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Infecção urinária º 9 milhões de consultas/ano nos EUA 84%MULHER º 200 milhões de consultas/ano mundo º 70% mulheres terão inf.urinária (canalicular ascendente perianal, perivulvar e a distância do meio exterior e a bexiga é muito pequenas, facilitando para infecção) º 35% das mulheres de 20-40 anos • EPIDEMIOLOGIA º 25% das mulheres com recorrência em 6 meses º Após a infecção inicial um novo episódio ocorrem em até 4 meses º As cistites (inf.urinaria baixa) Pode melhorar sozinha com hidratação, causam muito incomodo mas causam pouco risco) º As pielonefrite cursam com alta morbidade e com mortalidade de 1-3% (muito casos requer internação e alimentação parenteral) º A incidência pre escolar 2% 10 meninas para um menino (pielonefrite) Mais de 100.000 internações/ano (pielonefrite) O pico que aumenta nas meninas é quando as fezes ficam espalhadas na frauda causando a infecção. Homens quando não há variação anatômica ele so vai ter infecção urinaria quando estiver mais velho - sintomas obstrutivos do crescimento da próstata apertando a uretra no meio da próstata. Nas mulheres fica baixinha ate inicio da vida sexual. ELa não é sexualmente transmissível, porém a mecânica do ato sexual facilita a Infecção porque a uretra é colada na parede da vagina. Então durante todo período sexual a mulher pode ter episódios de infecção. Aumenta na gravidez e na menopausa também por conta da atrofia, elasticidade e umidade (estrogênio) - DIFERENÇA INFECÇÃO URINÁRIA (TRATA) X BACTERIURIA ASSINTOMÁTICA (ESSA NEM SEMPRE É TRATADA) • CLASSIFICAÇÃO: º Não complicadas: não tem anormalidade funcional (calculo urinário, trauma que atinge bexiga) ou anatômica(rim em ferradura, vasos cruzando…) º Complicadas: anormalidades anatômicas ou de outros fatores que aumentam. A suscetibilidade a infecção (obstrução, anomalias renoureterais, bexiga neurogênica, litíase, instrumentação, uso de cateter, refluxo (urina volta pra bexiga), câncer, gravidez, diabetes, imunossupressão (lúpus), transplantadas, etc…) * Muitos pct tem uretra colonizada ou seja qualquer manipulação é risco de infecção urinária. Pct com sonda, cateter de folen todos depois de 48h tem bacteriuria. Mas não quer dizer que vai ter infecção urinária. • BACTERIURIA ASSINTOMÁTICA: tratar grávidas, imunodeprimidas e antes de instrumentação. • CISTIE: a mais comum sem sintomas sistêmicos * urina fedendo não é sinal e sintoma • PIELONEFRITE: sintomas de cistite só em 50% Sintomas de infecção urinaria baixa e alta. • URETRITE: predominantemente IST • PROSTATITE: Causa mais comum de infecções recorrentes no homem (difícil diagnóstico) - tem que comprimir a próstata até sair a secreção e levar pra cultura. Não adianta tratar por 7dias tem que ser por 21 dias ou mais porque não há concentração de ATB dentro da próstata. Porque próstata, cérebro e testiculos, tem barreira de proteção, por isso de dificil tto) * Bacteriuria tem que tratar quando corre o risco de evoluir para infecção urinaria. Tem pct colonizados que nunca melhoram e se forem fazer cirurgia tem que ser feito um preparo para aquele momento, pois não pode ter bacteriuria na cirurgia. * Idosos normalmente tem bacteriuria mas não fazem mal, por isso não necessita ser tratada, até porque não cura. Vai no máximo ficar uns 15 dias sem após tto de ATB e ainda podendo evoluir para bactérias resistentes e quando precisar mesmo do ATB não vai responder ao tto. • RECAÍDA: Nova infecções pelo mesmo organismo em menos de 2 semanas após o fim do tto. Causas: 1)suspensão precoce do ATB 2)resistência bacteriana 3) presença de anomalias urinarias (litiase, obstrução etc) ou doenças sistêmicas (DM, anemia falciforme etc) Fazer urocultura para descobrir ATB que está resistente. Prescrever ATB é