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Apostila atos-processuais

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noções de Direito Processual Civil
TjDFT
Atos Processuais
Livro Eletrônico
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Prof.ª Lisiane Brito 
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SUMÁRIO
Atos Processuais.........................................................................................3
Introdução ................................................................................................3
Ato Processual – Conceito ............................................................................4
Omissões Processualmente Relevantes ..........................................................4
Classificação dos Atos Processuais ................................................................5
Forma dos Atos Processuais .........................................................................9
Requisitos dos Atos Processuais ..................................................................12
Publicidade dos Atos Processuais ................................................................13
Requisitos Gerais quanto ao Lugar dos Atos .................................................13
Requisitos Gerais quanto ao Tempo dos Atos ................................................14
Férias Forenses ........................................................................................16
Prazos Processuais ....................................................................................17
Preclusão ................................................................................................25
Preclusão Temporal ...................................................................................25
Preclusão Consumativa ..............................................................................25
Preclusão “pro judicato” ............................................................................26
Nulidades ................................................................................................27
Atos meramente Irregulares ......................................................................27
Nulidades Processuais ...............................................................................28
Nulidades Absolutas ou Relativas ................................................................29
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANA LUIZA CANDIDA VAZ DE CARVALHO - 04568209145, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Prof.ª Lisiane Brito 
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ATOS PROCESSUAIS
Introdução
O processo inclui uma série de atos, que se encadeiam de forma lógica, visando 
chegar, ao final, à prestação da jurisdição. No entanto, apenas os atos humanos, 
praticados dentro do processo, são considerados atos processuais.
Os fatos processuais, por outro lado, são eventos naturais, que não depen-
dem da atuação humana, mas também têm repercussão ou relevância no processo. 
Um exemplo é a morte de um dos litigantes, um fato processual de grande im-
portância, que pode inclusive provocar a extinção do processo.
O mesmo acontece com um desastre natural, como uma inundação que cause 
a destruição dos autos.
Algumas condutas humanas, sem relação direta com o processo, mas que 
repercutem nele, são consideradas fatos processuais. Um exemplo seria uma 
greve geral que viesse a provocar a paralisação dos serviços forenses.
Em relação aos atos processuais, esses deverão ser praticados nos termos 
definidos pela lei, que prevê todo procedimento a ser realizado e a forma que 
deve observar.
O processo é público e, por isso, em regra, não há espaço para o juiz ou as par-
tes disporem, da maneira que lhes for conveniente, sobre a sequência ou forma dos 
atos processuais. Mas o NCPC trouxe uma flexibilização para essa regra geral, per-
mitindo que as partes estipulem alterações no procedimento, tendo liberdade para 
dispor acerca dos ônus, faculdades, deveres e poderes, antes ou depois do proces-
so, mediante controle do juiz, nas hipóteses em que a lei admite a autocomposição.
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
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Veja:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito 
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo 
às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das con-
venções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulida-
de ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre 
em manifesta situação de vulnerabilidade. (grifei)
Significa que, havendo disponibilidade em relação ao direito material, isso refle-
tirá no procedimento, permitindo certa flexibilização, mediante acordo das partes 
capazes. No momento oportuno, trataremos da negociação no processo e da pos-
sibilidade de flexibilização do procedimento.
Ato Processual – Conceito
Ato processual é a conduta humana voluntária que tem relevância para 
o processo.
Excluem-se desse conceito os atos irrelevantes e os que não tenham relação 
com o processo. Os atos processuais se diferenciam dos atos jurídicos em geral, 
pelo fato de manterem com o processo uma relação direta e devido à repercussão 
que têm sobre ele.
Omissões Processualmente Relevantes
O ato processual é uma conduta comissiva. No entanto, algumas omissões são 
relevantes para o processo civil, pelo fato de haver consequências para elas, estabe-
lecidas pela lei. Mas a omissão só será relevante quando a lei determinar que deverá 
haver uma ação, estabelecendo as consequências para a sua não realização.
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É o que ocorre, por exemplo, em relação à omissão quanto ao ônus de oferecer 
contestação, que provoca graves consequências processuais para o réu.
Classificação dos Atos Processuais
Há diversas formas de se classificar um ato processual, sob diversos critérios. O 
CPC adota a classificação em relação ao sujeito, classificando-os em atos das 
partes e atos judiciais.
Atos das partes
Nos termos do art. 200 do CPC, os atos das partes consistem em declarações 
unilaterais ou bilaterais de vontade.
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais 
de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de 
direitos processuais.
Em regra, as partes do processo praticam atos unilaterais, que não necessitam da 
anuência da parte contrária. São atos postulatórios, como a petição inicial do autor e 
a contestação do réu, bem como os requerimentos que as partes fazem no processo, 
como o requerimento de provas e a interposição de recursos, por exemplo.
Em relação ao ato bilateral, o melhor exemplo é a transação, que gera a extin-
ção do processo, com resolução de mérito.
O ato deve produzir efeitosno processo para que possa ser considerado proces-
sual. Esses efeitos podem ser a constituição, modificação ou extinção de direitos 
processuais, conforme estabelece o art. 200 do CPC.
