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BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 Determinação sexual alterações nos cromossomos sexuais Definição do sexo biológico: • Sexo cromossômico: é uma determinação genética feita através do cariótipo: 46, XX (mulher) ou 46, XY (homem); • Sexo gonadal: desenvolvido no período embrionário, onde se tem as formações das gônadas, homens = testículos e mulheres = ovários • Sexo fenotípico: mais utilizadas, pois mostra as características externas (fenótipo) do indivíduo. Antes mesmo de nascer já se pode ver essas características fenotipicas. É uma diferenciação sexual secundária (genitais externos masculina ou femininos. Resposta a vários tecidos ação hormonal. Sexo cromossômico: • Determinação genética: - É uma análise puramente genetica; - Se da desde as gametogênese dos pais até a diferenciação gonadal específica de cada sexo. Gametogênese- Meiose: - É o processo de formação de espermatozoides e de oócito. Homem vai poder doar X ou Y para a fertilização. O oócito da mulher sempre vai ter o X, porque como ela é XX sempre vai doar um X e esperar o homem para definir. Durante a fecundação quando o do homem encontrar o da mulher terá a definição do sexo, sendo XY homem e XX mulher. Então essa determinação de sexo vem desde a fertilização. - Divisão celular: mitose e meiose - Mitose = células somáticas. A partir de uma célula de 46 cromossomos se divide e forma 2 células de 46 cromossomos, filhas iguais a mãe. - Meiose = células sexuais. Importante, pois na meiose a partir de uma célula de 46 1 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 cromossomos tem se a formação de 4 células de 23 cromossomos. - Antes de qualquer processo de divisão celular tem-se a fase de intérfase, onde se tem a duplicação do DNA (cromátide- irmã = 46 cromossomos duplicados). Meiose: A partir de uma célula de 46 cromossomos foi formado 4 células de 23 cromossomos. Ela é conhecida como divisão reducional, pois é a divisão em que o número de cromossomos é reduzido à metade, A meiose 1 também é notada pois é a fase onde ocorre recombinação genética (crossing over). • Etapas da Meiose: • Primeira fase/ meiose 1/ reducional: ‣ Prófase 1 = cromossomos homólogos fazendo crossing-over. Cromossomos homólogos = cromo que veio da mãe e do pai, ou seja, o cromo 1 dos pais, os quais carregam locus com informações parecidas, como características do cabelo, da pele etc. Cromátide Irmã = cromossomo que se duplicou. No crossing over = o cromo do pai troca informação, trocando algumas partes, ou seja, fazendo permuta. A partir de 35 anos a mulher possui mais chance de ter alteração cromossômica em seus filhos, pois ela possui oócitos mais antigos. Pois seu ovócitos estão em prófase 1 há muito tempo, e quando se separam acaba puxando um cromo a mais ou a menos pro lado, assim causando as alterações. Já que estavam há muito tempo juntas não conseguem se separar com facilidade. Disjunção: na hora de separar ele se puxam, gerando uma célula com um cromo a mais ou com um a menos na telófase 1, por exemplo, o que gera filhos com anomalias. Crossing-over não é uma translocação reciproca, pois a translocação ocorre entre cromossomos não homólogos (características diferentes), enquanto os c ross i n g over acon tecem en t re cromossomos homólogos, sendo apenas caracteristicas do pai e da mãe para gerar uma criança; ‣ Metáfase 1; ‣ Anáfase 1; ‣ Telófase 1. 2 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 • Segunda fase/ meiose 2/ equacional: ‣ Prófase 2; ‣ Metáfase 2; ‣ Anáfase 2; ‣ Telófase 2; Espermatogênese - Homens XY: Tem a espermatogônia celular que da origem ao espermatozóide. Diferentes das meninas, os meninos não terão formação dos esperamos na barriga da mãe deles, mas sim nas espermatogônias. Que ficam lá se dividindo por mitose bem lentamente. Menino entra na puberdade, tem hormônios a flor da pele, e as espermatogônias vão se multiplicar muito e se dividir entrando na intérfase, levando o nome de espermatócito primário, que entra na meiose 1 tendo formação de células com 23 cromossomos, espermatócitos secundários, pois já se dividiu uma vez, sofre a divisão meiótica 2 e forma 4 espermátides de 23 cromossomos. Na fecundação o espermatozoide pode estar