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Universidade Regional do Cariri Departamento de Enfermagem – Pólo Iguatu Professora: Ms. Karine Thiers SAÚDE AMBIENTAL Pirâmides ecológicas e ciclos biogeoquímicos Conceito Pirâmides ecológicas A representação piramidal dos níveis tróficos de diferentes organismos com base em sua posição ecológica (produtor até consumidor final) é denominada pirâmide ecológica. Pirâmide Ecológica refere-se a uma representação gráfica (piramidal) para mostrar o número de organismos, biomassa e produtividade em cada nível trófico. Consistindo de um número de barras horizontais representando esses níveis tróficos específicos. O comprimento de cada barra representa o número total de indivíduos ou biomassa ou energia em cada nível trófico de um ecossistema. As pirâmides ecológicas são de três categorias: pirâmide de Biomassa; pirâmide de Energia; e pirâmide dos Números. Conceito Pirâmides ecológicas Pirâmide de biomassa Pirâmides ecológicas Como o nome sugere, as pirâmides de biomassa mostram a quantidade de biomassa (matéria viva ou orgânica presente em um organismo) presente por unidade de área em cada nível trófico. A pirâmide de biomassa é geralmente determinada reunindo todos os organismos que ocupam cada nível trófico separadamente e medindo seu peso seco. Os ecossistemas encontrados em terra têm principalmente pirâmides de biomassa com uma base grande de produtores primários com menor nível trófico de biomassa no topo, pirâmides verticais da biomassa. Pirâmide de biomassa Pirâmides ecológicas Pirâmide de biomassa Pirâmides ecológicas Como o nome sugere, as pirâmides de biomassa mostram a quantidade de biomassa (matéria viva ou orgânica presente em um organismo) presente por unidade de área em cada nível trófico. A pirâmide de biomassa é geralmente determinada reunindo todos os organismos que ocupam cada nível trófico separadamente e medindo seu peso seco. Os ecossistemas encontrados em terra têm principalmente pirâmides de biomassa com uma base grande de produtores primários com menor nível trófico de biomassa no topo, pirâmides verticais da biomassa. Pirâmide de biomassa Pirâmides ecológicas Pirâmide de biomassa Pirâmides ecológicas Por outro lado, uma estrutura piramidal reversa é encontrada na maioria dos ecossistemas aquáticos. Aqui, a pirâmide de biomassa pode assumir um padrão invertido, chamada Pirâmide Invertida de Biomassa, com os produtores pequenos (fitoplâncton) fornecendo suporte à biomassa consumidora de grande peso, assumindo uma forma invertida. Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas É uma estrutura gráfica que representa o fluxo de energia através de cada nível trófico de uma cadeia alimentar sobre uma parte fixa do ambiente natural. Uma pirâmide de energia representa a quantidade de energia em cada nível trófico e a perda de energia em cada um é transferida para outro nível trófico. A pirâmide de energia, às vezes chamada de pirâmide trófica ou pirâmide ecológica, é útil para quantificar a transferência de energia de um organismo para outro ao longo da cadeia alimentar. Ou seja, é a pirâmide mais adequada para comparar os papéis funcionais dos níveis tróficos em um ecossistema. Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas A energia produzida por toda a biomassa dos autótrofos ou produtores é máxima. Enquanto para a biomassa equivalente, do próximo nível trófico, ou seja, consumidores primários, a geração de energia é menor que os produtores. Da mesma forma, os outros consumidores, como consumidores secundários e terciários, são comparativamente menores que seu nível mais baixo, respectivamente. O topo da pirâmide tem muito menos quantidade de energia gerada, pois precisa utilizar muita da energia absorvida no nível anterior para manutenção da sua homeostase. Assim, o fluxo de energia diminui à medida que se move pelos níveis tróficos, de baixo para cima, na pirâmide. Assim, a pirâmide de energia é sempre