese das proteínas fotorreceptoras rodopsina e iodopsina, na retina do olho. Essepapel levou ao mito de que o consumo de grandes quantidades de cenouras (que contêm vitamina A) melhorar a visão noturna 
· A vitamina D é obtida da dieta e também sintetizada na pele, em resposta à luz solar. Entre as suas funções, destaca-se o desenvolvimento sadio dos ossos, e a deficiência de vitamina D está associada a uma doença óssea infantil, denominada raquitismo. Casos recentes de raquitismo foram atribuídos ao uso excessivo de bloqueador solar 
· A vitamina E está envolvida na prevenção de lesões oxidativas nas células. Esse grupo de vitaminas é comum em vegetais, de modo que sua deficiência nutricional raramente ocorre; entretanto, a captação de vitamina E a partir do trato gastrintestinal pode ser afetada por distúrbios genéticos e, se não for tratada, pode levar a defeitos no sistema nervoso 
· A vitamina K é comum em muitos vegetais folhosos e um dos motivos pelos quais a couve é boa para nós. A vitamina K é necessária para o funcionamento correto do processo de coagulação sanguínea 
Existem três tipos comuns de lipídios de membrana: Por definição, os lipídios são biomoléculas insolúveis em água, mas altamente solúveis em solventes orgânicos, como o clorofórmio. Os lipídios desempenham uma variedade de funções biológicas: servem como substratos energéticos, como altas reservas de energia, como moléculas sinalizadoras e mensageiros em vias de transdução de sinais e como componentes das membranas. As primeiras três funções dos lipídios serão discutidas em capítulos posteriores. Nosso foco agora são os lipídios como constituintes de membranas. Os três tipos principais de lipídios de membranas são os fosfolipídios, os glicolipídios e o colesterol. Começaremos com os lipídios encontrados nos eucariotos e nas bactérias. Os lipídios da archaea são distintos, embora exibam muitas características em comum com os de outros organismos no que concerne à formação das membranas. 
· Os fosfolipídios constituem a principal classe de lipídios de membrana: 
· Os fosfolipídios são abundantes em todas as membranas biológicas. Uma molécula de fosfolipídio é constituída de quatro componentes: um ou mais ácidos graxos, uma plataforma à qual se fixam os ácidos graxos, um fosfato e um álcool ligado ao fosfato. Os ácidos graxos componentes fornecem uma barreira hidrofóbica, enquanto o restante da molécula tem propriedades hidrofílicas que possibilitam a interação com o meio aquoso. 
· A plataforma sobre a qual os fosfolipídios são formados pode ser o glicerol, um álcool de três carbonos, ou a esfingosina, um álcool mais complexo. Os fosfolipídios derivados do glicerol são denominados fosfoglicerídios. Um fosfoglicerídio é constituído de um arcabouço de glicerol ao qual estão fixadas duas cadeias de ácidos graxos e um álcool fosforilado. 
· Nos fosfoglicerídios, os grupos hidroxila em C-1 e C-2 do glicerol são esterificados aos grupos carboxila das duas cadeias de ácidos graxos. O grupo hidroxila no C-3 do arcabouço de glicerol é esterificado com ácido fosfórico. Quando não ocorre mais nenhuma adição, o composto resultante é um fosfatidato (diacilglicerol 3- fosfato), que é o fosfoglicerídio mais simples. Existem apenas pequenas quantidades de fosfatidato nas membranas. Entretanto, a molécula é um intermediário essencial na biossíntese dos outros fosfoglicerídi. A configuração absoluta do componente glicerol 3-fosfato. 
· Os principais fosfoglicerídios derivam do fosfatidato pela formação de uma ligação éster entre o grupo fosfato do fosfatidato e o grupo hidroxila de um dos vários alcoóis. Componentes comuns dos alcoóis dos fosfoglicerídios são o aminoácido serina, a etalonamina, a colina, o glicerol e o inositol. o Os lipídios de membrana podem incluir frações de carboidratos 
· A segunda classe importante de lipídios de membrana, os glicolipídios, são os lipídios que contêm açúcares. À semelhança da esfingomielina, os glicolipídios nas células animais são derivados da esfingosina. O grupo amino do arcabouço da esfingosina é acilado por um ácido graxo, na esfingomielina. Os glicolipídios diferem da esfingomielina na identidade da unidade que está ligada ao grupo hidroxila primário da esfingosina. Nos glicolipídios, um ou mais açúcares (em lugar da fosforil colina) estão ligados a esse grupo. O glicolipídio mais simples, denominado cerebrosídio, contém um único resíduo de açúcar, a glicose ou a galactose. 
· Os glicolipídios mais complexos, como os gangliosídios, contêm uma cadeia ramificada de até sete resíduos de açúcar. Os glicolipídios são orientados de modo totalmente assimétrico, com os resíduos de açúcar sempre no lado extracelular da membrana. 
