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Labirintite: Causas, Sintomas e Tratamento

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
LABIRINTITE 
2020
SUMÁRIO
1- Introdução........................................................................................................... 3
2- Desenvolvimento..............................................................................................4 - 5
3- Caso clínico.................................................................................................6 - 7 - 8
4- Referências bibliográficas.....................................................................................9
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade a apresentação de uma enfermidade rara que acomete a região do labirinto do crânio e que se denomina labirintite. O nome desta alteração é equivocadamente utilizado para mencionar a todos os problemas que atingem o labirinto, entretanto, a labirintite na verdade é somente a infecção ou inflamação que atinge essa peça anatômica da região da cabeça.
Ao desenvolvimento do trabalho, com base na literatura vigente e utilizando como base artigos relacionados a labirintite e ainda um caso clínico, irá se enfatizar as causas, os sintomas e tratamento atual relacionado ao problema, destacando pontos importantes que merecem ser aprofundados. Basicamente a infecção tem por característica provocar diversas alterações, relatadas como tontura, falta de audição, falta de equilíbrio entre outros e são geralmente causadas por traumatismos, tumores, envelhecimento, distúrbios, etc. Com um diagnóstico preciso, é possível achar as causas especificas da doença e iniciar um tratamento que geralmente são eficazes, como por exemplo as fisioterapias labirínticas. 
Diante do exposto, é importante o conhecimento destes tipos de alterações voltadas a região da cabeça para a vida odontológica, pois com o estudo, percebe-se que a labirintite em quase sua totalidade de casos é definitivamente curada. Dito isso, o Cirurgião dentista ao se deparar com este tipo de alteração em seu paciente no consultório odontológico, poderá orienta-lo e encaminha-lo para prosseguir no seu tratamento.
DESENVOLVIMENTO
A labirintite é uma infecção ou inflamação que acomete o labirinto, que por sua vez é a região do sistema auditivo responsável pela audição e que está susceptível a diversas infecções causadas por vírus e até bactérias. O nome labirinto desta estrutura do ouvido é porque é muito complexa com canais semelhantes a um “labirinto” propriamente dito.
Labirintite é um termo impróprio, mas comumente usados, para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto, estrutura da orelha interna constituída pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (responsável pelo equilíbrio).” Tendo isto como base, há de se saber que uma crise labiríntica vem acompanhada de quadros de tontura rotatória (sintoma bastante citado pela nossa paciente em estudo) que incluem náuseas e vômitos, com ou sem zumbido e alterações da audição. Vale lembrar que essas vertigens podem ser causadas por outras doenças como tumores, alterações neurológicas, além da hipoglicemia, sendo assim deve ser tratada com um especialista (BITTAR, 2011).
Quando o órgão do ouvido está inflamado ou com algum tipo de infecção, é que a labirintite começa a desenvolver seus sintomas que podem variar desde tonturas em diferentes graus, vertigens, náuseas, vômitos e até mesmo a audição. 
A inúmeros fatores que podem vir a causar este tipo de infecção, que variam desde alterações funcionais do sistema vestibular, até problemas clínicos. Listando a maior parte dos causadores, destaca-se traumatismos de cabeça e pescoço, infecções (por bactérias ou vírus), erros alimentares, envelhecimento, doenças do sistema nervoso central, distúrbios psiquiátricos, etc. Além das causas é importante listar os fatores de risco que levam a esta infecção que basicamente são idade, hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, álcool, fumo, café, certos medicamentos, entre eles alguns antibióticos e anti-inflamatórios, estresse, ansiedade. Em indivíduos acima de 40 anos de idade, a labirintite pode surgir devido a alterações metabólicas e vestibulares. Diante disso, no surgimento de sintomas, o médico deverá ser procurado para realizar o diagnóstico
O diagnóstico é geralmente a partir de exames radiológicos, mas uma boa avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para ter um diferencial, já que o objetivo principal é a descoberta do que está causando a labirintite. Tomografia computadorizada e ressonância magnética, assim como testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.