vertical. Pirâmides ecológicas Nosso ecossistema é mantido pela energia e pelos nutrientes do ciclo obtidos de diferentes fontes. Por exemplo, no primeiro nível trófico, os produtores primários usam energia solar para produzir material orgânico através da fotossíntese. Os herbívoros no segundo nível trófico usam as plantas como alimento, o que lhes dá energia. Uma grande parte dessa energia é usada para as funções metabólicas desses animais, como respirar, digerir alimentos, apoiar o crescimento dos tecidos, manter a circulação sanguínea e a temperatura do corpo. Os carnívoros no próximo nível trófico se alimentam dos herbívoros e derivam energia para seu sustento e crescimento. Se grandes predadores estão presentes, eles representam um nível trófico ainda mais alto e se alimentam de carnívoros para obter energia. Assim, as diferentes plantas e espécies animais estão ligadas entre si por meio de cadeias alimentares. Os decompositores, que incluem bactérias, fungos, vermes e insetos, decompõem resíduos e organismos mortos e devolvem os nutrientes ao solo, que é então absorvido pelos produtores. Assim, a energia não é reciclada durante a decomposição, mas é liberada. Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas Suponha que um ecossistema receba 1000 calorias de energia luminosa em um determinado dia. A maior parte da energia não é absorvida; alguns são refletidos no espaço; da energia absorvida apenas uma pequena parte é utilizada pelas plantas verdes, das quais a planta consome parte da respiração e das 1000 calorias; portanto, apenas 100 calorias são armazenadas como materiais ricos em energia. Agora, suponha que um animal, digamos um cervo, coma a planta que contém 100 calorias de energia alimentar. O cervo usa parte dele para o seu metabolismo e armazena apenas 10 calorias como energia alimentar. Um leão que come o cervo recebe uma quantidade ainda menor de energia. Assim, a energia utilizável diminui da luz solar para o produtor, para herbívoros e carnívoros. Portanto, a pirâmide de energia sempre estará na vertical. Pirâmide de energia Pirâmides ecológicas Ampliação biológica – a tendência de substâncias tóxicas aumentarem sua concentração progressivamente com níveis tróficos mais altos e que o conceito de pirâmide de energia ajuda a explicar esse fenômeno, pois como sempre o próximo nível trófico necessitará predar mais o nível trófico anterior para obter mais energia, consequentemente obtendo um maior acúmulo da substância tóxica. Pirâmides ecológicas É a representação gráfica do número de indivíduos por unidade de área de vários níveis tróficos. Um grande número de produtores tende a formar a base, enquanto um número menor de predadores ou carnívoros ocupam a ponta. A forma da pirâmide de números varia de ecossistema para ecossistema. Por exemplo, em um ecossistema aquático ou áreas de pastagem, autotróficos ou produtores estão presentes em grande número por unidade de área. Os produtores alimentam um número menor de herbívoros, que por sua vez alimentam menos carnívoros. Na pirâmide vertical de números, o número de indivíduos diminui do nível inferior para o nível superior, geralmente encontrada em ecossistemas de campos, lagos. O número de espécies diminui em direção aos níveis mais altos nessa estrutura piramidal. Na Pirâmide invertida de números, o número de indivíduos aumenta do nível mais baixo para o nível trófico mais alto, identificada, por exemplo, no ecossistema de árvores. Pirâmide de números Pirâmides ecológicas Limitações Pirâmides ecológicas Não considera que uma mesma espécie pode pertencer a dois ou mais níveis tróficos. Pressupõe uma cadeia alimentar simples, algo que raramente existe na natureza; não acomodando uma teia alimentar. Além disso, os saprófitos (plantas, fungos ou microorganismos que vivem na matéria em decomposição) não recebem lugar nas pirâmides ecológicas, mesmo que desempenhem um papelvital no ecossistema. Pirâmides ecológicas Com base