· As membranas de archaea são formadas a partir de lipídios de ligação éter com cadeias ramificadas 
· As membranas de archaea diferem, na sua composição, daquelas dos eucariotos ou das bactérias em três aspectos importantes. Duas dessas diferenças estão claramente relacionadas com as condições hostis de muitas espécies de archea. Em primeiro lugar, as cadeias apolares são unidas a um arcabouço de glicerol por ligações éter em lugar de éster. A ligação éter é mais resistente à hidrólise. Em segundo lugar, as cadeias alquila são ramificadas, e não lineares. São constituídas de repetições de um fragmento de cinco carbonos totalmente saturado. Esses hidrocarbonetos ramificados e saturados são mais resistentes à oxidação. A capacidade dos lipídios de archaea de resistir à hidrolise e à oxidação pode ajudar esses organismos a suportar as condições extremas nas quais alguns desses archaea crescem, como altas temperaturas, pH baixo ou alta concentração salina. Por fim, a estereoquímica do glicerol central é invertida. 
· Um lipídio de membrana é uma molécula anfipática que contém um componente hidrofílico e outro hidrofóbico 
· O repertório de lipídios de membrana é extenso. Todavia, esses lipídios apresentam um tema estrutural crítico comum: os lipídios de membrana são moléculas anfipáticas (moléculas anfifílicas). Um lipídio de membrana contém tanto um componente hidrofílico quanto um hidrofóbico.
2) Compreender o metabolismo dos lipídios
	A degradação dos triglicerídeos armazenados nos adipócitos, o triglicerídeos ou triacilgliceróis (molécula mais complexa) é formado por 3 ácidos graxos mais um glicerol, a lipólise acontece nos adipócitos que são células que armazenam gordura, os músculos, fígado e tecido adiposo são alguns dos tecidos que usam o lipídios como fonte energética. Somente entram na corrente sanguínea os ácidos graxos. Lipólise ou lipase é estimulada por alguns hormônios como glucagon, cortisol e adrenalina, os hormônios são estimulados quando o ser estiver em jejum, exercício físico, estado de alerta e estado de estresse.
Supondo que o ser vivo esteja em um estado de hipoglicemia, ativa a liberação de hormônios, ele vai se ligar ao receptor e estimula a proteína integral da membrana (adenilil-ciclase) hidrolisando ATP e liberando dois fosfato e formando o cAMP (adenosina monofosfato-cíclico, que por sua vez ativa a proteína quinase A, o cAMP é um mensageiro secundário que auxilia em várias funções na célula, a enzima fosforila outras proteínas. A lipase sensível a hormônios (ACL) se ativa e abre a camada de fosfolipídios da gotícula e fazendo com que as lipase seja ativada, as lipase age sobre os triacilgliceróis, se torna diacilglicerol, se torna monoacilglicerol, até formar os ácidos graxos e glicerol. Os Ácidos graxos irão para a corrente sanguínea, quem carrega o ácido graxo são as albuminas, até chegar aos tecidos e entram por um transportador para dentro do Miócito. O ácido graxo passa pela beta-oxidação que converte em ATP e CO2. 
Degradação do Ácido graxo 
Passa por um ciclo que chamamos de ciclo de Lynen ou betaoxidação, irão fornecer energia, e para isso passa por duas etapas: ativação (citoplasma) e oxidação (mitocondria). Ácido graxo insaturado gera menos energia e ácido graxo saturada gera mais energia. Na etapa 1 (ativação) acontece no citoplasma das células hepáticas, o ácido graxo vai ativar com a coenzima A, gerando Acil-Coa.Acil-Coa vai entrar no espaço intermembranoso e se converte em Acil-carnitina quem faz isso é a enzima acil-carnitina acil transferase 1 que faz a troca, essa acil carnitina entra por um transportador pela translocase para a matriz mitocondrial, ela se converte lá dentro em acil-coa através da enzima carnitina acil transferase 2. Quem vai para a beta oxidação ou ciclo de Lynen é o acil-coa.
	Acil-coa é oxidado na matriz mitocondrial, perdendo 2 carbano. Temos a formação durante toda a cascata de Acetil-coa , FADH2, NADH+ ,H+ e Acil-coa.
3) Entender os principais exames laboratoriais de diagnóstico com a hipótese do problema 
Diagnóstico de Aterosclerose
O médico iniciará o diagnóstico por um exame físico e com perguntas sobre o histórico médico do paciente e de sua família. Depois, solicitará a realização de alguns exames. Existem muitos deles que podem ajudar a diagnosticar aterosclerose. Geralmente, o médico solicita mais de um exame para obter um diagnóstico preciso.
