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As dificuldades de aprendizagem

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AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Palavras chave: Dificuldades de aprendizagem, fracasso escolar, recursos.
1 INTRODUÇÃO
As dificuldades de aprendizagem têm preocupado muito nas escolas, e também as famílias, pois alguns professores não possuem capacitação para lidar com as dificuldades de aprendizagem de seus alunos, pois umas crianças aprendem mais rápidas e outras demoram um pouco mais muitas vezes por aspectos emocionais, socioculturais e socioeconômicos afetam esse processo, então uma analise e intervenções adequadas são imprescindíveis.
O desenvolvimento e a aprendizagem da criança necessitam ser estimulados efetivamente, levando em conta o desejo desta, é necessária uma relação de respeito e amizade para ensinar significativamente.
A pesquisa tem como objetivo geral o estudo do processo ensino aprendizagem e suas dificuldades para melhorar a relação do aluno em aprender.
A metodologia usada para esse estudo teve como base a pesquisa bibliográficas, visando alcançar os objetivos propostos e teorias que abordam as praticas pedagógicas no processo das dificuldades de aprendizagem no contexto escolar. Para isso utilizamos os autores como Leal (2011), Piaget (1998), entre outros.
Esse artigo trata das dificuldades de aprendizagem e suas consequências no desenvolvimento dos educandos e como as instituições escolares vêm enfrentando essa realidade. Trata também da aprendizagem e suas intercorrências.
Essa pesquisa visa discorrer sobre as dificuldades de aprendizagem, também uma visão sucinta do processo evolutivo e seus obstáculos no contexto escolar, e fazer um levantamento sobre as diferentes concepções de aprendizagem que permeiam as práticas pedagógicas, analisando a concepção de autores que tratam do mesmo tema, o desenvolvimento humano, com olhares diferentes que por vezes se complementam, por outras se distanciam.
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR
Estudos no Brasil apontam que muitos alunos estão com problemas de aprendizagem escolar esse fato é muito preocupante. Fatores como falta de preparo de professores, o mau funcionamento de gestão administrativa, pedagógica e estrutural na maioria das escolas; questões econômicas/ sociais e culturais das famílias, entre outros, têm servido de pauta para debates dentro e fora das escolas, responsabilizando estes fatores como causadores dos problemas de aprendizagem escolar, contribuindo assim com a falta de estímulo de alunos e professores. 
 A realidade educacional brasileira ainda não conseguiu uma intervenção segura que torne a escola capaz de ensinar e contribuir com os problemas de aprendizagem. Para que isso aconteça os educadores teriam que adquirir melhores conhecimentos para melhor compreensão das sua prática pedagógica e meios necessários para obter o sucesso entre seus alunos
 No processo educacional o papel de quem ensina e de como aprende é fator importantíssimo para que professores e alunos criem vínculos indispensáveis para a aprendizagem. Este processo precisa ser construído de maneira sócio interacionista, pois ensinar e aprender envolve o professor, o aluno e o meio onde se dá a aprendizagem.
 Nas escolas em geral ouvem- se queixa de professores, como forma de desabafo que acabam sempre tirando a sua responsabilidade do fracasso da não aprendizagem, de grande parte de seus alunos. Expressões como: o aluno é preguiçoso e desatento; lento para copiar, escrever e resolver as atividades faz parte do cotidiano, da maioria das escolas e a interação professor/aluno pouco tem contribuído como fator facilitador de aprendizagens. Na maioria das vezes a discussão é gerada apenas em torno do foco “alunos que não querem aprender” e “pais que não interessam pelos seus filhos e que não comparecem à escola”. Usam como estratégia de responsabilidade, o aluno, pelo seu próprio fracasso escolar.
Essas desculpas tentem a deixar o aluno desmotivado para aprender. O problema de aprendizagem não tem origem apenas cognitiva e atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, sem considerar as condições de aprendizagem, que a escola oferece para o aluno e outros fatores extras- escolares, é reforçar fracasso tanto do aluno como da escola. 