no que foi apresentado em aula: O que são pirâmides ecológicas? Defina a pirâmide de biomassa, dê um exemplo. Defina a pirâmide de energia, dê um exemplo. Defina a pirâmide de números, dê um exemplo. Ciclos biogeoquímicos Para o constante provimento de fluxo energético, um fluxo contínuo e intrínseco de biomassa/matéria é necessário, cujos principais componentes são água, C, N, P, S; tudo intimamente ligado. Os compostos de carbono são as formas químicas em que a energia é armazenada, até a energia ser dissipada na forma de calor e o C liberado na forma de CO2. Esse CO2 pode então ser reciclado, para gerar um novo composto rico em energia, da mesma forma que os outros componentes essenciais da matéria incorporados aos compostos de C são reciclados, reforçando o conceito já mostrado de que a energia não se recicla, enquanto os nutrientes sim. Assim, os nutrientes estão sempre num ciclo biogeoquímico, em que apresentam-se na forma orgânica (compostos químicos energéticos e ativo-funcionais) e inorgânicos (CO2, PO4 2-, NO2 -). Ciclos biogeoquímicos Ciclos biogeoquímicos Os elementos dos ciclos podem vir de fontes de matéria inorgânica, dentre as principais são: o intemperismo de rochas e solos por lixiviação, congelamento/descongelamento, crescimento de raízes, carbonatação ácida (chuva ácida); gases atmosféricos (CO2, N2, H2S); bem como exposições por ação humana. Além dessas fontes novas de compostos inorgânicos os ciclos biogeoquímicos irão ser responsáveis pela reciclagem de todos esses elementos vez ou outra. Dentre esses elementos estão os principais componentes dos organismos vivos: oxigênio, carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. O fluxo desses elementos dentro dos ciclos biogeoquímicos ocorre entre os organismos e o ambiente físico. Ciclos biogeoquímicos Podemos entender que nos ciclos biogeoquímicos, os elementos químicos absorvidos pelos organismos são passados pela cadeia alimentar e retornam ao solo, ar e água através de mecanismos como respiração, excreção e decomposição. Essa intersecção entre todos os ciclos é essencial, para que nesse cruzamento formem-se compostos entre esses elementos como resultado de processos metabólicos nos tecidos vivos e de reações naturais na atmosfera, hidrosfera ou litosfera. Os principais ciclos biogeoquímicos são: Ciclo do carbono, Ciclo do nitrogênio, Ciclo da água, Ciclo do fósforo, Ciclo do enxofre e o Ciclo do oxigênio. Ciclo do carbono Ciclos biogeoquímicos O ciclo do carbono é essencial para sobrevivência da vida no planeta, uma vez que o carbono é um elemento que faz parte da estrutura de todas as moléculas orgânicas. Além disso, esse elemento está presente em grande parte do material que compõe nosso planeta, como rochas, oceanos e a atmosfera. O ciclo do carbono pode ser dividido em dois ciclos que ocorrem em velocidades distintas: o ciclo geológico do carbono e o ciclo biológico do carbono. Esses dois ciclos, apesar de serem mais fáceis de compreender separadamente, estão interligados. Ciclo geológico do carbono Ciclos biogeoquímicos O Ciclo geológico do carbono é responsável por regular a movimentação do carbono pela atmosfera, hidrosfera e litosfera e destaca-se por ser um ciclo demorado. O carbono, como sabemos, é encontrado nos solos, nas rochas, nos ambientes aquáticos, como nos oceanos, e na atmosfera. O gás carbônico (CO2), presente na atmosfera, é solúvel em água, assim ocorre uma troca contínua entre o CO2 na atmosfera e o ambiente aquático. Outra forma de movimentação acontece quando o CO2 se dissolve na água da chuva, produzindo H2CO3, que é uma solução ácida, que facilita a erosão das rochas silicatadas. O CO2 pode ainda ser liberado pelos vulcões para atmosfera. Ciclo geológico do carbono Ciclos biogeoquímicos Ciclo biológico do carbono Ciclos biogeoquímicos O Ciclo biológico do carbono envolve os seres vivos do planeta e pode ocorrer no meio terrestre e no meio aquático. Organismos fotossintetizantes