carregado com o X ou com o Y ja que ele pode doar qualquer um dos dois. Homem quem determina isso. Cada espermatozóide possui 22 autossomos e 1 cromossomo sexual, X ou Y. Ovogênese mulher XX: Acontece quando está na barriga da mãe, a partir de células germinativas primordial tem se a oogônia (oócito primário) que vai ficar congelado na prófase 1 até a menina entrar na puberdade. Dai quando entrar, de tempos em tempos um pouco dos oócitos entram na 3 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 meiose. Menina entrou na puberdade e terá seu ciclo menstrual, então alguns oócitos primários serão estimulados a terminar a meiose 1 levando o nome de oócito secundário. Termina meiose 1 com 2 células de 23 cromossomos. Essa divisão não é total igual, pois apesar de ambos terem 23, uma célula está muito mais produzida e preparada, com mais organelas e citoplasma. Isso foi positivo, pois apenas um oócito é liberado para fecundação na menstruação, então quando se forma um fraco e outro forte (com todos os nutrientes), pois se ele for fecundado esse mais forte ja vai estar pronto para gerar um individuo. A que não foi escolhida, ou seja, a fraca vai se degenerar. Agora essa que ficou forte vai parar na metáfase 2 e só vai terminar a meiose 2 se for fecundado, se encontrar o esperma será fecundado e dai a meiose 2 será finalizada, se não for fecundado ele será liberado sem terminar a meiose 2. Se ocorrer fecundação terá a divisão em 2 também, um fraquinho e o outro forte, chamado de óvulo, ou seja, zigoto. Como a mulher só tem XX, na hora que o esperma fecundar irá decidir o sexo. Quem gera os espermatogônia? São as células germinativas primordial (dão origem à células gametas) no processo de embriogênese podendo formar oogônia ou espermatogônia, não tendo capacidade de gerar outras células. OBS: as células germinativas dão origem as espermatogônias nos meninos, acontece bem devagarinho. Na puberdade tem muito hormônio para acelerar a meiose, então muitas espermatogônias sendo produzidas a todo tempo, o que quando mais velhos também prejudica nas alterações dos filhos, já que essas espermatogônias ficam se refazendo toda hora e evelhecendo. Fazem mitose a vida inteira, então pode ter falhas na mitose, se replicando todo tempo e dai com o envelhecimento a eficiência diminui e começa a ter falhas no reparo gerando mutações. Sexo cromossômico: 4 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 Cromossomos sexuais: X e Y são parzinhos, logo precisam se parear em algum momento. Existem regidos nas extremidades deles que são regiões de homologais para acontecer o pareamento. Essas regiões de homologia se comportam como cromossomos autossômicos, dessa forma, uma vez que imita chama essa regiões de pseudoautossômicas (falso autossômico, pois imita os cromossomos autossômicos). Tanto na região de braço curto quanto na região de braço longo. Nas de braço curto são chamadas de par 1 ou região primária, no b r a ç o l o n g o p a r 2 o u r e g i ã o pseudoautossômica secundária. OBS: porções distais dos braços curtos e longos dos cromossomos X e Y: regiões com alto grau de homologia, denominadas regiões pseudoautossômicas PAR-1 e PAR-2. Cromossomo Y: SRY importante para a formação dos testículos, fator determinantestesticular que fica no braço curto do cromossomo Y. Quando com o braço longo além da região pseudoautossômica secundária tem alguns genes importantes para a formação de espermatozóide. Se tiver falhas nos genes de braço longo o individuo não consegue produzir 5 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 espermatozoide. Uma pessoa com síndrome de Turner é sempre mulher, pois o Y está ausente e se não tem Y ela é mulher. Ela é 46 - X0 Uma pessoa com síndrome de Klinefelter é homem, pois ela possui o Y, ela é 47 - XXY Mulheres com XXX serão mulheres, já que não possuem o Y presente. Cromossomo X: Possui regiões pseudoautossômicas primárias no braço curto e as secundárias no braço longo. Região de centrômero ativa para que haja sempre a duplicação desse cromossomo. Região de centro de inativação do cromossomo X: XIC, nesse centro tem-se o gene chamado XIST, esse gene faz a inativação de um X, pois o homem tem um X e um Y, a mulher tem um X e outro X. Isso não está equilibrado, pois a mulher tem muito mais genes que os homens, estando em uma super vantagem. Para controlar essa dosagem há a inativação de um gene X. Tem uma inativação parcial, pois algumas regiões se mantêm ativas, para se igualar ao Y. Corpos de Barr: regra do N - 1:Uma mulher com 2X tem 1 crepúsculo de Barr. Na síndrome de Turner vai estar faltando um gene de compensação. 