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síndrome hipertensiva especifica da gestação 2

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FACULDADE ESTÁCIO DE MACAPÁ 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
MARIA DE DEUS PEREIRA DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ 
2021 
2 
 
 
MARIA DE DEUS PERREIRA DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO 
 
Seminário apresentado ao curso de enfermagem da 
faculdade Estácio de Macapá como atividade 
avaliativa para conclusão da disciplina de Estágio 
Supervisionado em Saúde da Mulher. 
Professora: Glenda Priscila do Couto Barroso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ 
2021 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 
2. ETIOLOGIA ........................................................................................................................ 6 
3. CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................. 8 
4. DIAGNÓSTICO MÉDICO ............................................................................................... 10 
5. TRATAMENTO ................................................................................................................ 11 
6. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ...................... 14 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 19 
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) é a complicação mais 
frequente na gestação que acarreta num aumento dos níveis pressóricos da gestante, 
previamente normotensa, e constitui a primeira causa de mortalidade materna no 
ciclo gravídico puerperal, e dependendo da forma como se apresenta pode causar 
alterações renais, cardiovasculares, hepáticas, cerebrais, sanguíneas, 
hidroeletrolíticas, no sistema renina-angiotensina-aldosterona e uteroplacentária. 
Esta condição parece ser preditiva do desenvolvimento posterior de hipertensão essencial e 
tende a recorrer em gestações subsequentes (BRINGMANN, 2004). 
Segundo Sousa e colaboradores (2013), por vezes as grávidas não apresentam 
qualquer sintomatologia de hipertensão arterial (HTA) associado, porém, deve-se ter em 
atenção que a ausência de sintomas pode levar a grávida a uma complicação no momento do 
parto, evoluindo para uma pré-eclâmpsia ou eclampsia. Contudo, a DHEG traz consigo 
várias manifestações clínicas que são primordiais para diagnosticá-la, entre elas 
podemos citar: 
• Aumento da pressão arterial: É o sinal mais frequente (100%) e o mais 
marcante. Consideram-se como limite da normalidade os valores de 140 a 90 
mmHg, respectivamente, para as pressões sistólica e diastólica, entretanto para 
casos limítrofes, é necessário conhecer a pressão arterial anterior. 
• Edema: O edema afeta aproximadamente 85% das mulheres com pré-eclâmpsia. 
Pode surgir subitamente, e pode estar associado a uma rápida velocidade de 
ganho ponderal. Todas as mulheres sem edema, e com edema de início precoce 
ou tardio, possuem uma incidência semelhante de hipertensão. Vários fatores 
têm sido invocados para explicar o edema no decurso de gestações 
aparentemente normais: fatores hormonais, queda de pressão osmótica do 
plasma, aumento da pressão capilar e venosa e da permeabilidade dos capilares. 
5 
 
Sob a influência isolada ou concomitante desses elementos, anota-se a retenção 
hídrica no espaço intersticial 
• Proteinúria: A proteinúria é indicada como a perda de proteínas pela urina, 
sendo um sinal laboratorial muito importante principalmente se aparece 
associada à hipertensão, podendo denotar casos de pré-eclâmpsia. Declara-se, 
geralmente, após o aparecimento da hipertensão. É achado comum na DHEG, 
mas, além das variações individuais, deve-se considerar a que ocorre na mesma 
grávida, nas diversas fases do dia (na dependência do vasoespasmo dos capilares 
glomerulares), tratando-se de proteinúria, e não de albuminúria, pois na urina 
aparecem outras proteínas além da albumina. A excreção renal de proteínas 
aumenta na gravidez normal, e a proteinúria só é considera anormal quando 
ultrapassa 300 mg em 24 h. A proteinúria geralmente é um sinal tardio nos 
distúrbios hipertensivos induzidos pela gravidez, e está associada a um aumento 
de risco de má evolução fetal. 
A grávida pode também apresentar cefaleia frontal, perturbação visual, náuseas, 
vómitos, hiperatividade reflexa, oliguria (eliminação urinaria diminuída), um nível elevado do 
hematocrito (devido á hemoconcentração e a hipovolemia), e dor epigástrica (Burroughs, 1995: 
328). 
Os dados do Ministério da Saúde mostram a hipertensão na gestação como a maior 
causa de morte materna no país, sendo responsável por cerca de 35% dos óbitos com uma taxa 
de 140 - 160 mortes maternas/100.000 nascidos vivos. Em relação à mortalidade perinatal, a 
taxa nacional é de 150/1000 partos, se forem considerados os diagnósticos de prematuridade, 
sofrimento fetal, crescimento fetal restrito, a hipertensão está assinalada como a maior causa 
dos óbitos fetais ou do recém-nascido. 
A hipertensão gestacional/pré-eclâmpsia grave é potencialmente a que apresenta pior 
prognóstico materno-fetal. Conceptos de mães com PE ou PE sobreposta têm maiores riscos 
de prematuridade, ocorrência de partos de fetos pequenos para a idade gestacional (PIG), 
necessidade de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, necessidade de suporte 
6 
 
ventilatório e maior incidência de mortalidade perinatal, quando comparados aos conceptos de 
mães normotensas (CUNNINGHAM et al., 2001). 
 