cirurgia limpa é errado. Mas professor prefere selecionar uma cepa de bactérias para evitar complicações na cirurgia. Pct assintomática de sonda não da ATB. • CISTITE RECORRENTE - mais de 2 episódios em 6 meses - mais de 3 em um ano Nem sempre precisa pedir urucultura. Se você conhece a pct sabe que ela tem. Faz o tto empirico e ela vai te comunicar o tto. • CAUSAS PERSISTENTES DE INFECÇÕES º Cálculos infectados (Corpo estranha) º Prostatite crônica º Rim unilateral atrófico infectado º Má formações ureterais º Corpo estranho (cateter duplo J) º Diverticulite uretral º Rim espongiomedular º Coito uretral pós nefrectomia º Necrose papilar º Abcesso perivesical com fístula para bexiga • FATORES DE RISCO: Refluxo vesicoureteral Fístulas Divertículo Obstrução urinaria Cistocele (bexiga desce p vagina comum em multiparas) e uretrocele (ureter embaixo) Litíase Sexo feminino Gravidez Hipoestrogenismo Obesidade • FOTORES IATROGÊNICOS Cateterismo vesical Endoscopia Uso recente de ATB Espermicidas *coletor menstrual reaproveitado > risco • FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS Disfunções miccional Calcinhas oclusivas Coitos frequentes e prolongados Parceiro sexual recente Coito anal Sexo oral Uso de espermicida (nonoxinol-9) Presságios Uso de diafragma Higiene inadequada • FATORES DE RISCO GENÉTICOS Família, epitélio da mucosa susceptível IgA, facilidade de adesão bact. Na mucosa vaginal, DM, fenótipo não excretor de antígeno ABO • MEC. DE DEFESA DO HOSPEDEIRO: 1- PH Urina acido, 2- osmolaridade elevada 3-fluxo urinário (unidirecional, esvaziamento vesical completo, esvaziamento vesical frequente, isolamento da bexiga das fontes de infeccao) 4- peristalse ureteral EAS não é só olhar leucócitos, existe inúmeras infecções que n vão gerar piuria em excesso. (Olhar nitrito, ph, e leucócito) • Mucopolissacarideos do urotelio, peptídeos antimicrobianos AMP • MEC. DE DEFESA DO HOSPEDEIRO IMUNIDADE INATA: proteina de Tamm- Horsfall: impede aderência bacteriana, Lactoferrina: quelação do ferro e lesão da memb.celular bacteriana (bactericidas)Lipocalina: captira dos siderófaros (bacteriostáticas) • MEC. DE DEFESA DA MULHER 1) Flora de Doederlein —> Lactobacilus e Difteróides 2) pH ácido vaginal 3) IgA da mucosa vaginal e do urotélio VIRULÊNCIA: 1.Adesinas 2.Siderosforos (absorvem ferro)3.Fímbrias Tipo I + manose —> cistite Tipo P + gal gal —> pielonefrite 4.Lipopolissacarídeos anti-peristálticos (antígeno O e anti- fagocitários) 5. Hemolisinas (facilitam invasão - antígeno capsular K e multiplicação) e Colony-necrotizing factor (NÃO VAI CAIR NA PROVA ISSO) - a capacidade da bactéria aderir é que demonstra sua agressividade. Tem que entender que tem que afastar alterações anatômicas, esvaziamento inadequado e virulências. • VISÃO SIMPLIFICADA INICIAL 1) Bactérias que penetram no aparelho urinário não conseguem aderir ao urotélio devido a ação da glicoproteína de Tamm-Horsfall 2) Aproximando-se do urotélio encontram a lactoferrina depleção local do ferro e lesão da membrana celular bacteriana 3) Ação bactericida da defensina e catelicidina + quimoatração leucocitária liberação de citoquinas (IL-1 e TNF ) —> AMP epiteliais • MEC.DE RECORRÊNCIA 1- a mesma bactéria (verde) persiste no intestino e reinfecta a bexiga 2- uma nova bactéria (vermelha), entra no intestino e depois na bexiga 3- bactérias quiescentes ficam dentro do urotélio e periodicamente entram em atividade 4- uma nova cepa bacteriana (azul) do ambiente, coloniza o períneo e invade a bexiga • AGENTE ETIOLÓGICO * As bactérias mais relacionadas a infecção urinária são as entrobactérias •E. coli : 80 – 90% • S. saprophyticus : 10 – 15% • Outras (Proteus , Pseudomonas , Klebsiella , Enterobacter , Serratia etc) • FISIOPATOLOGIA 1)Via ascendente – predominante 