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1 2 3 4 CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS... 5 CAPITULO 2 – SUBSTÂNCIAS ERGOGENICAS .......................... 23 CAPITULO 3 – DST’S ........................................................................ 29 CAPITULO 4 – DEFICIÊNCIA FÍSICA ............................................. 44 CAPITULO 5 – SISTEMA ESQUELÉTICO ....................................... 59 CAPITULO 6 – SISTEMA MUSCULAR ........................................... 66 CAPITULO 7 – HIPERTENSÃO ....................................................... 72 CAPITULO 8 – DIABETES ................................................................ 76 CAPITULO 9 – GRUPOS ESPECIAIS .............................................. 86 SUMÁRIO 5 O corpo de bombeiros define socorros de urgência, ou primeiros socorros, como as medidas inicialmente tomadas por alguém que esteja qualificado para prestar o socorro, a fim de manter os sinais vitais e evitar o agravamento de lesões já existentes em uma pessoa que esteja fora do ambiente hospitalar. Já segundo a Cruz Vermelha Americana, socorros de urgência são os cuidados imediatamente prestados a quem esteja lesionado ou subitamente adoecido. Quem presta os socorros de urgência precisa saber também que encorajar aquele que recebe os socorros, com palavras tranquilizadoras e motivadoras, que demonstrem sua competência para socorrer. Assim, quem presta socorros deve saber o que fazer e o que não fazer, evitando os erros frequentemente cometidos por quem não está preparado para lidar com situações de urgência. A diferença entre a vida e a morte (em casos mais extremos) ou entre uma rápida recuperação ou um longo período de hospitalização e tratamento pode depender da qualidade dos conhecimentos sobre socorros de urgência daquele que presta esse atendimento. Quando estamos em uma atividade corporal, seja em uma aula de educação física na escola, seja uma atividade esportiva ou recreativa, o risco de ocorrer uma lesão ou um acidente está sempre presente. Em tais situações, precisamos saber como fazer para prestar socorro a quem está lesionado, acidentado ou subitamente se sente mal. Toda pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar (APH), mais conhecido como primeiros socorros, deve antes de tudo, atentar para a sua própria CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS https://www.google.com.br/imagens/primeirossocorros 6 segurança. O impulso de ajudar a outras pessoas, não justifica a tomada de atitudes inconsequentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima. A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de APH (primeiros socorros). Para tanto, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento. Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado em hipótese alguma. A demora na prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como procedimentos inadequados. Importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem comida, uma semana sem água, porém, pouco provável, que sobreviva mais que cinco minutos sem oxigênio. 1.1 ALGUNS CONCEITOS APLICADOS AOS PRIMEIROS SOCORROS Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, fora do ambiente hospitalar, cujo estado físico, psíquico e ou emocional coloquem em perigo sua vida ou sua saúde, com o objetivo de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições (estabilização), até que receba assistência médica especializada. Prestador de socorro: Pessoa leiga, mas com o mínimo de conhecimento capaz de prestar atendimento à uma vítima até a chegada do socorro especializado. Socorrista: É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a vida da vítima, sobrepondo à "qualidade de vida". Qualidade de Vida: Ações desenvolvidas para reduzir as sequelas que possam surgir durante e após o atendimento. https://www.google.com.br/imagens /simboloaph 7 Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico, embora não seja necessariamente uma emergência. Ex: contusões leves, entorses, luxações. Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. Ex: Parada Cardiorrespiratória e hemorragias graves. Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento. Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro. Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima. Sintoma: É informação a partir de um relato da vítima. Acidentes ocorrem a qualquer hora, em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Devemos estar preparados para enfrentá-los, e da melhor maneira possível. 1.2 OMISSÃO DE SOCORRO Deixar de prestar socorro, ou seja, não dar nenhuma assistência a vítima de acidente ou a pessoa em perigo iminente podendo fazê-lo, é crime segundo o artigo 135 do Código Penal Brasileiro. A omissão ou a falta de um pronto atendimento eficiente são os principais motivos de mortes ou danos irreversíveis em vítimas de acidentes de trânsito. 1.3 OBJETIVOS DOS PRIMEIROS SOCORROS: Preservar a vida; Reduzir o sofrimento; Prevenir complicações; Proporcionar transporte adequado, possibilitando melhores condições para receber o tratamento definitivo. https://www.google.com.br/imagen s/ambulancia 8 1.4 ATITUDES BÁSICAS Para que se possa realizar o primeiro atendimento a uma vítima, é necessário algumas atitudes, como: Seriedade, compreensão e confiança; Manter a calma de si mesmo e das outras pessoas; Agilidade; Bom senso; Conhecimento técnico e científico; Agir com segurança para não se tornar outra vítima; Improviso; Jamais ultrapassar os limites de atuação; Não levar a mão à boca e olhos sem antes lavar com água e sabão; Utilizar luvas de borracha no atendimento; 1.5 OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA 1º. Mantenha a calma; 2º. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: primeiro eu (o socorrista), depois minha equipe (incluindo os transeuntes) e por ultimo a vítima. Isso parece ser contraditório à primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas; 3º. Ao prestar socorro, é fundamental ligar para o atendimento pré-hospitalar assim que chegar ao local do acidente. Podemos, por exemplo, discar 193 (número do corpo de bombeiros); 4º. Sempre verificar se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente; 5º. Mantenha sempre o bom-senso; 6º. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos; 7º. Distribua tarefas, assim, os transeuntes que lhe atrapalhariam o ajudará e se sentirão mais úteis; 8º. Evite manobras intempestivas (realizar de forma imprudente, com pressa); 9º. Em caso de múltiplas vítimas, dê preferência aquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito; 10º. Seja socorrista e não um herói (lembre-se do 2º mandamento). 9 1.6 ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS Enquanto o socorro especializado não chegar, devemos tomar algumas precauções básicas. Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se ela pode oferecer riscos, para o acidentado e para você.EM HIPÓTESE NENHUMA PONHA SUA PRÓPRIA VIDA EM RISCO. Existem critérios internacionalmente aceitos, no que se refere a abordagem (atendimento) da vítima. As etapas principais são as seguintes: 1.6.1 PRINCIPAIS ETAPAS AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Consiste na primeira avaliação feita ao chegar ao local do acidente, antes de se iniciar o socorro: 1º Avaliar o Local É importante observar rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrência. Por exemplo: o Fios elétricos soltos e desencapados; tráfego de veículos; andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando; risco de desmoronamento, explosão, queda de objetos, etc.; o Assumir o controle da situação; Evitar o pânico e afastar os curiosos. 2º Avaliar a Vítima - o estado que ela se encontra: Neste momento deverá ser feito um rápido exame da vítima, obedecendo a uma sequência padronizada e corrigindo imediatamente os problemas encontrados. O exame deverá ser feito rigorosamente nessa sequência: O “ABCDE” da vida. A - Abertura das vias aéreas com controle cervical - Estão desobstruídas? Existe lesão da cervical? B - Boa ventilação, respiração - Está adequada? C - Circulação, hemorragia e controle do choque - Existe pulso palpável? Há hemorragias graves? https://www.google.com.br/imagens/acident esprimeirossocorros 10 D - Distúrbio neurológico, nível de consciência; E - Exposição e proteção da vítima AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA É realizado após a estabilização dos sinais vitais da vítima. Consiste em uma avaliação minuciosa, a qual se inicia na cabeça e vai até os pés, na parte anterior (frente) e posterior (costas), identificando lesões que apesar de sua gravidade não colocam a vítima em risco iminente de morte. CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA Pelo histórico do acidente deve-se observar indícios que possam ajudar ao prestador de socorro classificar a vítima como clínica ou traumática. Vítima Clínica: apresenta sinais e sintomas de disfunções com natureza fisiológica, como doenças, etc. Vítima de Trauma: apresenta sinais e sintomas de natureza traumática, como possíveis fraturas. Devemos nesses casos atentar para a imobilização e estabilização da região suspeita de lesão. 