Pronunciamentos do Juiz
O art. 203 do CPC enumera os pronunciamentos do juiz: sentença, decisão in-
terlocutória e despachos.
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Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocu-
tórias e despachos.
Além desses, o juiz pratica outros atos no curso do processo, como a inspeção ju-
dicial, o interrogatório das partes, a colheita de depoimentos e outros atos materiais. 
Entretanto, somente aqueles citados no art. 203 são denominados pronunciamentos 
judiciais. Os outros não são pronunciamentos, mas apenas atos materiais.
Sentenças
Nos termos do art. 203, § 1º:
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim 
à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
A extinção do processo sem resolução do mérito é tratada pelo art. 485 do CPC. 
Se ocorrerem as hipóteses ali mencionadas, o processo terá fim.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a 
causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo;
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo 
arbitral reconhecer sua competência;
VIII – homologar a desistência da ação;
IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X – nos demais casos prescritos neste Código.
O art. 487 trata de hipóteses de resolução de mérito, quando o juiz não ex-
tingue o processo, mas põe fim à fase cognitiva em que a sentença foi proferida.
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Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III – homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
A lei trata da sentença, analisando seu possível conteúdo, nos arts. 485 e 
487, mas o conceito se baseia no fato de ser o ato que põe fim ao processo ou 
à fase cognitiva.
Assim, não é o conteúdo do pronunciamento que determina ser o ato uma sen-
tença. Lembre-se de que a lei prevê o julgamento antecipado parcial do mérito, 
bem como decisões interlocutórias de mérito. Mas esses atos não se confundem 
com a sentença, porque, sendo interlocutórios, são proferidos no curso do proces-
so, sem pôr fim a ele ou à fase de conhecimento.
Prazo para Sentença
O art. 226, III, prevê o prazo de 30 dias para o juiz proferir sentença.
Art. 226. O juiz proferirá:
(...)
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
O art. 204 cita, dentre os pronunciamentos judiciais, os acórdãos, sendo 
assim denominados os julgamentos dos Tribunais. Tratam-se de decisões proferi-
das por órgãos colegiados.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Decisões Interlocutórias
Outra espécie de ato praticado pelo juiz, além das sentenças, é a decisão in-
terlocutória, que também possui conteúdo decisório.
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É justamente seu caráter interlocutório, por ser proferida no curso do processo, 
sem pôr fim a ele, que distingue esse ato da sentença.
A decisão interlocutória também não encerra a fase de conhecimento em pri-
meiro grau de jurisdição.
Não se confunde com despachos, pois esses não têm nenhum conteúdo decisó-
rio e não podem provocar prejuízo ou gravame para as partes. Se um ato judicial 
puder causar prejuízo e não encerrar o processo ou a fase de conhecimento, será 
decisão interlocutória, e não despacho.
O art. 226, II, prevê o prazo de 10 dias para o juiz proferir decisões interlocutórias.
Art. 226. O juiz proferirá
(...)
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
Despachos de mero Expediente
Aqui, temos aqueles atos sem conteúdo decisório, cuja finalidade é impul-
sionar o processo. Não são capazes de trazer prejuízos às partes.
Quando o juiz abre vista às partes, ou concede prazo para que elas indiquem as 
provas que pretendem produzir, por exemplo, está proferindo um despacho, contra o 
qual não cabe recurso, pois não existe nenhum interesse para a interposição.
Pode acontecer, no entanto, de um ato judicial que normalmente seria um des-
pacho se tornar uma decisão. Isso acontece quando dele puder resultar prejuízo.
Exemplo: a remessa dos autos à contabilidade é, em regra, um despacho. No 
entanto, se o juiz determina essa remessa para a instrução de uma liquidação por 
cálculo do contador, que já não existe e, com isso, ocorra o retardamento da exe-
cução, a parte prejudicada pode interpor o recurso de agravo.
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O artigo 266, I estabelece o prazo de cinco dias para o juiz proferir despachos.
Art. 226. O juiz proferirá:
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
Forma dos Atos Processuais
Por forma entende-se a exteriorização dos atos. É como eles aparecem. O CPC, 
no art. 188, adotou o princípio da liberdade das formas.
Veja:
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo 
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de ou-
tro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Desse dispositivo legal se extraem duas importantes regras:
•	 a forma é livre, exceto quando a lei a determina expressamente;
•	 mesmo quando houver forma determinada, o ato praticado com inobservân-
cia da formalidade legal será válido se alcançar sua finalidade essencial.
Caro(a) amigo(a), desde as primeiras linhas do estudo do processo civil sabemos 
que elenão é um fim em si mesmo, e sim um instrumento do direito material.
Por isso, quando a lei exige que o ato seja realizado com determinada forma, 
essa exigência não tem por objetivo apenas garantir a solenidade ou a formalidade 
do processo, mas o atingimento de um fim determinado. Assim, se esse fim for 
alcançado, não há que se falar em nulidade.
Veja: a lei, ao tratar da citação do réu, prevê a forma pela qual ela deve 
ser feita. Se houver desrespeito à formalidade, mas, mesmo assim, o réu 
comparecer e apresentar sua contestação, não haverá nulidade, já que a 
finalidade da citação, que é dar ciência da existência do processo, assegu-
rando o direito de defesa, foi alcançada.
