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Odontologia Legal

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Odontologia Legal
Exercício legal da Odontologia
Constituição Federal: ART 153, parágrafo 23: “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, observadas as condições de capacidade que a lei estabelece”
LEI N° 5.081 : Regula o exercício da Odontologia no Brasil
> ART 1: o exercício da odontologia no território nacional é regido pelo disposto na presente lei
> ART 2 : o exercício da odontologia no território nacional só é permitido ao CD habilitado por escola ou faculdade oficial ou reconhecida, após o registro do diploma na Diretoria do Ensino Superior, no Serviço Nacional de Fiscalização da Odontologia, na repartição sanitária estadual competente e inscrição no Conselho Regional de Odontologia sob cuja jurisdição se achar o local de sua atuação
> ART 3 : poderão exercer a Odontologia no território nacional os habilitados por escolas estrangeiras, após a revalidação do diploma e satisfeitas as demais exigências do artigo anterior
> ART 4 : é assegurado o direito ao exercício da Odontologia, com as restrições legais, ao diplomado nas condições mencionadas no decreto lei N°7.718, de 9 de julho de 1945, que regularmente se tenha habilitado para o exercício profissional, somente nos limites territoriais do Estado onde funcionou a escola ou faculdade que o diplomou.
ART 5 : é nula qualquer autorização administrativa a quem não for legalmente habilitado para o exercício da Odontologia
ART 6 : Compete ao cirurgião dentista: 1- praticar todos os atos pertinente a odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação; 2- prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia; 3- atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego; 4- proceder à perícia odonto legal em fôro cível, criminal, trabalhista e em sede administrativa; 5- aplicar anestesia local e troncular; 6- empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento; 7- manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, bem como aparelhos de raio x, para diagnóstico e aparelhagem de fisioterapia; 8- prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente; 9- utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça.
Exercício ilegal da profissão odontológica
-FALSO DENTISTA: Crime > código penal brasileiro, artigo 282; Infração Sanitária > lei 6437, 20/08/1977
-CHARLATANISMO (explorador da boa fé, trapaceiro)
-CURANDEIRISMO
-exercício ilegal é exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal, ou excedendo-lhes os limites. PENA: 6 meses a 2 anos (se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa)
Conselho Regional de Odontologia
É o órgão que fiscaliza o exercício profissional 
-delibera sobre inscrição e cancelamento dos profissionais registrados na forma da lei;
-fiscaliza o exercício da profissão;
-delibera sobre assuntos pertinentes a ética profissional, impondo a seus infratores as devidas penalidades;
-organiza o seu regimento interno, submetendo a aprovação do CFO;
-sugere ao CFO medidas necessárias a regularidade do serviço e a fiscalização;
-elege um delegado eleitor para a assembleia de eleição dos membros do CFO (um para cada estado)
-expede carteiras profissionais
-promove por todos os meios cabíveis o desenvolvimento técnico e moral da profissão e dos que a exerçam
-publica relatórios anuais dos seus trabalhos e relação dos profissionais registrados 
-exerce atos de jurisdição que por lei sejam concedidos
-designa um representante em cada município de sua jurisdição
-submete a aprovação do CFO o orçamento e as contas anuais
INSCRIÇÃO NO CONSELHO:
-PROVISÓRIA: recém formados, validade de 2 anos
-PRINCIPAL: exercício permanente na área e fora dela por até 90 dias (fora do estado deve fazer outra inscrição, pagando outra anuidade)
-SECUNDÁRIA: exercício além da área
-REMIDA: aos 70 anos sem penalidade por infração ética (não paga anuidade)
NÃO É FUNÇÃO DO CONSELHO:
-fiscalizar as condições internas em que se realizam os procedimentos (é função da vigilância sanitária)
-fiscalizar o exercício ilegal da profissão (é ação da polícia, crime previsto no código penal)
> o EXERCÍCIO LEGAL é quando o profissional exerce sua profissão obedecendo as legislações vigentes acerca da sua profissão
Estão obrigados ao registro no Conselho Federal e a inscrição nos Conselhos Regionais de Odontologia em cuja jurisdição estejam estabelecidos ou exerçam suas atividades:
A) os cirurgiões-dentistas
B) os técnicos em prótese dentária
C) os técnicos de saúde bucal
D) os auxiliares de saúde bucal
E) os auxiliares em prótese dentária
F) os especialistas, desde que assim se anunciem ou intitulem
G) as entidades prestadoras de assistência odontológica
H) os laboratórios de prótese dentária
I) os demais profissionais auxiliares com ocupações regulamentadas
J) as atividades que vierem a ser, sob qualquer forma, vinculadas aos Conselhos de Odontologia (ex: dentais)
-para se inscrever no Conselho, o indivíduo precisa ser diplomado por curso de odontologia reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (2 registros: idoneidade do título (poder público) + CFO)
-REGISTRO DO DIPLOMA: registro no conselho federal de odontologia, após o registro no MEC, para fiscalização do exercício profissional 
-A habilitação para o exercício de profissão regulamentada envolve dois aspectos: a HABILITAÇÃO PROFISSIONAL (obtida por meio de título conferido por Faculdade de Odontologia, Oficial ou Reconhecida, somente após conclusão curricular) e a HABILITAÇÃO LEGAL (que somente se completa após o cumprimento de requisitos de ordem administrativa específicos e claramente determinados)
-aquele que não estiver inscrito no CRO, sob cuja jurisdição se encontrar o seu local de atividade, incorre em situação delituosa “Exercício Ilegal da Odontologia”, por descumprimento de legislação Federal. Estando explícito o enquadramento legal caracterizando a possibilidade do Exercício da Odontologia, o que disto se distanciar tem enquadramento no CÓDIGO PENAL BRASILEIRO como “Exercício Ilegal da Arte Dentária” 
-se formou, foi atender, mas não tem inscrição no Conselho = exerção ilegal da profissão.
