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Prof. João Carlos da Silva Teoria de Filas e Modelagem Estatística Aula 1 Conversa Inicial Introdução à teoria de filas Processos de chegadas Processo de atendimento Disciplina de atendimento Processo de fila de espera Conteúdos Introdução à Teoria de Filas Histórico Andrei Andrevich Markov Agner Krarup Erlang Maurice George Kendall Sina Ettmer Photography/shutterstock PRINCIPAIS ELEMENTOS a) Usuários – por exemplo os clientes de um restaurante, que desejam almoçar; b) Processo de chegada – pode ser em grupos de clientes ou cliente individualmente; c) Fila de espera – local de espera, enquanto não se tem mesas livres no restaurante; d) Postos de atendimento – mesas de restaurante; e) Serviço – a refeição oferecida aos clientes; f) Saida do processo – Pagamento da conta para finalização do serviço Processo de Chegada, Atendimento e Saída do Processo Fonte: Silva SaídaChegada Usuário Usuário em atendimento Fila de Espera Atendimento Processo de Chegada Processo de Chegada Fonte: Silva SaídaChegada Usuário Posto de Atendimento Fila de Espera Atendimento Tempo de Chegada no Instante iti tn t5 ... t4 t3 t2 t1 A primeira exceção ocorre quando o usuário desiste de ficar na fila de atendimento, pois verifica que o tempo de espera vai ser muito longo. Neste caso, o sistema tem um regime de desistência de chegada, o usuário pode sair sem passar pelo sistema. Imagine o cliente que tenta comprar um medicamento em uma farmácia e observa que tem muitos clientes na fila. O mesmo pode optar em procurar outro estabelecimento, que possua menos fila de espera Exceções Marcantes A segunda exceção, ocorre quando o limite de atendimento é alcançado, ou seja, todos os usuários se encontram no sistema. Neste caso, é claramente observado que o processo de chegada é limitado pelo número de atendimentos ao usuário, após a lotação máxima, nenhum elemento pode entrar no sistema. Exceções Marcantes Controle de Chegadas A. Chegada controlável – é possível definir inscrições em dia fixos, agendamento e fixação de atendimentos B. Chegada incontrolável – o gestor não tem como controlar as chegadas de usuários, um exemplo bem típico, a chegada de casos urgentes em hospital O processo de chegada no sistema, depende da população de origem da variável, no caso, pode ser finita e infinita, também depende do sistema de atendimento, se é limitado ou flexível Processo de Chegada Determinística USUÁRIO TEMPO INTERVALO DE TEMPO (MINUTO) HORÁRIO DE CHEGADA 1 t1 00:00 08:00 2 t2 00:30 08:30 3 t3 00:30 09:00 4 t4 00:30 09:30 5 t5 00:30 10:00 6 t6 00:30 10:30 7 t7 00:30 11:00 8 t8 00:30 11:30 9 t9 00:30 12:00 10 t10 00:30 12:30 Fonte: Silva Gráfico de Intervalo de Chegadas Fonte: Silva 08:00 08:30 09:00 09:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 00:30 00:30 00:30 00:30 00:30 00:30 00:30 00:30 00:30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Chegada de Usuários Processo de Chegada Estocástico USUÁRIO TEMPO INTERVALO DE TEMPO (MINUTO) HORÁRIO DE CHEGADA 1 t1 00:00 08:00 2 t2 00:10 08:10 3 t3 00:20 08:30 4 t4 00:20 08:50 5 t5 00:40 09:30 6 t6 01:00 10:30 7 t7 00:40 11:10 8 t8 00:45 11:55 9 t9 00:05 12:00 10 t10 00:30 12:30 Fonte: Silva Gráfico de Intervalo de Chegadas Fonte: Silva 08:00 08:10 08:30 08:50 09:30 10:30 11:10 11:55 12:00 12:30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Chegada de Usuários 00:20 00:20 00:40 01:00 00:40 00:45 00:30 Parâmetros de Chegada Estocástica A. O parâmetro para definir o número médio de chegadas de usuários para serem atendidos pelo sistema é denominado pela letra grega lambda (λ). B. A distribuição deve ter seus valores das variáveis aleatórias, evoluindo com o tempo. A distribuição das chegadas, indica o padrão das chegadas, que pode ser descrito pelo tempo entre duas chegadas consecutivas (tempo entre chegadas) – intervalo médio de chegada (IC). Processo de Atendimento O processo de serviço é definido pelo comportamento do fluxo de elementos que recebem atendimento, considerando que entraram no sistema e aguardam a liberação para serem atendidos. O processo de serviço é especificado pelo tempo que possa durar o atendimento, observando as características dos usuários e do tempo de chegada Estrutura Básica Processo de Atendimento Fonte: Silva Saída Entrada Elemento Posto de Atendimento Ocupado Fila de Espera Posto de Atendimento Posto de Atendimento Vago Sistema Global Processo de Atendimento Determinístico Fonte: Silva USUÁRIO CHEGADA NO SISTEMA ENTRADA NO ATENDIMENTO SAÍDA DO ATENDIMENTO TEMPO DE ATENDIMENTO 1 08:00 08:00 08:04 00:04 2 08:05 08:05 08:09 00:04 3 08:10 08:10 08:14 00:04 4 08:15 08:15 08:19 00:04 Gráfico de Intervalo de Chegadas de Atendimentos 08:00 1 08:05 2 08:10 3 08:15 4 00:05 00:05 00:05 Chegada de Usuários 08:00 1 08:05 2 08:10 3 08:15 4 00:04 00:04 00:04 Atendimento de Usuários 00:04 08:19 1 2 3 4 ENTRADA SAÍDA Fonte: Silva Processo de Atendimento Estocástico Fonte: Silva USUÁRIO CHEGADA NO SISTEMA ENTRADA NO ATENDIMENTO SAÍDA DO ATENDIMENTO TEMPO DE