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O processo Eletrônico
Foi a busca pela efetividade e duração razoável do processo que levou à utilização 
dos meios eletrônicos e da tecnologia da informação. A regulamentação da informatiza-
ção do processo judicial foi regulamentada pela Lei n. 11.419/2006, que dispôs sobre 
os meios eletrônicos, transmissão eletrônica e assinatura eletrônica.
O art. 2º da Lei n. 11.419 autoriza o envio de petições, interposição de recursos 
e a prática de atos processuais em geral por meio eletrônico, com a assinatura 
digital, por meio do certificado digital emitido pela autoridade certificadora ou 
mediante cadastro do usuário no Poder Judiciário, os quais permitem a identifi-
cação do interessado.
Embora essa lei continue a disciplinar o uso dos meios eletrônicos nos proces-
sos, o NCPC, nos arts. 193 a 199, estabelece os princípios e regras gerais que 
devem ser observados.
O art. 193 autoriza que os atos processuais sejam praticados, total ou parcial-
mente, por meio digital, na forma da lei.
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a 
permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio ele-
trônico, na forma da lei.
Na utilização dos sistemas de automação processual, é necessário que seja ob-
servado o princípio da publicidade dos atos, sendo assegurados às partes o acesso 
e participação no processo.
Nesses sistemas, todos os atos de comunicação processual (citação, intimações 
e notificações) deverão ser realizados por meio eletrônico, nos termos da lei.
Os arts. 8º a 13 da Lei n. 11.419/2006 regulamentam a utilização dos meios 
eletrônicos e digitais.
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Comunicação Eletrônica dos Atos Processuais
Mesmo quando o processo não é eletrônico, os tribunais podem utilizar o Diário 
da Justiça Eletrônico para a publicação dos atos judiciais e administrativos próprios, 
bem como os atos dos órgãos que a eles se subordinam.
Poderão ser realizadas intimações aos advogados das partes, por meio do 
Diário da Justiça Eletrônico, sendo, nesse caso, considerada a publicação no 
primeiro dia útil subsequente ao da disponibilização da informação na internet, ini-
ciando-se a contagem do prazo no primeiro dia útil posterior.
Se a parte ou seu advogado for cadastrada, de acordo com o art. 20 da Lei n. 
11.419/2006, é dispensada a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico, já que 
as intimações deverão ser feitas em portal próprio, sendo consideradas realizadas na 
data em que for feita a consulta eletrônica à intimação, o que fica certificado nos autos.
No entanto, se não houver consulta no prazo de dez dias corridos, a contar 
da data do envio, essa será considerada realizada ao final desse prazo.
Já no caso do processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, 
inclusive as da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico.
A dificuldade que ocorre é quando o ato processual se dirige à parte e não ao 
advogado, como acontece com a citação. Nesse caso, só é possível a utilização de 
meio eletrônico se o destinatário tiver se cadastrado. Se isso não for viável, a cita-
ção deverá ocorrer pelo meio convencional.
O art. 7º da Lei n. 11.419/2006 dispõe que as cartas precatórias, rogatórias 
e de ordem, bem como todas as comunicações oficiais entre órgãos do Poder Ju-
diciário, ou entre esses e os dos outros Poderes, serão feitas preferencialmente 
por meio eletrônico.
O art. 246, § 1º, do CPC, dispõe que a citação das pessoas jurídicas públicas 
e privadas será feita preferencialmente por meio eletrônico, salvo em relação às 
microempresas e empresas de pequeno porte.
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§ 1º Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas 
públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos 
eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetu-
adas preferencialmente por esse meio.
Para isso, essas pessoas deverão manter um cadastro nos sistemas de processo 
em autos eletrônicos, para recebimento de citações e intimações.
O art. 1.051 do CPC, por outro lado, determina que as empresas públicas ou 
privadas façam seu cadastro no prazo de 30 dias a contar da data do registro da 
pessoa jurídica, no juízo onde tenham sede ou filial, para que se cumpra o disposto 
no § 1º do art. 246.
Art. 1.051. As empresas públicas e privadas devem cumprir o disposto no art. 246, 
§ 1º, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de inscrição do ato constitutivo da 
pessoa jurídica, perante o juízo onde tenham sede ou filial.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às microempresas e às empresas de 
pequeno porte.
Requisitos dos Atos Processuais
A lei estabelece alguns requisitos, para que os atos processuais sejam conside-
rados válidos.
São requisitos gerais:
•	 o uso do vernáculo (art. 192);
Na hipótese de haver documentos em língua estrangeira, esses deverão ser junta-
dos ao processo acompanhados da versão para a língua portuguesa, traduzida por via 
diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
Atos orais devem ser praticados também em língua portuguesa. Se o juiz 
quiser ou necessitar ouvir uma das partes ou uma testemunha que não fale ou en-
tenda o português, deverá ser nomeado um intérprete, o que também será neces-
sário quando for ouvida pessoa que se utiliza da linguagem de sinais.
