Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Moldagem e prova da estrutura metálica em PPRG Aula 11 — Prótese parcial removível Moldagem em PPRG ● Objetivo: A moldagem em PPRG geralmente tem como objetivo reproduzir em material apropriado o arco dental do paciente e as superfícies dentais e tecidos conexos (ou seja, fibromucosa e rebordo alveolar) ● Finalidade: Com a finalidade de boa adaptação da estrutura metálica e perfeito assentamento da sela. ● Dificuldade: E a nossa maior dificuldade durante a moldagem é a reprodução simultânea de tecidos com resiliências diferentes (dentes e fibromucosa reagem de maneiras diferentes a força aplicada, sendo a que sofre mais deslocamento a fibromucosa). Logo, o que queremos durante a moldagem da fibromucosa (por ser aquele que mais sofre com deslocamentos)? Queremos que a moldagem na fibromucosa seja mucoestática, ou o mais próximo disso. E, para isso ser acalcando precisamos usar materiais o mais fluido possível, pois quando mais fluido o material menor o deslocamento da mucosa. Como exemplo de materiais de moldagem fluidos temos: silicone de adição e escaneamento digital (esse último não deslocará a mucosa). Obtenção de modelos de estudo Modelo de estudo ➔ Técnica: Moldeira de estoque — Moldeira pré-fabricada comercialmente vendida ➔ Material de moldagem: Alginato ➔ Material do modelo: Gesso pedra Funções: ● Análise da oclusão ● Classificar biomecanicamente — Entender se a prótese será dento ou dentomucosuportada, pois tem diferença na abordagem e durabilidade da prótese, e sendo mais crítico a moldagem da prótese dentomucosuportada por ter maior extremidade livre. Portanto, devemos ter atenção redobrada na moldagem da prótese dentomucosuportada, pois a fibromucosa vai receber carga mastigatória para transmitir ao osso, e quando mais fiel for a moldagem melhor será o resultado da prótese a média e longo prazo. ● Planejar ● Desenhar — Não fazemos o desenho diretamente no modelo de estudo de gesso, pois o grafite pode atrapalhar na fundição do metal, por isso tiramos foto e imprimimos uma imagem 2D para desenhar a prótese. ● Confeccionar moldeira individual Obtenção do modelo de trabalho Para a obtenção do modelo de trabalho a boca tem que está pronta e com todas as modificações necessárias já realizadas. A moldagem de trabalho é a moldagem que será enviada ao laboratório para a confecção da PPR, logo, precisa ser uma cópia fiel e atual da boca do paciente. Existem 3 técnicas para obter o modelo de trabalho: 1) Técnica com moldeira de estoque: Moldeira pré-fabricada 2) Técnica da moldeira individual: Moldeira obtida através do modelo de estudo 3) Técnica da moldagem funcional Mas, antes de decidir o tipo de técnica precisamos saber se estamos trabalhando na confecção de próteses dentomucossuportada ou dentossuportada, pois isso faz diferença no tipo de técnica que deve ser escolhida. 1) Técnica com moldeira de estoque ➔ Técnica: Moldeira de estoque ➔ Indicação: Prótese dentossuportadas, ou seja, classe lll e lV (pequena) de Kennedy ➔ Material de moldagem: Alginato ➔ Material do modelo: Gesso pedra melhorado (gesso tipo 4), pois queremos o máximo de detalhes possível, se usarmos outro tipo de gesso temos que moldar com alginato novamente e refazer com o gesso tipo 4. ➔ Vantagens: O laboratório utiliza um único modelo para a confecção da estrutura metálica e para a prensagem da sela plástica (resina da cor da gengiva e dentes artificiais de resina). O uso de um único modelo de gesso para ambas confecção não é crítico, pois trata-se uma prótese dentossuportada que não irá sofrer deslocamento do alginato. 