1.7 SINAIS VITAIS - FORMAS DE CHECAGEM: "VER / OUVIR / SENTIR" Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida. São reflexos ou indícios que permitem concluir sobre o estado geral de uma pessoa. Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano que devem ser compreendidos e conhecidos são: Temperatura (precisa de instrumental específico) Pulso - braquial e carotídeo Respiração - geralmente usa-se o dorso da mão para sentir Pressão arterial (precisa de instrumental específico) Parâmetros considerados normais para sinais vitais. Temperatura: 36.5º C; Pulso: 60 a 100 bpm; FR: 12 a 20 ipm; P.A: 120 x 80 mmHg. 11 Os sinais vitais são sinais que podem ser facilmente percebidos, deduzindo- se assim, que na ausência deles, existem alterações nas funções vitais do corpo. 1.7.1 TEMPERATURA CORPORAL A temperatura resulta do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a perda de calor pelo organismo. A temperatura é um importante indicador da atividade metabólica, já que o calor obtido nas reações metabólicas se propaga pelos tecidos e pelo sangue circulante. A temperatura do corpo humano está sujeita a variações individuais e a flutuações devido a fatores fisiológicos como: exercícios, digestão, temperatura ambiente e estado emocional. A avaliação diária da temperatura de uma pessoa em perfeito estado de saúde nunca é maior que um grau Celsius, sendo mais baixa pela manhã e um pouco elevada no final da tarde. Existe pequena elevação de temperatura nas mulheres após a ovulação, no período menstrual e no primeiro trimestre da gravidez. Nosso corpo tem uma temperatura média normal que varia de 36 a 37ºC. A avaliação da temperatura é uma das maneiras de identificar o estado de uma pessoa, pois em algumas emergências a temperatura muda muito. O sistema termorregulador trabalha estimulando a perda de calor em ambientes de calor excessivo e acelerando os fenômenos metabólicos no frio para compensar a perda de calor. Graças a isto, o homem é um ser homeotérmico que, ao contrário de outros animais, mantêm a temperatura do corpo constante a despeito de fatores externos. VARIAÇÃO DE TEMPERATURA DO CORPO ESTADO TÉRMICO TEMPERATURA (ºC) Sub-normal 34-36 Normal 36-37 Estado febril 37-38 Febre 38-39 Febre alta (pirexia) 39-40 Febre muito alta (hiperpirexia) 40-41 https://www.google.com. br/imagens/termometro 12 PERDA DE CALOR O corpo humano perde calor através de vários processos que podem ser classificados da seguinte maneira: Eliminação: fezes, urina, saliva, respiração. Evaporação: a evaporação pela pele (perda passiva) associada à eliminação permitirá a perda de calor em elevadas temperaturas. Condução: é a troca de calor entre o sangue e o ambiente. Quanto maior é a quantidade de sangue que circula sob a pele maior é a troca de calor com o meio. O aumento da circulação explica o avermelhamento da pele (hipermia) quando estamos com febre. VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA Oral ou bucal - Temperatura média varia de 36,2 a 37ºC. O termômetro deve ficar por cerca de três minutos, sob a língua, com o paciente sentado, semi- sentado (reclinado) ou deitado. Não se verifica a temperatura de vítimas inconscientes, crianças depois de ingerirem líquidos (frios ou quentes) após a extração dentária ou inflamação na cavidade oral. Axilar - Temperatura média varia de 36 a 36,8ºC. A via axilar é a mais sujeita a fatores externos. O termômetro deve ser mantido sob a axila seca, por 3 a 5 minutos, com o acidentado sentado, reclinado ou deitado. Não se verifica temperatura em vítimas de queimaduras no tórax, processos inflamatórios na axila ou fratura dos membros superiores. Retal - Temperatura média varia de 36,4 a 37ºC. O termômetro deverá ser lavado, seco e lubrificado com vaselina e mantido dentro do reto por 3 minutos com o acidentado em decúbito lateral, com a flexão de um membro inferior sobre o outro. Não se verifica a temperatura retal em vítimas que tenham tido intervenção cirúrgica no reto, com abscesso retal ou perineorrafia. A verificação da temperatura retal é a mais precisa, pois é a que menos sofre influência de fatores externos. https://www.google.com.br/imagens/te rmometro 13 O instrumento padrão para a medida da temperatura corpórea é o termômetro clínico de vidro com mercúrio. Em nosso meio, o método mais aceito é a temperatura axilar o que satisfaz plenamente aos propósitos clínicos. Vários instrumentos podem ser usados para a avaliação da temperatura da pele. A literatura internacional adota a medida da temperatura retal ou oral. 1.7.2 PULSO O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre o sangue. Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria e se repete com regularidade, segundo as batidas do coração. Existe uma relação direta entre a temperatura do corpo e a frequência do pulso. Em geral, exceto em algumas febres, para cada grau de aumento de temperatura existe um aumento no número de pulsações por minuto (cerca de 10 pulsações). O pulso pode ser apresentado variando de acordo com sua frequência, regularidade, tensão e volume. a) Regularidade (alteração de ritmo) Pulso rítmico: normal Pulso arrítmico: anormal b) Tensão c) Frequência - Existe uma variação média de acordo com a idade como pode ser visto no Quadro abaixo. PULSO NORMAL FAIXA ETÁRIA 60-100 bpm Adultos 80-90 bpm Crianças acima de 7 anos 80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos 110-130 bpm Crianças abaixo de um ano 130-160 bpm Recém-nascidos d) Volume Pulso cheio: normalPulso filiforme (fraco): anormal 14 A alteração na frequência do pulso denuncia alteração na quantidade de fluxo sanguíneo. As causas fisiológicas que aumentam os batimentos do pulso são: digestão, exercícios físicos, banho frio, estado de excitação emocional e qualquer estado de reatividade do organismo. No desmaio / síncope as pulsações diminuem. Através do pulso ou das pulsações do sangue dentro do corpo, é possível avaliar se a circulação e o funcionamento do coração estão normais ou não. Pode- se sentir o pulso com facilidade: Procurar acomodar o braço do acidentado em posição relaxada. Usar o dedo indicador, médio e anular sobre a artéria escolhida para sentir o pulso, fazendo uma leve pressão sobre qualquer um dos pontos onde se pode verificar mais facilmente o pulso de uma pessoa. Não usar o polegar para não correr o risco de sentir suas próprias pulsações. Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. Neste período deve-se procurar observar a regularidade, a tensão, o volume e a frequência do pulso. Existem no corpo vários locais onde se podem sentir os pulsos da corrente sanguínea. Recomenda-se não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isto pode impedir que se percebam os batimentos. O pulso radial pode ser sentido na parte da frente do punho. Usar as pontas de 2 a 3 dedos levemente sobre o pulso da pessoa do lado correspondente ao polegar, conforme a figura ao lado. O pulso carotídeo é o pulso sentido na artéria carótida que se localiza de cada lado do pescoço. Posicionam-se os dedos sem pressionar muito para não comprimir a artéria e impedir a percepção do pulso. https://www.google.com.br/imagens/puls o 15 Do ponto de vista prático, a artéria radial e carótida são mais fáceis para a localização do pulso, mas há outros pontos que não devem ser descartados. 1.7.3 RESPIRAÇÃO A respiração é uma das funções essenciais à vida. É através dela que o corpo promove permanentemente o suprimento de oxigênio necessário ao organismo, vital para a manutenção da vida. A respiração é comandada pelo Sistema Nervoso Central. Seu funcionamento processa-se de maneira involuntária e automática. É a respiração que permite a ventilação e a oxigenação do organismo e isto só ocorre através das vias aéreas desimpedidas. A observação e identificação do estado da respiração de um acidentado de qualquer tipo de afecção é conduta básica no atendimento de primeiros socorros. Muitas doenças, problemas clínicos e acidentes de maior ou menor proporção alteram parcialmente ou completamente o processo respiratório. Fatores diversos como secreções, vômito, corpo estranho, edema e até mesmo a própria língua podem ocasionar a obstrução das vias aéreas. A obstrução produz asfixia que, se prolongada, resulta em parada cardiorrespiratória. O processo respiratório manifesta-se fisicamente através dos movimentos ritmados de inspiração e expiração. Na inspiração existe a contração dos músculos que participam do processo respiratório, e na expiração estes músculos relaxam-se espontaneamente. Quimicamente existe uma troca de gazes entre os meios externos e internos do corpo. O organismo recebe oxigênio atmosférico e elimina dióxido de carbono. Esta troca é a hematose, que é a transformação, no pulmão, do sangue venoso em sangue arterial. https://www.google.com.br/imagens/frequenciacardiaca 16 Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e como está respirando. A respiração pode ser basicamente classificada por tipo e frequência. A frequência da respiração é contada pela quantidade de vezes que uma pessoa realiza os movimentos combinados de inspiração e expiração em um minuto. Para se verificar a frequência da respiração, conta-se o número de vezes que uma pessoa realiza os movimentos respiratórios: 01 inspiração + 01 expiração = 01 movimento respiratório. A contagem pode ser feita observando-se a elevação do tórax se o acidentado for mulher ou do abdome se for homem ou criança. Pode ser feita ainda contando-se as saídas de ar quente pelas narinas. A frequência média por minuto dos movimentos respiratórios varia com a idade. Por exemplo: um adulto possui um valor médio respiratório de 12 - 20 respirações por minuto. