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Animais peçonhentos TUT 1 MOD 3 P4

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Animais peçonhentos – ofídicos
1.Conhecer os principais gêneros, dos acidentes ofídicos (epidemeiologia e quadro clinico)
Introdução:
A maior letalidade dos animais peçonhentos é os acidentes com animais ofídicos. Os acidentes por ofídicos giram em torno de 30 mil acidentes por ano. 85% das cobras são peçonhentas. 
A maioria desses acidentes ocorrem no norte e nordeste sendo o Pará o campeão das notificações. 
É importante entender a sazonalidade porque é o período em que ocorre a maior atividade metabólica das serpentes calor e chuvas. 
Os ataques acontecem na sua grande maioria em áreas rurais justamente pela falta de uso de EPI. 
· Esses ataques geralmente são leves mas podem ter desfechos ruins se não houver um atendimento adequado. 
Reconhecimento 
Físico na qual a pessoa traz a cobra e você avalia 
Descritivo o paciente descreve como é 
Epidemiológico em qual região esse paciente foi atacado e qual prevalência de cobras daquele local 
Critérios clínicos qual tipo de acometimento desse paciente, se é neurológico, hemorragia, dor muscular 
Principais Gêneros
As serpentes têm 4 gêneros importantes 
· Bothrops (acidente botropico)- Jararaca
· Crotalus (acidente crotalico) cascavel 
· Lachesis (acidente laquético) surucucu
· Família Elapidae (acidente elapídico) cobra coral 
A cobra peçonhenta tem a presença de fosseta loreal (fica entre os olhos e narinas), 
· Fosseta loreal é um órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina. Cobras não tem boa visão
E se tem o aparelho inoculador (presas), todas serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar
A única exceção é a cobra cobral gênero micrurus que não tem essa fosseta. 
Em relação a cauda e cabeça cobra peçonhenta x não 
Epidemiologia
● A maioria das notificações foram das regiões Sul (17,8%) e Sudeste (40%), as quais têm as maiores populações e melhor organização de saúde e sistema de informação, de acordo com estudos feitos pela FUNASA de 1990-1993.
● A OMS, em 2009, incluiu este tipo de acidente na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas, estimando que possam ocorrer anualmente no mundo 1,841 milhão de casos de envenenamento, resultando em 94 mil óbitos. 
● No Brasil, os acidentes por animais peçonhentos são a segunda causa de envenenamento humano, ficando atrás apenas da intoxicação por uso de medicamentos.
● O grupo dos animais peçonhentos é responsável pela maioria dos envenenamentos na Bahia, com 25.000 casos anuais, sendo escorpiões, serpentes, aranhas e abelhas os principais agentes causadores dos agravos. Prevalência de 26.156 acidentes em 2008, com incidência de 13,8 casos por 100.000 habitantes no Brasil, a menor desde 2005.
1) Incidência 
● Maior incidência foi na região Centro-Oeste, mas vale lembrar sobre subnotificação que ter ocorrer em outras regiões.
● 17.3630 acidentes por animais peçonhentos no Brasil em 2018. A letalidade é baixa, mas a maior letalidade decorre dos ofídicos, os quais são em torno de 30.000 acidentes ofídicos no ano.
2) Distribuição mensal dos acidentes
● Relaciona-se a fatores climáticos e aumento da atividade humana nos trabalhos no campo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nos meses de setembro a março. No Nordeste é maior de janeiro a maio. No Norte é sem sazonalidade. 
3) Gênero da serpente 
● Em cerca de 16% das 81.611 notificações analisadas, o gênero da serpente envolvida não foi informado. A maioria dos casos ocorreu pelo gênero Bothrops (90%). Sua ordem de distribuição é dividida em bothrops, crotalus, lachesis, micrurus, não informados e não peçonhentos.
4) Faixa etária, sexo e letalidade
● Cerca de 50% entre 15-49 anos, com grupo que concentra força de trabalho. Sexo masculino abrange 70% dos casos. Maior índice de letalidade através da Crotalus.
BOTROPICOS
· Nomes populares: jararaca, jararacuçu urutu, caiçara. 