O professor precisa criar vínculo com seus alunos e adquirir novas ensinar forma de ensinar, e principalmente interessar por trabalhar as dificuldades dos alunos, pois cada um tem suas limitações. Se o aluno percebe que tem dificuldades para aprender, começa a apresentar desinteresse, algo de errado pode estar acontecendo na sua vida pessoal, e causa o sofrimento que deve ser identificado para que possa tratar o problema, o aluno não aprende porque não quer. É uma questão muito mais complexa, onde muitos fatores podem interferir e causar transtornos de aprendizagem para muitos alunos, tais como os problemas de relacionamento entre professores e alunos, o tipo de metodologia de ensino utilizada pelo professor, conteúdos fora da realidade do aluno, outros. Sabemos que a relação professor/aluno pode tornar o aluno capaz ou incapaz e se o professor demonstra-se despreparado, com certeza vai transferir toda sua insegurança e conseqüentemente provoca no aluno sérias dificuldades de aprendizagem.
 Para a escola possa resolver os problemas de aprendizagem, ou seja, a própria escola, a família, o ambiente fora da família e da escola, etc. Sabemos que os primeiros ensinamentos vêm da família, pois com eles os filhos aprendem a interagir e depois se desenvolvem e aperfeiçoam ao participar de outros ambientes. 
 Quando um aluno quando apresenta dificuldades de aprendizagem nem sempre tem deficiência mental ou algum outro tipo de distúrbio parecido. Existem fatores fundamentais que precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento em todos os níveis de aprendizagem. É óbvio que quando falamos em aprendizagem, não estamos relacionando aquisição de conhecimentos apenas disciplinares, mas também de outros que são de vital importância para o ser humano. 
Existem também aquelas crianças que tem a aprendizagem lenta, é aquela que é educada em classes regulares, os objetivos da educação desse tipo de criança são os mesmos que aquelas consideradas normais segundo José e Coelho (1999, p. 200), a criança não é necessariamente um deficiente intelectual. Existem outras causas que podem provocar a lentidão da aprendizagem, como distúrbios emocionais, defeitos físicos, falta de incentivo, hábitos inadequados de estudo, condições familiares instáveis, deficiência do próprio ensino.
Cabe ao professor observar os alunos e ser paciente, aceitar esse tipo de aluno e encoraja-lo, pois o professor como educador e mediador do processo da aprendizagem, tem que desenvolver um trabalho consciente que ajude a melhorar a aprendizagem de seus alunos. 
 A escola é um lugar ideal para diminuir problemas de aprendizagem, oferecendo condições favoráveis, satisfatórias e ambiente adequado, atualização de conteúdos, melhores equipamentos e material didático para que o aluno possa se sentir bem acomodado, e priorizar o papel de reconstruir a figura do aluno e do professor, onde o professor facilita a aprendizagem educacional e social e cultural.
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Ao observar a escolarização contemporânea observa-se que existem maneiras diferentes de aprender. Nota-se que cada indivíduo possui habilidades próprias assim como nas dificuldades próprias, inerentes a cada ser humano. As dificuldades de aprendizagem tratam de algo que vai além de uma simples dúvida ou dificuldade de aprender determinado conteúdo. Trata de uma característica que atravanca o desenvolvimento de certo sujeito de maneira global ou específica.
Nogueira e Leal (2011) apontam caminhos para que se chegue às definições das causas das diversas dificuldades de aprendizagem. Segundo as autoras elas podem ser decorrentes de múltiplos fatores. Entre eles podemos enumerar alguns como: problemas congênitos, violência domestica, dificuldades familiares, doenças neurológicas, transtorno psiquiátrico ou alterações das funções sensoriais. Como se sabe,cada criança é situada em um determinado contexto, no qual irá transcorrer seu desenvolvimento. Sendo assim, devemos analisar cada caso olhando com toda atenção para sua especificidade, pra assim chegarmos a algum norte de identificação das causas de dificuldade.
Algo importante para um diagnostico preciso é a junção de varias áreas do conhecimento. Faz-se necessário o apoio da medicina, da linguística, da psicologia, da pedagogia, entre outras áreas que avaliar o educando como um todo e chegar a um diagnosticam preciso.
As dificuldades de aprendizagem tem sido foco de preocupações não somente das escolas e famílias, mas também de estudiosos que através das pesquisas ampliam os conhecimentos no assunto. 