Os testes para aterosclerose podem incluir:
· Angiografia/arteriografia coronária, um exame invasivo que avalia as artérias coronárias em raios-X
· Ecocardiograma
· Eletrocardiograma (ECG)
· Angiotomografia do coração, para verificar o nível de cálcio no interior das artérias. Quanto mais cálcio, maior o risco Também é possível utiliza-la para medir o grau de estenose(Obstrução) de uma artéria
Teste de esforço físico
· Angiografia por ressonância magnética
· Teste de esforço nuclear (Cintilografia do miocárdio)
· Ultrassonografia com doppler (muito importante para avaliação de carótidas e artérias de membros inferiores).
Síndrome metabólica 
· Circunferência abdominal
· Medição de pressão arterial
· Exames para medir as concentrações de açúcar (glicose) e gordura (lipídeos) no sangue
A circunferência abdominal deve ser medida em todas as pessoas porque mesmo aquelas sem sobrepeso ou que parecem magras podem armazenar excesso de gordura abdominal. Quanto maior a circunferência abdominal, maior o risco de síndrome metabólica e suas complicações. O risco é substancialmente maior se a circunferência abdominal for maior que:
· 79 centímetros (31 polegadas) em mulheres brancas
· 72 centímetros (28 polegadas) em mulheres indianas
· 93 centímetros (37 polegadas) em homens brancos
· 78 centímetros (30,7 polegadas) em homens indianos
Se a circunferência abdominal for alta, os médicos devem medir a pressão arterial e os níveis de açúcar e gordura no sangue em jejum. Os níveis de açúcar e gordura no sangue geralmente estão alterados.
A pessoa é diagnosticada com síndrome metabólica quando sua circunferência abdominal for igual a 102 centímetros ou mais nos homens ou igual a 88 centímetros ou mais nas mulheres (o que indica um excesso de gordura abdominal) e quando a pessoa recebeu ou estiver recebendo tratamento para dois ou mais dos problemas abaixo:
· Nível de açúcar no sangue em jejum igual a 100 mg/dl (miligramas por decilitro) ou maior
· Pressão arterial igual a 130/85 mm Hg (milímetros de mercúrio) ou maior
· Nível de triglicérides (uma gordura) no sangue em jejum igual a 150 mg/dl ou maior
· Nível de lipoproteína de alta densidade (HDL – colesterol bom) de 40 mg/dl ou menos nos homens ou 50 mg/dl ou menos nas mulheres
4) Correlacionar a alta ingestão de lipídios com as placas de ateroma
O que acontece é que a grande quantidade de gordura no organismo eleva o LDL (colesterol ruim) no sangue --devido à supressão das atividades de seu receptor no fígado --, culminando na aterosclerose, uma inflamação com formação de placas de gordura (ateromas) nas paredes das artérias. 
Conforme essas placas aumentam de tamanho, pode haver a diminuição do fluxo de sangue nos vasos ou então o bloqueio total da sua passagem. Caso isso ocorra em uma artéria do coração ou do pescoço, o órgão tende a ficar sem oxigênio, resultando na morte do músculo cardíaco (infarto). Quando um ateroma se solta e impede ou reduz o fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro ou, mais uma vez, do pescoço, o órgão tende a ficar sem oxigênio, resultando na morte do músculo cardíaco (infarto). Quando um ateroma se solta e impede ou reduz o fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro ou, mais uma vez, do pescoço, privando as células de receber oxigênio e nutrientes, aí acontece o AVC isquêmico. Se a formação for de coágulos de sangue, o AVC é chamado de hemorrágico.
5) Destacar os principais tratamentos medicamentoso e não medicamentoso para alta níveis de lipídios (dislipidemia).
Há diversos medicamentos utilizados no tratamento das dislipidemias. As vastatinas ou estatinas são usadas principalmente para reduzir o LDL-C (“colesterol ruim”). Indicadas para adultos, elas reduzem os eventos coronários isquêmicos e a necessidade de revascularização do miocárdio.
Já a colestiramina é recomendada para crianças e também como coadjuvante nos tratamentos com vastatinas. Entretanto, ela não deve ser usada quando a dislipidemia se caracteriza pela elevação no nível de triglicerídeos.
Nestes casos, os medicamentos recomendados são os fibratos, que podem reduzir o risco de eventos coronarianos em homens, aumentar o HDL-C e reduzir os TGs.
Não medicamentoso
Os fatores genéticos não podem ser controlados, mas, adotar hábitos saudáveis é essencial para conseguir prevenir níveis altos do colesterol ruim e das triglicérides. Veja, a seguir, algumas dicas para prevenir esta doença: 
· Reduza o consumo de alimentos de origem animal, como carnes e queijos amarelos; 
· Evite alimentos açucarados ou açúcar refinado; 
· Coma cereais integrais, vegetais, frutas e alimentos com fibras regularmente; 
· Evite frituras; 
· Evite pratos prontos congelados; 
· Pratique exercícios físicos regularmente; Evite consumo de bebidas alcoólicas; 
· Não fume. 
As dislipidemias são perigosas e silenciosas, portanto, não hesite em procurar um médico para que ele analise seu caso e o oriente com formas de prevenção e de tratamento específicas.

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