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•	 a assinatura das pessoas que participam do processo, nos atos e termos processuais.Se a pessoa não quiser ou não puder assinar, o escrivão ou o chefe de secretaria 
deverá certificar a ocorrência. No caso de processo eletrônico, os atos nele prati-
cados na presença do juiz podem ser produzidos e salvos pelo modo digital, num 
arquivo eletrônico inviolável, registrados e com a assinatura do juiz, do escrivão ou 
chefe de secretaria e também dos advogados das partes.
Publicidade dos Atos Processuais
A Constituição Federal garante a publicidade do processo e dos atos processuais 
no art. 5º, inciso LX, regulamentado pelo art. 189 do CPC.
Quando um processo tramita em segredo de justiça, ele só poderá ser consulta-
do pelas partes, seus advogados, terceiros intervenientes admitidos no processo e 
pelo Ministério Público. Diante disso, os atos de comunicação processual, como as 
intimações e publicações de editais, devem ser cifrados e o nome das partes apa-
recerá abreviado. Se um terceiro que não tenha intervindo no processo demonstrar 
interesse jurídico, poderá requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, 
bem como do inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Se o sigilo não for respeitado por todos os que participam do processo, isso po-
derá levar à aplicação de sanções administrativas e/ou civis.
Requisitos Gerais quanto ao Lugar dos Atos
Os atos processuais, em regra, deverão ser praticados na sede do juízo (art. 
217). No entanto, há várias exceções a essa regra.
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Vejamos:
•	 algumas pessoas, em razão do cargo que ocupam, podem ser ouvidas em sua 
residência ou local em que exercem suas funções (art. 454);
•	 alguns atos são praticados por carta;
•	 algumas pessoas, por motivo de dificuldades de movimento ou de loco-
moção, são ouvidas no domicílio ou no local em que se encontram (uma 
clínica, por exemplo).
Requisitos Gerais quanto ao Tempo dos Atos
Em regra, os atos processuais devem ser praticados em um determinado pra-
zo, sob pena de ocorrer a preclusão.
Não existe preclusão em relação aos atos que o juiz deve praticar no proces-
so ou para os pronunciamentos que deve fazer (tratam-se de prazos impró-
prios). No entanto, se for desrespeitado o prazo fixado por lei, o juiz poderá 
sofrer sanções administrativas.
O art. 235 traça o procedimento a ser adotado pela parte, pelo MP ou pela De-
fensoria Pública no caso de atraso injustificado do juiz.
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao 
corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injusti-
ficadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
§ 1º Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não 
sendo caso de arquivamento liminar, será instaurado procedimento para apuração da 
responsabilidade, com intimação do representado por meio eletrônico para, querendo, 
apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) 
horas após a apresentação ou não da justificativa de que trata o § 1º, se for o caso, o 
corregedor do tribunal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça determinará a inti-
mação do representado por meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3º Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao substituto legal do juiz ou do relator 
contra o qual se representou para decisão em 10 (dez) dia
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Quando analisamos o tempo no processo, podemos fazê-lo tomando como re-
ferência a ocasião, o momento, o dia, o mês ou o ano em que os atos podem 
ser praticados, bem como os prazos que os sujeitos processuais devem observar.
Ocasião para a prática dos atos processuais
Em relação à ocasião para a prática dos atos processuais, esses devem ser 
praticados nos dias úteis.
O art. 216 do CPC considera feriados não só os dias declarados por lei como 
tal, mas também os sábados e domingos.
São feriados forenses os dias em que não há expediente forense. Existem tam-
bém os feriados específicos da Justiça Federal, os feriados estaduais e os municipais.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, 
os domingos e os dias em que não haja expediente forense
Nos dias úteis, os atos processuais podem ser realizados, em regra, no horário com-
preendido entre a 6h e 20h, mas o art. 212 do CPC estabelece algumas exceções:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o 
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras 
poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados 
ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, 
inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, 
essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, confor-
me o disposto na lei de organização judiciária local.
Assim, o ato que teve início dentro do horário previsto na lei, mas não pôde ser 
concluído dentro do limite do horário, pode se estender, sempre que a interrupção 
ou o adiamento puder causar prejuízos. Também a citação, intimação e penhora 
poderão realizar-se durante as férias forenses, em dias não úteis ou fora do horário 
normal, independentemente de autorização judicial.
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O horário de encerramento dos protocolos é estabelecido pelas respectivas leis 
de organização judiciária, de âmbito estadual.
No caso de protocolo eletrônico do ato processual, pode ocorrer em qual-
quer horário até 24 horas do último dia do prazo.
Atos externos, como citações e intimações, poderão ser praticados até as 20h, 
ou até mais tarde.
Férias Forenses
O artigo 93, XII, da Constituição Federal extinguiu as férias coletivas nos 
juízos e tribunais de segundo grau.
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos 
juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver ex-
pediente forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 45, de 2004)
A consequência dessa alteração da Constituição Federal é que não se aplica o 
disposto nos arts. 214 e 215 do CPC no que diz respeito a férias em relação aos 
processos que tramitam nessas instâncias.