2) Técnica com moldeira individual ➔ Técnica: Moldeira individual confeccionada em resina acrílica sob o modelo de estudo ➔ Indicação: Próteses dentomucossuportadas, ou seja, classes l, ll superiores ou inferiores com modificações, e classe lV de Kennedy. Também é indicada para todas as próteses superiores e inferiores, dento e dentomucossuportadas, com ou sem modificações. ➔ Material de moldagem: Poliéter, polissulfeto, mercaptana ou silicone de adição. ➔ Material do modelo: Gesso pedra melhorado (gesso tipo 4) ➔ Vantagens: O laboratório utiliza um único modelo para a confecção da estrutura metálica e para a prensagem da sela plástica. Observação: A vantagem do uso único do modelo pode ser uma desvantagem também, pois ao usar um modelo único para confecção da estrutura metálica e prensagem da sela plástica podemos ter algum prejuízo/defeito/quebrar e termos que começar tudo do zero (da moldagem inicial com alginato para obtenção do modelo) 3) Técnica da moldagem funcional ➔ Técnica: Moldagem funcional ➔ Indicação: Prótese dentomucossuportadas, ou seja, classe l e ll de Kennedy sem modificações. ➔ Duas sessões clínicas de moldagem e obtenção do modelo: 1. Moldagem para confecção da estrutura metálica — Alginato 2. Moldagem para prensagem — Poliéter, mercaptana ou polissulfeto ➔ Material do modelo: Gesso pedra melhorado (gesso tipo 4) Ao fazermos duas moldagens em algum momento (após da moldagem para estrutura metálica) iremos receber a estrutura metálica para provar na boca do paciente antes de dar seguimento para a segunda etapa (moldagem para prensagem). Antes da moldagem para prensagem temos que fazer prova da estrutura metálica (próxima aula). Prova da estrutura metálica em PPRG Quando a estrutura metálica chega do laboratório devemos prova-la na boca do paciente antes de dar seguimento na moldagem para prensagem. Objetivos da prova da estrutura metálica ● Analisar trajetória de inserção ● Adaptação ● Qualidades biomecânicas ● Oclusão ● Estética Verificar modelo de gesso Devemos verificar no modelo de gesso que chega do laboratório com a estrutura metálica fatores que podem fazer com que a prótese não se assente, com: ● Presença de desgaste no gesso: Se houver um desgaste excessivo no modelo de gesso a estrutura metálica pode não encaixar perfeitamente na boca. ● Concordância com o desenho proposto ● Conectores menores, apoios e planos guias: Deve haver alívio do conector maior inferior, ou seja, devemos conseguir passar fio dental sem prender. E, deve haver no conector maior superior distância de 6mm da gengiva marginal, além de alívio da grade metálica para ser preenchido posteriormente pela resina rosa, ademais verificamos a adaptação do braço de retenção e oposição nos planos guias que fizemos. ● Desalojamento e assentamento: Nessa etapa iremos verificar se o apoio está alojado e assentado no nicho dos pilares, e vê se a estrutura metálica não está basculhando (tendo movimentos de rotação) sobre o fulcro. Inspeção manual Assim que terminar a verificação do modelo de gesso passamos para a inspeção manual da estrutura metálica. ● Rigidez do conector maior ● Porosidades, falhas e bolhas ● Nódulos e rugosidades ● Bordas agudas Verificar na boca Após a inspeção manual, se tiver tudo correto, iremos levar a estrutura metálica para a boca do paciente (lembrar de higienizar). ● Reanalisar na boca ● Inserção e remoção sem grandes esforços ● Posicionamento com pressão digital sobre os apoios ● Interferência: se houver interferências que impeçam o assentamento da estrutura metálica nós iremos realizar uma busca cuidadosa com uso de evidenciadores oclusal e local ou papel carbono para proceder os ajustes. Normalmente, os ajustes serão realizados com o desgaste com uma broca diamantada no esmalte do elemento dentário. ● Íntimo contato entre o apoio e dente ● Respeitar gengiva inserida; ● Alívio da grade ● Estética ● Movimentos funcionais: não deve haver interferências oclusais, por isso devemos, ao ter um apoio oclusal