A REVALIDAÇÃO é necessária para:
-o estrangeiro formado no exterior que fixa residência no país para aqui exercer suas atividades
- o brasileiro, nato ou naturalizado, formado no exterior, que regressa ao país para exercer a sua atividade profissional
REGISTRO OBRIGATÓRIO:
-diplomados por instituições de ensino superior sediadas em países que ratificaram a Convenção Regional sobre o Reconhecimento de Estudos, Títulos e Diplomas de Ensino Superior na América Latina e Caribe
-diplomados por instituições de ensino superior de Portugal
O QUE PRECISA PARA EXERCER LEGALMENTE A ODONTOLOGIA?
-estar legalmente habilitado como CD por escola ou faculdade oficial ou reconhecida;
-registro do diploma no MEC;
-inscrição no CRO sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.
-ter colado grau há menos de 2 anos da data do pedido, desde que seja possuidor de uma declaração da instituição de ensino, firmada por autoridade competente da qual conste expressamente, por extenso: nome, nacionalidade, data e local do nascimento, número da cédula de identidade e data da colação de grau. (se a pessoa tentar se registrar um dia antes da colação de grau, não vai conseguir)
ART 6: ESTÁ OBRIGADO A REGISTRO E INSCRIÇÃO O CIRUGIÃO-DENTISTA NO DESEMPENHO: 
a) de sua atividade na condição de autônomo;
b) de cargo, função ou emprego público, civil ou militar, da administração direta ou indireta, de âmbito federal, estadual ou municipal, para cuja nomeação, designação,contratação, posse e exercício seja exigida ou necessária a condição de profissional de Odontologia;
c) do magistério, quando o exercício decorra de seu diploma de CD e;
d) de qualquer outra atividade, através de vínculo empregatício ou não, para cujo exercício seja indispensável a condição de CD ou de graduado de nível superior, desde que, neste caso, somente possua aquela qualificação
Documentação necessária para dar entrada na carteira provisória: 		
-certidão original ou cópia autenticada em cartório da colação de grau ou declaração de conclusão de curso contendo a data, com o dia, mês e ano em que ocorreu a colação de grau e os nomes por extenso.
-cópia da certidão de nascimento ou de casamento.
-cópia: RG, CPF, título de eleitor e doc.militar (p/ homem)- não serve cópia da carteira de habilitação
-cópia do comprovante de residência e profissional se houver (água, luz ou telefone)
-02 fotos 3x4 – iguais e recentes com fundo branco
Prazo previsto (registro): 30 dias, com 2 anos de validade
Documentação necessária para dar entrada na carteira PRINCIPAL direta- cd
-cópia do DIPLOMA frente e verso autenticado em cartório
-cópia da CERTIDÃO DE NASCIMENTO OU DE CASAMENTO
-cópia: RG, CPF, doc. Militar (p/ homem) – não serve cópia da carteira de habilitação
-CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL
-cópia do comprovante de residência e profissional se houver
- 2 fotos 3x4 – iguais e recentes
- prazo previsto p/ registro: de 30 a 90 dias.
-dar entrada pelo menos 180 dias antes do prazo de validade da provisória.
O CRO e a atuação do setor de fiscalização:
Os conselhos de fiscalização profissional exercem não apenas uma função repressiva/disciplinadora, mas também uma atividade preventiva/orientadora
Objetivos da fiscalização: supervisionar a ética profissional com ações de orientação, educação, saneadora, coercitiva e cerceadora, para cumprimento das normas legais da Odontologia, tanto na esfera pública como na privada, e também como objeto de prevenção de atos irregulares ou anômalos, que estejam em desacordo com as normas vigentes.