2) Hematógena- rara 3) Linfática – muito rara A principal meio para infectar é a canalicular ascendente. Entra pela uretra, chega na bexiga e pode chegar até o ureter. • CISTITE º Disúria º Estrangúria º Polaciúria º Urgeincontinência º Dores hipogástricas e lombares baixas º Raramente febre º Hematúria (tanto micro hematúria, quanto macro hematúria) PIELONEFRITE AGUDA Geralmente vai ter ºfebre, º taquicardia º Hipotensão, º queda do estado geral. º É uma situação hipoxêmica, grave. • INVESTIGAÇÃO: º Historia º Ex.físico º DIPTICK NITRITO/ESTEARASE LEUCOCITÁRIA º EAS º CULTURA • AVALIAÇÃO RADIOLÓGICAS: º Pielonefrite º Persistência PIÚRIA POR SI SÓ NÃO CAUSA INFECÇÃO URINÁRIA Em uma infecção do trato urinário alto, além de fazer a analgesia, vai tratar com antibiótico também. Ex: para que passar ciprofloxacino se o paciente não tem febre, não tem leucocitose, tem um cálculo na pelve renal • Cistite intersticial, tem piúria e não tem infecção. Essa é uma doença auto imune, tem urinocultura negativo e EAS com piúria. • COLETA DA URINA º colher antes de iniciar ATB º transportar ao laboratório em < de 2 H º refrigerar 4ºC º jato urinário medio º bolsas adesivas ou punção suprapúbicas em cca Colher pela manhã, desprezar o primeiro jato pois esta lavando a uretra. Cultura: Punção suprapúbica qualquer nº de colônias • CULTURA DE URINA INDICAÇÕES: º HOMENS º GRÁVIDAS º CCA º EM FALHA DE TTO EMPÍRICO º INFECÇÕES COMPLICADAS TRATAMENTO ANTIBIÓTICO No Rio de Janeiro usa a nitrofurantoína ou cotrimoxazole, 1 comprimido ao dia entre 6 meses a 1 ano. * Quando o paciente chegar tem que classificar se é complicada ou não, recorrente, esporádica, persistente, para saber receitar o antibiótico. FLUROQUINOLONAS • Agentes ideias e droga de escolha * Com destaque para ciprofloxacino, porque a maioria dos germes eram sensíveis, respondiam rápido. Atualmente começaram a usar de forma indiscriminada, fez com que hoje não seja tão utilizada. * Hoje é substituída por uma cefalosporina de 2ºou 3ºgeração. Mas ainda é importante. * Pede a urinocultura, se der sensível a quinolona, é a ciprofloxacino que vai fazer. Se for resistente, aí pode usar a cefuroxima, ceftriaxone. º NITROFURANTOÍNA • Antibiótico bacteriostático que induz pouca resistência • Muito utilizado para terapia de supressão crônica, 50/100 mg por dia por muitas semanas * O uso constante está relacionado com a fibrose pulmonar. Se o paciente já tem algum grau de fibrose pulmonar e daqui 10 ano for trata-los com nitrofurantoína, pode prejudicar. Ex: a gentamicina e a amicacina, é raro encontrar bact.resistente a esses dois atb e são baratos. Mas tem que ter cuidado porque são muito nefrotóxicos. * Amipicilina, o índice de resistência é mais de 80%. Jamais pode ser utilizado para tratar pielonefrite, chance de estar errando é de 80%. * Para grávida usa ampicilina, amoxilina. Tem menos risco tanto para grávidas, quanto para crianças. º AMINOGLICOSÍDEO • Usados em unidades fechadas, UTI • Efetivo contra E. Coli, proteus, pseudomonas • Toxidade renal * Contra ele tem a toxidade renal e auditiva, mas tem um espectro de sensibilidade muito bom, poucas cepas são resistentes a ele. * Aminoglicosídeo é a gentamicina e a amicacina. São dois remédios eficientes e eficazes. EAU Guidelines 2014 * Profilaxia para infecção urinária de repetição: sulfametoxazol + trimetropim (Bactrim) ou nitrofurantoína, ou seja, macrodantina e Bactrim. Mas se não quiser usar porque são remédios antigos e já tem muita resistência, pode usar cefalosporina e até mesmo norfloxacino e a ciprofloxacino. * A fosfomicina e o trometamol, remédio de dose única, não serve em infecção grave, mas para cistite não complicada; é a primeira opção. • EFEITOS ECOLÓGICO ADVERSOS º SELEÇÃO DE GERMES RESISTENTE A DROGA º Colonização ou