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (VALORES NORMAIS) FAIXA ETÁRIA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (ipm) Recém nascido 30-60 Lactente 24-40 Pré-escolar 22-34 Adolescente 12-16 Adulto 12-20 TIPOS DE RESPIRAÇÃO Eupneia - Respiração que se processa por movimentos regulares, sem dificuldades, na frequência média. Apneia - É a ausência dos movimentos respiratórios, equivale à parada respiratória. Dispneia - Dificuldade na execução dos movimentos respiratórios. Bradpnéia - Diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios. https://www.google.com.br/imagens/frequenciadere spiracao 17 Taquipnéia - Aceleração dos movimentos respiratórios. Ortopnéia - O acidentado só respira sentado. Hiperpnéia ou hiperventilação - É quando ocorre o aumento da frequência e da profundidade dos movimentos respiratórios. Fatores fisiopatológicos podem alterar a necessidade de oxigênio ou a concentração de gás carbônico no sangue. Isto contribui para a diminuição ou o aumento da frequência dos movimentos respiratórios. A nível fisiológico os exercícios físicos, as emoções fortes e banhos frios tendem a aumentar a frequência respiratória. Em contra partida o banho quente e o sono a diminuem. 1.7.4 PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a pressão do sangue, que depende da força de contração do coração, do grau de distensibilidade do sistema arterial, da quantidade de sangue e sua viscosidade. Uma pessoa com hipertensão deverá ser mantida com a cabeça elevada; deve ser acalmada; reduzir a ingestão de líquidos e sal e ficar sob observação permanente até a chegada do médico. No caso do hipotenso, deve-se promover a ingestão de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar um médico. É importante perguntar à vítima sua pressão arterial e passar essa informação ao profissional que for prestar o socorro especializado. CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (> 18 ANOS DE IDADE) PAD (mmHg) PAS (mmHg) CLASSIFICAÇÃO <85 < 130 Normal 85-89 130-139 Normal limítrofe 90-99 140-159 Hipertensão leve (estágio 1) 100-109 160-179 Hipertensão moderada (estágio 2) ≥ 110 ≥ 180 Hipertensão grave (estágio 1) < 90 ≥ 140 Hipertensão Sistólica isolada https://www.google.com.br/im agens/estetoscopiofiguras 18 SINAIS DE APOIO Além dos sinais vitais do funcionamento do corpo humano, existem outros que devem ser observados para obtenção de mais informações sobre o estado de saúde de uma pessoa. São os sinais de apoio; sinais que o corpo emite em função do estado de funcionamento dos órgãos vitais. Os sinais de apoio podem ser alterados em casos de hemorragia, parada cardíaca ou uma forte batida na cabeça, por exemplo. Os sinais de apoio tornam-se cada vez mais evidentes com o agravamento do estado do acidentado. Os principais sinais de apoio são: Dilatação e reatividade das pupilas Cor e umidade da pele Estado de consciência Motilidade e sensibilidade do corpo DILATAÇÃO E REATIVIDADE DAS PUPILAS A pupila é uma abertura no centro da íris - a parte colorida do olho - e sua função principal é controlar a entrada de luz no olho para a formação das imagens que vemos. A pupila exposta à luz se contrai. Quando há pouca ou quase nenhuma luz a pupila se dilata, fica aberta. Quando a pupila está totalmente dilatada, é sinal de que o cérebro não está recebendo oxigênio, exceto no uso de colírios midiáticos ou certos envenenamentos. A dilatação e reatividade das pupilas são um sinal de apoio importante. Muitas alterações do organismo provocam reações nas pupilas. Certas condições de"stress", tensão, medo e estados de pré-choque também provocam consideráveis alterações nas pupilas. Devemos observar as pupilas de uma pessoa contra a luz de uma fonte lateral, de preferência com o ambiente escurecido. Se não for possível deve-se olhar as pupilas contra a luz ambiente. MIOSE – Pupilas contraídas, sem reação a luz. → Lesões no sistema nervoso central. Abuso de drogas 19 ANISOCORICA – Pupilas assimétricas (uma dilatada e outra contraída). → Acidente vascular cerebral - AVC, Traumatismo crânio encefálico - TCE. MIDRIASE – Pupilas dilatadas. → Ambiente com pouca luz, anóxia ou hipóxia severa, inconsciência, estado de choque, parada cardíaca, hemorragia, TCE. COR E UMIDADE DA PELE A cor e a umidade da pele são também sinais de apoio muito útil no reconhecimento do estado geral de um acidentado. Uma pessoa pode apresentar a pele pálida, cianosada ou hiperemiada (avermelhada e quente). A cor e a umidade da pele devem ser observadas na face e nas extremidades dos membros, onde as alterações se manifestam primeiro. A pele pode também ficar úmida e pegajosa. Pode-se observar estas alterações melhor no antebraço e na barriga. ALTERAÇÕES ORGÂNICAS QUE PROVOCAM ALTERAÇÕES NA COR E UMIDADE DA PELE ALTERAÇÃO OCORRÊNCIA Cianose (pele azulada) Exposição ao frio, parada cardiorrespiratória, estado de choque, morte. Palidez Hemorragia, parada cardiorrespiratória, exposição ao frio, extrema tensão emocional, estado de choque. Hiperemia (pele vermelha e quente) Febre, exposição a ambientes quentes, ingestão de bebidas alcoólicas, queimaduras de primeiro grau, traumatismo. Pele fria e viscosa ou úmida e pegajosa Estado de choque 20 Este é outro sinal de apoio importante. A consciência plena é o estado em que uma pessoa mantém o nível de lucidez que lhe permite perceber normalmente o ambiente que a cerca, com todos os sentidos saudáveis respondendo aos estímulos sensoriais. Quando se encontra um acidentado capaz de informar com clareza sobre o seu estado físico, pode-se dizer que esta pessoa está perfeitamente consciente. Há, no entanto, situações em que uma pessoa pode apresentar sinais de apreensão excessiva, olhar assustado, face contraída e medo. Esta pessoa certamente não estará em seu pleno estado de consciência. Uma pessoa pode estar inconsciente por desmaio, estado de choque, estado de coma, convulsão, parada cardíaca, parada respiratória, alcoolismo, intoxicação por drogas e uma série de outras circunstâncias de saúde e lesão. No desmaio há uma súbita e breve perda de consciência e diminuição do tônus muscular. Já o estado de coma é caracterizado por uma perda de consciência mais prolongada e profunda, podendo o acidentado deixar de apresentar gradativamente reação aos estímulos dolorosos e perda dos reflexos. MOTILIDADE E SENSIBILIDADE DO CORPO Qualquer pessoa consciente que apresente dificuldade ou incapacidade de sentir ou movimentar determinadas partes do corpo está obviamente fora de seu estado normal de saúde. A capacidade de mover e sentir partes do corpo são um sinal que pode nos dar muitas informações. Quando há incapacidade de uma pessoa consciente realizar certos movimentos, pode-se suspeitar de uma paralisia da área que deveria ser movimentada. A incapacidade de mover o membro superior depois de um acidente pode indicar lesão do nervo do membro. A incapacidade de movimento nos membros inferiores pode indicar uma lesão da medula espinhal. O desvio da comissura labial (canto da boca) pode estar a indicar lesão cerebral ou de nervo periférico (facial). Pede-se à vítima que sorria. Sua boca sorrirá torta, só de um lado. Pedir à vítima de acidente traumático que movimente os dedos de cada mão, a mão e os membros superiores, os dedos de cada pé, o pé e os membros inferiores. 21 Quando um acidentado perde o movimento voluntário de alguma parte do corpo, geralmente ela também perde a sensibilidade no local. Muitas vezes, porém, o movimento existe, mas o acidentado reclama de dormência e formigamento nas extremidades. É muito importante o reconhecimento destas duas situações, como um indício de que há lesão na medula espinhal. É importante, também, nestes casos tomar muito cuidado com o manuseio e transporte do acidentado para evitar o agravamento da lesão. Convém ainda lembrar que o acidentado de histeria, alcoolismo agudo ou intoxicação por drogas, mesmo que sofra acidente traumático, pode não sentir dor por várias horas. A verificação rápida e precisa dos sinais vitais e dos sinais de apoio é uma chave importante para o desempenho de primeiros socorros. O reconhecimento destes sinais dá suporte, rapidez e agilidade no atendimento e salvamento de vidas. DICAS IMPORTANTES!!! Toda vítima de trauma possui lesão cervical até provar o contrário! O estado de uma vítima é inversamente proporcional ao número de informações obtidas pelo socorrista. Não se administra nada via oral para vítimas inconscientes! 