2. ETIOLOGIA 
 
Ainda são desconhecidas as causas específicas para o aparecimento da hipertensão na 
gravidez, assim sendo, é necessário identificar os fatores de risco que contribuem para o 
aparecimento da hipertensão arterial. 
➢ Idade materna: a incidência dessa condição é particularmente alta nas grávidas com 
menos de 17 e mais de 40 anos. As mulheres com mais de 40 anos têm incidência três 
vezes maior de hipertensão induzida pela gravidez, comparativamente com as grávidas 
de 20 a 30 anos. Sousa, et al (2009:51) ressaltam que, a idade avançada materna têm 
sido objeto de numerosos estudos, pois a idade materna avançada aumenta os riscos de 
morbilidade e mortalidade maternas ou fetais. As adolescentes correm maior risco de 
pré-eclâmpsia/eclampsia, restrição ao crescimento intra-uterino (RCIU) e desnutrição 
materna. As mulheres com 35 anos ou mais por ocasião do parto correm maior risco de 
hipertensão, diabetes e obesidade induzidos pela gravidez. O aumento do risco de parto 
cesáreo, pré-eclâmpsia e placenta prévia tem sido demonstrado entre as mulheres com 
idade materna avançada. 
➢ Primigesta: A maioria das mulheres que desenvolve hipertensão induzida pela 
gravidez encontra-se grávida pela primeira vez. A maior incidência da toxemia 
acontece nas primigestas, cuja parede abdominal é mais resistente que a das multíparas, 
quando o intervalo entre primeira e segunda gravidez é superior a 10 anos, o risco é 
similar outra vez ao de uma primigesta (Rezende, 2000:687). 
➢ Gravidez múltipla: A incidência da hipertensão induzida pela gravidez aumenta com 
o número de fetos, pois é pacífica a observação de que a DHEG é mais frequente nas 
gestações múltiplas (Branden, 2000:138). Segundo Melson, et al (2002:49), “as 
complicações maternas da gestação múltipla são acentuação do desconforto da 
7 
 
gravidez, anemia, hidrâmio, hipertensão induzida ou agravada pela gravidez, placenta 
prévia, pois a assistência a mulheres com gravidez múltipla que desenvolvem 
hipertensão, pode ser particularmente importante, e deve seguiras recomendações de 
tratamento”. 
➢ Patologias Associadas: Qualquer situação ou doença que predisponha ao mau 
funcionamento do endotélio vascular (diabetes, obesidade, hipertensão crónica, 
dislipidemia, vasculopatias) ou sistema de coagulação (síndrome antifosfolípido, 
doenças autoimunes e trombofilias) são fatores de risco para pré-eclâmpsia, a evolução 
é favorável na maioria dos casos de hipertensão essencial leve a moderada, mas há 
riscos de pré-eclâmpsia superajuntada e outras complicações, se doença renal, diabetes 
ou colagenose estiverem associadas (Roura, 2003:620). 
➢ Doença Trofoblástica Gestacional (DTG): Pode ser dividida em dois grupos: mola 
hidatiforme e neoplasia trofoblastica gestacional. A Síndrome Hipertensiva Especifica 
da Gravidez (SHEG) costuma aparecer antes da 20ª semana de gestação, caso esteja 
associada á DTG, pois numerosas publicações referem a ocorrência maior e mais 
precoce da DHEG, na vigência da mola hidatiforme primeira metade da gestão 
observações pessoais, nos casos de mola hidatiforme, a incidência da DHEG, em 
primigesta, atinge a cifra de 30%” (Branden, 2000:135). 
➢ Hereditariedade: quanto à hereditariedade, há uma tendência familiar de incidência 
de pré-eclâmpsia, cerca de quatro vezes maior em filhas de mães que apresentaram essa 
síndrome do que na população geral. Quando uma mulher sofre de pré-eclâmpsia, suas 
parentas próximas terão eclampsia durante uma primeira gravidez, diminuindo o risco 
na gravidez posterior, mas desde que as crianças sejam do mesmo pai (entra em ação 
um mecanismo de acomodação do organismo materno aos antígenos de origem paterna) 
(Sousa, et al; 2009:52). 
➢ Raça e Nível Socioeconómico: Essa predisposição pode ser devida a um único gene 
recessivo. O segundo grande fator parece ser a raça. As pacientes negras têm um risco 
superior de desenvolver pré-eclâmpsia. Bem como o nível socioeconômico e a 
influência genética, pelo que no momento não existe hipótese claras. Em relação ao 
8 
 