A localização complexa das estruturas da orelha interna no osso temporal, albergadas no denso osso da cápsula óptica, representa um obstáculo significativo para acessar e identificar qualquer alteração nesta região, haja vista que o conhecimento atual sobre fisiopatologia da orelha interna é oriundo, principalmente, de estudos em animais, envolvendo coleta de tecidos, análises histológicas, moleculares e de marcadores inflamatórios. Diante disso, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos nas doenças da orelha interna humana in vivo.( ROONEY, 2014).
	O tratamento da labirintite em quase a totalidade dos casos é definitivamente curável, já que a taxa de recuperação é de 90%. Enfatizando que o tratamento só é eficaz quando diagnosticado o real motivo que está causando a infecção. Após diagnostico a conduta é a eliminação do atenuação da causa da tortura, fisioterapia labiríntica que busca reabilitar o equilíbrio entre outros fatores afetados, utilização de medicamento criteriosos visando a redução dos sintomas, reeducação alimentar, redução de vícios ou mudanças de hábitos que possam vir a agravar os fatores de risco e até mesmo cirurgia da vertigem em casos mais específicos (tumores, etc.)
	Dado o exposto, a labirintite deve ser associada somente a inflamações ou infecções do labirinto, e não a outros tipos de enfermidades que acometem essa estrutura auditiva. É notável que a tontura e o zumbido nos ouvidos é característico desta alteração, podendo estar em conjunto com outros tipos de sintomas, além disso, a labirintite é quase que em sua totalidade de casos associada a fatores de risco. O diagnóstico eficaz é de extrema importância para o tratamento da infecção, sendo que para um bom prognóstico, é necessário descobrir a real causa da alteração e começar o tratamento de acordo. Valse ressaltar que paciente mantenha uma boa hidratação e repouso, evitando dirigir, operar máquinas e estar em locais de alturas elevadas, devido ao risco de queda por desequilibro, e que uma boa alimentação e hábitos saudáveis como praticar exercícios são fundamentais para uma boa saúde. O que de mais importante há se destacar, é que a labirintite está frequentemente associada a outras complicações. 
CASO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, com sete anos de idade queixando-se de hipoacusia em orelha esquerda há um ano e quatro meses, inicialmente percebida pela mãe e de evolução lentamente progressiva. O paciente não apresentava história de infecções otológicas prévias, apenas um episódio de otite média aguda há um mês, que melhorou com o tratamento. Não apresentava dificuldade de aprendizado, história familiar de hipoacusia, infecções gestacionais ou outras doenças. 
Observou-se: membrana timpânica de aspecto normal à otoscopia bilateralmente, teste de Weber lateralizado para a direita e audiometria tonal com limiares normais à direita e perda auditiva profunda à esquerda. A audiometria de tronco encefálico (ABR) era normal à direita e mostrava ausência de resposta a 105 dB à esquerda. A TC de ossos temporais revelou uma ossificação labiríntica à esquerda.