são responsáveis por retirar o gás carbônico da atmosfera. No processo de fotossíntese, esses organismos utilizam o CO2 e liberam o oxigênio (O2). Na fotossíntese, o carbono é utilizado na fabricação de moléculas orgânicas. Os seres vivos necessitam da matéria orgânica para sobreviver. Enquanto os autotróficos são capazes de produzir moléculas orgânicas, os heterotróficos necessitam consumir essas moléculas de outros seres vivos, sendo esse o caso, por exemplo, dos seres humanos. Desse modo, através da matéria orgânica, o carbono vai passando pelas cadeias e teias alimentares. Ciclo biológico do carbono Ciclos biogeoquímicos Os seres vivos são também responsáveis pela liberação de gás carbônico no ambiente. A liberação ocorre por dois processos: o processo de respiração e o processo de decomposição. Na respiração, os organismos utilizam oxigênio e liberam gás carbônico no processo. Já na decomposição, ocorre a liberação de gás carbônico e água. É importante destacar ainda que, nos últimos anos, os seres humanos têm contribuído para o aumento dos níveis de gás carbônico atmosférico. Atividades como o desmatamento e a utilização de combustíveis fósseis têm garantido um aumento significativo desse gás na atmosfera, e, com isso, tem-se observado uma acentuação do chamado efeito estufa. Ciclo biológico do carbono Ciclos biogeoquímicos Ciclo do nitrogênio Ciclos biogeoquímicos O nitrogênio é um nutriente utilizado por vários organismos, sendo essencial para formar proteínas, ácidos nucleicos e outros componentes das células. O N é o 4º átomo que mais contribui para a massa dos organismos. O ciclo do N inclui os processos metabólicos que funcionam de forma interdependente entre as espécies para salvar e reutilizar as formas de N disponíveis. Dentre esses processos temos: Fixação do nitrogênio por bactérias, como as do gênero Rhizobium; Decomposição da matéria orgânica e formação do íon amônio; Processo de nitrificação, na qual são observadas duas etapas: nitrosação e nitração; Desnitrificação, na qual as bactérias desnitrificantes garantem a transformação de nitratos em gás nitrogênio. Ciclo do nitrogênio Ciclos biogeoquímicos Ciclo do nitrogênio - Fixação Ciclos biogeoquímicos Fixação: Nessa etapa do ciclo, ocorre a fixação do nitrogênio atmosférico com a ajuda, principalmente, de bactérias. Sem dúvidas, as bactérias mais importantes para essa etapa são as bactérias do gênero Rhizobium, as quais vivem associadas às raízes de plantas leguminosas, como feijão, ervilha e soja. Essas bactérias formam nódulos na região cortical das raízes dessas plantas, onde agem captando o nitrogênio atmosférico e transformando-o em amônia (NH3), que será utilizada pela planta. Essas bactérias estabelecem uma relação mutualística com o vegetal, fornecendo às plantas os sais de nitrogênio de que elas precisam, enquanto recebem delas a matéria orgânica que foi produzida no processo de fotossíntese. Vale salientar que existe também a fixação física do nitrogênio. Nesse processo, o gás nitrogênio transforma-se em amônia em decorrência de fenômenos físicos, como relâmpagos e faíscas elétricas. As quantidades de amônia produzidas nesse processo, no entanto, são muito pequenas. Ciclo do nitrogênio - Amonização Ciclos biogeoquímicos Amonização: O nitrogênio encontrado no solo é, muitas vezes, proveniente de materiais orgânicos mortos. Quando os decompositores começam a atuar na matéria orgânica nitrogenada, liberam amônia (NH3) no ambiente. Essa amônia combina-se com a água do solo e forma o hidróxido de amônio, que se ioniza e produz o íon amônio (NH4+) e a hidroxila (OH-). Esse processo é conhecido como amonização ou amonificação. Ciclo do nitrogênio - Nitrificação Ciclos biogeoquímicos Nitrificação: No processo de nitrificação, ocorre a oxidação da amônia em nitrito e, na sequência, em nitrato. Esse processo é realizado por bactériasque fazem quimiossíntese, ou seja, que utilizam a energia liberada na nitrificação para