Compete ao Setor de Fiscalização do CRO-RJ, fiscalizar:
-CDs;
-TPD;
-TSB;
APD;
-ASB.
-Estágio curricular e não curricular dos acadêmicos de odontologia;
-Consultórios dentários;
-Clínicas dentárias ou qualquer empresa de prestação, promoção e/ou intermediação de serviços odontológicos de caráter público ou privado;
-Entidades filantrópicas que desenvolvam trabalhos em promoção de saúde bucal;
-Laboratórios de Prótese
-Dentais
O setor de fiscalização é composto por:
-1 conselheiro
-1 coordenador
-5 fiscais
Recentemente, houve uma descentralização dos fiscais ao redor do RJ
-TERMO DE IRREGULARIDADE (serve p infrações baixas, caso você “resolva” e comprove, seu caso é arquivado)
Evolução Histórica da Legislação Odontológica
Um importante passo foi a determinação do Decreto 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que regulamentou as profissões da Medicina, Odontologia, Veterinária, Farmácia, Obstetrícia e Enfermagem, fazendo-se o primeiro diploma legal regulamentador da profissão desde os tempos do Brasil colônia
Antigamente, podia se obter a inscrição no Conselho Regional como dentista prático, aquele que apresentasse a licença de Dentista prático expedida por órgão sanitário estadual dentro do prazo estabelecido no Decreto n° 23.540, de 4 de dezembro de 1933, desde que o licenciamento tenha sido requerido até 30 de junho de 1934.
-No dia 10 de dezembro de 1945, o Decreto-Lei 8345 dispôs sobre Habilitação para o Exercício Profissional.
-Em 17 de janeiro de 1951, houve a promulgação da Lei 1314, que disciplinou o exercício da Odontologia
-A criação dos Conselhos Federais e Regionais de Odontologia pela Lei 4324, de 14 de abril de 1964 foi responsável por alterações radicais no sistema de Fiscalização profissional e no conceito do exercício profissional da Odontologia.
-A Lei 5081, de 24 de agosto de 1966, que “”Regula o Exercício da Odontologia”, trouxe consolidação como profissão à Odontologia, estabelecendo a competência de atuação do CD 
A regulamentação da atividade do estagiário em odontologia
A atividade de estágio curricular, somente poderá ser realizada, na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob responsabilidade e coordenação direta da instituição de ensino na qual esteja o aluno matriculado.
O estágio de estudantes é regido atualmente pela Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008. A supervisão direta de estágio deve ser realizada por funcionário do quadro de pessoal da instituição em que ocorre o estágio, no mesmo local onde o estagiário executa suas atividades de aprendizado, assegurando seu acompanhamento sistemático., contínuo e permanente, de forma a orientá-lo adequadamente.
Os supervisores acadêmicos e de campo respondem à responsabilidades éticas e técnicas, tais como:
-avaliar conjuntamente a pertinência de abertura e encerramento do campo de estágio;
-acordar conjuntamente o início do estágio, a inserção do estudante no campo de estágio, bem como o número de estagiários por supervisor de campo, limitado ao número máximo estabelecido na Resolução;
-planejar conjuntamente as atividades inerentes ao estágio, estabelecer o cronograma de supervisão sistemática e presencial, que deverá constar no plano de estágio;
-verificar se o estudante estagiário está devidamente matriculado no semestre correspondente ao estagio curricular obrigatório; 
-realizar reuniões de orientação, bem como discutir e formular estratégias para resolver problemas e questões atinentes ao estágio;
-atestar/reconhecer as horas de estágio realizadas pelo estagiário, bem como emitir avaliação e nota.
Exercer a atividade de estagiário em qualquer estabelecimento, não conveniado a uma instituição de ensino, caracteriza Crime de Exercício Ilegal da Profissão Regulamentada conforme previsto no artigo 47, da Lei de Contravenções Penais e artigo 282 do Código Penal, que será apurada pela autoridade policial competente, mediante representação a esta ou ao Ministério Público.
Ética em odontologia, direitos e deveres
1. Relação profissional X profissional
2. Relação profissional X paciente
Relações éticas no exercício profissional
ÉTICA: é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade; é um dos mecanismos de regulação das relações sociais do homem que visa garantir a coesão social e harmonizar interesses individuais e coletivos.
É a relação entre o comportamento moral e as necessidades e interesses sociais
“É o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: 1- quero?, 2- devo, 3-posso?
Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve. – Mário Sérgio Cortella”
São ações humanas que vão decidir se algo é ético ou não, deve estar baseada em uma moral, fundamentada em regras e seguida por leis.
ÉTICA= responsabilidade social
> a odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano e da coletividade, sem discriminação de qualquer forma e pretexto.
>ART 3: o objetivo de toda a atenção odontológica é a saúde do ser humano. Caberá aos profissionais de odontologia, como integrantes da equipe de saúde, dirigir ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade de assistência à saúde, preservação da autonomia dos indivíduos, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
JURAMENTO DO CD:
“No momento em que sou admitido como Cirurgião Dentista, juro:
-consagrar minha vida a serviço da humanidade;
-ter para com os meus mestres respeito e gratidão
-exercer a minha profissão com dignidade e consciência
-ter a saúde do meu paciente como a minha maior preocupação
-respeitar os segredos que me forem confiados
-manter por todos os meiosao meu alcance, a honra e as nobres tradições da Odontologia
-considerar meus colegas como irmãos
-jamais permitir que preconceitos de religião, nacionalidade, raça, credo político ou situação social se interponham entre os meus deveres e meu paciente
-conservar o máximo de respeito pela vida humana
-nunca utilizar meus conhecimentos contra a lei dos homens
-faço este juramento para honra minha, solene e livremente
-juramento de Hipócrates
-juramento ético do cirurgião-dentista
Direitos:
>ART 8: a fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o CD, os profissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que exerçam atividades no âmbito da odontologia, devem cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e fundamento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhecimento e caracterizem possível infringência do presente Código e das normas que regulam o exercício da Odontologia
Deveres:
 
Relação profissional-paciente:
ART 11: CONSTITUI INFRAÇÃO ÉTICA:
1-discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;
2-aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política;
3-exagerar em diagnostico, prognostico ou terapêutica;
4-deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas do tratamento
5-executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado;
6-abandonar paciente, salvo por motivo justificável, circunstância em que serão conciliados os honorários e que deverá ser informado ao paciente ou ao seu responsável legal de necessidade da continuidade do tratamento;
7-deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de urgência, quando não haja outro cirurgião-dentista em condições de fazê-lo;
8-desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
9-adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva comprovação científica;
10-iniciar qualquer procedimento odontológico sem o consentimento prévio do paciente ou do seu responsável legal, exceto em casos de urgência ou emergência;
11-delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas da profissão do CD;
12-opor-se a prestar esclarecimentos e/ou fornecer relatórios sobre diagnósticos e terapêuticas, realizados no paciente, quando solicitados pelo mesmo, por seu represente legal ou nas formas previstas em lei;
13-executar procedimentos como técnico em prótese dentária, técnico em saúde bucal, auxiliar em prótese dentária, além daqueles discriminados na Lei que regulamenta a profissão e nas resoluções do Conselho Federal;
14-propor ou executar tratamento fora do âmbito da Odontologia.
-não discriminar
-não obter vantagem
-resguardar segredo
-esclarecer
-obter consentimento
-não abandonar
-não desrespeitar
-exercer a odontologia com responsabilidade
A relação profissional paciente é baseada em aspectos éticos, conduta clínica e parâmetros legais.
Relação profissional-equipe:
Deve sempre haver respeito, cooperação e lealdade.
PENAS DISCIPLINARES:
1) advertência confidencial, em aviso reservado;
2) censura confidencial, em aviso reservado;
3) censura pública, em publicação oficial;
4) suspensão do exercício profissional até 30 dias;
5) cassação do exercício profissional ad referendum do Conselho Federal.
ART 54: a alegação de ignorância ou a má compreensão dos preceitos deste Código não exime de penalidade o infrator.
Propaganda em odontologia
A comunicação e a divulgação em Odontologia obedecerão ao disposto no nosso Código de ética, em seu capítulo XVI quando aborda o que é ou não permitido em um ANÚNCIO, na PROPAGANDA e na PUBLICIDADE.
Os anúncios, a propaganda e a publicidade poderão ser feitos em qualquer meio de comunicação, desde que obedecidos os preceitos existentes em nosso Código. Art. 42
É vedado aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, auxiliares de prótese dentária, bem como aos laboratórios de prótese dentária fazerem anúncios, propagandas ou publicidade dirigida ao público em geral. A propaganda só pode ser direcionada aos profissionais dentistas.
No Art. 43, direcionado a comunicação e divulgação de anúncios, propagandas e publicidade para o CD, é especificada a obrigatoriedade de constar o nome e o número de inscrição da pessoa física ou jurídica, bem como o nome representativo da profissão de CD e também das demais profissões auxiliares regulamentadas. No caso de pessoas jurídicas, também o nome e o número de inscrição do responsável técnico.