infecção por germes multirresistentes (associadosaquinolonas e cefalosporinas) º Mudança na flora intestinal normal * sulfametoxazol + trimeptropim e nitrofurantoína servem para infecções alta, sérias. • EFEITOS ECOLÓGICOS ADVERSOS SÃO IMPORTANTES PARA CISTITE: º Risco mínimo de progressão para invasão tissular a sepse *Não usar cipro na cistite porque você vai precisar dele em pielonefrite º 25 42% das mulheres tratadas placebo ficam curadas º Com isso existe pouca diferença entre uma droga 80% eficaz de 95% º Entretanto O placebo prolonga o tempo dos sintomas e existe um pequeno risco de evolução para pielonefrite Monoril 1ª escolha para tratamento dose única FOSFOMICINA - trata cistite mas não trata pielonefrite QUESTÃO ECOLÓGICA É USAR O ATB MAIS SIMPLES PARA EVITAR RESISTÊNCIAS EM ATB QUE PRECISAMOS NO FUTURO. * Amoxacilina antigamente fazia bastante efeito porque não tinha resistência bacteriana. Hoje se usa para sífilis, erisipela, profilaxia de febre reumática. * Os efeitos adversos + importantes é a progressão da cistite. * Pode usar a nitrofurantoína, sulfametoxazol + trimetropim e poupar o meroperem em situações mais graves. • ATB PARA CISTITE RECORRENTE: Dose diária noturna Dose noturna 3x sem Dose pós-coito após a relação vai tomar 1 comprimido de sulfametoxazol + trimetropim ou fazer nitrofurantoína. Pode fazer quilonona, mas procuramos economizar quinolona em uma situação grave. • DROGAS: º ST (sulfametoxazol + trimetropim) 40/200 mg º ST 80/400 mg º Nitrofurantoína 100 mg * Esses três acima são os remédios de escolha. Se não for possível 1 desses 3, pode usar um dos de baixo: ºCefalexina 125-250 mg º Ciprofloxacino 125 mg º Norfloxacino 200 mg º Levofloxacino 250 mg Período de no mínimo 6 meses a 1 ano. TRATAMENTO SUPRESSIVA. NÃO É PARA QUALQUER INFECÇÃO URINÁRIA. • AUTO MEDICAÇÃO ORIENTADA DOSE ÚNICA OU 3 DIAS MANTER AS MESMAS DROGAS • TTO NA0 ATB 1)VACINA URO-VAXOM) * É uma vacina oral, uma cápsula 2) CRANBRY Sucos: 200 a 750ml/dia Cápsulas: 300mg / 3x /dia ( ajuda a proteger a aderência das bactérias, efeito sup a placebo. 3) ESTROGÊNIO TÓPICO - colpotrofine 4) USO DE PROBIÓTICOS Lactobacillus rhamnosus Lactobacillus reuteri Lactobacillus crispatus – pré-menopausadas * Ajuda a reestabelecer a flora vaginal. 6) VITAMINA D.Herrting O, PLoS One,5-e 15580,2010 7) Fitoterápicos: desinfetantes e diuréticos 8) VACINAS Contra fímbrias, receptores de recaptação do ferro, imunoestimulação . Uro-Vaxom —> VO StroVac —> IM Solco Urovac —> vaginal 9)Interferência bacteriana: instilação vesical de Escherichia Coli 10)Instilação vesical com ácido hialurônico. 11) Acidificação urinária com L- metionina 0,5 g , 3x/ d. • CUIDADOS GERAIS Ingesta liquida 2 a 3 litros Evitar reter urina Higiene genital de frente pra trás Micção antes e depois do coito Uso de lubrificante no coito Evitar duchas e sabonetes bactericidas na higiene genital Evitar o uso de diafragma e espermicidas Usar calcinhas de algodão Manter a acidez da urina Evitar a constipação intestinal • CONCLUSÕES 1 – os efeitos ecológicos adversos dos antibióticos , bem como sua eficácia devem ser considerados da escolha do tratamento 2 – desta maneira , as drogas de primeira linha são nitrofurantoína, ST, fosfomicina- trometamol, embora a resistência a ST seja crescente e a fosfomicina apresente menor eficácia 3 – a profilaxia antibiótica somente deve ser utilizada em caso de falha do tratamento não antimicrobiano 4 – as quinolonas são segunda linha no tratamento das cistites , mas são as drogas de escolha no tratamento empírico das pielonefrites • ATENÇÃO: º Grávidas º Menores de 12 anos de idade º Homens º Quadros gerais ( febre, mal estar e dores lombares ) º Pacientes cateterizados º Litíase renal e vesical
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