Mas pode haver férias forenses nos tribunais superiores, período em que não 
serão praticados atos processuais (CPC, art. 214)
Art.214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, 
excetuando-se:
I – os atos previstos no art. 212, § 2º;
II – a tutela de urgência.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspen-
dem pela superveniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direi-
tos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar.
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Há determinados atos que podem ser praticados durante as férias, assim como 
há alguns processos que correm normalmente nesse período.
Mesmo nos processos que se suspendem durante as férias, há alguns atos de 
urgência, que têm sua prática autorizada pela lei durante a suspensão:
•	 os atos que podem ser praticados nas férias, seja qual for o tipo de 
processo, são mencionados no art. 212, § 2º, que já vimos (citações, inti-
mações e penhoras), além das tutelas de urgência;
•	 os processos de jurisdição voluntária não se suspendem nas férias;
•	 os processos necessários à conservação de direitos, quando puderem 
ser prejudicados pelo adiamento, igualmente têm seu curso normal durante 
as férias;
•	 as ações de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor 
e curador; e
•	 os demais processos que a lei determinar.
É isso o que estabelece o art. 215 do CPC.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspen-
dem pela superveniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direi-
tos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar
Prazos Processuais
A lei prevê prazos para que os atos processuais sejam praticados, a fim de evi-
tar que os processos se tornem eternos.
Entende-se por prazo processual a medida de tempo entre dois atos.
Assim, por exemplo, a lei determina que o prazo para contestação é de 
quinze dias, a contar da data da juntada aos autos do mandado de citação. Se 
esse prazo for desrespeitado, o ato será intempestivo.
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Tipos de Prazos Processuais – Prazos Próprios e Impróprios
Os prazos podem ser próprios (ou preclusivos) ou impróprios.
Os prazos das partes (inclusive do Ministério Público, quando atua como 
parte) e dos terceiros intervenientes, em regra, são próprios, devendo ser 
observados, sob pena de preclusão temporal, que é a perda da faculdade de 
praticar aquele ato no processo.
No entanto, existem atos das partes e dos advogados que não se sujeitam 
à preclusão.
É o caso, por exemplo, do prazo para formular quesitos e indicar assistentes 
técnicos (quinze dias), quando for determinada prova pericial. A jurisprudência do 
STJ é no sentido de ser admitida a apresentação até o início dos trabalhos periciais.
O prazo para restituir os autos, retirados do cartório também não é preclusivo; 
o prazo para indicar bens que possam ser penhorados também não preclui.
Em relação aos prazos do juiz, de seus auxiliares e do Ministério Pú-
blico, quando esse atua como fiscal da lei, são impróprios, pois não levam 
à perda da faculdade, nem provocam a perda da obrigação de praticar o ato, 
mesmo depois de superados.
Naturalmente, o juiz não pode se eximir de sentenciar, nem o Promotor de Jus-
tiça de se manifestar, só porque expirou o prazo previsto na lei. O mesmo se aplica 
aos auxiliares do juízo.
No entanto, se o membro do MP estiver atuando como fiscal da lei e pretender 
apresentar recurso, deverá protocolá-lo dentro do prazo, sob pena de preclusão, 
pois o prazo de recurso é sempre próprio.
Prazos Dilatórios e Peremptórios
Na vigência do CPC de 1973, os prazos podiam ser peremptórios ou dilatórios, 
sendo que os peremptórios não podiam ser alterados por vontade das partes, en-
quanto os dilatórios podiam ser alterados, se as partes assim convencionassem, 
desde que a alteração fosse solicitada antes do vencimento do prazo e fosse ampa-
rada em um motivo relevante. Nesse caso, o juiz deveria fixar o dia de vencimento 
da prorrogação, respeitando o acordo das partes.
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Ocorre que o CPC de 2015, ao dispor sobre os prazos, não trouxe tratamento 
diferenciado para prazos peremptórios e dilatórios.
O texto legal autoriza que as partes capazes estabeleçam alterações no proce-
dimento, em processos que admitem autocomposição, podendo ainda conven-
cionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, bem como 
fixar um calendário para a prática dos atos, de comum acordo com o juiz.
Veja o que estabelecem os arts. 190 e 191:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito 
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e de-
veres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das conven-
ções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nu-
lidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte 
se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática 
dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão 
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização 
de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. (grifei)
Perceba que a Lei não impõe nenhuma restrição à convenção das partes, salvo 
aquelas previstas no parágrafo único do art. 190.
Diante desse texto do NCPC, perdeu o sentido, em termos práticos, a dis-
tinção entre prazos peremptórios e dilatórios, ficando mantida apenas para fins 
doutrinários e acadêmicos.
Até mesmo aqueles prazos que, anteriormente, eram considerados peremptó-
rios, no NCPC, passaram a ser sujeitos à alteração, por acordo das partes e com a 
fiscalização do juiz.
Não existindo qualquer convenção das partes, o juiz só terá poderes para di-
latar prazos processuais, a fim de adequá-los às necessidades do processo e dar 
efetividade à prestação jurisdicional.
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Vejamos o art. 155, VI.
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
(...)
VI – certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das 
partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber.
(...)
Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz ordenará 
a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do 
andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa.