Dependendo do lugar em que você esteja, a entrega de panfletos é proibida por conta da poluição proporcionada. Outdoor é permitido, assim como revistas.
*estar inscrito em uma ESPECIALIDADE significa que você é especialista e deve estar inscrito no CRO como especialista *
Poderão ainda constar na comunicação e divulgação: áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que precedidos do título da especialidade registrada no Conselho Regional ou qualificação profissional de clínico geral. Áreas de atuação são procedimentos pertinentes às especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal
A expressão “clínico geral”, pelos profissionais que exercem atividades pertinentes à Odontologia decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso de graduação ou em cursos de pós-graduação..
É permitido anunciar:
-as especialidades nas quais o CD esteja inscrito no Conselho Regional (no máximo duas);
-os títulos de formação acadêmica “stricto sensu” e do magistério relativos à profissão;
-endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, credenciamentos, atendimento domiciliar e hospitalar;
-logomarca e/ou logotipo.
-em 2019, foi permitido o registro de mais de 3 especialidades.
-atuação em magistério e convênios aceitos também é permitido.
-modalidades de pagamento não são permitidas em anúncio.
Possíveis infrações éticas que o CD possa vir cometer:
-fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens de antes e depois, com preços, serviços gratuitos, modalidades de pagamento, ou outras formas que impliquem comercialização da Odontologia ou contrarie o disposto neste Código;
-anunciar ou divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua, sem registro no Conselho Federal, ou que não sejam por ele reconhecidas;
-anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área da atuação, que não estejam devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não tenham seu registro validade pelos órgãos competentes;
-criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou ultrapassadas;
-dar consulta, diagnóstico, prescrição de tratamento ou divulgar resultados clínicos por meio de qualquer veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação de assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação da coletividade;
-divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique o paciente, a não ser com o seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal, desde que não sejam para fins de autopromoção ou benefício do profissional, ou da entidade prestadora de serviços odontológicos, observadas as demais previsões deste código;
-aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela, ou outros atos que caracterizem concorrência desleal ou aviltamento da profissão, especialmente a utilização da expressão “popular”
-expor ao público leigo artifícios de propaganda, com o intuito de granjear clientela, especialmente a utilização de imagens e/ou expressões antes, durante e depois, relativas a procedimentos odontológicos;
-participar de programas de comercialização coletiva oferecendo serviços nos veículos de comunicação
ART 5º: todos são iguais perante a lei; são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,assegurando o direito à indenização por dano moral.
A RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO-DENTISTA:
DE MEIO: deve-se usar da prudência e diligencia para atingir um resultado, sem que seja obriga-lo obtê-lo, não significando o insucesso o seu descumprimento.
DE RESULTADO: há obrigação na produção de um resultado, sendo menos importante a diligência demonstrada..
O Código de ética Odontológica, no inciso III, do Art 14, determina que é infração ética fazer referencia a casos clínicos identificáveis; exibir paciente, sal imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, a menos que o CD esteja no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais a autorização do paciente ou de seu responsável legal lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidades didático-acadêmicas.
O CD não deve expor os casos clínicos em qualquer meio de divulgação!
>atualmente, é autorizado a divulgação de selfies acompanhados de pacientes desde que com autorização prévia do paciente ou de seu responsável legal.
>é proibido imagens que permitam a identificação de equipamentos, instrumentais, materiais e tecidos biológicos.
>fica expressamente proibida a divulgação de vídeos ou imagens com conteúdo relativo ao transcurso ou realização de procedimentos, exceto em publicações cientificas.
O profissional inscrito poderá utilizar-se de meios de comunicação para conceder entrevistas ou palestras públicas sobre assuntos odontológicos de sua atribuição, com finalidade de esclarecimento e educação no interesse da coletividade, sem que haja autopromoção ou sensacionalismo, preservando sempre o decoro da profissão, sendo vedado anunciar neste ato o seu endereço profissional, endereço eletrônico e telefone.
ART 48: É VEDADO AO PROFISSIONAL INSCRITO:
I- realizar palestras em escolas, empresas ou quaisquer entidades que tenham como objetivo a divulgação de serviços profissionais e interesses particulares, diversos da orientação e educação social quanto aos assuntos odontológicos;
II- distribuir material publicitário e oferecer brindes, prêmios, benefícios ou vantagens ao público leiga, em palestras realizadas em escolas, empresas ou quaisquer entidades, com finalidade de angariar clientela ou aliciamento;
III- realizar diagnóstico ou procedimentos odontológicos em escolas, empresas ou outras entidades, em decorrência da prática descrita nos termos desta seção; e,
IV- aliciar pacientes, aproveitando-se do acesso às escolas, empresas e demais entidades.