Cada pessoa aprende de uma forma diferente e cada uma tem seu tempo de desenvolvimento. O meio em que vive emoções, histórias de vida são influências importantes no processo de aprender. Vale diferenciar que as dificuldades de aprender um determinado conteúdo, mas são aspectos que impendem o desenvolvimento do sujeito de maneira global ou específica. De acordo com Grassi (2009, p. 138).
...dificuldades de aprendizagem não são determinadas por um único fator. Mas, por um conjunto de fatores interligados e Inter independentes que devem ser analisados com todo cuidado sob um olhar psicopedagógico, pelos profissionais da psicopedagogia.
Essas dificuldades não se dão por retardo, ou qualquer outro fator de inclusão refere-se a situações de atraso, desordem no desenvolvimento em um ou mais processos da fala, leitura, escrita ou matemática, São identificadas a partir do desempenho acadêmico; na capacidade da leitura, desempenho da escrita, no raciocínio logico matemático, já nos problemas com o aprendizado das ciências, são percebidas nas primeiras series de escolarização, identificadas pelos sintomas de desinteresse nas atividades escolares, dificuldades de aprender, algo pontual ou ainda uma dificuldade generalizada. 
As questões mencionadas acima podem causar ainda indisciplina, agitação, pois a criança não se sente a vontade em um ambiente onde não se encaixa onde se percebem diferentes dos demais. Isso pode fazer com que sua dificuldade seja camuflada e o foco transportado para tais comportamentos. Para que a criança, inconscientemente, esse também é um processo de camuflagem, pois não se sente à vontade sendo diferente.
As muitas causas e fatores seja esses de origem acadêmica emocional, comportamental impendem e interrompem a aprendizagem, são problemas dentro do processo da aprendizagem como diz Drouet (2000 apud Nogueira e Leal 2011, p.54).
Todos os distúrbios - da fala da audição, emocionais, do comportamento, etc. - têm sua origem em causas diversas, porém todos eles se constituem em obstáculos à aprendizagem, prejudicando-a ou mesmo impedindo-a. São, portanto, problemas dentro do processo de ensino-aprendizagem.
É necessária uma investigação minuciosa a respeito da dificuldade apresentada, e que o individuo possa a ser atendido em sua forma plena.
Muitas crianças que chegam à escola possuem ritmos diferentes e diferentes formas de aprender, algumas possuem atraso no desenvolvimento de suas funções neuropsicológicas ou algum tipo de transtorno como TDAH, dislexia ou ainda problemas sociais e familiares, que trazem na bagagem por anos de vivencia permissivos ou catastróficos, sem uma base sólida e uma referência positiva. Estes padrões de comportamento se chocam com a aprendizagem formal realizada nas escolas.
Frente aos muitos comportamentos tidos como “inadequados” de seus alunos os professores estão realizando diagnósticos muitas vezes errôneos, ao “esclarecer” os pais o porquê seus filhos não aprendem e estão encaminhando para diversos profissionais. Com alguma frequência, os professores interpretam as dificuldades escolares dos alunos como uma sequencia de distúrbio orgânico, por essa razão encaminham para médicos, neurologistas e hospitais a fim de ser diagnosticado as causas do não aprender, dessa forma não só a escola se isenta de responsabilidade, como acaba rotulando as crianças como possuidores de um entrave em seu aprender. Os pais por sua vez iniciam um longo processo a procura de profissionais no sentido de “curar” seus filhos.
Segundo Nogueira e Leal (2011, p.71) que cita Visca (1987), observa quatro tipos de obstáculos à aprendizagem, Epistemológico, epistemofílico, epistêmico e funcional. 
No obstáculo epistemológico o aluno passa por um recusa no processo de aprendizagem, é como se ao mesmo resistisse em aceitar qualquer conhecimento que vai contra aquele pré-estabelecido por ele, com sua concepção de mundo.
No obstáculo epistemofílico (conceito de psicanalise), a criança apresenta dificuldade em aceitar os novos conceitos os novos conhecimentos por medo da discriminação, do ataque ou perda. Ocorre um broqueio da aprendizagem por razões emocionais.