Além dessa hipótese, o juiz poderá dilatar o prazo por, no máximo, dois me-
ses, nas comarcas, seções ou subseções judiciárias onde for difícil o transporte, 
conforme dispõe o art. 222, ou reduzir os prazos meramente dilatórios, mes-
mo sem a anuência das partes.
No caso de prazos peremptórios, só poderá fazê-lo se houver expressa con-
cordância das partes (art. 222, § 1º).
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz 
poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
Contagem de Prazo
É possível que os prazos sejam contados em anos, meses, dias, horas ou minutos.
Veja:
•	 2 anos: prazo da Ação Rescisória;
•	 até 6 meses: prazo para suspensão do processo por convenção das partes;
•	 15 dias: prazo de Contestação;
•	 48 horas: prazo mínimo de antecedência na intimação para comparecimento;
•	 20 minutos: prazo para as partes se manifestarem, nas alegações finais.
Os prazos são fixados por lei ou pelo juiz, no caso de silêncio da lei. Na ausência 
de prazo legal e de determinação judicial, considera-se o prazo de cinco dias, nos 
termos do art. 218, § 3º, do CPC.
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Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à comple-
xidade do ato
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cin-
co) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. (grifei)
Pode, ainda, haver fixação de prazo pelas partes por convenção, de acordo 
como os arts. 190 e 191 do CPC, que já vimos.
A contagem dos prazos processuais exclui o dia do começo e inclui o do vencimento.
Sendo computado em dias, apenas os dias úteis (art. 219).
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-
-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. 
(grifei)
Suspensão e Interrupção do Prazo
Quando se pensa nos prazos processuais, é muito importante ter clara a distin-
ção entre suspensão e interrupção.
Na suspensão, o prazo é paralisado por um determinado tempo, voltando a 
correr do ponto em que parou.
No caso da interrupção, há o retorno do prazo à estaca zero, começando a 
correr do início.
A regra é que os prazos não se suspendem depois de iniciada a contagem, exce-
to nas hipóteses arroladas no art. 313, I a VIII, do CPC, ou se ocorrer algum fato 
que impeça a parte de se manifestar, como, por exemplo, uma greve que paralise 
as atividades forenses.
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Art. 313. Suspende-se o processo:
I – pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador;
II – pela convenção das partes;
III – pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV – pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V – quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexis-
tência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção 
de certa prova, requisitada a outro juízo;
VI – por motivo de força maior;
VII – quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação 
de competência do Tribunal Marítimo;
VIII – nos demais casos que este Código regula.
IX – pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo pro-
cesso constituir a única patrona da causa; (Incluído pela Lei n. 13.363, de 2016)
X – quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa 
e tornar-se pai.
Em relação à interrupção de prazo, são basicamente duas as causas interruptivas:
•	 requerimento de desmembramento do processo feito pelo réu, devido à exis-
tência de litisconsórcio multitudinário;
•	 embargos de declaração.
Benefícios de Prazo
Art. 180, caput – confere prazo processual em dobro para o Ministério Público.
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, 
que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
Art. 183 – prazo em dobro para a Fazenda Pública (abrange todas as pessoas 
jurídicas de direito público: União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autar-
quias e fundações públicas).
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Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas au-
tarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Art. 186 – prazo em dobro para a Defensoria Pública.
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifes-
tações processuais.
O Ministério Público tem o prazo em dobro em todos os processos, seja nos que 
atua na condição de parte, seja nos que é fiscal da lei.
Prazo para Litisconsortes com Advogados Diferentes
Já vimos isso, mas não custa lembrar: quando os litisconsortes tiverem ad-
vogados diferentes, todos os prazos legais serão contados em dobro: para 
contestar, recorrer, contrarrazoar e falar nos autos em geral.
Mas isso só se aplica se os procuradores forem diferentes e não pertençam ao 
mesmo escritório de advocacia (art. 229).
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de ad-
vocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, 
em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
O dobro do prazo não se aplica aos processos eletrônicos (art. 229, § 2º).
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autoseletrônicos.
Se acontecer, em um litisconsórcio, de os litisconsortes terem, cada um, vários 
advogados, o prazo será simples se houver um dos advogados for procurador de 
todos os litisconsortes.
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Em relação ao litisconsórcio e prazo para contestação, surge uma questão 
bem polêmica: qual é o prazo para apresentar contestação, já que no mo-
mento da citação ainda não é possível saber se os litisconsortes contrata-
rão os mesmos advogados ou advogados diferentes?
O entendimento majoritário é no sentido de que, havendo dois ou mais réus, 
mesmo que um deles fique revel, o outro terá prazo em dobro para contestar, 
pelo fato de não ser possível, naquele ponto em que o processo estava, saber qual 
dos réus contrataria advogado ou se esse advogado seria o mesmo para todos.
A dobra do prazo é automática, não sendo necessário sequer requerer ao juiz. Se os 
advogados forem distintos, os prazos permanecem em dobro até o final do processo.
Súmula n. 641 do STF: “Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só 
um dos litisconsortes haja sucumbido”.
Juizados Especiais Cíveis e Contagem de prazo
O entendimento que predomina é de que o art. 229 do CPC não se aplica 
aos Juizados Especiais Cíveis. A razão da inaplicabilidade é que o prazo em 
dobro não condiz com a celeridade que a lei exige dos procedimentos nos 
juizados especiais.