Seção II: da publicação científica
ART 49.: CONSTITUI INFRAÇÃO ÉTICA:
I- aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome na coautoria de obra cientifica;
II- apresentar como seu, no todo ou em parte, material didático ou obra científica de outrem, ainda que não publicada;
III- publicar, sem autorização por escrito, elemento que identifique o paciente preservando a sua privacidade;
IV- utilizar-se, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, de dados, informações ou opiniões coletadas em partes publicadas ou não de sua obra;
V- divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente;
VI- falsear dados estatísticos ou deturpar a sua interpretação; e,
VII- publica pesquisa em animais e seres humanos sem submetê-la à avaliação prévia do comitê de ética e pesquisa em seres humanos e do comitê de ética e pesquisa em animais.
Responsabilidade civil e criminal
Com as reformas no CC, na CF e no CDC, o indivíduo conscientizou-se sobre seus direitos e deveres.
Antigamente os erros eram considerados como fatalidades, nos dias atuais são intoleráveis
EM CASO DE ERRO O PACIENTE TEM 3 CAMINHOS PARA BUSCAR SUA COMPENSAÇÃO. ELE PODE PLEITAR:
-punição ética do profissional no Conselho Regional de Odontologia;
-punição civil, no Ministério Público, oficializando denúncia à Promotoria da Saúde ou de Defesa das Vítimas. Esse tipo de ação pode resultar na compensação financeira, por meio de indenização por danos físicos e morais;
-punição criminal, registrando ocorrência na delegacia mais próxima da sua casa.
Pela lei 8078/90, o paciente é definido como um consumidor de serviços e o profissional, um prestador de serviços.
Assim, o CD pode assumir responsabilidades de ordem:
PENAL: por lesões corporais
CIVIL: por reparação de danos
ÉTICA: regulada pelo conselho de classe
ADMINISTRATIVA: regulada pelo conselho de classe
*sujeitos a sofrer as penalidades descritas no Código Penal, Código Civil e Código de Ética Odontológica.
RESPONSABILIDADE= obrigação do agente causador em recompor o que foi alterado 
CIVIL= relação dos cidadãos entre si
RESPONSABILIDADE CIVIL= reparação de danos, de pessoa para pessoa; é a obrigação que o agente tem de ressarcir e reparar os danos ou prejuízos causados injustamente à outro. Essa obrigação acarreta um ônus ao causador do dano na forma de indenização
CÓDIGO CIVIL:
1916: existência e comprovação de culpa do agente para que houvesse obrigação de indenizar
2002: elementos caracterizadores da obrigação de reparar, não havendo necessidade de comprovação de culpa.
Ato ilícito > contraria a lei, fugindo das determinações legais, sendo considerado um crime
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA:
1988: a garantia do direito à saúde tornou o cidadão mais participativo no meio social, buscando com mais fervor seus direitos (consequência: grande aumento de ações indenizatórias contra os profissionais de saúde)
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:
1990: considerou o CD como um fornecedor de serviços, desta forma, este Código acabou interferindo na relação entre dentista e paciente
*os processos éticos buscam o reparo do dano e penas disciplinares, os processos jurídicos buscam o reparo do dano e a indenização.
“ART. 1545: os médicos, cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e dentistas são obrigados a satisfazer o dano, sempre que a imprudência, negligência, ou imperícia, em atos profissionais, resultar morte, inabilitação de servir, ou ferimento”.
Pressupostos essenciais da responsabilidade civil:
Agente causador: representado por dentista legalmente habilitado ou aquele eu pratique charlatanismo
Ato ilícito: ação profissional caracterizada como crime
Culpa: ação do agente que, sem intenção de prejudicar, traga resultados lesivos, podendo ser classificada em levíssima, leve ou grave
Configurações da culpa: negligência, imprudência ou imperícia.
Dano: ato lesivo advindo de negligência, imprudência ou imperícia 
Nexo de causalidade: relaciona causa e efeito
Código de defesa do consumidor:
ART 14: o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I- que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II- a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro
A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
FORMAS DE ISENÇÃO DO DANO:
Excludentes de responsabilidade: “Alguns acontecimentos podem interromper a cadeia causal, desobrigando o agente do dever de indenizar” ou seja, tem coisas que independem do profissional.
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE:
-fato da vitima: ocorrerá culpa exclusiva da vítima quando esta decorrer de atos exclusivos seus, encontrando-se o profissional isento de qualquer responsabilidade.
-caso fortuito ou força maior: caso fortuito é a quebra da peça do equipamento, força maior é o dano em razão do equipamento ou sistema elétrico do consultório ser atingido por um raio.
