Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sela e dentes artificiais Aula 12 — Prótese parcial removível Sela É o elemento da prótese parcial removível proposto para preencher espaços protéticos, unir dentes artificiais entre si e com a grande retentiva da armação metálica, podendo ou não apresentar a função de transmitir a força mastigatória ao rebordo residual. Tipos de relacionamento Para entender o tipo de relacionamento da sela com o tecido de suporte devemos diferenciar as próteses em: ● Prótese dentosuportada ● Prótese dentomucosuportada Prótese dentossuportada A sela tem funções: 1. Estética 2. Fonética 3. Higiene 4. Impactação alimentar Relacionamento da sela com o rebordo é passivo — Sela com função de preenchimento ➔ Simples justaposição do rebordo residual em relação à base da sela; ➔ Fibromucosa não utilizada como meio de transmissão da força mastigatória; ➔ Não participa como elemento de suporte; ➔ Apenas preenche o espaço vazio delimitado pelos dentes artificiais, rebordo artificial e tecidos musculares e protéticos adjacentes; Prótese dentomucossuportada A sela tem funções: 1. Estética 2. Fonética 3. Higiene 4. Impactação alimentar 5. Suporte Relacionamento ativo com a transmissão de força para a fibromucosa ➔ A ppr dentomucossuportada e dentossuportadas, quando o espaço muito grande, também existe a transmissão de força através da sela ➔ Adaptação entre o rebordo residual e a sela é fundamental para a preservação do estado de saúde do periodonto de sustentação dos dentes pilares. ➔ Falta de adaptação = gera instabilidade da PPR = forças laterais sobre os dentes pilares = perda prematura dos dentes pilares e fracasso do tracionamento; ➔ Adaptação entre a sela e o rebordo residual deve ser cuidadosamente controlada. Em caso de desajuste, deve ser realizado o reembasamento da sela. Constituição da sela ● Porção metálica da sela = Grade metálica ➔ Finalidade: retenção para a parte plástica; ➔ Melhor forma: grade ➔ Malha metálica (a malha tem espessura menor quando comparado a grade): para espaço interoclusal reduzido ➔ Atenção ao limite vestibular: para que a grade não dê um sombreamento escuro atrás da resina acrílica (gengiva artificial) - questões estéticas em classe lV ➔ Alívio em relação ao rebordo que será preenchido pela parte plástica que abraça a grade em sua totalidade; ➔ Extensão posterior de ⅔ da área da crista edêntula; ➔ Espaços suficientemente amplos; ➔ Rigidez ● Porção plástica da sela = Resina acrílica ➔ Funções: fixar os dentes artificiais e atender aos requisitos estéticos com relação a volume, forma e cor a gengiva ➔ Mesmos recursos de caracterização usados em PT; ➔ Vantagem principal: permitir o reembasamento nos casos de disaptação entre sela e rebordo residual Sistema de retenção ● Sistema de retenção vai promover a fixação da resina acrílica à armação metálica ● As grades metálicas devem estar sobre a região principal de suporte do rebordo residual, visando minimizar a reabsorção óssea. ● A grade metálica é aliviada do rebordo residual em aproximidamente 1mm, que será preenchido pela resina acrílica que constitui a base da sela. ● Próteses dentosuportadas, com o espaço protético reduzido (apenas 1 elemento dentário faltando), a superfície basal metálica e retenção terá a forma de pequenos pinos com extremidades achatadas e retentivas. AQUI O PRÓPRIO METAL FICA EM CONTATO COM O REBORDO, NÃO TEM ALIVIO DE 1MM. Sistema de acabamento ● Sistema de acabamento: visa oferecer a união entre a resina acrílica e as bordas metálicas dos componentes da armação metálica. ● Bordas da armação metálica: são linhas definidas e superfícies que estabeleçam ângulos retos que vão favorecer a resistência e perfeito polimento. Área chapeável da sela A área chapeável compreende, na região desdentada, a área de tecidos que se relacionam com a superfície basal da sela da PPR (a sela fica em contato com a área chapeável) Fatores que influenciam o suporte (transmissão de força da sela para o rebordo) na área chapeável: ● Qualidade do rebordo residual: tipos de rebordos da aula anterior e o tipo de fibromucosa (dura, compressível e flácida) ● Extensão do recobrimento do rebordo residual: quanto mais área recobrir o rebordo residual melhor será a transmissão de forças mastigatórias (=menor prejuízo ao rebordo). ● Tipo e precisão da moldagem; ● Precisão da base da prótese; ● Desenho da armação da prótese; ● Total da carga oclusal aplicada; Limites bordejantes da sela ● Obedecem aos mesmo princípios que os formulados para os desdentados totais. ● Quanto mais amplo o recobrimento maior a distribuição de carga por unidade