1. Uma das ações do socorrista para manter a vítima viva é a estabilização dos seus sinais vitais. Cite quais são esses sinais: 2. Antes de proceder à avaliação secundária, o socorrista deverá realizar: a) O transporte, não se preocupando com qualquer análise. b) A avaliação secundária. c) A pesquisa do ambiente onde ocorreu o acidente, relacionando-o com os problemas da vítima. d) A avaliação primária, afastando todos os perigos que ameaçam a vida 3. Dentre os objetivos dos primeiros socorros estão: a) Preservar a vida. b) Manter a vítima sofrendo. 22 c) Prevenir complicações. d) Proporcionar transporte adequado e) Os itens a, c e d estão corretas. 4. Midríase é o estado em que as pupilas encontram-se: a) Contraídas. b) Normais. c) Dilatadas. d) Assimétricas. 5. Existem no corpo vários locais onde se podem sentir os pulsos da corrente sanguínea, cite os dois principais. 6. Ao observar uma pessoa que acaba de acidentar-se o socorrista percebe que a vítima encontra-se em apneia respiratória, isso significa que: a) A respiração apresenta movimentos regulares, sem dificuldades, na frequência média. b) Há uma ausência dos movimentos respiratórios. c) Há uma diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios. d) Há uma dificuldade na execução dos movimentos respiratórios. 7. Realizar uma aula pratica com os alunos aplicando alguns métodos de primeiros socorros. 23 A literatura científica se refere aos ergogênicos como sendo substâncias ou artifícios utilizados, visando a melhora da performance. O termo ergogênico é derivado de duas palavras gregas: ergon (trabalho) e gennan (produzir). Portanto, um ergogênico normalmente se refere à alguma coisa que produz ou intensifica o trabalho. Nos dias de hoje, atletas têm usado ergogênicos visando a melhora da performance esportiva, dentro do que seria possível atingir através de suas habilidades naturais (genética) e do treinamento. O propósito da maioria dos ergogênicos é aumentar a performance através da intensificação da potência física (produção de energia), da força mental (controle da energia) ou do limite mecânico (eficiência energética); e, desta forma, prevenir ou retardar o início da fadiga. . 1. AUMENTANDO A PERFORMANCE ATRAVÉS DA POTÊNCIA FÍSICA, FORÇA MENTAL E LIMITE MECÂNICO → Para intensificar a potência física 1. Aumento do tecido muscular usado na produção de energia 2. Aumento da taxa dos processos metabólicos que produzem energia dentro do músculo 3. Aumento da oferta de energia no músculo durante atividades de maior duração 4. Melhora da liberação das ofertas de energia do músculo 5. Combate ao acúmulo de substâncias no corpo que interferem na ótima produção de energia → Para intensificar a força mental 1. Aumentodos processos psicológicos que maximizam a produção de energia CAPITULO 2 - SUBSTÂNCIAS ERGOGÊNICAS https://www.google.com.br/imagens/suplementos 24 2. Diminuição dos fatores que interferem no ótimo funcionamento psicológico → Para intensificar os limites mecânicos 1. Melhora da eficiência dos mecanismos corporais humanos, através da diminuição da massa corporal, principalmente da gordura. 2. Melhora da estabilidade, através do aumento da massa corporal, principalmente da massa muscular. Os ergogênicos podem ser classificados em 5 categorias de "ajuda": (a) nutricional, (b) farmacológica, (c) fisiológica, (d) psicológica, e (e) biomecânica e mecânica: consistem nas técnicas de treinamento propriamente ditas (ex.: uniformes e equipamentos). 2. ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS Os ergogênicos nutricionais servem principalmente para aumentar o tecido muscular, a oferta de energia para o músculo, e a taxa de produção de energia no músculo. Os nutrientes estão envolvidos com os processos geradores de energia através de três funções básicas: (a) alguns deles são utilizados como fonte de energia; (b) alguns regulam os processos através dos quais a energia é produzida no corpo; (c) alguns promovem o crescimento, desenvolvimento do tecido corporal que produz energia. Uma alimentação adequada é fundamental para que consigamos atingir a performance esportiva ótima. Se sua alimentação é deficiente em um determinado nutriente que é utilizado fundamentalmente para a produção de energia durante o exercício, sua performance será prejudicada. Ou seja, se sua dieta for equilibrada sendo composta por alimentos variados, você não estará sujeito a uma deficiência nutricional, que irá prejudicar a sua performance esportiva. Os nutrientes podem ser agrupados em 6 diferentes classes: carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, e água. Geralmente, carboidrato é utilizado como fonte de energia. Gordura fornece energia, e também faz parte da estrutura da maioria das células. Proteína desempenha uma serie de papeis, sendo necessária para: (a) formação de tecido, crescimento e desenvolvimento de tecido; https://www.google.com.br/ima gens/saude 25 (b) formação de enzimas que regulam a produção de energia; (c) energia, sob certas condições (ex.: estoques baixos de carboidrato). As vitaminas regulam os processos metabólicos trabalhando como enzimas. Muitos minerais também estão envolvidos com a regulação do metabolismo, mas alguns também contribuem com a formação da estrutura do nosso corpo com um todo (ex.: o cálcio atua como constituinte do tecido ósseo (esqueleto)). Finalmente, a água compões a maior parte do nosso peso corporal e ajuda a regular uma variedade de processos metabólicos. Todos os nutrientes estão envolvidos com a produção de energia de uma maneira ou de outra, mas alguns nutrientes específicos são especialmente importantes para atletas, cujas taxas de produção de energia podem aumentar significativamente durante o exercício. Por exemplo, proteína é o substrato para a formação do tecido muscular, carboidratos são a fonte de energia primária no músculo, e ferro é essencial para o transporte adequado de oxigênio para a célula muscular. Nutrientes que tem sido estudados em relação a performance esportiva 2.1 Carboidratos Suplementos de carboidrato 2.2 Gorduras Suplementação de gordura / Ácidos graxos Ómega-3 / Triglicerídeos de cadeia média (TCM) 2.3 Proteína/Aminoácidos Suplementos de proteína / Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) / Arginina, lisina, ornitina /Triptofano /Aspartatos 2.4 Vitaminas Antioxidantes / Ácido pantotênico / Tiamina (B1) / Ácido fólico / Riboflavina (B2) / B12 / Niacina / Ácido ascórbico (C) / Piridoxina (B6) / Vitamine E 2.5 Minerais Cálcio / Fosfato / Cromo / Selênio / Ferro / Zinco / Magnésio 26 2.6 Água 2.7 Extratos de plantas Fitosterois anabólicos / Ginseng 2.8 Outros Suplementos industrialmente formulados / HBM(beta-hidroxi-beta- metilbutirato) 3. ERGOGÊNICOS FARMACOLÓGICOS Ergogênicos farmacológicos são drogas destinadas a funcionar como hormônios ou neurotransmissores, que são encontrados naturalmente no nosso corpo. Como alguns ergogênicos nutricionais, os ergogênicos farmacológicos, podem intensificar a potência física através de alterações promovidas nos processos metabólicos, levando ao sucesso no esporte. Por exemplo, as anfetaminas podem "imitar" os efeitos da epinefrina, um hormônio secretado naturalmente durante o exercício que intensifica os processos fisiológicos envolvidos com a produção de energia. Os ergogênicos farmacológicos também podem afetar a força mental e o limite mecânico. Ergogênicos farmacológicos têm despertado preocupação, uma vez que o Doping, uso de drogas visando aumentar a performance, tem persistido. Apesar de algumas drogas serem ergogênicos eficazes, o seu uso pode aumentar significativamente o risco de vida. A Comissão Médica do Comitê Olímpico Internacional (COI) considera que o doping viola a ética tanto do esporte quanto da Ciência Médica e, portanto, é proibido. A seguir veremos alguns exemplos das principais substâncias farmacológicas e métodos proibidos pelo COI. https://www.google.com.br/imagens/ergog enicosfarmaceuticos 27 Exemplos das principais substâncias farmacológicas e métodos proibidos pelo COI → Substâncias proibidas Estimulantes (anfetaminas, cocaína, efedrina) / Narcóticos Anabólicos (esteroides anabólicos, clenbuterol) / Diuréticos → Métodos proibidos Doping sanguíneo / Manipulação física, química e farmacológica → Drogas sujeitas a certas restrições Álcool / Cafeína / Marijuana / Anestésicos locais / Corticosteroides / Betabloqueadores 3 ERGOGÊNICOS FISIOLÓGICOS Ergogênicos fisiológicos são substâncias ou técnicas destinadas a intensificar os processos fiológicos naturais que geram a potência física. Como por exemplo, o doping sanguíneo, eritropoietina, e inalação de oxigênio. Os ergogênicos fisiológicos não são drogas em si, porém têm sido proibidos pelo COI. Outros ergogênicos fisiológicos podem estar relacionados aos ergogênicos nutricionais. Carnitina e creatina são encontradas nos alimentos, mas são nutrientes não essenciais, pois são formados pelo nosso organismo a partir de outros nutrientes. Em geral, esses nutrientes não essenciais estão intimamente envolvidos com os processos fisiológicos importantes para a performance esportiva. Exemplos de ergogênicos fisiológicos que têm sido estudados em relação a sua influência sob a performance esportiva. → Metabolismo celular Carnitina Coenzima Q10 Creatina Bicarbonato de cálcio https://www.google.com.br/imagens/ergogenicosfisiologicos 28 1. Hormônios (neurotransmissores) Colina DHEA (deidroepiandrosterona) Gonadotropina coriônica humana Hormônio do crescimento Testosterona 2. Transporte de oxigênio Doping sanguíneo Eritropoietina Glicerol Inosina Oxigênio 1- O que são substâncias ergogênicas? 