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ATELECTASIA PULMONAR Definição Perda de volume pulmonar associado com redução da quantidade de ar alveolar. Opacidade com perda de volume pulmonar. Atelectasia e consolidação são processos diferentes que podem coexistir. Na consolidação haverá a opacidade pulmonar, mas não irá deslocar a fissura pulmonar. Na atelectasia há o deslocamento de fissura pulmonar. (Nessa imagem há a perda de volume levando a fissura pulmonar a ser deslocada, evidenciando a Atelectasia Lobar). (Nessa outra imagem há a opacidade em ápice pulmonar, porém mantendo a fissura em local correto, o que evidencia a presença de pneumonia). SINAIS RADIOLÓGICOS DIRETOS Na presença de 1 deles, já se pode fazer o diagnóstico para Atelectasia. 1. Desvio cisural (fissura) na direção da atelectasia, opacidade; 2. Aproximação dos vasos e brônquios na área afetada, o que é melhor visto na tomografia do que no raio x. SINAIS RADIOLÓGICOS INDIRETOS a. Opacidade pulmonar; b. Elevação hemidiafragma; c. Desvio mediastinal para o lado da atelectasia; d. Hiperinsuflação compensatória do pulmão contralateral; e. Desvio hilar. ATELECTASIA COMPLETA Completa de todo o pulmão, colapso pulmonar, com redução de volume e consequentemente atração de estruturas. (Nessa atelectasia, se vê a atração de estruturas mediastinais e a silhueta cardíaca foi apagada, o que mostra que toda essa estrutura está no local do pulmão atelectasiado). ATELECTASIA LOBAR a. Atelectasia de Lobo Superior Direito: Sinal de S de Golden, está presente em Atelectasia de Lobo superior direito e cursa com uma formação tumoral, dando assim sua forma de S, por elevação de cisura e margem tumoral. b. Atelectasia de Lobo Superior Esquerdo: c. Atelectasia de Lobo Médio Direito: d. Atelectasia de Lobo Inferior Direito: e. Atelectasia de Lobo Inferior Esquerdo: Atelectasias de Lobos Inferiores cursam com um sinal bem clássico, Sinal de Vela. O botão aórtico exacerbado em pacientes idosos, é normal. Ocorre também em pacientes hipertensos. MECANISMOS DA ATELECTASIA a. Obstrutiva; - Obstrução por via aérea com reabsorção distal do gás; - Tubo endotraqueal mal posicionado; - Tampão de muco; - Corpo estranho; - Tumor; - Estenose Brônquica. b. Compressiva: - Perda de volume secundária ao processo de ocupação de espaço; - Alteração intratorácica que impede a expansão pulmonar; - Derrame pleural, pneumotórax, massa pleural. (Atelectasia em Pulmão direito, com pulmão atelectasiado e colabando, por presença de Pneumotórax). c. Adesiva; d. Cicatrizante/Fibrose; e. Discoide. - Densidades lineares, paralelas ao diafragma, nas bases; - Comum no pós- operatório, paciente com dor, respiração superficial, acamado. DERRAME PLEURAL Presença de líquido anormal no espaço pleural, ou seja, mais do que 10 ml de líquido entre as pleuras. 2 a 10 ml, é a quantidade de líquido precisa e necessária para que ocorra o deslizamento das pleuras, parietal e visceral. Derrame pleural, se apresenta de forma homogênea. Não se deve falar, tem um derrame pleural no pulmão esquerdo e sim há um derrame pleural no hemitórax esquerdo. Aspecto Radiológico: a. Derrame Livre; b. Derrame Loculado; c. Derrame Cissural; d. Derrame Subpulmonar. O aspecto do derrame depende muito da gravidade desse e dá posição em que teve a formação de imagem. São os principais fatores que alteram a formação da imagem clássica de derrame pleural: a. Posição do paciente, em decúbito o derrame pode passar desapercebido; b. Grau de elasticidade do pulmão; c. Doenças pulmonares fibróticas; d. Efeito gravitacional; e. Quantidade de líquido; f. Estar livre ou Loculado; g. Associação com tumor. Radiografia em posição ortostática: Radiografia em decúbito dorsal: CARACTERÍSTICAS DE DERRAME PLEURAL: a. Nunca apresenta sinal do broncograma aéreo, pois não está no parênquima pulmonar, ele entre as pleuras; b. É sempre uma opacidade muito homogênea e branca; c. Apagamento/obliteração do seio costofrênico; d. Contornos diafragmáticos e cardíacos obscurecidos; e. Não há perda de volume pulmonar; f. Pode ter efeito expansivo com desvio mediastinal para o lado oposto, SEMPRE CONTRALATERAL. APAGAMENTO DE SEIO COSTO FRÊNICO: Esse apagamento de seio costofrênico é chamado de sinal do menisco que é clássico de derrame pleural. Na Radiografia de incidência em PA, necessita-se de 200 a 300 ml de líquido entre as pleuras para que seja visível a obliteração do seio costofrênico lateral. Já na radiografia de incidência em perfil, necessita-se apenas de 75 a 100 ml, evidenciando assim a sua importância para visualização de pequenos derrames. SINAL DA PARÁBOLA Em ortostase o líquido tende a se acumular nas regiões inferiores. Onde o contorno superior é mais encurvado e mais elevado na periferia. RADIOGRAFIA E DECÚBITO LATERAL Possui uma sensibilidade muito boa para derrame pleural, consegue ver a partir de 5 ml de líquido no espaço pleural. ULTRASSOOGRAFIA DO ESPAÇO PLEURAL É um outro mecanismo muito sensível para se identificar derrame pleural, se consegue visualizar muito bem o derrame pleural. Além disso, é um mecanismo muito importante para se conseguir visualizar o procedimento de toracentese, o que facilita o manejo e evita que se ocorram complicações durante ele. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É indicada quando se precisa avaliar se há presença de tumor na pleura ou câncer de pulmão. LAURELL (decúbito lateral) Quando se tem dúvida no diagnóstico, deve-se colocar o paciente em decúbito lateral para o lado suspeito de derrame para baixo, o que propicia a esse liquido escorrer por toda a lateral do espaço pleural. DERRAME INTERCISURAL Se trata de um derrame que ocorre entre as pleuras do espaço fissural do pulmão. As vezes pode ser confundido com tumor pulmonar. DERRAME SUBPULMONAR/INFRAPULMONAR Ocorre entre a base pulmonar e o diafragma. Causando um pseudo-hemidiafragma. Deve se atentar a separação da bolha gástrica do pseudo- hemidiafragma, que no normal, em pacientes sadios é entorno de 1 cm ou menos, quando apresenta mais é sinal de um derrame subpulmonar. Atentar sempre para a altura da cúpula diafragmática, que deve ser mais elevada no pulmão direito e não no esquerdo, além disso, observar a bolha gástrica que deve estar do diafragma apenas 1 cm de distância, se maior, evidencia um derrame pleural. Ao se alterar a posição da incidência da radiografia, pode notar que a morfologia também é alterada, evidenciando derrame pleural subpulmonar. O líquido presente no derrame escorre lateralmente por todo espaço pleural, inclusive invadindo a cissura. DERRAME LOCULADO É um derrame que encontra Loculado e não muda a sua posição de acordo com a posição do decúbito. Possui forma ou localização não usual. Geralmente acomete pacientes que fazem processos inflamatórios importantes na superfície da pleura ou então pacientes de traumas, que tem sangramento na cavidade pleural, também pode estar presente em pacientes com tumor. Maior eixo da lesão é paralelo a superfície pleural, geralmente se manifesta com sinal de meia lua. GRANDE DERRAME PLEURAL Exerce um grande efeito empurrando as estruturas contralateral, o oposto de atelectasia. DERRAME MACIÇO Se apresenta com hemitórax opaco, geralmente possui mais do que 2.000ml de líquido no espaço pleural, apresenta opacificação de todo o hemitórax, com caráter expansivo, tem desvio de mediastino parao lado oposto. Nesse caso não é indicado radiografia para se avaliar o pulmão, é mais indicado realiza Tc de tórax. HEMITÓRAX OPACO Opacidade de todo o hemitórax, não altera o volume do hemitórax, pode ter perda ou não de volume, por efeito retrátil, ou aumento de volume com efeito expansivo. A referência é dada pela posição do mediastino, deve-se observar também as alterações dos espaços costais e a posição de gases abdominais. Hemitórax Opaco: 1. Sem alteração de volume e sem desvio: Pneumonia; 2. Com desvio ipsilateral: Atelectasia; 3. Com desvio contralateral: Derrame Pleural. (Pneumonia) (Atelectasia) (Derrame Pleural) PNEUMOTÓRAX É ar de qualquer origem no espaço pleural. Pode ser de dois tipos: 1. Espontâneo; 2. Traumático. PLEURA VISCERAL Curvatura da pleura visceral é paralela a curvatura da parede torácica. Sinal do Sulco Profundo Reconhecimento do pneumotórax depende do volume e da posição do paciente. O seio costofrênico se apresenta maior, mais inferior e mais radiotransparentes no lado do pneumotórax. PNEUMOTÓRAX COM ATELECTASIA PASSIVA Em pneumotórax = preto Se fosse derrame pleural = branco. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO a. Estruturas mediastinais desviadas para o lado oposto. b. Comprometimento cardiopulmonar e de retorno venosos para o coração. c. Inversão do diafragma. d. Retificação do bordo cardíaco. HIDROPNEUMOTÓRAX a. Ar tem densidade menor e sobe; b. Líquido tem densidade menor e desce; c. Presença de nível hidroaéreo no espaço pleural. PNEUMOMEDIASTINO a. Ar nos tecidos moles do mediastino; b. Lesão nos pulmões ou estruturas do mediastino, como vias aéreas ou esôfago; c. A pleura mediastinal é separada do mediastino e torna-se visível como uma linha branca fina; d. Pode ser espontâneo ou traumático; e. Pode dissecar para as partes moles do pescoço. O gás livre nas partes moles é chamado de Enfisema Subcutâneo e o gás no mediastino é chamado de Pneumomediastino. SINAL DO DIAFRAGMA CONTÍNUO O normal é que o diafragma tenha uma interrupção em contorno em radiografias que não possuem o gás. Quando há gás ele tem o sinal do diafragma contínuo. Seta 1: Enfisema Subcutâneo; Seta 2: Sinal do diafragma contínuo. PNEUMOPERICÁRDIO Diferentemente do pneumomediastino, o gás não sobre pelo mediastino, ele só fica no espaço da pleura do pericárdio. Assim que acaba o contorno cardíaco, acaba também o gás. ENFISEMA SUBCUTÂNEO Ar nas paredes moles do pescoço, do tórax, na parede torácica e abdominal.
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