· Hábitos noturnos 
· Habita zonas rurais e periferias 
· Locais com facilidade de proliferação de roedores
· Apresentam o comportamento agressivo quando são ameaçadas 
Quadro clínico:
Veneno 
· Ação proteolítica (edema, bolha, necrose) 
· Ação hemorrágica (alteração na coagulação)
· Ação coagulante 
Destruição local na lesão 
· Paciente apresenta dor intensa, edema endurado, bolhas abcesso até síndrome compartimental e amputação 
Paciente picados por essa cobra podem ter distúrbios importantes de coagulação
Como esse paciente chega ao hospital?
· Dor e inchaço local 
· Manchas arroxeadas 
· Sangramentos em orifício da picada 
· Gengivorragia 
· Sangramento de pele 
· Hematúria 
· Infeções oportunistas 
· Necrose local 
Diagnostico de laboratório 
· Provas de coagulação 
· Hemograma 
ACIDENTE LAQUÉTICO
Nome popular: surucucu, pico de jaca 
Maior serpente peçonhentas das américas 
Está localizada na Amazônia, mata atlântica e matas úmidas do Nordeste 
Quadro clinico depende das ações do veneno 
Venono 
Tem efeito proteolítico 
· Coagulante 
· Hemorrágico 
· Neurotoxico devido a fosfolipase A2 gerando um bloqueio irreversível 
· Por isso precisa de um eletrocardiograma seriado
· E as alterações de coagulação demora 30 minutos para ocorrem 
· Tem ação mitotoxica, hemolítica, hipotensiva
Ações locais 
· Reação inflamatória 
· Dor intensa 
· Edema 
· Equimose 
· Bolhas 
· Eventos hemorrágicos 
ACIDENTE CROTÁLICO
· Nomes populares: cascavél, cascavél quatro ventas, maracá
· Cobra presente em áreas secas
· Regiões como florestas, pantanal 
· Atacam quando estão extremamente excitadas 
· Presença do chocalho na cauda 
Quadro clinico 
Veneno 
Apresenta critotoxina fosfolipase A2 e critapotina ação mitotóxica, coagulante e neurotóxica 
Agindo na junção neuromuscular inibição da liberação de neurotransmissores e um bloqueio de receptores da sinapse 
Inibição da coagulação 
· Hemólise e plaquetolise 
A ação sistêmica é mais importante do que ação local
Ação sistêmica 
· Dor e edema discreto 
Ação neutoxica mais evidente
· Efeito neuroparalitico crânio caudal
· Fáceis miastenica (ptose)
· Turvação visual 
· Oftalmoplegia
· Redução do reflexo do vomito 
· Disfagia 
Ação mitotoxica 
Rabdomiolise e mialgia coluria e Insuficiencia renal aguda 
Diagnostico laboratorial 
· CK, aldolase, TGO, LDH, aumento es escorias nitrogenadas por IRA, Leucocitose com desvio a esquerda, presença de mioglubinuria 
ACIDENTE ELAPÍDICO
Nome mais comum: cobra coral verdadeira x cobra coral falsa tem barriga branca e anéis diferente da verdadeira
Região amazônica 
Veneno 
Toxinas 
Three fingers toxins (3Ftx) 
· Pós sinápticas receptores colinérgicos 
Fosfolipase A2 
· Pré sináptica bloqueiam a liberação de neurotransmissor 
Quadro clinico 
Depende do tempo de exposição 
45-75 min náusea, vomito, sudorese, ptose, facies miastenicas, paralisia muscular e respiratórias por conta dos músculos intercostais 
Lesão local não evidente 
É UMA SITUAÇÃO GRAVE INSUFICIENCIA RESPIRATORIA pode ser imediata ou tardia 
2.compreender as medidas preventivas e as condutas terapêuticas (primeiros socorros e tratamento)
Medidas preventivas
O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos evita cerca de 80% dos acidentes.
● Cerca de 15% das picadas atinge mãos ou antebraços. Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha e palhas. Além disso, não colocar as mãos em buracos.
● Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana e cuidado ao revirar cupinzeiros.
● Onde há rato há cobra. Limpar paióis e terreiros, não deixar juntar lixo. Fechar buracos de muros e frestas de portas.
● Evitar acúmulo de lixo ou entulho, pedras, tijolos, telhas, madeiras, bem como mato alto ao redor das casas, que atraem e abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes.