espesso, checar com o especímetro o apoio, o qual não pode ter mais que 1,5mm. Se tiver mais que 1,5 mm podemos desgastar o metal, se houver menos que 1,5mm não devemos realizar nada, pois pode fraturar a estrutura metálica. ● Repolir: Caso seja realizado qualquer ajuste iremos polir a estrutura metálica e o dente desgastado Somente após a prova da estrutura metálica será realizada a segunda moldagem da técnica da moldagem funcionale dado seguimento na confecção da prensagem e colocação dos dentes artificiais. Continuação da segunda etapa para a técnica de moldagem funcional: Depois da prova da estrutura metálica no paciente. 1. Iremos colocar cera 7 abaixo da estrutura metálica no rebordo edêntulo para preencher o alívio. 2. Plastifica a cera na armação de metal para que ela fique apenas embaixo da estrutura metálica, tudo que for excesso de cera iremos cortar. Essa cera é colocada para ocupar o futuro espaço do meu material de moldagem, logo, é necessário esse alívio na região. 3. Antes de levar o material de moldagem na boca não podemos deixar esses furos da grade metálica, logo iremos recobrir a grade metálica com resina acrílica como se fosse uma mini placa base que será posicionada em ambos extremos livres 4. O que iremos obter é uma mini placa base, que servirá como uma espécie de moldeira individual que será levada até a boca do paciente com o material de moldagem, que está retida na grade metálica. 5. Antes de levar a boca do paciente ainda iremos remover as espículas de resina acrílica para não machucar a mucosa do paciente. Ademais, em cima dessa mini placa base iremos confeccionar um plano de cera (igual fizemos na prótese total nas primeiras aulas). E, por fim, todo esse conjunto vai para a boca do paciente para que ele morda e marque a nosso plano de cera (caso ele tenha os dentes antagonistas), como se fosse um registro oclusal de cera. 6. Porém, caso o paciente não tenha os dentes antagonistas iremos prender ambos planos de cera para termos o registro intermaxilar do paciente, para depois poder montar o modelo inferior no articulador. 7. Portanto, teremos ao fim o modelo superior montado no articulador através das dimensões obtidas pelo arco facial, e o modelo inferior poderá ser colocado no articulador através do registro oclusal de cera ou a relação intermaxilar. E cadê a segunda fase da moldagem funcional com um material fluido? Calma, vem comigo minha amiga. Lembra quando tinhamos apenas a estrutura metálica em conjunto com a mini placa base que representava uma espécie de moldeira individual (antes de fazer aquele plano de cera)? Sim, então ali iremos colocar nosso material de moldagem podendo ser o silicone de adição. 1. Na estrutura metálica com a mini placa base iremos passar um adesivo para “grudar” o silicone de adição na placa base de resina acrílica (pois, ambos não tem afinidade química para grudarem sozinhos). 2. Iremos manipular o silicone de adição, carregar a mini placa base com o material manipulado e levar esse complexo para a boca do paciente. O material de moldagem irá ficar fino dentro da moldeira individual/mini placa base, isso significa que se tínhamos uma falha no modelo de gesso anterior ela já não existe mais porque acabamos de moldar novamente nosso paciente. Então, quando a prótese voltar pronta e finalizada do laboratória ela vai ser feita em cima de uma moldagem novinha. Mas, como vamos colocar gesso nessa moldagem nova? Utilizando a técnica de McCraken. Técnica de McCraken O laboratório desgasta o modelo de gesso anterior ficando somente a base de gesso antiga, e com uma seringa preenche o espaço da moldagem nova (silicone de adição) e a base de gesso do modelo antigo, para ter um modelo de gesso com a superfície da fibromucosa do paciente novinha, atual e confiável.
Compartilhar