6 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 OBS: os Xs inativos tornam-se corpos de Barr: cromatina condensada de replicação t a r d i a n a m e m b r a n a n u c l e a r (heterocromatina). Inativação do X: 1 cromossomo em cada célula somática da mulher é inativado na primeira semana da embriogênese. Consequências: compensação de dose e mosaicismo (mistura entre inativação do X da mãe ou do X do pai). Essa inativação é aleatória (X mutante: menor impacto fenotípico, X não inativado: doenças ligadas ao X). = tendência de inativar o X que estiver mudado para proteger de doenças. Sexo gonadal: O desenvolvimento em ovário ou testículo é determinado pela ação coordenada de uma sequência de genes vias balanceadas finalmente que levam ao desenvolvimento de ovário quando nenhum cromossomo Y está presente, mas inclina para o lado do desenvolvimento testicular quando o Y está presente. - Diferenciação da gônada bipotencial ocorre na sexta semana da gestação. - Células somáticas (folicular e teca - ovário) e células de Sertoli e de Leydig no testículo). - Células germinativas primordiais. 7 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 “AMH" vai fazer com que regrida o ducto de Muller, ou seja, é expresso o gene SRY para formar os testículos, próstata etc. que formam testosterona, ela vai desenvolver o ducto para formar o epidídimo e a partir de células presentes nos testículos terá um hormônio anti mulleriano fazendo com que esse ducto de Muller seja degenerado, pois não terá função nos meninos. Ducto de Wolf vai formar próstata, vesícula seminal ducto deferente e epidídimo. Na mulher a ausência de testosterona causa a degeneração do ducto de Wolf. E o ducto de Muller vai se desenvolver, já que nas meninas não tem o AMH para degradar ele. Ducto de Miller vai formar a parte superior da vagina, tuba uterina, útero etc. Como tudo isso acontece? Há vários genes importantes para a formação da gônada bipotencial, gene SRY vai desencadear alteração no gene SOX 9, presente num cromossomo autossômico, sendo assim super importante para a formação dos testículos. A partir do momento que os testículos são desenvolvidos tem células de Sertoli para a produção de AMH e células de Leydig para a formação de testosterona que faz o desenvolvimento das caracteristicas genitálias masculinas Se por acaso não tem o SRY, desenvolve o sexo feminino. DAX-1 para o desenvolvimento de ovário que consequentemente forma estrógenos e progesterona para as caracteristicas genitálias femininas. Essas informações estão relacionadas a presença ou ausência de genes nessa região. Na sexta semana quando se olha o embrião ainda não consegue ver a genitália definida, pois ela está de forma bipotencial. Formou-se testículo, logo terá testosterona que será convertida em DHT que é formada a partir da testosterona e ela é super importante para o desenvolvimento da genitália externa. Tubérculo genital dá origem ao pênis. Prega uretral vai dar origem ao corpo do pênis. Lábio escrotal forma os escrotos, gônadas masculinas vai descer para o escroto e nessa região externa terá uma variação de temperatura, se esse testículo não descer para o escroto e saco escrotal, e não corrigir em cirurgia, o homem fica sem fertilidade pois não é possível gerar esperma em temperatura alta, e se descer ele pro 8 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 escroto vc tem uma regulação de temperatura para a formação de esperma. Nas meninas tem testosterona em baixa quantidade logo não se tem DHT. A estrutura bipotencial vai gerar estrutura feminina, tubérculo dando origem ao clítoris, prego dando origem ao lado menor da vagina, essa eminência forma os lábios maiores. A interferência de presença ou ausência de DHT muda as caracteristicas. Sexo fenotípico: DHT importante para a formação dos testículos -genitália externa masculina- então todo esse processo do sexo fenotípico está pela ausência ou presença de DHT. A testosterona é convertida em DHT pela enzima 5 alfa redutase, se não tiver essa enzima não tem conversão em DHT, dessa forma será uma menina, pois formará caracteristicas genitais femininas. Interferência na produção hormonal gera interferência na formação do sexo fenotípico. 