Outra questão interessante é relacionada à possibilidade de aplicação cumu-
lativa das causas de dobra do prazo.
Por exemplo: se estiverem presentes as hipóteses previstas nos artigos 183 e 
229, como será contado o prazo? Em quádruplo?
Não. O juiz só aplicará uma das causas, ficando o prazo duplicado.
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Contagem de Prazo para Beneficiários da Justiça Gratuita
A regra é que não há prazo especial só pelo fato de a parte ser beneficiária da 
justiça gratuita. No entanto, se for patrocinada pela Defensoria Pública ou pela Procu-
radoria do Estado, passam a ter todos os prazos em dobro. O mesmo em relação aos 
Centros Acadêmicos das Universidades Públicas que prestam assistência judiciária.
Já no caso de advogados particulares, que prestam serviço de assistência judi-
ciária, não há benefício do prazo em dobro.
Preclusão
Trata-se da perda de uma faculdade processual por não ter sido exercida 
dentro do prazo devido (preclusão temporal), por conta de incompatibilidade com 
um ato anteriormente praticado (preclusão lógica) ou pelo fato de que tal faculdade 
já foi exercida anteriormente (preclusão consumativa).
Preclusão Temporal
Haverá preclusão temporal quando se tratar de prazos próprios, que são aqueles 
que, quando desrespeitados, levam à perda da faculdade de praticar o ato processual. 
Assim, no caso de recurso ou contestação, a omissão implica a preclusão temporal.
Preclusão Consumativa
Ocorre quando não é mais possível “refazer” um ato que já foi praticado.
Imagine que o réu já tenha apresentado sua contestação, antes do fim do prazo 
para tal, e queira apresentar novos argumentos, antes do 15º dia. Não será possí-
vel, pois ocorreu a preclusão consumativa. Poderá oferecer novo recurso ou novos 
argumentos ao primeiro.
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Preclusão “pro judicato”
Apesar de serem impróprios os prazos do juiz, é necessário que até esses se 
subordinem à preclusão, pois o processo precisa ser concluído.
No caso da preclusão “pro judicato”, trata-se da impossibilidade de o juiz decidir 
novamente aquilo que já foi examinado.
Não há a perda da faculdade processual, mas vedação à prolação de decisões 
distintas e incompatíveis com as já proferidas.
Apenas algumas decisões que se sujeitam à preclusão pro judicato.
Assim, é vedado ao juiz voltar atrás nas decisões que:
•	 deferem a produção de provas;
•	 concedem medidas de urgência;
• decidem matérias que não são de ordem pública, como as referentes a 
nulidades relativas.
Entretanto, mesmo nos casos anteriores, o juiz poderá alterar sua decisão 
se surgirem fatos novos que o justifiquem. Além disso, se foi interposto recurso 
de agravo de instrumento contra a decisão, o juiz poderá fazer o juízo de retrata-
ção, enquanto o recurso não for julgado.
Existem ainda outras decisões que não se sujeitam à preclusão pro judicato:
•	 as que examinam matéria de ordem pública, como falta de condições da 
ação e pressupostos processuais, requisitos de admissibilidade dos recursos;
•	 indeferimento de provas, pois o juiz pode, a qualquer tempo, voltar atrás e 
determinar a produção de todas as provas que levem ao seu convencimento.
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Nulidades
Caro(a) aluno(a), dou início a esse tópico fazendo um alerta: não podemos 
confundir o sistema de nulidades do processo com aqueles atos nulos e anuláveis, 
estudados no direito material.
As nulidades do Direito Civil não são as mesmas do processo civil.
Pois bem, para que a compreensão seja simples, basta ter sempre em mente 
que o processo civil é um instrumento destinado a tornar efetivos os direitos ma-
teriais. O processo se materializa por meio de um procedimento, que pode ter uma 
existência bem longa.
Quando a lei estabelece determinada forma para um ato processual, ou um pra-
zo para que seja praticado, ou ainda o lugar para sua prática, tais regras devem ser 
observadas. Constatada a inobservância à previsão legal, é necessário verificar se 
os vícios do ato impediram ou não que ele atingisse seus fins.
Essa verificação é importante, pois os vícios que atingem o ato processual se 
classificam em três categorias:
•	 meras irregularidades;
•	 nulidades – relativas ou absolutas;
•	 ineficácia.
Vamos, então, analisar cada uma dessas categorias.
Atos meramente Irregulares
São aqueles nos quais se verifica a inobservância a uma formalidade que não 
é indispensável para sua validade. É o que ocorre, por exemplo, quando o ato 
apresenta rasuras, mas essas não põem em dúvida a autenticidade.
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Prof.ª Lisiane Brito 
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Nulidades Processuais
Aqui, temos uma situação diferente. O ato foi praticado sem a observância de 
um requisito de validade. A diferença da nulidade para a mera irregularidade é 
que esta não gera consequências graves.
Mas, se no curso do processo o juiz se deparar com uma nulidade, deverá determi-
nar que o ato processual seja corrigido e que os atos a ele relacionados sejam refeitos.