nível socioeconómico, de realçar que quanto mais baixo, maiores as deficiências 
nutricionais e mais precária a assistência durante o período pré-natal e quanto á raça, a 
incidência é mais elevada nas grávidas negras. Possuir bons hábitos alimentares deve 
fazer parte de estilos de vida saudáveis e é fundamental para qualquer mulher que pense 
engravidar. Mulheres com excesso de peso devem ser incentivadas antes da gravidez a 
perder peso, não só para facilitar a concepção, mas também devido ao aumento de 
complicações na gravidez (HTA, diabetes) entre outras Lavinha (2006:30). 
➢ Deficiência Dietética de Cálcio: a incidência da hipertensão induzida pela gravidez é 
menor quando a grávida recebe suplementos de cálcio. Nos países subdesenvolvidos, a 
população carece de importantes fatores nutricionais, pela existência de déficit crónicos 
de elementos essenciais no funcionamento normal endotelial, como o cálcio, ou 
numerosas enzimas que regulam a função endotelial e a coagulação. Esses défices nas 
mulheres, parecem ser fatores que poderão explicar as elevadas incidências de pré-
eclâmpsia. 
3. CLASSIFICAÇÃO 
 
Para Oliveira e colaboradores (2006) as síndromes hipertensivas que acometem a 
mulher grávida são habitualmente classificadas em: 
• Pré-eclâmpsia: é o termo dado ao desenvolvimento de hipertensão, com 
proteinúria (principalmente albumina) e/ou edema de mãos ou face (não 
fisiológico da gravidez), ocorrendo entre a 20ª semana de gestação e o final 
da 1ª semana pós-parto, sendo uma patologia predominantemente da 
primigesta. É uma doença inconstante em seu início, variável na sua 
manifestação, imprevisível na sua progressão e incurável, exceto pela 
interrupção terapêutica ou espontânea da gestação. Incide em 
aproximadamente 10% das gestantes, acarretando repercussões importantes 
na morbimortalidade materna e perinatal . A pré-eclâmpsia pode ser 
classificada em leve e grave: 
9 
 
– Pré-eclâmpsia leve: inicialmente caracterizado pelo aumento exagerado e 
subitâneo do peso (> ou = a 500 gramas por semana), seguido de edema 
generalizado, depois hipertensão e por fim proteinúria, sendo a hipertensão o 
sinal mais frequente e importante. O Consenso Brasileiro de Cardiopatia e 
Gravidez (2004), acrescenta que na pré-eclâmpsia leve a PA< 160x110mmHg 
e uma proteinúria < 2g/24h, com ou sem edema. 
– pré-eclâmpsia grave: é caracterizada quando um ou mais sintomas são 
encontrados: PA> ou = 160x110mmHg, confirmado em pelo menos duas 
tomadas, com intervalo de quatro horas; proteinúria de 5g ou mais em urina 
de 24h; oligúria ou diurese menor que 400ml por dia; cefaleia; dor epigástrica 
e transtornos visuais; cianose e edema pulmonar; dor no hipocôndrio direito; 
trombocitopenia ou plaquetas abaixo de 100.000/mm cúbicos; anemia 
hemolítica microangiopática decorrente da hemólise; icterícia e/ou elevação 
das enzimas hepáticas e crescimento intra-uterino retardado (KAHHALE; 
ZUGAIB, 2000). 
• Síndrome HELLP: são as iniciais usadas para descrever a condição de 
pacientes com pré-eclâmpsia grave que apresenta H – hemólise (fragmentação 
das células vermelhas do sangue na circulação), EL – níveis elevados de 
enzimas hepáticas, e LP – diminuição do número de plaquetas. Essa variação 
da pré-eclâmpsia, foi denominada por Louis Weinstein, em 1982. É uma doença 
identificada como um processo de anemia hemolítica microangiopática que 
pode acelerar e progredir para suas formas mais graves, caracterizadas por 
graus variados de coagulação intravascular disseminada (RUDGE; PERAÇOLI; 
CUNHA, 2000). A Síndrome HELLP, em 70% dos casos, ocorre anteriormente 
ao parto, sendo 15% entre 17-26 semanas e a quase totalidade antes de 36 
semanas. Os 30% restantes aparecem no pós-parto, e os sintomas típicos dessa 
síndrome são a cefaléia, dor epigástrica ou no quadrante superior direito do 
abdome, náuseas e vômitos, podendo a hipertensão estar ausente em 20% dos 
casos, ou ser leve em 30%. 
10 
 