2- Qual a principal função dessa substancia ? 3- Porque atualmente muitos atletas estão usando essas substancias? 4- Explique o que os ergogênicas fazem no: A. Para intensificar a potência física B. Para intensificar a força mental C. Para intensificar os limites mecânicos 5- Cite e explique a classificação dos ergogênicos. 6- O que é alta performance? 7- Porque algumas substâncias farmacológicas e métodos proibidos pelo COI? 29 Doenças sexualmente transmitidas ou DSTs, são doenças infecciosas que podem ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem também ser transmitidas por vias não sexuais, porém formas não sexuais de transmissão são menos frequentes. Estima-se que de 10a 15 milhões de americanos tenham doenças sexualmente transmitidas, muitos dos casos são epidêmicos, incluindo gonorreia, inflexão da uretra não causada pela gonorreia, herpes genital, condiloma, scabics (mites) e infecções na uretra e na vagina causadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, pelo protozoário Trichomas e pelo fungo monilia. Vários estudos mostram que as doenças sexualmente transmitidas afetam pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais nos Estados Unidos. Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que foram citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs podem ser causadas por uma grande variedade de organismos, tais como o protozoário Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias causadoras da gonorreia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital. CAPITULO 3- DST's (DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS) https://www.google.com.br/imagens/dsts 30 TRANSMISSÃO A transmissão de todas estas doenças só ocorre através do contato íntimo com a pessoa infectada, porque todos os organismos causadores morrem rapidamente se forem removidos do corpo humano. Apesar da área de contato ser normalmente as genitais, a prática de sexo anal e oral pode também causar infecções. Gonorreia, sífilis e infecção clamidial podem ser transmitidas de uma portadora grávida ao filho que está sendo gerado, tanto através do útero como através do parto. Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas infecções causam apenas uma irritação local, coceira e uma leve dor, porém a gonorreia e clamídia podem causar infertilidade em mulheres. A natureza epidêmica das doenças sexualmente transmitidas as torna de difícil controle. Algumas autoridades em saúde pública atribuem o aumento no número de casos destas doenças ao aumento de atividade sexual. Outro fator que também contribui significativamente é a substituição do uso de camisinha (condom) - que oferece alguma proteção - por pílulas e diafragmas com métodos anticonceptivos. Os padrões das doenças sexualmente transmitidas são bastante variáveis. Enquanto a sífilis e a gonorreia eram ambas epidêmicas, o uso intensivo de penicilina fez com que a frequência da sífilis caísse para um nível razoavelmente controlado; a atenção voltou-se então ao controle da gonorreia, foi quando a frequência da sífilis aumentou novamente. Os casos de herpes genital e clamídia também aumentaram durante a década de 70 e durante o início da década de 80. O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis é feito basicamente com antibióticos. A penicilina tem sido uma droga eficiente contra a sífilis e a gonorreia, porém muitos dos organismos causadores da gonorreia são hoje resistentes à penicilina; usa-se nestes casos o ceftriaxone ou a spectinomicine. A tetraciclina é usada para tratar o linfogranuloma venéreo, o granuloma inguinale e a uterite clamidial. Existem tratamentos específicos para a maioria das doenças https://www.google.com.br/imagens/dststransmissao 31 sexualmente transmitidas, com exceção do molluscum contagiosum. A droga antivírus aciclovir tem se mostrado útil no tratamento do herpes. A única forma de se prevenir a dispersão das doenças sexualmente transmitidas é através da localização dos indivíduos que tiveram contato sexual com pessoas infectadas e determinar se estes também necessitam tratamento. Localizar a todos, entretanto, é bastante difícil, especialmente porque nem todos os casos são reportados. AIDS (SIDA) e a hepatite B são transmitidas através do contato sexual, porém estas doenças podem também ser transmitidas de outras formas. 3. Condiloma (HPV) Condiloma é a designação genérica do Papiloma vírus Humana. Outras denominações como condilomatose, condiloma acuminado e crista de galo também podem ser usadas. A exemplo do herpes, o condiloma tem períodos de latência (remissão) variáveis de um indivíduo para o outro. Causam lesões verrugosas, a princípio microscópicas e de difícil visualização a olho desarmado, que vão lentamente crescendo como lesões sobrepostas umas às outras, formando a designação popular de crista de galo. Podem chegar, em indivíduos com higiene precária, a lesões coalescentes e grandes como a palma da mão de um adulto. Seu contágio é quase que exclusivamente sexual (gênito-genital, oro-genital ou gênito- anal) e sua manifestação depende da imunidade do contaminado. O diagnóstico faz-se por penoscopia direta (coloração especial que tinge as lesões condilomatosas quando presentes) e sempre que possível, biópsia para confirmar-se a suspeita clínica. Uma vez diagnosticado o condiloma, o tratamento é quase sempre é cirúrgico por uma destas modalidades: eletro cauterização ou eletro fulguração, que consiste em queimar as lesões ou a exérese das lesões que serão mandadas para exame anatomopatológico, fazendo-se assim a biópsia e o tratamento ao mesmo tempo. Muitas vezes os dois métodos são utilizados em conjunto, nas lesões extensas. A cauterização química com ácidos orgânicos que https://www.google.com.br/imagens/viruscond iloma http://www.uro.com.br/faq_dst2.htm 32 também queimam as lesões, têm uma série de contraindicações e complicações que me levaram a quase descartá-lo para uso rotineiro. O cliente com condilomatose deve ser alertado para a possibilidade de recidivas após os tratamentos, como se lesões latentes esperassem a hora certa para aparecer. Não raro estes clientes terão repetidas sessões de terapia. Também é importante salientar que no homem o condiloma é apenas uma lesão esteticamente feia, mas na mulher é precursor do câncer de colo do útero, uma doença grave. Portanto, tratar o homem é prevenir uma complicação séria para a mulher. Nestes casos, frequentemente recebemos o homem para penoscopia por solicitação do ginecologista da esposa, que diagnosticou displasia do colo de útero e suspeita de condiloma como agente causador. 4. Herpes Os vírus herpes simples (VHS) tipo 1 e tipo 2 são ambos da família herpes vírus humanos, a qual ainda inclui o citomegalovírus, o Epstein- Barr vírus, varicela zoster vírus e herpes vírus humanos específicos (Kaposi). A principal característica dos herpes vírus é a de produzir infecções latentes, potencialmente recorrentes. A latência se desenvolve a partir da sobrevivência do material genético do vírus dentro de células hospedeiras, sem produção de partículas infectantes. A infecção genital pelo VHS é adquirida a partir do contato de superfícies cutâneas (pele) ou mucosas genitais com os vírus infectantes. Sendo um parasita celular obrigatório (é desativado pela perda de umidade à temperatura ambiente), é pouco provável que se transmita por aerossol (gotas microscópicas) ou fômites (peças de vestuário íntimo, assento do vaso sanitário, papel higiênico, etc.), sendo o contato sexual, orogenital ou genito-anal e gênito-genital, o modo habitual de transmissão. Acredita-se, a exemplo de outras infecções genitais, que o VHS penetre no corpo humano por pequenas escoriações (raspados) ou fissuras na pele ou mucosas, resultante do ato sexual. Após sua infecção, o VHS é transportado através https://www.google.com.br/imagens/herpesgenital 33 dos neurônios (nervos), com isto podendo variar seus locais de recidiva. Na infecção inicial a gravidade das lesões será diretamente proporcional à imunidade da pessoa, disto também dependerá a frequência e gravidade das recidivas. A pessoa que teve infecção anterior pelo VHS oral poderá ter uma infecção pelo VHS genital atenuada (menos grave) pela presençade anticorpos cruzados. Não existe até o presente momento, cura para qualquer tipo de herpes. Todo o tratamento proposto visa aumentar os períodos de latência em meses e até anos. A partir de diagnóstico clínico e laboratorial, medidas higiênicas devem ser tomadas para o indivíduo e sua/seus parceiros sexuais. Em mulheres grávidas, maiores cuidados em relação ao feto devem ser adotados, mesmo que o diagnóstico não tenha sido na gestante e sim no seu parceiro sexual. Este, infectado, deve evitar o coito durante a gravidez ou fazê-lo de modo seguro. Como adquiri isto? Pergunta frequente de consultório, sempre implicando em "infidelidade". Esta pode estar presente, sem dúvida, mas grande parte dos infectados é assintomático até sua primeira crise herpética, num intervalo que pode ser de muito tempo e depois de vários relacionamentos amorosos. Lembro aqui que o perigo maior de contágio está nas lesões por recorrência quando então o indivíduo deve se proteger para não transmitir durante a atividade sexual. Fatores que baixam a imunidade, como gripes ou resfriados e o stress podem contribuir para tornar as recidivas mais frequentes. Por isto pacientes aidéticos podem ser cronicamente molestados por esta doença. Não há evidências médicas de relação do herpes com qualquer tipo de câncer humano. 