sintetizar suas substâncias orgânicas. As bactérias que realizam nitrificação são chamadas de bactérias nitrificantes. Bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrosococus convertem amônia em nitrito, e as Nitrobacter convertem nitrito em nitrato. O nitrato liberado pode ser absorvido, utilizado pelas plantas e convertido em compostos orgânicos. Desse modo, o nitrogênio entra na cadeia alimentar. Os animais conseguem adquirir nitrogênio por meio da alimentação. Ciclo do nitrogênio - Desnitrificação Ciclos biogeoquímicos Desnitrificação: No solo, existem bactérias chamadas desnitrificantes, que utilizam os nitratos e transformam-nos em gás nitrogênio por meio de um processo conhecido como desnitrificação. A desnitrificação garante a devolução do nitrogênio para a atmosfera. O ciclo do N é afetado principalmente pela ação humana, o uso de fertilizantes e poluição com riqueza de matéria orgânica alteram a concentração do mesmo no solo. Esse aumento na concentração de N disponível pode aumentar a produtividade incialmente, mas depois causa restrições no crescimento das plantas em áreas terrestres e frequentemente eutrofização em ecossistemas aquáticos. Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos O ciclo da água é o permanente processo de transformação da água na natureza, passando de um estado para outro (líquido, sólido ou gasoso). A essa transformação e circulação da água dá-se o nome de ciclo da água ou ciclo hidrológico, que se desenvolve através dos processos de evaporação, condensação, precipitação, infiltração e transpiração. A água, indispensável para a manutenção da vida, é encontrada na natureza e está distribuída nos rios, lagos, mares, oceanos e em camadas subterrâneas do solo ou em geleiras. O ciclo da água na natureza é fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra, visto que vai determinar a variação climática e interferir no nível dos rios, lagos, mares, oceanos. Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos O ciclo da água tem 5 etapas básicas: 1- O calor irradiado pelo sol aquece a água dos rios, lagos, mares e oceanos ocorrendo o fenômeno da Evaporação. Nesse momento, ocorre a transformação do estado líquido da água para o seu estado gasoso, à medida que se desloca da superfície da Terra para a atmosfera. 2- O vapor da água esfria, se acumula na atmosfera e se condensa na forma de gotículas, que formarão as nuvens ou nevoeiros. Neste momento, ocorre o processo de Condensação, ou seja, a transformação do estado gasoso da água para seu estado líquido, sendo as nuvens, as gotículas de água líquida suspensas no ar. Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos 3- Com muita água condensada na atmosfera, se inicia o processo de Precipitação, onde as gotículas suspensas no ar se tornam pesadas e caem no solo na forma de chuva. Em regiões muito frias a água condensada passa do estado gasoso para o líquido e rapidamente para o estado sólido, formando a neve ou o granizo. 4- Quando o vapor de água condensado cai sobre a superfície terrestre, ocorre a Infiltração de uma parte dessa água que vai alimentar os lençóis subterrâneos. 5- Parte da água que se infiltrou no solo pode ser absorvida pelas plantas que, depois de utilizá-la a devolvem à atmosfera por meio do processo de Transpiração. A água também pode evaporar ou escoar sobre o solo e abastecer os rios, que deságuam em mares e oceanos, reiniciando todo o processo do ciclo da água. Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos O ciclo da água ocorrerá com ou sem presença de biota e é essencial para a produtividade da comunidade, já que é a água que irá além de transportar os nutrientes, servir de subsídio para suprir os requisitos de sobrevivência dos organismos vivos. Mesmo ocorrendo de qualquer maneira, o ciclo da água depende muito da vegetação (já que quanto mais vegetação maior a absorção e transpiração, evitando escoamento pelo solo). Ciclo da água Ciclos biogeoquímicos Um dos impactos das alterações no ciclo da água são enchentes, que podem trazer doenças, assim como, empobrecer o solo em nutrientes, prejudicando a produção de alimentos (devido à perda das camadas superficiais do solo causadas pelo desmatamento); e degelo de geleiras, que podem extinguir determinados ecossistemas (devido ao aumento da temperatura do planeta causada pela ação humana). Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos O fósforo é um elemento químico importante para o organismo humano, estando presente, por exemplo, na composição dos fosfolipídios, que são parte essencial da formação das membranas, na molécula de ATP (adenina trifosfatada) e nos ácidos nucleicos. Para as plantas, o fósforo é um nutriente que auxilia no crescimento. Além disso, é importante citar a importância do fósforo como fertilizante. O fósforo apresenta as rochas como grande reservatório e seu ciclo envolve plantas, animais e micro-organismos. Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos Por estar presente principalmente nas rochas, esse ciclo tem início quando esse elemento se torna disponível ao meio por meio da ação de agentes como chuva, sol e vento (processo de intemperismo). Após estar disponível no meio, o elemento é utilizado pelos vegetais para a realização de suas atividades metabólicas e é transmitido para outros organismos via cadeia alimentar. Os seres vivos aproveitam o fósforo na forma de íons fosfato. Após estar presente no corpo dos organismos vivos, o fósforo retorna ao meio para poder ser reaproveitado. Nesse momento, entram em ação as bactérias fosfolizantes, que atuam na decomposição de matéria orgânica. Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos O fósforo, então, pode ser levado para rios, lagos e mares, por exemplo. Em ambientes aquáticos, o fósforo sedimenta-se e é incorporados a rochas que estão em formação. Outra forma importante de retorno do fósforo acontece pela ação de aves marinhas. Essas aves alimentam-se de peixes e excretam o elemento em terra firme. Denomina-se de guano o material fecal das aves que foi acumulado por muito tempo. Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos O ciclo do fósforo é dito um ciclo aberto, pois ele é disponível em grande quantidade em rochas, sedimentos, rios, lagos e oceano, ou seja, pode ser transportado de N pontos. Curiosamente, pelo ciclo do fósforo um único P sendo liberado da rocha por intemperismo químico entra na comunidade terrestre e lá pode ser reciclado por anos, décadas ou séculos através da incorporação, decomposição e assim sucessivamente, até que ele pode ser incorporado aos lençóis aquáticos subterrâneos e então ser transportado a rios, lagos ou mares. E, mais ainda, esse mesmo P pode ficar alternando entre as profundezas do oceano e a superfície, bem como pode ser incorporado em um peixe que será consumido em outro local, incorporando agora a gama de nutrientes de outra comunidade. Ciclo do fósforo Ciclos biogeoquímicos O ciclo do P é afetado principalmente pela ação humana, em que pesca remove o P de oceanos; o uso de fertilizantes também altera a concentração do mesmo no solo; e o desmatamento que causa o intemperismo exacerbado de P das rochas. Esse aumento na concentração de P disponível pode aumentar a produtividade inicialmente, mas depois causa restrições no crescimento das plantas em áreas terrestres e eutrofização em ecossistemas aquáticos. Ciclo do enxofre Ciclos biogeoquímicos O ciclo do enxofre é o conjunto de processos pelos quais o enxofre se desloca para os minerais (incluindo os cursos de água) e os sistemas vivos. Tal ciclo é importante porque afeta muitos minerais e é um elemento essencial para a vida, sendo um componente de muitas proteínas (cisteína) e de cofatores. Em muitos aspectos o ciclo do enxofre assemelha-se ao ciclo do nitrogênio, excetuando a significativa inserção desse elemento proveniente dalitosfera através da atividade vulcânica e a ausência do