• Pré-eclâmpsia superajuntada: é quando a pré-eclâmpsia se associa a 
hipertensão pré-existente à gestação, ocorrendo em 15 a 30% dos casos, 
aumentando o risco quando a gestante apresenta comprometimento renal. É um 
fato de fundamental importância, pois a pré-eclâmpsia se associa à hipertensão 
crônica em sua forma mais grave e em época mais precoce da gestação, quando 
o concepto ainda é imaturo, acarretando um desfecho mais sombrio para a mãe 
e seu feto. Faz-se o diagnóstico quando ocorre acréscimo na PAS de 30mmHg 
e na PAD de 15mmHg, juntamente com o aparecimento de proteinúria e edema 
generalizado. 
• Eclâmpsia: é a causa mais comum de convulsões associada com a hipertensão 
arterial e proteinúria na gravidez, sendo definida como a manifestação de 
convulsões e/ou coma não relacionados a outras condições cerebrais, durante o 
ciclo gravídico-puerperal, em pacientes com sinais e sintomas de pré-
eclâmpsia. Sua incidência varia de 1/100 a 1/3.500 gestações, onde as 
convulsões podem apresentar sinais premonitórios como cefaleia occipital forte 
e persistente, mudança de comportamento tanto para o lado da agitação como 
da obnubilação e torpor, distúrbios visuais como borramento da visão, 
escotomas, fotofobia, dor epigástrica ou no quadrante superior direito do 
abdome, náuseas e vômitos. A crise convulsiva pode desencadear-se durante a 
gestação (50% dos casos), no decorrer do parto (25%) ou do puerpério (25%). 
No pós-parto, após 72h, a crise convulsiva caracteriza a eclampsia tardia, onde 
pode haver o aparecimento de alterações respiratórias, taquicardia e 
hipertermia, além de lesões hepáticas, icterícia, anuria, hematúria e a 
hemoglobinúria. A eclâmpsia comatosa ou sem convulsão, é uma forma rara e 
gravíssima, na qual a paciente entra diretamente em coma, não sendo precedido 
de convulsão, ocorrendo extensas lesões hepáticas. 
4. DIAGNÓSTICO MÉDICO 
 
O diagnóstico é clínico e laboratorial. Deve-se avaliar a pressãoarterial, 
presença de edema generalizado (parede abdominal, pernas, face, região lombo-sacra 
e mãos), aumento de peso acima de 1000g por semana, proteinúria com valores iguais 
11 
 
ou maiores a 300mg de proteína na urina coletada durante 24h (CORLETA; KALIL, 
2004). 
Em pacientes examinadas desde a primeira metade da gestação, o diagnóstico 
é sugerido ao aparecer hipertensão após 24 semanas da prenhez. Existem alguns 
exames complementares valiosos (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). 
✓ Teste de hipertensão supina: permite, entre 28-32 semanas da prenhez, prever 
o aparecimento, mais tarde, da DHEG. Considera-se o exame positivo quando 
mudando-se a paciente do decúbito lateral para o dorsal a tensão diastólica 
eleva-se de no mínimo 20mmHg. 
✓ Exame do fundo-dos-olhos: traduz apenas o espasmo arteriolar. Nos casos 
mais graves há edema de pupila, exsudatos em “flocos de algodão”, 
hemorragias e edema sub-retiniano que pode levar ao deslocamento da retina. 
✓ Biopsia renal: autentica o diagnóstico ao documentar a lesão glomerular . 
✓ Doppler: a presença de incisura bilateral no início da diástole, após 20-24 
semanas de gravidez, associada à relação A/B média das artérias uterinas > 
2,6 é sinal indicativo de DHEG. 
O diagnóstico diferencial, em especial nas convulsões antes de 20 semanas ou 
após 48h de pós-parto, deve ser feito com AVCs (hemorrágico etc.), lesão expansiva 
do SNC (tumores etc.), doença hipertensiva, epilepsia, doenças metabólicas 
(hipoglicemia etc.), doenças infecciosas (meningite etc.) e púrpura trombocitopenica 
trombótica (RUDGE; PERAÇOLI; CUNHA, 2000). 
5. TRATAMENTO 
 