5. Uretrites É a designação genérica para processos inflamatórios ou infecciosos da uretra (canal que conduz a urina da bexiga para o meio externo, ao urinarmos) masculina e feminina. Os sintomas da uretrite compreendem: a descarga uretral (secreção) que varia de acordo com o agente etiológico, desconforto urinário sob forma de ardência e/ou dor para urinar e às vezes sensação de "coceira" na parte terminal da uretra (perto https://www.google.com.br/image ns/uretrites 34 do meato urinário na glande peniana). Estes três principais sintomas podem variar de intensidade de acordo com a doença. As uretrites inflamatórias (sem a participação de germes), em grande parte, são originadas pelo trauma externo, como por exemplo, o hábito de ordenhar a a uretra após urinar, ou hábito masturbatório, lembrando aqui que a uretra é uma estrutura bastante superficial e sensível. O trauma interno, como aquele que ocorre após manipulação com instrumentos ou sondas, também pode originar uma uretrite inflamatória, que deverá receber tratamento sintomático adequado. As uretrites infecciosas são doenças sexualmente transmissíveis (DST), que é o nome atualmente aceito para as antigas doenças venéreas, termo este empregado no passado, quando blenorragia (gonorreia) e sífilis dominavam o cenário das DST. Ainda deste conceito temos a classificação das uretrites infecciosas, como uretrite gonocócica e não gonocócica. A gonocócica, como diz o termo, é a causada pelo gonococo (N. gonorrhoeae) e as não gonocócicas são mais comumente causadas por um dos germes a seguir: clamídia, micoplasma e ureaplasma. A uretrite gonocócica produz extremo desconforto uretral, com dor, ardor, urgência urinária e secreção abundante, esverdeada, que suja a roupa íntima do (a) portador (a). Já as demais uretrites, podem ter sintomatologia escassa, com pouca ou nenhuma secreção no início da doença. Um dos sintomas mais comuns é o misto de ardência para urinar com coceira após urinar. Na suspeita deste tipo de uretrite, devem ser realizados exames laboratoriais para se tentar descobrir o germe responsável. Uma história detalhada e um exame físico minucioso devem ser realizados. Muitas uretrites inadequadamente tratadas podem evoluir para complicações mais sérias, como uma cervicite e doença inflamatória pélvica na mulher ou orquite, epididimite ou prostatite no homem. Na maior parte das vezes o urologista vai preferir tratar o casal, mesmo que o(a) parceiro(a) não apresente sintomas importantes. Como sequelas das complicações das uretrites mal conduzidas, podemos citar infertilidade e as estenoses de uretra. 6. Candidíase É a infecção causada pela Cândida albicans, e não é obrigatoriamente uma DST. No homem, balanopostite ou postite https://www.google.com. br/imagens/candidiese 35 por cândida e na mulher, vaginite ou cervicite por cândida. É um fungo que habita normalmente nosso organismo, tendo a função de saprófita (alimenta-se de restos celulares) no aparelho genital. Como qualquer outra micose, gosta de ambientes quentes e úmidos, como a vagina e o prepúcio. No homem, o micro traumatismo peniano que resulta de uma relação sexual pode ser o suficiente para desencadear o processo de instalação de uma balanopostite por cândida, que com certeza vai incomodar seu portador. Surge já nas primeiras horas uma ardência ao contato com secreção vaginal ou à própria urina, bem como a pele torna-se avermelhada, brilhante e friável (descama com facilidade ao toque) com um prurido (coceira) intensa. Na mulher, o sintoma mais importante é o prurido vaginal ou dos lábios da vulva, seguido ou não por secreção vaginal (corrimento) branco. No período menstrual, como há intensa descamação do endométrio e perda de sangue (células mortas), há um aumento da população da cândida (e outros saprófitas), pois há uma quantidade maior de restos celulares a serem removidos do organismo. Também, o uso prolongado de antibióticos, que não agem sobre os fungos, pode fazer uma seleção destes, aumentando sua população no organismo (por exemplo, sapinho). O contato sexual nestes dias pode resultar em candidíase em ambos os sexos. A excessiva população de cândida acidifica ainda mais o ph vaginal, que é o que causa a dor e a ardência genital em ambos os sexos. A queixa pode surgir de qualquer dos sexos e como dito acima, é a cândida uma habitante normal de nosso organismo, desde que não nos agrida. Portanto, não há a menor possibilidade de erradicá-la definitivamente, uma vez que a adquiriremos novamente horas após, pela dieta, pelo ambiente, convívio social, sexual, etc. O tratamento visa principalmente alívio para os sintomas e diminuir a população do fungo a uma quantidade que não agrida nosso organismo. O tratamento do casal é imperativo e medidas higiênicas adequadas devem ser adotadas para seu controle efetivo. Em alguns homens portadores de diabetes, pode ser necessária a remoção cirúrgica do prepúcio (circuncisão), como uma medida profilática à balanopostite por cândida. Ainda, o uso inadequado de absorventes ou duchas vaginais possuem papel importante na recidiva da candidíase da mulher. 36 7. Cancro Também conhecido por cancróide, é uma DST aguda e contagiosa, que se caracteriza por lesões genitais ulceradas e dolorosas que evoluem com a supuração (saída de pus) dos linfonodos (gânglios) inguinais. É causada pelo Hemophilus ducreyi e o período de incubação é de 3 a 7 dias após o contato sexual suspeito. Pequenas lesões avermelhadas e elevadas (pápulas) se rompem e tornam-se úlceras rasas, com as bordas macias e com anel avermelhado ao redor. Tais úlceras variam de tamanho e podem se agrupar (coalescentes), formando uma lesão maior, intensamente dolorosa. Os linfonodos inguinais se tornam dolorosos, aumentados de tamanho e agrupados (bubão), sendo facilmente palpáveis. Forma-se aí o abscesso que pode drenar através da pele da virilha. 8. Sífilis Doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente transmitida através do contato sexual ou pelo beijo. A infecção através de objetos contaminados é bastante rara, pois a bactéria morre em contato com o ar. Um feto carregado por uma portadora de sífilis pode contrair a doença, condição denominada de sífilis congênita. Histórico: Acredita-se que a sífilis foi introduzida na Europa em 1493 por um grupo de marinheiros retornando da primeira expedição de Cristovão Colombo à America. Já no século XVI, a sífilis tornou-se a maior epidemia pública. O aspirilo, responsávelpela doença, foi descoberto somente em 1905, pelo zoologista alemão Fritz Schaudinn. Em 1906 o bacteriologista alemão August vom Wassermann desenvolveu o primeiro exame de sangue para diagnosticar a doença. Em 1909 outro bacteriologista alemão, Paul Ehrlich, desenvolveu o primeiro tratamento efetivo. Em 1943 a penicilina mostrou-se bastante efetiva no combate à sífilis e até hoje continua sendo o medicamento preferido para o tratamento dessa doença. https://www.google.com.br/imagens/sifilis 37 Intensos programas de saúde pública reduziram o número de casos reportados nos Estados Unidos de 160.000 (1947) para 25.000 (1975), porém o número cresceu para mais de 39.000 em 1988. Durante a década de 70, a maioria dos casos de sífilis em homens ocorreu em homossexuais, entretanto o aumento no número de casos durante a década de 80 aparenta ser em indivíduos heterossexuais. Este fato aumenta a incidência da sífilis congênita, que causa um grande índice de mortalidade infantil. Pessoas portadoras de AIDS (SIDA) têm maiores chances de desenvolver sérias formas de sífilis e a sofrerem recaídas após tratamentos que normalmente curam a doença. Estágios e Sintomas: O primeiro estágio da sífilis é caracterizado por uma pequena lesão, que aparece na região de contágio, de três a seis semanas após a contração. Os fluidos oriundos dessa lesão são extremamente infecciosos. Em um segundo estágio, que manifesta-se cerca de seis semanas mais tarde, ocorre um repentino aparecimento de lesões. Úlceras doloridas desenvolvem-se na boca, assim como em várias regiões do corpo; lesões em forma de pequenas protuberâncias, também altamente infecciosas, podem aparecer na região genital; dores de cabeça, febre e inchamento das glândulas linfáticas são, algumas vezes, observados. Estes sintomas normalmente desaparecem de 3 a 12 semanas. A doença entra então em um estágio latente não apresentando sintomas externos, porém as inflamações podem instalar-se em órgãos internos. Este estágio latente pode durar de 20 à 30 dias. Em 75% dos casos não ocorrem outros sintomas além dos já mencionados; entretanto, quando o estágio final ocorre (sífilis terceira), nódulos enrijecidos podem se desenvolver em tecidos sob a pele, nos tecidos mucosos e nos órgãos internos. Os ossos são frequentemente afetados, assim como o fígado, os rins e outros órgãos viscerais. Infecção do coração e dos principais vasos sanguíneos ocorrem em casos terminais. Em aproximadamente 15% dos casos de sífilis terceira ocorre o que é chamado neurosífilis, representado pela perda do controle urinário, degeneração dos reflexos e perda da coordenação muscular, que pode levar à paralisia. Durante este estágio, infecções no trato urinário podem, em uma gravidez, levar ao aborto ou ao nascimento de uma criança portadora de sífilis congênita. Crianças afetadas normalmente apresentam sinais típicos como: testa grande, nariz 38 seliforme e dentes mal formados. Perto da segunda década da vida, tais crianças podem apresentar deterioração no sistema nervoso central. A sífilis é detectada através dos sintomas de um dos vários testes de sangue ou de fluido da coluna espinhal. A droga mais usada no tratamento é a penicilina benzatina que é ministrada em duas injeções separadas por uma semana de intervalo. Quando se trata de neurosífilis, o antibiótico é ministrado três vezes por semana. O controle da sífilis inclui localizar as pessoas que tiveram contato sexual com portadores e tratar aquelas cujo contato se deu durante o período de contaminação. O uso da camisinha oferece alguma proteção contra a sífilis. 