9 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 Condições variantes: - Aproximadamente 1% da população tem alguma condição variante: - Aneuploidias de cromossomos sexuais: Ex: Síndrome de Turner (X0 - ausência de um cromossomo X) e Síndrome de Klinefelter (XXY - presença de cromossomo X a mais). - Intersexo: uma pessoa cujos genitais são ambíguos ou uma mistura de machos e fêmeas. Antigamente conhecidos por hermafroditas. = Distúrbio do desenvolvimento sexual. Distúrbio do desenvolvimento sexual: São condições que variam desde anomalias até incompatibilidade completa entre o sexo cromossômico e fenotípico, são agora denominadas coletivamente como distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS). 1 em 4.500 bebês nascem com genitália ambígua significativa, e estima-se que os DDS representam mais de 7% de todos os defeitos congênitos. Ambiguidade Genital: Embora o sexo cromossômico de um embrião seja estabelecido no momento da fertilização, para alguns lactentes recém-nascidos, a atribuição de sexo é difícil ou impossível porque os órgão genitais são ambíguos. O diagnóstico é precoce, antes do estabelecimento da identidade sexual social e psicológica. A abordagem deve ser, preferencialmente, multidisciplinar. Pseudohermafroditismo masculino: - ADS, 46 XY; - Cariótipo: 46, XY - Gônadas: em geral de acordo com o sexo cromossômico - testículo formado; - Genitais externos: ambíguos ou femilinizada; Ex: síndrome de insensibilidade androgênica completa; deficiência da 5-α-redutase (logo, forma característica feminina). OBS: é pseudo, pois o cariótipo está de acordo com a gônada, por exemplo, XY é homem e tem testículo como gônada, logo está de acordo. 10 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 Pseudohermafroditismo feminino: - ADS, 46 XX; - Cariótipo: 46, XX; - Gônadas: em geral de acordo com o sexo cromossômico - ovário formado; - Gen i t a i s externos : amb í guos ou masculinizada; Ex: hiperplasia adrenal congênita (HAC); Ingestão excessiva de drogas androgínicas. OBS: é pseudo, pois o cariótipo está de acordo com a gônada, por exemplo, XX é mulher e tem ovário como gônada, logo está de acordo. • HAC: Orige: alterações na biossíntese do cortisol: superprodução de esteróides com atividade androgênica (deficiência da 21-α-hidroxilase = direciona para onde dá, logo vai para a testosterona em excesso). Hermafroditismo Verdadeiro: - ADS ovotesticular - Cariótipo: 46 XY (10%), 46 XX (60%) ou 46 XX/ 46 XY (30%); - Gônadas: com tecido testicular e folículos ovarianos num mesmo indivíduo, a estrutura gonodal única (ovotéstis = ambas estruturas juntas ou uma de cada lado) ou separados; - Genitais externos: ambíguos OBS: é hermafroditismo verdadeiro, pois a gônada não é compatível com o cariótipo. Disgenesia gonodal completa ou mulher XY: - Cariótipo: 46 XX; - Gônodas: gôndolas disgenéticas (ductos genitais internos femininos podem ter as dimensões um pouco reduzidas ou infantis); - Genitália externa: sem ambiguidade (feminina completa); - Fenótipo: feminino com estrutura normal; 11 BCM 1 - Prof: Hagamenon e Tabata @medbyrafap 09/09/2021 OBS: amenorréia, há deleções no SRY, logo não forma características masculinas. As gônadas são femininas com útero mal formado, logo não menstrua. ADS 46 XX testicular (homem XX): Cariótipo: 46 XX Gônadas: gônadas disgenéticas (ductos genitais interno masculinos podem ter dimensões um pouco reduzidas); Genitália externa: sem ambiguidade (masculino completo); Fenótipo: diminuição da pilosidade facial e tendência à distribuição feminina de pelos pubianos. Os testículos têm pequenos volume, e o aspecto histológico assemelha-se ao da síndrome de Klinefelter. OBS: a análise do DNA do DDS 46 XX demonstrou que, em aproximadamente 80 a 90% dos casos, há sequências do c r o m o s s o m o Y e m s e u g e n o m a , particularmente do gene SRY (quem determina o testículo). 12
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