No tratamento deve-se levar em consideração a idade gestacional e a gravidade 
da DHEG, para que se escolha a conduta mais adequada. O tratamento definitivo da pré-
eclâmpsia consiste em interrupção da gravidez e prevenção das complicações maternas. Se não 
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tratada, a pré-eclâmpsia se associa a maior risco de morte fetal e neonatal. Em pacientes que 
progridem para pré-eclâmpsia grave ou eclampsia (convulsões), morte materna pode ocorrer, 
devido, principalmente, à hemorragia intracerebral (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). 
O tratamento de hipertensão arterial na gestação tem objetivos terapêuticos específicos. 
Os desfechos clínicos relevantes incluem sobrevida e bem-estar materno e fetal, 
desenvolvimento normal do processo do parto e prevenção de eclampsia, dentre outros 
(BRINGMANN, 2004). 
A terapêutica anti-hipertensiva tem como finalidade evitar complicações da hipertensão 
arterial como a hemorragia cerebral e retardar a retirada de concepto que ainda não se 
apresentou com peso e vitalidade satisfatória. O importante é reduzir os níveis tensionais com 
o cuidado para não permitir queda acentuada de PA, evitando que a pressão diastólica atinja 
valores abaixo de 90 mmHg, pois a redução de fluxo útero-placentário poderá levar ao 
sofrimento fetal (CORDOVIL, 2003). 
➢ METILDOPA É o medicamento mais usado para o tratamento da hipertensão na 
gravidez. Seu efeito hipotensor é devido à estimulação dos receptores alfa adrenérgicos 
inibidores de ação central. Doses iniciais 750 mg/dia usados em 3 vezes nas 24 horas, 
sendo a dose máxima 2g/dia. Não interfere com o débito cardíaco e reduz a resistência 
vascular. Os efeitos colaterais maternos mais comuns são hipotensão postural, sedação, 
boca seca, depressão. Devido a pouco efeito colateral e boa eficácia deve ser a droga 
de escolha no tratamento da hipertensão na gravidez. 
➢ CLONIDINA Também de ação central alfa-agonista é eficaz no tratamento de 
elevados níveis pressóricos na gravidez. A dose usual é de 100 a 300 mg/dia em duas 
tomadas diárias até 1000 mg/dia. Os resultados são semelhantes aos encontrados para 
a metildopa. 
➢ VERAPAMIL Antagonista de cálcio com pouca atuação na condução átrio-ventricular 
mostrou-se eficaz e de poucos efeitos colaterais. Tem ótima atuação principalmente 
quando associado à hidralazina evitando, portanto, os efeitos colaterais indesejáveis tais 
como taquicardia e palpitação. 
13 
 
➢ HIDRALAZINA É um vasodilatador arterial de ação eficaz na perfusão útero-
placentária. Efeito máximo em crises hipertensivas das gestantes, funcionando como 
droga de primeira escolha por via intravenosa nos casos de pré-eclâmpsia /eclampsia. 
Há efeitos colaterais como taquicardia, tremores, cefaleia, náuseas e vômitos, rubor 
facial. Deve ser evitada para uso em longo prazo por estimular o sistema 
reninaangiotensina – aldosterona levando a redução da perfusão renal. Doses: 5 mg IV 
em bolo e doses de 5 a 10 mg de 20/ 20 min até atingir níveis pressóricos satisfatórios. 
Quando for via oral, doses de 50 mg até 4 vezes ao dia. Pode ser associada a beta 
bloqueador, à metildopa ou Verapamil. 
➢ NIFEDÍPINA Antagonista dos canais de cálcio tem efeito vasodilatador importante 
tanto para tratamento de crise hipertensiva (sub-lingual) ou na hipertensão crônica, via 
oral, associada a beta bloqueador ou a Verapamil. Não existe relato de efeitos colaterais 
para o feto, seja com curto ou longo prazo de tratamento. Na mãe, os efeitos de cefaléia, 
rubor, taquicardia e fadiga podem ser encontrados. O uso concomitante de nifedipina 
com sulfato de magnésio pode potencializar o bloqueio neuromuscular e o efeito anti-
hipertensivo. 
➢ BETA-BLOQUEADORES Os estudos iniciais com o uso de propranolol mostraram 
efeitos colaterais indesejáveis e alguns até com certa gravidade: sofrimento fetal, 
redução de frequência cardíaca fetal, depressão respiratória, crescimento intrauterino 
retardado e hipoglicemia neonatal. Os estudos mais recentes com uso de bloqueadores 
seletivos como o Pindolol mostraram eficácia sem efeitos colaterais indesejáveis, nas 
doses preconizadas: Pindolol 5 mg de 12/12h até 20 mg/dia. O Atenolol 100 mg/dia e 
o Labetolol/agonista alfa1 seletivo e Beta não seletivo /300mg ao dia. 
➢ AMLODIPINA Estudos mais recentes mostram resultados satisfatórios, porém o efeito 
colateral do edema de membros inferiores que pode surgir em 30% dos casos, pode 
interferir no diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia. 
➢ INIBIDORES DAS ENZIMAS DE CONVERSÃO DA ANGIOTENSINA Este grupo 
de drogas como também os antagonistas dos receptores AT1 da Angiotensina estão 
14 
 