9. Aids (sida) Síndrome da deficiência imunológica adquirida é uma condição que resulta na supressão do sistema imune relacionada à infecção pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). Uma pessoa infectada com o vírus HIV perde gradativamente a função imune de algumas células imunológicas denominadas CD4 linfócitos- T ou CD4 células-T, tornando a pessoa infectada vulnerável à pneumonia, infecções fúngicas e outras enfermidades comuns. Com a perda da função imune, uma síndrome clínica (um grupo de várias enfermidades que, em conjunto, caracterizam a doença) se desenvolve com o passar do tempo e eventualmente pode causar a morte devido a uma infecção oportunista (infecções por organismos que normalmente não causam mal algum, exceto em pessoas que estão com o sistema imunológico bastante enfraquecido) ou um câncer. Histórico: Durante o início dos anos 80 se observou um grande número de mortes causadas por infecções oportunistas em homens homossexuais que, apesar de tal infecção, eram pessoas saudáveis. Até então estas infecções oportunistas causavam morte normalmente em pacientes que receberam órgãos transplantados e estavam recebendo medicamento para suprimir a resposta imune. https://www.google.com.br/imagens/aids 39 Em 1983, Luc Montaigner, um francês especialista em câncer, juntamente com outros cientistas do Instituto Pasteur em Paris, isolaram o que parecia ser um novo retrovírus humano (um tipo especial de vírus que se reproduz de maneira diferente) de uma glândula (nódulo) linfática de um homem sob risco de AIDS. Simultaneamente cientistas norte americanos liderados por Robert Gallo, trabalhando no Instituto Nacional do Câncer em Bethesda (Maryland) e o grupo liderado pelo virologista norte americano Jay Levy de San Francisco isolaram o retrovírus de pessoas com AIDS e também daquelas que tinham contato com portadores da doença. Os três grupos de cientistas isolaram o que hoje se conhece como vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus que causa a AIDS. A infecção por este vírus não significa necessariamente que a pessoa tenha AIDS, porém erroneamente costuma-se dizer que a pessoa HIV-positiva tem AIDS. De fato, um indivíduo HIV-positivo pode permanecer por mais de 10 anos sem desenvolver nenhum dos sintomas clínicos que diagnosticam a doença. Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas no mundo estavam vivendo com o HIV ou com a AIDS, dos quais 21,8 milhões eram adultos e 380.000 crianças. A Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981, quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado, e em 1996 mais de 8,4 milhões de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou-se também que no mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo vírus HIV. Métodos anticoncepcionais: Qualquer outra definição para explicar o que são métodos anticoncepcionais não abrangeria sua verdadeira utilidade: eles servem para evitar uma gravidez. Não há como classificar o melhor método, pois o melhor é aquele que a mulher e seu parceiro confiam e também que não exista contraindicações ao seu uso. Por isso é sempre bom saber quais são os métodos existentes e procurar se adequar a algum deles - sempre acompanhado de uma orientação médica. Existe cinco métodos: 1. Comportamentais ou de abstinência periódica: São aqueles que identificam o período fértil, para se ter relações nesse período. Tabelinha http://www.saudevidaonline.com.br/tabe.htm 40 Método de Billings ou da ovulação 2. Barreira: São aqueles que não deixam os espermatozoides subirem através do colo do útero. Camisinha Diafragma Espermicidas 3. Hormonais: São aqueles que possuem substâncias que produzem algumas alterações no aparelho genital da mulher. Sua atuação é principalmente a nível de ovário, trompas, endométrio e muco. Pílulas Injetáveis 4. Intrauterinos: Colocação de um aparelho que fica dentro do útero. DIU 5. Cirúrgicos: Operações que são feitas tanto no homem quanto na mulher para interromper definitivamente a capacidade reprodutiva. Vasectomia Ligadura de Trompas 1) De que forma é possível contrair o vírus HIV? a) pelo abraço ou aperto de mão b) fazendo sexo sem proteção ou compartilhandoseringas c) bebendo água no mesmo copo de alguém que tem vírus 2) É possível contrair o vírus da AIDS através da masturbação com um(a) parceiro(a)? a) Se não houver a troca de sangue, sêmen ou secreções, a masturbação a dois não implica risco de infecção. b) Se não houver troca de secreções, a masturbação a dois não implica risco de infecção. c) Mesmo que haja troca de sangue, sêmen ou secreções, não é possível contrair o vírus da AIDS pela masturbação a dois. http://www.saudevidaonline.com.br/billi.htm http://www.saudevidaonline.com.br/camisa.htm http://www.saudevidaonline.com.br/diafra.htm http://www.saudevidaonline.com.br/esperma.htm http://www.saudevidaonline.com.br/pilula.htm http://www.saudevidaonline.com.br/inje.htm http://www.saudevidaonline.com.br/diu.htm http://www.saudevidaonline.com.br/vasec.htm http://www.saudevidaonline.com.br/trompa.htm 41 3) É necessário o uso de preservativos nas relações sexuais entre dois parceiros soropositivos? a) só não é necessário quando ambos são portadores do vírus. b) uso de preservativos deve ser uma constante nas relações sexuais entre os indivíduos, pois há uma resposta imunológica com a produção de anticorpos. c) apenas quando um dos parceiros apresenta doenças genitais ulceradas podendo provocar um uma resposta inflamatória que aumenta o número de linfócitos. 4) AIDS se pega pelo beijo? a) Com certeza. Pois a saliva contém grande quantidade de vírus, quem podem passar para o parceiro através do beijo. b) Dificilmente. Para que isso ocorra, é necessário que aquele que não tem o vírus HIV tenha algum ferimento no interior da boca ou nos lábios e o contaminado tenha uma quantidade de vírus bem grande na saliva. É muito difícil ocorrer em tecido sadio. c) Não. A saliva possui ácidos que matam o vírus da AIDS 5) As chances de se contrair uma DST através do sexo oral são menores do que sexo com penetração? a) Não. O sexo oral é totalmente seguro, pois o vírus da AIDS não é transmitido pela saliva. b) Sim. O fato é que nenhuma das relações sexuais sem proteção é isenta de risco - algumas DST têm maior risco que outras. A transmissão da doença depende da integridade das mucosas das cavidades oral ou vaginal. Independente da forma praticada, o sexo deve ser feito sempre com camisinha. c) Não. Tanto no sexo oral como no sexo com penetração os ricos de se contrair o vírus são iguais. 6) Mesmo usando o preservativo numa relação sexual, corro o risco de contrair o HIV? 42 a) A efetividade dos preservativos, evidentemente, depende da qualidade do uso (técnica de utilização, taxas de ruptura e escape) e da permeabilidade da barreira às partículas virais b) A camisinha é uma medida profilática totalmente efetiva em relação à transmissão sexual do HIV. c) O risco de transmissão é eliminado completamente com o uso do preservativo. 7) Quanto tempo leva para o vírus da AIDS ser detectado? a) Na maioria dos casos, o vírus pode ser identificado no período de 5 dias após a infecção. b) Na maioria dos casos, o vírus pode ser identificado a partir de 120 dias após a infecção. c) Na maioria dos casos, o vírus pode ser identificado no período de 30 a 60 dias após a infecção. 8) Mesmo se o parceiro não estiver infectado pelo vírus HIV, corro algum risco de contrair alguma doença se não usar preservativo durante um ato sexual? a) Sim. É possível pode contrair outras doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DSTs como Sífilis, Gonorreia, HPV entre outras. b) Não. Somente a AIDS é transmitida através de relações sexuais desprotegidas. c) Não se o parceiro estiver em dia com as vacinas. 