Mesmo depois que o processo estiver encerrado, ainda haverá possibilidade de, 
pela via da ação rescisória, serem arguidas as nulidades. Mas, se o prazo para 
a propositura da ação rescisória expirar, a nulidade será sanada.
No caso da ineficácia, não haverá sanatória pelo decurso do tempo, pois ela 
pode ser arguida a qualquer tempo.
Então, se o ato for nulo, ele irá produzir seus efeitos e consequências proces-
suais, até o momento em que o juiz declarar a nulidade.
Apenas os atos do juiz e dos seus auxiliares podem ser qualificados de nulos.
Atos das partes não são propriamente nulos. O que acontece é que, se eles não 
preencherem os requisitos legais, não irão produzir os devidos efeitos.
Veja: se o réu apresenta uma contestação, sem observância dos requisitos legais, o juiz 
não vai declarar nula essa contestação. Vai considerar que ela não foi apresentada e, 
por isso, não serão produzidos os efeitos esperados. Teremos um ato ineficaz.
Embora a lei não traga um rol das hipóteses de nulidade, o Código de Processo Civil diz, 
genericamente, que são nulos os atos que não respeitam determinado requisito legal.
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Hipóteses de Nulidades
•	 Decisões prolatadas por juízes impedidos ou por juízos absolutamente incom-
petentes.
•	 Falta de intervenção do Ministério Público, quando obrigatória.
•	 Citação realizada sem obediência às formalidades legais.
•	 Sentença que não observe a forma prescrita em lei.
Nulidades Absolutas ou Relativas
Nos dois casos ocorre o desrespeito à forma prescrita em lei. O que as diferen-
cia é o fato de que, na nulidade absoluta, a observância da forma vem atender ao 
interesse público, enquanto na nulidade relativa o interesse é das partes.
Por essa razão, a nulidade absoluta poderá ser decretada de ofício pelo juiz, ao 
passo que a relativa precisa ser arguida pelo interessado.
Além disso, a nulidade absoluta não se sujeita à preclusão e pode ser arguida 
a qualquer tempo do processo, exceto nos recursos especial ou extraordinário 
(exigem prequestionamento) ou após o processo, mediante ação rescisória.
A nulidade relativa preclui e, por isso, deve ser alegada na primeira oportunida-
de que o interessado tiver.
Embora a regra seja que a nulidade absoluta possa ser arguida por qualquer 
dos sujeitos do processo, mesmo por quem não tenha sofrido nenhum prejuízo, 
podendo ainda ser conhecida de ofício, há casos excepcionais em que só poderá 
ser alegada por quem sofreu prejuízo. É o que ocorre com a falta de intervenção 
do Ministério Público, quando atua como auxiliar da parte, ou falta de intervenção 
do curador especial, quando atua em favor de um dos litigantes. Nesses casos, 
somente poderá ser alegada a nulidade absoluta se a parte em favor da qual o MP 
ou o curador especial deveria intervir for vencida na ação. Se não tiver sofrido pre-
juízo, não há que se falar em nulidade.
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Caro(a) aluno(a), a distinção entre nulidade absoluta e relativa não é 
muito fácil de detectar, pelo fato de serem a jurisprudência e a doutrina que 
tratam desse tema.
Mas, para simplificar seu estudo, vamos entender da seguinte forma.
Quando a própria lei aponta a nulidade, essa será absoluta, em 99% dos 
casos. Já vimos, por exemplo, os atos praticados por juízo absolutamente incompe-
tente ou por juiz impedido; ausência de intervenção do MP ou do curador especial, 
quando necessária.
Como exemplos de nulidade relativa, posso citar os atos praticados por juiz 
suspeito ou a incompetência relativa do juízo.
Para que seja detectada a nulidade absoluta ou relativa, é necessário, primei-
ramente, que se faça a verificação da forma prevista em lei para o ato. Havendo 
vícios, deverá ser verificado se a norma violada é cogente, estabelecida em razão 
do interesse público, ou se é uma norma não cogente, estabelecida em vista do 
interesse das partes. No primeiro caso teremos nulidade absoluta e, na outra hipó-
tese, nulidade relativa.
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa aula.
Abordamos suficientemente todos os aspectos do ponto “Atos Processuais”.
Faça uma releitura cuidadosa do material, detendo-se nos dispositivos legais 
citados, a fim de fixar o conteúdo de forma definitiva.
Bom estudo e até a próxima aula!
Lisiane
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	Atos Processuais
	Introdução
	Ato Processual – Conceito
	Omissões Processualmente Relevantes
	Classificação dos Atos Processuais
	Forma dos Atos Processuais
	Requisitos dos Atos Processuais
	Publicidade dos Atos Processuais
	Requisitos Gerais quanto ao Lugar dos Atos
	Requisitos Gerais quanto ao Tempo dos Atos
	Férias Forenses
	Prazos Processuais
	Preclusão
	Preclusão Temporal
	Preclusão Consumativa
	Preclusão “pro judicato”
	Nulidades
	Atos meramente Irregulares
	Nulidades Processuais
	Nulidades Absolutas ou Relativas

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