formalmente contraindicados para uso na gravidez face a redução de fluxo 
uteroplacentário e de ocorrências fetais como a insuficiência renal e óbito intra-uterino. 
➢ NITROPRUSSIATO DE SÓDIO Tem ação potente e fugaz. É usado por via venosa 
com controle gota a gota de acordo com a regulação dos viveis tensionais. Provoca 
alteração do fluxo placentário e intoxicação por cianeto no feto. Deve ser evitado em 
gestante com feto vivo. 
➢ DIAZÓXIDO Tem ação direta sobre o músculo liso arteriolar. Em doses mais elevadas 
pode levar ao sofrimento fetal e até ao óbito. Doses: 30 mg IV em bolo, repetir a cada 
20 minutos em doses de 30 a 60 mg até atingir níveis satisfatórios e manter. 
➢ SULFATO DE MAGNÉSIO Tem ação hipotensora e anticonvulsivante usado como 
primeira droga nos casos de eclampsia. Tem excreção exclusivamente renal. Alguns 
benefícios que a droga fornece tais como: 
- Aumento da produção de prostaciclinas pelas células endoteliais. 
- Redução da agregação plaquetária 
- Aumento do fluxo sanguíneo uterino e renal. E alguns efeitos indesejáveis tais como: 
Diminuição da variabilidade dos batimentos cardíacos fetais. Aumento da perda 
sanguínea no pós-parto. Diminuição da atividade uterina. Este mesmo autor sugere 
esquema de aplicação na eclampsia: Sulfato de magnésio a 50%, 6 g IV lento seguido 
de 2 g/h em bomba infusora. Se houver depressão respiratória ou redução dos reflexos 
tendinosos, a aplicação de gluconato de cálcio a 10% (10ml IV lentamente) deve ser 
utilizado. 
 6. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) 
 
Os enfermeiros desempenham um papel de extrema importância no cuidado à grávida 
hipertensa quer a nível primário (noscentros de saúde ou no domicílio), quer a nível secundário 
ou terciário (no meio hospitalar). Logo é imprescindível a atuação do enfermeiro e de 
15 
 
preferência a sua integração nas equipas multidisciplinares, constituídas para a prestação dos 
cuidados ou tratamentos à doença hipertensiva específica da gravidez. Os cuidados de 
enfermagem devem ser prescritos pela enfermeira responsável pela grávida, após avaliar e 
traçar suas metas e prioridades, e devem ser executados por sua equipe de auxiliares. É 
importante que a enfermeira esteja atenta a todos os acontecimentos com a grávida (Santos, 
2004:154). 
Os distúrbios hipertensivos da gravidez podem ocorrer sem aviso ou com um 
desenvolvimento insidioso dos sintomas, assim o objetivo dos cuidados de enfermagem passa 
pela detecção precoce da doença de modo a prevenir as sequelas catastróficas para a mãe e para 
o feto. Portanto, na primeira consulta vigilância pré-natal, é efetuada a cada mulher uma 
avaliação inicial para detecção de eventuais fatores de risco. Em cada consulta subsequente a 
mulher é avaliada quanto a sinais e sintomas que sugiram o aparecimento ou a presença de pré-
eclâmpsia. 
Os cuidados de enfermagem começam com a prestação de cuidados às grávidas 
hipertensas primeiramente orientando e estimulando para mudanças, por exemplo o estilo de 
vidas (hábitos alimentares, sedentários, consumo de substâncias tóxicas como o álcool e tabaco, 
entre outros aspectos) e depois determinar os fatores predisponentes para o desenvolvimento 
da hipertensão. São medidas simples, mas necessárias para o controlo da hipertensão na 
gravidez, da mesma forma que, o reforço dessas orientações para o autocuidado e plano de 
cuidados, deverá ser feito com base no processo de enfermagem (entrevista, diagnóstico, 
planeamento, implementação e avaliação). 
Para a garantia de um adequado cuidado de enfermagem á grávida hipertensa, a 
realização de uma avaliação física e uma anamnese cuidadosa, bem como exames laboratoriais 
e imagiologia devem ser sempre solicitados, além de uma monitorização contínua e rigorosa 
do feto, para que o enfermeiro esteja ciente das verdadeiras condições de todos os sistemas 
orgânicos da grávida e do desenvolvimento do feto e reunir assim informações necessárias, 
ficando a saber quando e como cuidar da grávida hipertensa. 
ANAMNESE: 
16 
 