9) Quando a mãe pode transmitir HIV para seu bebê? a) Através de beijos e abraços. b) No parto normal, através da amamentação e durante a gravidez, se a mulher infectada não realizar um acompanhamento médico adequado envolvendo medicamentos retrovirais que possibilitarão, em até 97% de chances, que o bebê não contraia o vírus, além de um parto cesariano programado. c) Através do compartilhamento de talheres e pratos. 43 10) Portadores do vírus HIV podem doar sangue? a) Sim, não existe possibilidade da transmissão do vírus HIV através de transfusão sanguínea. b) Sim, em até 6 meses após a infecção. c) Não, pois através da transfusão sanguínea é possível contrair o vírus do HIV. 11) Sobre os métodos contraceptivos, marque com V ou F as afirmativas abaixo: A- ( ) A camisinha, além de prevenir uma gravidez não planejada, protege o casal de todas as doenças sexualmente transmissíveis. B - ( ) Coito interrompido é o método de contracepção que consiste na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação, a fim de impedir a deposição de sêmen no interior da mesma. C - ( ) Qualquer mulher pode utilizar o método da tabelinha para evitar a concepção, sendo bastante eficaz quanto a este objetivo. D - ( ) A laqueadura, em alguns casos, pode ser revertida. E- ( ) pílulas anticoncepcionais, além de prevenir a gravidez, são também utilizadas no tratamento de acnes, endometriose, cólica e síndrome dos ovários policísticos. 12) Associe o nome do método à sua descrição: 44 1. DEFINIÇÃO A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo o (s) segmento (s) corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. 2. TIPOS Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias) Lesão medular (tetraplegias, paraplegias) Miopatias (distrofias musculares) Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica) Lesões nervosas periféricas Amputações Sequelas de poli traumatismos Malformações congênitas Distúrbios posturais da coluna Sequelas de patologias da coluna Distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos membros Artropatias CAPITULO 4- DEFICIÊNCIA FÍSICA https://www.google.com.br/imagens/deficienciafisica 45 Reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.) Sequelas de queimaduras 3. DADOS ESTATÍSTICOS A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em tempos de paz, 10% da população de países desenvolvidos são constituídos de pessoas com algum tipo de deficiência. Para os países em vias de desenvolvimento estima-se de 12 a 15%. Destes, 20% seriam portadores de deficiência física. Considerando-se o total dos portadores de qualquer deficiência, apenas 2% deles recebem atendimento especializado, público ou privado. (Ministério da Saúde - Coordenação de Atenção a Grupos Especiais, 1995). 4. CAUSAS Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras. Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras. Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros. Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras. Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas. Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros. 5. FATORES DE RISCO Violência urbana Uso de drogas Acidentes desportivos Sedentarismo 46 Acidentes do trabalho Epidemias/endemias Tabagismo Agentes tóxicos Maus hábitos alimentares Falta de saneamento básico 6. PARA FAZER A IDENTIFICAÇÃO Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê (não firmar a cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado). Atenção para perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da sensibilidade para membros superiores ou membros inferiores. Identificação de erros inatos do metabolismo. Identificação de doenças infectocontagiosas e crônico-degenerativas. Controle de gestação de alto-risco. A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado favorecem a prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de incapacidade. 7. EXAMES PARA TER UM DIAGNOSTICO CORRETO Barositometria (Lesados Medulares) Ergoespirometria Avaliações Complementares por Baropodometria Especialidades Afins Avaliação Isocinética Avaliação Clínica Fisiátrica Eletroneuromiografia Teste de Propriocepção - Reactor Potencial Evocado Avaliações Complementares por Equipe Multiprofissional Urodinâmica Laboratório De Análise Tridimensional do Movimento DEFICIÊNCIA MENTAL 47 Deficiência mental é o nome dado à caracterização dos problemas que ocorrem no cérebro, e leva a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afetam outras regiões ou funções cerebrais. A Deficiência mental pode ter várias etiologias, entre as principais estão os: fatores genéticos, perinatais, (ocorridos durante a gestação e o parto) e pós-natais. Os portadores de necessidades especiais (já denominados Excepcionais ou (Deficientes) necessitam de atendimento multiprofissional (incluindo: médico, fisioterapeuta/ terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo entre outros) a fim de minimizar os problemas decorrentes da deficiência. Quanto mais cedo houver um diagnóstico e mais precoce for a intervenção melhores serão os resultados. As técnicas exercidas por diversos profissionais de reabilitação e puericultura para identificar precocemente lesões e intervir são denominadas Avaliação do Desenvolvimento e Estimulação Precoce. A criança com deficiência mental tem as funções intelectuais situadas abaixo dos padrões considerados normais para sua idade, e em consequência, pode apresentar dificuldades no desenvolvimento e comportamento adaptativo. A deficiência mental resulta, quase sempre, de uma alteração na estrutura cerebral, provocada por fatores genéticos, na vida intrauterina, ao nascimento ou na vida pós-natal. O grande desafio para os estudiosos dessa característica humana é que em quase metade dos casos estudos essa alteração não é conhecida ou identificada e quando analisamos o espectro de patologias que tem a deficiência mental como expressão de seu dano nos deparamos com um conjunto de mais de 200 doenças Problemas da definição de deficiência mental As clássicas definições da deficiência mental, a exemplo da Associação Americana Deficiência Mental têm como referência a limitação da atividade intelectual (leia-se praticamente habilidades lógico matemáticas) e a capacidade de adaptação (leia-se socialização) contudo ambos conceitos, aqui referidos, podem ser ampliados em função das suas distintas aplicações. https://www.google.com.br/imagens/ deficienciamental http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro http://pt.wikipedia.org/wiki/Deficiente 48 Para Piaget a inteligência é um prolongamento da adaptação orgânica, o progresso da razão consiste numa conscientização da atividade organizadora da própria vida. Essa definição, uma das muitas possibilidades de definir lógica e inteligência em seus estudos, revelam sua opção de pesquisa a partir de um conceito básico da biologia moderna, a adaptação, sem o qual não poderíamos compreender as relações entre forma e função e/ou a teoria da evolução. DEFICIÊNCIA AUDITIVA Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. No passado, costumava- se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência. Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Fato ressaltado na Declaração de Salamanca que culminou com uma nova tendência educacional e social. Perda Auditiva e Hipoacusia Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva. O deficiente auditivo é classificado como surdo , quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo https://www.google.com.br/imag ens/deficienciaauditiva http://pt.wikipedia.org/wiki/Surdez http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_Surda http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvinte http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_sinais http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_sinais http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Salamanca http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%B3tese_auditiva http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez 49 auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc. As hipoacústicas classificam- se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência). A frequência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano percebe sons nas frequências entre 20 Hz e 20.000 Hz. Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de frequências. Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota "lá" que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota "lá". Essa variação denomina-se uma oitava. "Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a um tom dado, o som, em termos físicos, dobra a frequência do primeiro. Desta forma, embora entre 2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância física de frequência menos do que entre 100Hz e 2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior". (FRY et. al., 1982). Comparando esses valores percebemos que entre 2000 Hz e 100 Hz há mais de quatro oitavas, porque de 2000 Hz para 1000 Hz há uma oitava, ou seja, a metade da sua frequência. Por tanto de 2000 Hz para 1000 Hz há uma oitava, de 1000 Hz para 500 Hz também há uma oitava, de 500 Hz a 250 Hz há outra e de 250 Hz a 125 Hz há outra. Entendemos agora por que as perdas auditivas nas
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