No obstáculo Epistêmico (teoria piagetiana) apresentado por Visca mostra cada sujeito epistêmico possui uma determinada estrutura cognitiva que delimita o nível de conhecimento que pode adquirir em função das operações que dispõe.
 E por ultimo, o obstáculo funcional, que é como se dá o pensamento e a aprendizagem de cada sujeito, um processo individual, naturalmente pessoal.
Frente a essas definições, quando casos de dificuldade de aprendizagem são estudados, é preciso que seja realizada uma investigação minuciosa que trate a criança enquanto ser único, tendo clareza de suas particularidades.
Para os estudiosos comportamentalista e desenvolvimento humano se dá a partir de experiências que modificam o comportamento dos indivíduos. Nesse aspecto, as aprendizagens decorrem das vivências que, ao serem assimiladas positivamente, alteram certos comportamentos, isso se dá através de estímulos do ambiente na determinação de respostas do indivíduo a Tais estímulos. Essa ideia das atividades comportamentais: a relação estímulo - resposta, que levam ao condicionamento e consequentemente à aprendizagem. Então, para essa teoria, aprendizagem é o produto do condicionamento vivenciado pelo sujeito. 
Na década de 80 as escolas eram pautadas nessa teoria, as praticas pedagógicas levavam os alunos ao condicionamento, a mecanização de atividades, avaliações com respostas prontas que deveriam estar na “ponta da língua”. Praticas que desmereciam a reflexão, o trabalho coletivo, e o conhecimento prévio dos alunos. O professor era o único detentor do saber e o aluno uma tabula rasa que estava ali para apenas receber o conhecimento passivamente. O aluno deveria ser bem treinado para alcançar certos objetivos e demonstrar comportamentos pré-estabelecidos.
Atualmente as práticas pautadas no behaviorismo ainda prestam contribuições à educação, administrando o ensino como transcreve Leal e Nogueira (2011, p. 33).
O behaviorismo orienta o ensino tecnicista de educação, propondo: planejar e organizar de forma racional as atividades acadêmicas; operacionalizar os objetivos; parcelar o trabalho, especializar as funções; ensinar por computadores e tele aulas e procurar a aprendizagem mais objetiva.
Tais práticas ainda são utilizadas por professores. Muitos deles não conseguem se distanciar da forma que aprenderam a trabalhar ou até mesmo vivenciaram em sua formação escolar. Em tempos de globalização, muito deve ser revisto nesse conceito, pois o ensino deve pautar-se na formação do cidadão reflexivo.
De modo geral, as crianças com dificuldades de aprendizagem e de comportamento são descritas como menos envolvidas com as tarefas escolares que os seus colegas sem dificuldades, pessoas hostis experimentam sentimentos de raiva, distanciamento das demandas acadêmicas, expressando hostilidade em relação aos outros. Relatam ainda que os sentimentos de frustração, inferioridade, raiva e agressividade diante do fracasso escolar podem resultar também em problemas comportamentais.
Construtivismo Psicogenético
Já no inicio do século XX o biólogo Jean Piaget (1986 - 1980) trazia estudos sobre o desenvolvimento humano a partir de experiências vividas pelo sujeito e da maturaçãobiológica. Surgia o construtivismo psicogenético. As escolas em meados dos anos 80 adotaram tais práticas, mas, como diriam os antigos, acabaram jogando a agua da banheira com bebe e tudo, pois não podiam ouvir falar em práticas tidas até então como verdade absoluta.
As cartilhas os treinos motores, visando os pré-requisitos para a aprendizagem da escrita, práticas que faziam parte da escola foram abolidas, mas nada de concreto entrou no lugar desta visão de ensino. Sabia-se que a partis daquele momento o foco de aprendizagem poderia ser do aluno. A partir daquele momento o aluno ditaria regras, mostrando seus interesses e aprendizagens que já possuíam. Uma visão equivocada do construtivismo fez com que a escola ficasse perdida e sem um norte, sem um norte, sem algo concreto para se pautar. “A epistemologia genética de Piaget tem como foco principal o sujeito epistêmico, ou seja, o sujeito que constrói conhecimentos” (Nogueira e Leal, 201, pag. 34.).