-clausula de não indenizar ou cláusula de irresponsabilidade: especialidade que trata de obrigação de meio.
-renúncia: uma das partes abdica de seu direito de crédito, ou de indenização, por um dano causado pela outra.
-prescrição: a ação de indenização prescreve em vinte anos, e começaa contar da data em que vem a ser constatado o evento danoso.
Classificações e espécies da responsabilidade civil:
RESPONSABILIDADE OBJETIVA: não há necessidade de comprovação de culpa, sendo suficientes o dano e o nexo de causalidade
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: há necessidade de comprovação de culpa do agente, e este deve agir por vontade própria e consciente
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL: acordo mútuo entre profissional e paciente para se alcançar um resultado
RESPONSABILIDADE EXTRA CONTRATUAL: atendimento de emergência de CD que trabalhe em clinica particular ou como funcionário público
ART 129: ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
Pena: detenção, de três meses a um ano. Se a lesão é culposa, detenção de dois meses a um ano
ART. 12: Constitui infração ética:
VI- Receber ou cobrar honorários complementares de paciente atendido em instituições públicas
VIII- Agenciar, aliciar ou desviar por qualquer meio, paciente de instituição pública para clínica particular
ART. 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
ART 187: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes
ART 927: Aquele que, por ato ilícito (arts 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para o direito de outrem.
Elementos caracterizadores da responsabilidade civil:
-Conduta: pode ser negativa ou positiva
-Dano: pode ser patrimonial ou moral
-Nexo da causalidade: teoria da causalidade direta ou imediata (ART 403: Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual
-Culpa: voluntariedade, previsibilidade e violação do dever de cuidado
NOVO CÓDIGO CIVIL (NCC): estabelece a responsabilidade contratual.
“ART 951: O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho”
NEGLIGÊNCIA: é caracterizada pela ausência de precaução ou indiferença ao ato realizado, revela-se na omissão de conduta que o profissional médico deveria adotar e não adota.
De um modo geral, a negligência é retratada por um comportamento omissivo. O agente deixa de fazer alguma coisa que a prudência impõe e, por seu descuido, ocorre o resultado danoso, ou seja, deixa de fazer um ato profilático
Falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência. É frequentemente utilizado como sinônimo dos termos “descuido”, “desleixo”, “desmazelo” ou “preguiça”.
IMPRUDÊNCIA: consiste na pratica de um ato perigoso, praticando por seu autor com descuido. Age com imprudência aquele que não age com moderação. Ele realiza uma conduta que a cautela indica que não deve ser realizada, ou seja, incorre em culpa. Essa imprudência facilmente se transforma em má pratica quando leva o profissional a desprezar a dignidade do ser humano e a provocar-lhe danos graves.
É um comportamento de precipitação, de falta de cuidados.
IMPERÍCIA: é a falta de aptidão ou habilidade técnica para o exercício de arte ou profissão, que, no caso, era exigível do autor, e se revela na deficiência de conhecimentos técnicos da profissão e despreparo prático, que exponham a riscos aos pacientes. No caso, o CD, necessita de aptidão teórica e pratica para o exercício de suas atividades. Portanto, o dano causado a outrem pelo agente, pela ausência de conhecimento técnico ou de prática de ato grosseiro no desempenho de suas atividades, decorre de imperícia.
É a incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou cientifica, não levando o agente em consideração o que sabe ou deveria saber. Se revela pela ignorância, inexperiência ou inabilidade sobre a arte ou profissão que pratica.
É uma forma culposa, que gera responsabilidade civil e/ou criminal pelos danos causados.
Está referida no artigo 18, II, do código penal e nos artigos 617 e 951 do Código Civil.
A responsabilidade civil do cirurgião-dentista:
-A confiança do paciente pelo profissional era o que regia o exercício da profissão;
-Hoje em dia, com o marketing e o mercado de trabalho competitivo, a odontologia é vista como um produto de consumo, facilitando a exposição dos profissionais a processos judiciais;
-A odontologia, assim como outras profissões da saúde, está sujeita a resultados adversos, podendo levar ao dano;
-O profissional assume uma obrigação que pode ser de meio ou de resultado.
OBRIGAÇÃO DE MEIO # OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
DE MEIO: deve-se usar da prudência e diligencia para atingir um resultado, sem que seja obrigado obtê-lo, não significando o insucesso o seu descumprimento. Ex: clareamento dentário
DE RESULTADO: há obrigação na produção de um resultado, sendo menos importante a diligência demonstrada Ex: restauração classe 3, o paciente exige a remoção da cárie e uma resina da cor do dente
Tipos de processos
Partes do tramite do processo civil: o autor, o réu, os advogados, o juiz e os assistentes técnicos.