DISCUSSÃO:
A injúria labiríntica que resulta em disacusia profunda, com ossificação coclear ou LO, pode ocorrer após vários tipos de dano otológico sendo usualmente uma sequela de infecções. Estas podem atingir a orelha interna através da corrente sanguínea (hematogênica),da orelha média (timpanogênica) ou das meninges (meningogênica). No caso relatado acreditamos que a LO se trata de sequela de labirintite timpanogênica, embora não existam eventos de infecção otológica prévios a hipoacusia documentados. A labirintite timpanogênica é a causa mais comum de LO. O caminho pelo qual a infecção da orelha média atinge a orelha interna foi estudado por vários autores. Estes trabalhos identificaram a janela da cóclea como principal via de disseminação da infecção para a orelha interna, mas a mesma também pode ocorrer pela janela do vestíbulo ou por ambas as janelas. PAPARELLA et al. descreveu uma alta incidência de alterações histopatológicas da orelha interna, secundárias a otite média. Tais alterações foram observadas mais frequentemente na escala timpânica, o que corrobora a afirmação de que a janela da cóclea seria a principal via de disseminação. Porém a ossificação é mais densa e extensa nos casos de meningite meningogênica durante a infância. Nestes casos, a infecção atinge a orelha interna através do espaço subaracnóideo, do aqueduto coclear e do meato acústico interno. A ossificação geralmente ocorre bilateralmente nestes pacientes, e pode ser constatada em três a quatro meses após o quadro de meningite bacteriana. Nosso paciente também não apresentava história de meningite e a ossificação ocorreu de forma unilateral. No que diz respeito à labirintite hematogênica, a infecção intrauterina é a causa mais comum, estando associada aos vírus do sarampo e da caxumba. A labirintite hematogênica ocorrendo a partir de um foco oculto ou a distância é rara. Traumatismo, incluindo o trauma cirúrgico, é uma causa conhecida, porém de mecanismo ainda indefinido. Independente da etiologia, a patogênese da LO envolve um estágio agudo inicial, com a presença de bactérias e leucócitos, usualmente nos espaços Peri linfáticos. Segue-se uma fase caracterizada por proliferação de fibroblastos e fibrose, culminando após em estágio de ossificação propriamente dito. Os fibroblastos são presumivelmente a fonte de formação da substância de ligação e das fibras da matriz osteóide. A evolução da hipoacusia é lentamente progressiva e uma disacusia neurossensorial profunda e irreversível é a regra. Tal evolução foi observada no caso relatado. O paciente pode experimentar também tontura de grau variado, seja durante o quadro infeccioso agudo ou durante a evolução da doença. O achado de LO na avaliação radiológica possui importância clínica, pois justifica o achado de hipoacusia no exame audiométrico, assim como eventuais distúrbios de equilíbrio do lado afetado. A TC pode demonstrar esclerose, irregularidade ou obliteração da cóclea, vestíbulo e canais semicirculares, com diferentes graus de comprometimento. O estudo tomográfico da extensão da doença pode tornar mais fácil a identificação de qual paciente será ou não auxiliado pelo IC. A ossificação pode tornar difícil a implantação do eletrodo. Inicialmente, mesmo a LO discreta era considerada contraindicação para implantação dos aparelhos de multicanal. Hoje o cirurgião possui muitas opções. A ossificação moderada do giro basal pode ser perfurada através de uma abordagem convencional através do recesso facial. Nos casos severos, o eletrodo pode ser inserido parcialmente. Em nosso caso não existe indicação de implante coclear, pois a audição contralateral é normal.
Figura 1. Ossificação labiríntica a esquerda (seta) e estruturas labirínticas normais a direita.
Figura 2. Tomografia axial computadorizada de osso temporal em corte coronal mostrando ossificação labiríntica a esquerda (seta).
COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE O CASO
A inflamação da cápsula ótica, de etiologia infecciosa ou não, é evento inicial em um processo de destruição do labirinto membranoso que culmina na ossificação das estruturas da orelha interna. Esta, também conhecida como LO leva o paciente a experimentar um quadro de hipoacusia profunda, de caráter irreversível, acompanhado ou não de desequilíbrio, que pode ter implicação importante no desenvolvimento sócio educacional. O diagnóstico é facilitado pelos exames de imagem (TC), que também tem importante papel na indicação de IC para os casos selecionados.
	
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· MATTIOLA LR - Labyrinthitis Ossificans. Report of One Case and Literature Review. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol. São Paulo, v.12, n.2, p. 300-302, 2008;
· BITTAR, R. S. M. et al. Vestibulopatias periféricas. Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial, Tratado de Otorrinolaringologia, São Paulo, Rocca, v. 2, p. 487-504, 2011;
· Floc’h JL, Tan W, Telang RS, Srdjan MV, Nuttall A, ROONEY WD, et al. Markers of cochlear inflammation using MRI. J Magn Reson Imaging. 2014;39:150-6 ;
· QUEIROZ, MEDEIROS, METELLO, ANJOS - Relato de experiência baseado na metodologia da problematização em paciente portador de labirintite - UNIFAN Goiás ,2018;
· Maranhão ASdA, Godofredo VR, Penido NO. Suppurative labyrinthitis associated with otitis media: 26 years’ experience. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:82-7.

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