Nesse mesmo período ocorreu a democratização da escola. Aqueles que antes estavam fora dela por não atingirem o grau exigido de conhecimento para ali permanecer passam a ser parte da escola por direito adquirido. A escola então passa por mudanças significativas que nos fazem sentir seu reflexo até hoje, quando ainda ela não sabe lidar com os que antes estavam fora dele. Hoje as crianças e adolescentes com dificuldades estão na escola, mas a escola não sabe ao certo o que fazer com elas.
Foi então que Lev Vygotsky (1896-1934), contemporâneo a Jean Piaget, trouxe estudos que diziam mais sobre o aprendizado e o desenvolvimento. O Sociointeracionismo dizia que o sujeito aprendia sim a partir de experiências vivenciadas, mas dependia da interação dele com o meio, contexto histórico vivenciado e ainda que cada sujeito constitui-se socialmente. Trouxe novos conceitos como a importância da mediação do conhecimento e a zona de desenvolvimento proximal (que é o intervalo entre o conhecimento adquirido pelo sujeito e o conhecimento adquirido pelo sujeito e o conhecimento que ainda precisa ser mediado) e apresentou a linguagem como fator importante para as relações cognitivas.
De acordo com Rego (1995) citado por Nogueira e Leal (2011, p. 38) “o homem só se constitui na convivência, na interação um com outro”. Isso é uma verdade e podemos analisar o aprendizado também fora da escola. Um bebê, quando nasce, precisa da mediação com outro para aprender a ser um ser humano. Os alunos necessitam também, para aprender, de referencias positivas estimuladoras.
No âmbito destacam-se os papeis da família, do contexto social vivenciado pelo educando. Muitas vezes a dificuldade de aprendizagem perpassa por esse espaço sagrada à educação como um todo passa por uma imagem construída por essa família, uma imagem que pode ser desmotivadora, excludente desvalorizada. Quando o aluno não presencia em sua casa essa valorização, pode transmiti-la à sua história de vida e levar a um caso de fracasso escolar, que leva a um descontentamento dessa família, uma estigmatização daquele aluno, estabelecendo um ciclo vicioso que necessita de uma intervenção para acabar.
Recursos de intervenção
	As dificuldades de aprendizagem, mas especificamente os sujeitos que dia a dia enfrentam essa angustiante situação são inseridos em um contexto escolar que por não ser preparado ou pensado para solucionar esses casos, por vezes termina por determinar ou consolidar a exclusão, nota-se a necessidade de uma ação psicopedagógico na história de vida desses sujeitos seja no âmbito clínico, institucional ou até mesmo a inserção do psicopedagogo na escola.
	A intervenção psicopedagógico consiste na prevenção dos casos de não aprendizagem e ou ação curativa, agindo nos casos onde o sujeito já vive uma situação de atraso no desenvolvimento e na aprendizagem, tomando o sujeito enquanto ser único com necessidades específicas. Acontece um estudo de caso se observa como se dá o processo de aprendizagem de determinado indivíduo, sabendo-se assim qual a melhor maneira de mediar à aquisição de novos conhecimentos. Observam-se também quais são os obstáculos que podem atrapalhar essa aprendizagem, como acontece a relação aprendizagem indivíduo, para que a intervenção aconteça de maneira a atingir resultados satisfatório.
Para que ocorra uma intervenção adequada e eficiente, um diagnostico preciso faz-se necessário. Para que esse diagnostico o psicopedagógico conta com a participação de outros agentes do processo, como os familiares, professores ( se for caso ) e outros especialistas de diversas áreas, como fonoaudiologia, medicina psicologia, pedagogia entre outras, além de entrevistas, provas e a observação do próprio indivíduo. Acontece então uma avaliação global do sujeito para que possa chegar à conclusão que auxilie o profissional da psicopedagogia e planejar caminhos que possam agir efetivamente como auxiliares para o aluno em questão.