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PARA SE REALIZAR UMA DEFESA: 
-deverão ser juntados todos os documentos necessários à comprovação da boa atuação do profissional
-é um verdadeiro trabalho de parceria entre cliente e advogado
-visa-se o convencimento do juiz 
2ª AUDIÊNCIA: pode ser solicitada uma perícia, pelo profissional, pelo usuário ou pelo juíz
PERÍCIA:
-avalia a ocorrência de possíveis erros e da existência de nexo causal entre a atuação do profissional e o dano causado;
-nomeados quando solicitados por uma das partes;
-pessoal habilitado que analisa questões necessárias para o desfecho do processo;
-transmite sua opinião ao juiz..
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PERITO:
-imparcialidade;
-fidelidade na descrição do que tiver observado;
-redação de laudo simples e clara;
-não afirmar o que não puder provar cientificamente;
-não ultrapassar a esfera de suas atribuições;
-não sacrificar jamais os interesses da justiça
JUIZ:
-considera o dano, estabelece o nexo causal e avalia as circunstâncias do ato médico sem ter diversações;
-decisão depende do seu convencimento;
-usa o senso comum;
-estabelece um justo equilíbrio entre médicos, dentistas e pacientes.
REPARAÇÃO DO DANO:
-a indenização é sempre financeira.
-cálculo de difícil realização.
-busca-se com o ressarcimento dos prejuízos sofridos, o restabelecimento das condições da vítima anteriormente a lesão. 
No ato em que o CD aceita alguém como paciente, estabelece-se entre as duas partes um contrato de prestação de serviços, que deve ser entendido como obrigação de resultado ou obrigação de meio.
A de resultado é aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a produção de um resultado, enquanto na de meio, o devedor se obriga tão somente a usar de prudência e diligência normais na prestação de certos serviços para atingir um resultado, sem, contudo, se vincular a obtê-lo.
Havendo o dano e estando o CD sujeito a um processo na área cível, é hora de localizar a documentação do paciente que move a ação e contratar um bom advogado e um assistente técnico experiente na área da Odontologia Legal.
Quanto à documentação odontológica, as provas a serem apresentadas pelo profissional são pré-constituídas, ou seja, são produzidas oportunamente, ou não servirão para esse fim.
O profissional deve elaborar, ao longo do tempo, o prontuário do paciente. Do contrário, a ficha que apresenta em juízo, forjada no ato de defesa ou trazendo apenas anotações relativas aos custos e pagamentos, entremeadasde poucas e esparsas informações será irrelevante. 
Os erros odontológicos podem surgir em consequência de:
1- exame clínico superficial, com consequente erro de diagnóstico.
2-atendimento sob condições impróprias.
3-emprego de conduta inadequada ou técnicas incorretas.
4-prescrições erradas.
5-omissão de instrução necessária aos pacientes.
6-retardamento na transferência para outro especialista.
7-abandono do paciente e negligência pós-tratamento.
Prevenção da responsabilidade do CD pelos danos deles decorrentes:
-manter registros atualizados da evolução do tratamento, com assinatura de colegas de consultório do próprio paciente.
-registrar e informar com cuidado as condições individuais de determinado paciente, que possam ter alguma influência no resultado do tratamento.
-alertar o paciente dos riscos e esclarecer as técnicas e o procedimento
-evitar promessas de resultados estéticos.
Seguro de responsabilidade civil do CD:
É um contrato de natureza bilateral por gerar obrigações para o segurado e para o segurador, já que o segurador deverá pagar a indenização, se ocorrer o sinistro, e o segurado deverá continuar a pagar o premio, sob pena do seguro caducar.
Objetivo: proteger o profissional das ações judiciais de reparação do dano em que é condenado a pagar indenização a vitima..
 
PROCESSOS ÉTICOS EM ODONTOLOGIA:
-para punir uma falta ética, não pode ter ocorrido a sua prescrição, que se dá quando transcorridos 5 anos, após a pratica da infração
-é necessária a instauração do processo ético odontológico, no qual seja dado ao dentista o direito de defesa, possibilitando-o contradizer os fatos colhidos pela comissão de ética e expor suas razões. Caso não sejam respeitados os princípios da ampla defesa e do contraditório, estabelecidos na nossa Carta Constitucional, tornam-se nulos o processo e a penalidade imposta..
-temos, em primeiro lugar, o exame da infração ética pela Comissão de ética ou Câmara de Instrução, no Conselho competente para análise do caso.
-referida Comissão ou Câmara deve ser devidamente constituída por 3 conselheiros efetivos e suplentes, indicados pelo Presidente do Conselho, e assessorada pela Procuradoria Jurídica do respectivo Conselho

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