processo biológico de fixação do enxofre da atmosfera à terra ou água. Ciclo do enxofre Ciclos biogeoquímicos Apresenta um ciclo com dois reservatórios: um maior, nos sedimentos da crosta terrestre e outro, menor, na atmosfera. Nos sedimentos, o enxofre permanece armazenado na forma de minerais de sulfato. Com a erosão, fica dissolvido na água do solo e assume a forma iônica de sulfato (SO4 2-); sendo assim, facilmente absorvido pelas raízes dos vegetais. A contribuição das atividades vulcânicas para o acúmulo de enxofre na atmosfera é pouco significativa. Ciclo do enxofre Ciclos biogeoquímicos Na atmosfera, o enxofre existe combinado com o oxigênio formando, cerca de 75% dele, o SO2 (dióxido de enxofre). Outra parcela está na forma de anidrido sulfídrico (SO3). O gás sulfídrico (H2S) - característico pelo seu cheiro de "ovo podre"- tem vida curta na atmosfera, sendo logo transformado em SO2. Esses óxidos de enxofre incorporam-se ao solo com as chuvas, sendo então transformado em íons de sulfato. Podem, também, ser capturados diretamente pelas folhas das plantas, num processo chamado de adsorção, para serem usados na fabricação de aminoácidos. O único retorno natural do enxofre para a atmosfera é através da ação de decompositores que produzem o gás sulfídrico. As sulfobactérias realizam o processo inverso, com uma forma de obtenção de energia para a quimiossíntese. Ciclo do enxofre Ciclos biogeoquímicos Ciclo do enxofre Ciclos biogeoquímicos Maior tem sido a introdução artificial e humana, por meio da atividade industrial. A queima de combustíveis fósseis que possuem enxofre em sua composição (3% no carvão e 0,05% no petróleo), produz SO2 e SO3, aumentando sua concentração na atmosfera das grandes cidades. Essa fonte é responsável por 80% da poluição por enxofre. Ambos são, nessas condições, fortemente irritantes para os olhos e pulmões; além de contribuir para a formação do smog - mistura de fumaça (smoke) com neblina (fog) -, altamente tóxico, que surge durante as inversões térmicas; e da chuva ácida. Ciclo do oxigênio Ciclos biogeoquímicos Na atmosfera, o oxigênio pode ser encontrado, por exemplo, na forma de oxigênio molecular (O2), gás carbônico (CO2), ozônio (O3) e dióxido de nitrogênio (NO2). O oxigênio molecular representa cerca de 21% da atmosfera terrestre e é utilizado no processo de respiração. O principal evento do ciclo do oxigênio é, sem dúvidas, a fotossíntese. Nesse processo, os organismos fotossintetizantes (algas, plantas e alguns procariotos) utilizam o gás carbônico e liberam oxigênio. Nesse processo, organismos fotossintetizantes utilizam gás carbônico, na presença de luz solar, para formar moléculas orgânicas e liberam oxigênio, que é utilizado por seres vivos na respiração celular. Desse modo, podemos concluir que praticamente todo o planeta depende de maneira direta ou indireta da fotossíntese. Ciclo do oxigênio Ciclos biogeoquímicos Na respiração celular, utiliza-se oxigênio e libera-se gás carbônico. Também são formadas moléculas de água. Desse modo, o oxigênio utilizado na respiração retorna ao ambiente na forma de moléculas de água e gás carbônico. O oxigênio também é utilizado nos processos de decomposição e combustão. No final desses processos, são liberados gás carbônico e água. Não podemos esquecer ainda que o oxigênio, sob a ação dos raios ultravioleta do Sol, dá origem ao ozônio, que forma a camada de ozônio, que tem o papel de diminuir a incidência da radiação ultravioleta. Sem essa camada, teríamos um risco aumentado de sofrermos com maior incidência de câncer de pele, por exemplo. Ciclo do oxigênio Ciclos biogeoquímicos Ciclos biogeoquímicos Com base no que foi apresentado em aula: 1. Qual a relação entre o fluxo de energia/biomassa e os ciclos biogeoquímicos? 2. Descreva o ciclo do carbono. 3. Descreva o ciclo do nitrogênio. 4. Descreva o ciclo da água. 5. Descreva o ciclo do fósforo. 6. Descreva o ciclo do enxofre. 7. Descreva o ciclo do oxigênio.