 Segundo Santos (2004:81) a avaliação pré-natal nada mais é do que o exame clínico, a 
anamnese, um dos métodos de coleta de dados mais comum na enfermagem. O enfermeiro tem 
um papel importante na anamnese. Realiza a visita de enfermagem, ou a primeira de 
enfermagem, coletando dados subjetivos e objetivos relativos ao estado geral da grávida e á 
gravidez. A enfermeira dá início ao processo de avaliação completando e/ou revisando o registo 
médico da mulher tanto na internação quanto no ambulatório. Revisa-se a história clínica 
pessoal, especialmente a presença de diabete melito, de doença renal e de hipertensão. A 
história familiar é explorada em virtude da ocorrência de condições pré-eclâmpsia ou 
hipertensivas, de diabete melito e de outras condições crónicas. A história social e de 
experiências prévias proporcionam informações sobre o estado conjugal, o estado nutricional, 
as crenças culturais, o nível de atividades e os hábitos pouco sadios, como o fumo, o álcool e 
o consumo de drogas ilícitas. 
Deve-se fazer uma recolha de informações muito precisa, a fim de obter dados 
concretos, caso houver modificações na linha basal da pressão sanguínea, o ganho anormal de 
peso, o padrão do ganho de peso, os sinais de aumento do edema e a presença de proteinúria. 
Também é importante observar a mulher em relação á presença de cefaleias frequentemente, 
intensas, incomuns, aos distúrbios visuais, ou á dor epigástrica (Lowdermilk, Perry e Bobak. 
2002:654). 
EXAME FÍSICO: 
 Além da anamnese, o exame físico e os exames laboratoriais fazem parte da rotina do 
pré-natal. É importante associar as consultas aos exames para garantir á grávida segurança, 
confiança e bem-estar durante toda a gravidez, quanto á sua saúde e á saúde do seu bebé. A 
realização de uma avaliação física cuidadosa é importante para saber as verdadeiras condições 
de todos os sistemas orgânicos da grávida, além de uma monitorização contínua e rigorosa do 
feto. A monitorização do batimento cardíaco fetal deve ser avaliada para saber se tem alterações 
da perfusão uteroplacentária e prevenir complicações materno-fetais como por exemplo, o 
descolamento da placenta. 
Para além da observação da hipertensão, a avaliação do edema justifica outras 
investigações quanto á distribuição, grau e depressão. Se não se observa edema periorbital e 
17 
 
facial, questiona-se a grávida quanto á sua presença. O edema pode ser descrito como de 
declive ou depressível. O edema de declive é o observado nas extremidades ou zonas mais “ 
inferiores” do corpo, onde é maior a pressão hidrostática. O edema depressível é o que mostra 
uma pequena depressão ou “cova” após a depressão de um dedo sobre uma área edemaciada. 
A depressão, que é causada pela deslocação dos líquidos para os tecidos adjacentes da zona 
pressionada, desaparece em cerca de 10 a 30 segundos (Lowdermilk e Perry, 2002:761). Ainda 
de acordo com os mesmos autores, os sintomas que refletem o envolvimento do sistema 
nervoso central e visual geralmente acompanham o edema facial. Embora não seja uma 
avaliação de rotina durante o período pré-natal, a avaliação do fundo do olho fornece dados 
valiosos. O seu achado inicial basal normal auxilia a diferenciação entre a doença preexistente 
e o novo processo de doença. 
Os reflexos tendinosos profundos (RTPs) são avaliados em virtude da suspeita de pré-
eclâmpsia. Avaliam-se o reflexo do bíceps, o patelar e o clono do tornozelo, e os achados são 
registados. A avaliação dos reflexos tendinosos profundos é especialmente importante se a 
mulher estiver sendo tratada com sulfato de magnésio, a sua ausência indica uma toxicidade 
precoce iminente de magnésio. Uma avaliação importante consiste em determinar o estado 
fetal. A perfusão uteroplacentária está diminuta nas mulheres com pré-eclâmpsia, colocando o 
feto em perigo. A frequência cardíaca fetal (FCF) é verificada quando á frequência basal, à 
variabilidade e às acelerações indicadores de um SNC fetal íntegro e oxigenado (Lowdermilk, 
Perry, e Bobak 2002:655). 
Deve-se ter em conta também sinais e sintomas (hipertensão, diminuição dos sons 
pulmonares e do débito urinário, cefaleia, dor epigástrica, convulsões etc.) que demostram 
agravamento do estado, e que pode ser um indicador de pré-eclâmpsia ou eclampsia, para além 
de fazer uma avaliação precisa e efetuar os registos, de comprometimento de algum sistema 
orgânico mais precisamente a nível hepático, pulmonar, renal, cardíaco, placentário e cerebral. 
Fazer uma avaliação precisa e rigorosa trará mais vantagem materno-fetais. 
Contudo, é de competência da enfermagem traçar meios de auxiliar na recuperação 
desta gestante e do bebê, isto é possível através da realização da SAE que irá compreender 
diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e resultados. Na tabela 1, pode-se 
18 
 