Medidas de primeiros socorros 
Inicialmente é necessário reconhecer se a cobra é peçonhenta ou não 
Para todos os doentes 
· Lavar o local apenas com água ou água e sabão
· Manter o paciente em decúbito 
· Hidratação adequada· Levar o animal se disponível não matar o animal
· Desbridar as feridas 
· Profilaxia antitetânica se indicado de acordo com o histórico vacinal 
Não fazer 
· Torniquete ou garrote 
· Cortar o local 
· Perfurar ao redor da picada 
· Colocar folha, pó, café ou substancia contaminantes 
TRATAMENTO
Tratamento Botrópico 
· Suporte 
· Repouso 
· Elevação do membro 
· Administração imediata do soro antibotrópico ou antibotrópico laquetico 
· A administração do soro depende do quadro clinico do paciente 
Paciente nesse quadro precisa de monitorização continua durante a aplicação do soro 
· Observar sempre sinais como urticaria, náuseas e vômitos, rouquidão broncoespasmos, hipotensão são sinais de anafilaxia 
· Existe também reações tardias como doença do soro, urticaria, febre em até 4 semanas após a administração do soro 
Tratamento do Laquético 
Fazer uma estabilização hemodinâmica volume, atropina inotrópico evitar estados de choque 
Todo acidente laquético deve ser considerado grave e são indicadas de 12 a 20 ampolas do soro antilaquético ou soro bivalente antibotrópico e laquético.
Aplicar o soro antivenenoso SABL
Atenção na monitorização obrigatório por 72 horas hipotensão tardia após 16 horas, HDA, trombose mesentérica, AVC
Tratamento do crotalico 
Soro anticrotálico SAC a depender do quadro clinico 
· Hidratação vigorosa
· Bicarbonato para manter o pH urinário > 6,5 
· Correção de DHE
Tratamento Elapídico
Todo acidente elapídico é considerado grave. Soro em grande quantidade 5-10 ampolas 
Se não houver soro antielapídíco imediatamente disponível e o paciente apresentar insuficiência respiratória, o paciente tem indicação de receber neostigmina.
Anticolinesterásicos neostigmina prolonga a vida da acetilcolina, reversão do quadro respiratório, ação pos sinaptica 
3.Entender a notificação Compulsoria relacionada aos acidentes ofídicos 
Os acidentes por animais peçonhentos e, em particular, os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria dos casos, populações pobres que vivem em áreas rurais. 
Em agosto de 2010, o agravo foi incluído na Lista de Notificação de Compulsória (LNC) do Brasil, publicada na Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010 (ratificada na Portaria Nº 104, de 25 de janeiro de 2011). Essa importância se dá pelo alto número de notificações registras no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo acidentes por animais peçonhentos um dos agravos mais notificados.
A partir das análises dos dados do SINAN, a vigilância epidemiológica é capaz de 
· identificar o quantitativo de soros antivenenos a serem distribuídos às Unidades Federadas, 
· além de determinar pontos estratégicos de vigilância 
· estruturar as unidades de atendimento aos acidentados, 
· elaborar estratégias de controle desses animais, entre outros.
NOTIFICAÇÃO (detalhado) 
- É de notificação compulsória somente para casos confirmados atendidos nas unidades de saúde, independentemente do paciente ter sido ou não submetido à soroterapia. 
- O sistema de notificação é o SINAN- Sistema de Notificação de Agravo de Notificação, que contém uma ficha específica de notificação e investigação, que deve ser totalmente preenchida preferencialmente pelo médico com prazo de encerramento oportuno de 60 dias. 
■ Os casos sem complicações (leves e moderados) podem ser encerrados em até 10 dias. ■ Nos casos complicados (graves), a evolução clínica indica o momento da alta definitiva e encerramento do mesmo. Se ultrapassar 60 dias, encerrar o caso e anotar no campo “informações complementares e observações” que o paciente ainda permanece em recuperação e detalhar informações não contidas na ficha. 
Nos casos de reações adversas ao soro, deve-se informar ocorrência do caso no campo “informações complementares e observações”, bem como descrever detalhadamente o episódio. 
Em caso de óbito, o município do óbito deverá comunicar imediatamente à área técnica de Acidentes por Animais Peçonhentos da Secretaria de Estado da Saúde
http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/AAP/Animais_Peconhentos_v5_isntr.pdf
http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/AAP/Animais_Peconhentos_v5.pdf

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