de área ● A base da prótese deve abranger o quanto for possível = estendida ao máximo dentro da tolerância fisiológica das estruturas e dos tecidos limitantes da borda Dentes artificiais São elementos da PPR desenvolvidos para substituir estética, e funcionalmente, os dentes perdidos. Funções: ● Fonética ● Estática ● Eficiência mastigatória ● Normalização das curvas funcionais ● Estabilização destas condições pelo maior tempo possível Material: porcelana (menos usados) ou resina (mais usados) Porcelana Vantagens Desvantagens Não sofrem desgaste Relativamente frágeis Estabilidade de forma e cor Falta de adesividade com a base: os dentes podem soltar Impossibilidade de uso em espaços cérvico-oclusais limitados e contíguos a dentes principais de suporte Alto módulo de elasticidade Ruídos durante os contatos funcionais Resina Vantagens Desvantagens Possibilidade de serem reparados e desgastados Apresenta desgaste funcional ao longo do tempo — perda da dimensão vertical Adesividade à sela Instabilidade de cor (café e hipoclorito) Facilidade de ajuste Seleção dos dentes artificiais Escolhemos os dentes através da: ● Forma ● Tamanho ● Cor Forma e tamanho — dentes anteriores 1) Caso permaneça algum incisivo central superior íntegro: ● Forma: observar a forma do dente ● Tamanho: medir com régua flexível os comprimentos cérvico-incisal e mésio-distal do incisivo central Através dessas mediadas encontramos no catálogo um dente com tamanho e forma similar. 2) Caso não permaneça algum incisivo central superior íntegro: ● A forma dos incisivos centrais superiores devem estar em harmonia com a forma da face do paciente ● James Léon Williams, 1911 — Lei da harmonia entre formas dos dentes e do rosto, podendo ser: quadrado, triangular e ovóide ● ICS = corresponde à forma da face em 64% dos casos Como observar o paciente: ➔ O rosto deve ser avaliado em observação frontal baseando-se na proporcionalidade da largura de três linhas: linha do cabelo, linha das ATMs e linha dos ângulos da mandíbula. ❖ Linha do cabelo mais larga — triangular ❖ Linha da ATMs mais larga — ovóide ❖ Três linhas equivalentes — quadrado A carta molde (catalogo) também traz a largura e altura do incisivo e os seis dentes. Tamanho — dentes anteriores 2) Caso não permaneça algum ICS íntegro: ● Medir no arco antagonista (pois há tabelas de proporção entre dentes inferiores e superiores): ❖ Distância de distal de canino direito à distal de canino esquerdo ❖ Diâmetro cérvico-incisal: incisivo central ❖ Diâmetro mésio-distal: incisivo central Tamanho — dentes posteriores Diâmetro: ● Cérvico-oclusal: Small, Medium and Large ● Mésio-distal: da face distal do canino inferior à porção mesial da papila piriforme (para acompanhar o largura dos dentes proporcional a mesa oclusal) ● Observar o tamanho dos dentes vizinhos e antagonistas Cor Não adianta usar um dente super claro se os dentes remanescentes forem de outra cor. A cor dos dentes devem ser compatíveis. Individualização dos dentes artificiais Porque os dentes vem de indústria e nem todo mundo tem os dentes parecidos ● Visa caracterizar e individualizar cada montagem através de modificações da anatomia, disposição e alinhamento de acordo com sexo, tipo físico, personalidade, diastemas, apinhamentos, migrações, giroversões, abrasões e facetas de desgaste (desgaste fisiológico); ● Verificar a oclusão em MIH, lateralidade e protusão:porque a função tem que estar sempre preservada ● Não devem existir interferências dos dentes artificiais com os remanescentes ● Estética e pronúncia satisfatórias Montagem dos dentes artificiais ● Montados sobre a crista do rebordo residual ou ligeiramente deslocados para vestibular ou para lingual dessa posição = para direcionar a força mastigatória perpendicularmente (não haver reabsorção); ● Relacionamento com a musculatura paraprotética adjacente que permite o livre desempenho das atividades funcionais desses elementos. Limitações para montagem: ➔ Dentes naturais limitando a distância mésio-distal ➔ Harmonização com antagonistas ➔ Presença dos elementos retentores ➔ Grade metálica limitando o espaço cérvico-oclusal Passo a passo da montagem dos dentes artificiais ➔ Com a grade metálica com placa base e plano de cera no articulador (primeira etapa da moldagem funcional) ➔ Iremos recortar um quadrado de cera para encaixar o dente artificial (começando pelo primeiro molar porque ele é chave de oclusão) ➔ Leva esse conjunto para boca e vai montando os outros elementos sempre provando. ➔ Depois de montar mandamos para o laboratório e ele irá deolver a PPR acrilizada com os dentes em posição definida
Compartilhar