observar como funciona a SAE na prática clínica para assistência á gestante com síndrome 
hipertensiva específica da gestação. 
PROBLEMA DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM 
PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM 
RESULTADO 
Hipertensão arterial Risco de função 
cardiovascular 
prejudicada, 
relacionada a 
hipertensão arterial 
verificar PA 2X ao 
dia; orientar quanto 
ao uso da medicação 
anti-hipertensiva 
prescrita, orientar o 
consumo de dieta 
hipossódica. 
 
Cliente apresentará 
melhora da 
hipertensão arterial 
em 24h. 
Edema em MMII Volume de líquido 
excessivo 
relacionado a 
insuficiência renal, 
evidenciado por 
edema em MMII. 
Manter repouso no 
leito e decúbito 
elevado, garantir 
posição confortável eambiente favorável 
ao repouso, manter 
controle do balanço 
hídrico. 
Cliente apresentará 
melhora do edema 
em MMII em 24h. 
Oligúria Eliminação urinaria 
prejudicada 
relacionada a 
proteinúria 
evidenciado por 
diminuição do débito 
urinário. 
Mensurar débito 
urinário através de 
SVD, monitorar 
ingesta de líquidos, 
monitorar frequência 
urinaria incluindo 
cliente apresentará 
melhora da micção. 
19 
 
cor, odor e 
consistência. 
Edema abdominal Risco de função 
hepática prejudicada 
relacionada a 
complicações da 
DHEG. 
Monitorar resultados 
de exames 
laboratoriais (TGO, 
TGP e bilirrubina), 
identificar sinais de 
complicações 
hepáticas (dor no 
hipocôndrio direito, 
palidez e icterícia). 
Cliente apresentará 
redução do edema 
abdominal. 
Cefaleia Dor aguda 
relacionada a DHEG, 
evidenciado por 
relato verbal de dor. 
Controlar fatores 
ambientais, realizar 
avaliação da dor, 
local, início e 
intensidade, 
administrar 
analgésicos 
conforme prescrição, 
avaliar a resposta do 
paciente. 
Cliente apresentara 
ausência da dor de 
cabeça nas próximas 
horas. 
Tabela 1: aplicação da SAE em gestante com hipertensão gestacional. 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A realização deste seminário, proporcionou-me momentos de reflexão e conhecimento sobre o 
tema a Hipertensão Arterial na Gravidez, constituindo assim uma experiência bastante 
enriquecedora. A gravidez, bem como o parto, são eventos fisiológicos. No entanto promovem 
modificações físicas e psicológicas nas mulheres, requerendo cuidados por parte da família e 
dos profissionais de saúde, justificando a atenção para além de um útero gravídico. A 
20 
 
hipertensão arterial na gravidez é uma das patologias obstétricas mais comuns, por esse motivo 
merece uma atenção especial por parte dos profissionais da saúde ligados à área materno-
infantil. Considero importante realçar que, ao realizar este seminário, consegui alcançar os 
objetivos preconizados, agregando mais conhecimentos com base em fontes diversas, 
destacando a minha clara percepção sobre o desconhecimento da etiologia da hipertensão 
arterial na gravidez, o que nos consciencializa que ao atuar futuramente como profissional de 
saúde, na área de obstetrícia, devo procurar ter uma forte atuação no sentido de fornecer 
informações pertinentes sobre os fatores de risco predisponentes da hipertensão arterial na 
gravidez, para a gravida, família e comunidade, de modo a que, estes se tornem aliados na 
promoção e manutenção da saúde materno-fetal. 
Concluo assim que o enfermeiro é imprescindível na prestação de um cuidado mais 
particularizado, com o intuito de individualizar a assistência, visando a prevenção, a promoção 
e a recuperação da saúde das gravidas. Os cuidados de enfermagem são essenciais na medida 
em que são os enfermeiros que: tem o primeiro contacto com a gravida, fazem a anamnese 
detalhada, educação para saúde, o exame físico, para além de, requisitar exame que são 
considerados pertinentes para o diagnósticos precoce das patologias que podem surgir na 
gravidez, consequentemente acarretar risco materno-fetal. 
8. REFERÊNCIAS 
 
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