Na dificuldade de aprendizagem e no processo educativo é muito importante a intervenção do psicopedagogo, pois tem como principal meta contribuir para que o aprendiz consiga ser um protagonista de suas historias não só no espaço escolar como na vida em geral. A escolha do material disparador deve atender as necessidades de cada sujeito, identificadas por ocasião do diagnostico psicopedagógico, seja a estimulação do desenvolvimento de suas estruturas cognitivas, entre eles citamos: O material disparador este material surgiu como umas alternativas ao uso da caixa de trabalho recusam originalmente concebidas por Jorge Vista, utilizando no processo corretor psicopedagógico de acordo com o modelo de Epistemologia convergente; Os jogos são trazidos por Jorge Visca e por Lino de Macedo como possibilidades, numa intervenção psicopedagogia, para o desenvolvimento do raciocínio logico matemático, e também focam a dimensão psicomotora relacional racional e do desejo, aplicando as possibilidades ao aprendiz. Cognição, desejo, vinculação afetividade com as situações de aprendizagem e funcionamento decorrente da articulação entre as dimensões envolvidas no ato de aprendizagem são abordados entre todos os recursos utilizados.
O jogo e a brincadeira são recursos psicopedagógicos de Carter objetivo utilizados para que a pessoa possa se construir como aprendiz. A brincadeira possui um repertório de atividades que na relação imaginação - regras têm a imaginação como características definidoras, na qual as regras são frágeis e podem assumir diferentes rumos, de acordo com o que os brincantes queriam, e o jogo, nessa mesma relação possui e ênfase nas regras, embora não abandone a imaginação.
O que diferencia a brincadeira disparadora da brincadeira espontânea é que a disparadora é criada e proposta pelo psicopedagogo na tentativa de desequilibrar o aprendiz e provocar uma intenção tal que o leve a buscar caminhos para o equilíbrio e com isso descubra seu interesse por determinadas coisas palas quis não se interessava antes e desenvolva coesões e habilidades pouco desenvolvidas.
Tanto na brincadeira e jogo são marcados pela ludicidade, pois é o ingrediente fundamental no caso desses recursos psicopedagógicos por ser uma características importante das atividades do ser humano que relaciona com divertimento e, portanto, não carrega de si um grau de resistência elevado, o que pode auxiliar no enfrentamento de obstáculos e de dificuldades, a ludicidade inclui o desafio e toda a disposição do desafio em insistir para resolver os problemas que dele surgem.
As crianças com dificuldades de aprendizagem podem ser beneficiadas através de atividades envolvendo a musica. A manipulação das palavras contidas na letra da canção, identificar e reconhecer rimas as silaba e os fonemas contribuem para o desenvolvimento da consciência fonológica, o que favorece o processo educativo.
Para isso o profissional deverá estar preparado para atender crianças ou adolescente com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção diagnóstica e tratamento clínico utilizando recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras,conto de história, computador e outras coisas que forem oportunas.
E ao final do processo de avaliação, o psicopedagogo terá que ter claro o que vem acontecendo com o avaliando do ponto de vista da sua aprendizagem. Para tanto, faz-se necessário que, nesse momento, ele reúna os dados coletados, analise-os e elabora uma conclusão diagnóstica. Está é composta por uma descrição a qual deve englobar dado como: análise do nível cognitivo; análise de questões relativas ao desenvolvimento social; e analise das questões relativas ao desenvolvimento afetivo e outros aspectos que julgar necessário.
REFERÊNCIAS 
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
Leal, Daniela; NOGUEIRA, Markeliny Oliveira Gomes. Dificuldades de aprendizagem: Um olhar psicopedagógico. Curitiba: ipbex, 2011
BARBOSA, Laura Monte Serrat, A psicopedagogia no âmbito da instituição Escolar. Curitiba: Expoente, 2001
NOGUEIRA, M. O. G; LEAL, D. Psicopedagogia clinica: caminhos teóricos e práticos. Curitiba: ipbex, 2011.
PIAGET, Jean. O juízo moral da criança. São Paulo, summus 1994.
GRASSI, Tânia Mara. Psicopedagoga um olhar uma escuta. 2. Ed. Curitiba: ipbex 2009
 Assunção José e  Coelho. Elisabete e Maria Tereza, Problemas de aprendizagem. Editora Ática, 2001

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