ATENDIMENTO 1 08:00 08:00 08:10 00:10 2 08:07 08:10 08:15 00:05 3 08:10 08:15 08:18 00:03 4 08:15 08:18 08:24 00:06 Gráfico de Intervalo de Chegadas de Atendimentos 08:00 1 08:07 2 08:10 3 08:15 4 00:07 00:03 00:05 Chegada de Usuários 08:00 1 08:10 2 08:15 3 08:18 4 00:10 00:05 00:03 Atendimento de Usuários 00:06 08:24 1 2 3 4 ENTRADA SAÍDA Fonte: Silva Parâmetros de Atendimento Estocástico A. O primeiro parâmetro é constituído para quantificar o processo de chegada através de sua taxa média de atendimento, definido pela letra grega mi (μ). B. O segundo parâmetro é construído em função do tempo ou duração médio de serviços, denominado tempo de atendimento (TA). Disciplina de Atendimento A disciplina de atendimento descreve como os elementos de entrada no sistema são escolhidos para entrar em um serviço após a fila ser formada. A disciplina da fila é definida pelo responsável do sistema e indica como será o atendimento dos usuários que se encontram na fila. Disciplina de Atendimento Tem como principal característica o atendimento dos usuários na ordem que da sua chegada, essa disciplina é muito utilizada em redes de serviço. Como exemplo: caixa de supermercado, pedágio em rodovia, carregamento e descarregamento de navios, entre outros. Disciplinas Básicas – FCFS (First Come First Served) Disciplina de Atendimento – FCFS Fonte: Silva SaídaFila de Espera 6 5 4 3 2 1 Atendimento SaídaFila de Espera 9 8 7 6 5 4 Atendimento Fonte: Silva 1 2 3 Disciplina de Atendimento – FCFS Tem como característica o atendimento, do último usuário que chegou na fila é o primeiro a ser atendidos, é uma ordem inversa a ordem de chegada, essa disciplina é muito utilizada em serviços de perecíveis e carregamento de estoque. Como exemplo: carregamento de container em navios, os primeiros que são alocados, são os últimos a saírem. Disciplinas Básicas – LCFS (Last Come First Served) Disciplina de Atendimento – LCFS Fonte: Silva SaídaFila de Espera 6 5 4 3 2 1 Atendimento Disciplina de Atendimento – LCFS SaídaFila de Espera 9 8 7 3 2 1 Atendimento Fonte: Silva 6 5 4 Processo de Fila de Espera ❑O estudo do comportamento das filas de espera sempre foram um desafio para os cientistas. As filas podem deixar impressões ruins sobre o atendimento ou boas nas vendas de produtos/serviços ❑As formações das filas podem ser físicas ou lógicas, dependendo da prestação do atendimento, e podem vir de uma população de elementos finitos ou infinitos Processo de Fila de Espera FILAS A fila funciona como um armazenamento temporário entre a entrada no sistema e o atendimento dos processos, porém podem diagnosticar um atendimento ruim, quando começam a aumentar de maneira irregular e progressiva Processo de Fila de Espera PrincípiosOutro fator importante no processo de fila é a sua configuração e integração com o processo de atendimento. Projetar um sistema com a composição correta, pode evitar congestionamentos e ociosidade dos atendimentos. A teoria de fila, ajuda na escolha de um sistema com a composição de uma fila única ou paralelas, integrada com servidor único ou paralelos. Conhecer o processo de formação da fila ajuda a entender qual a melhor utilização e conexão com a chegada dos usuários e a entrada no atendimento. Processo de Fila de Espera Princípios Fila Lógica mr. teerapon tiuekhom/shutterstock Fila lógica – nesta configuração não é possível ver a formação da fila de uma forma tradicional, a fila é constituída através de marcação de requisição de entrada. Fila Física Macrovector/shutterstock Fila física – esta configuração é a mais conhecida pelos usuários, pois a sua formação é fácil de ser observada. Fila Única e Um Servidor Fonte: Silva 1 Servidor População de Usuários Fila de Espera Saída a) Esta configuração tem apenas uma fila e um ponto de atendimento, existente em todos os processos onde exista somente um local de processamento e atendimento. Por exemplo: Fila de pagamento em um restaurante. Fila Única com Servidores em Paralelo Fila de Espera Fonte: Silva População de Usuários 1 Saída Servidores 2 Saída b) Esta configuração tem como diferencial, o atendimento com múltiplos servidores. Este sistema de fila é utilizado, quando existe uma fila e vários pontos de atendimento, onde pode ser acelerado os processamentos. Por exemplo: Fila para atendimento em caixa de banco, agência de correio, entre outros. Filas Múltiplas e com Servidores em Paralelo Fila de Espera Fonte: Silva População de Usuários 1 Servidores Saída Saída 2 Fila de Espera c) Esta formação tem apenas uma fila e um ponto de atendimento, existente em todos os processos onde exista somente um local de processamento e atendimento. Por exemplo: Fila de pagamento em um restaurante. Fila Única e Múltiplos Servidores em Série Fonte: Silva 1 Servidor População de Usuários Fila 1 SaídaFila 2 2 Servidor c) Esta configuração de multiestágio, os usuários passam por mais de uma etapa de serviço antes de saírem do sistema. Nesta configuração ao termino de cada etapa de serviço, é gerada uma nova fila para o próximo atendimento.