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ANA BEATRIZ CAMPOS 1 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 Síndrome Nefrítica • CONCEITO: Inflamação glomerular com diminuição da filtração glomerular, consequentemente há retenção de água e sal acarretando hipervolemia com edema e hipertensão, além de hematúria (com dismorfismo eritrocitário é sinal de hematúria glomerular, pois a hemácia se deforma ao passar pelo glomérulo), leucócitúria e proteinúria sub-nefrótica. • Cilindros leucocitário/hemático (a presença de leucócitos na urina pode ser sinal de infecção ou de inflamação sem infecção, isto é, inflamação autoimune, já a presença de cilindros hemáticos é sinal de glomerulonefrite aguda). • Então, síndrome nefrítica é um conjunto de sinais e sintomas caracterizado por hematúria, edema, hipertensão arterial, oligúria (por conta da diminuição da filtração glomerular) e proteinúria sub-nefrótica. O glomérulo é formado por pequenos vasos. Então, quando há uma inflamação, o espaço glomerular reduz e, a consequência disso é a retenção de água e sal, causando uma hipervolemia, consequentemente causando o edema. Muitas vezes o edema é causado pela hipervolemia através da perca de proteínas. Quando o paciente não tem albumina suficiente no intravascular, esse líquido vai para o extravascular e dá o edema. Retenção de sal, água, hipervolemia = HIPERTENSÃO. Com essa diminuição da filtração glomerular, devido a inflamação do glomérulo, você vai ter: retenção de sal que vai acarretar em edema e hipertensão. Além disso, você tem a inflamação, não é a infecção. A gente lembra que na ITU pode ter hematúria na cistite, raro mas pode ter. Na síndrome nefrítica, pela inflamação do glomérulo a gente tem hematúria. Como a gente sabe, ao chegar um paciente no nosso consultório, se essa hematúria é de origem glomerular ou de uma ITU? A gente pede o dismorfismo eritrocitário, por que quando o glomérulo inflama, ele diminui seus espaços de filtração, e aí na hora que o sangue passa por dentro do rim ele se modifica, por isso é o dismorfismo. Então, para essa hematúria ser de origem glomerular, eu tenho que ter um dismorfismo eritrocitário +. Caso a hematúria não tenha um dismorfismo eritrocitário +, essa hematúria não é de origem glomerular. Vamos ter também a presença de proteinúria sub-nefrótica. O QUE ESTRAGA O RIM É PROTEÍNA! O que é proteinúria sub-nefrótica? Quando há excreção de proteínas de 24h <3,5g. A proteiúria nefrótica vai ser o inverso: excreção de proteína de 24h >3,5g. A presença de leucócitos na urina pode ser um sinal de ITU, mas também pode ser um sinal de inflamação sem infecção, ou seja, uma inflamação autoimune. Caso você veja no EAS cilindros leucocitários, não é patognomônico de síndrome nefrítica, ele tem uma sensibilidade baixa e especificidade baixa, diferente dos cilindros hemáticos que é um sinal de inflamação glomerular. ETIOLOGIA A síndrome nefrítica não ataca o rim, ela é uma consequência para ele. No slide, tem algumas doenças de causas infecciosas e também não infecciosas que podem cursar com inflamação glomerular. A principal causa infecciosa são as glomerulonefrites pós-estreptocócicas. GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA AGUDA ANA BEATRIZ CAMPOS 2 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 • A glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda é um exemplo clássico de síndrome nefrítica aguda caracterizada por: ® Início súbito de hematúria macroscópica; ® Edema; ® Hipertensão; ® Insuficiência renal; • Esta doença é uma das causas glomerulares mais comuns de hematúria macroscópica em crianças. § ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA: • A glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda ocorre após infecção de orofaringe ou de pele por certas cepas “nefritogênicas” de Streptococcus beta-hemolítico do grupo A. • Ainda não é bem estabelecido que fatores poderiam determinar a nefritogenicidade por apenas algumas cepas de estreptococo. • Geralmente, ocorre após faringite estreptocócica durante o inverno e após infecções de pele causadas pelo estreptococo ou piodermites durante o verão. • Apesar de epidemias de nefrite serem descritas associadas a infecções de orofaringe (sorotipo 12) ou pele (sorotipo 49), esta doença ocorre mais frequentemente de forma esporádica. • Incidência: 5% a 10% dos infectados / Escolares de 6 a 8 anos de idade. • Raro antes de 2 anos de idade. • Acomete mais meninos do que meninas (2:1). • Na faixa pré-escolar (2 a 6 anos), a GNPE é mais comum após piodermites. • Na faixa escolar e adolescência (6 a 15 anos) é mais frequente após faringoamigdalites. • A frequência da doença tem diminuído nas últimas décadas. Nunca uma paciente tem GNPE sem antes ter uma infecção de orofaringe ou de pele. Caso ela tenha um diagnóstico de síndrome nefrítica, mas não teve as infecções citadas, então ela tem outra coisa. É PATOGNOMÔNICO! Nem todas as cepas de streptococcus beta- hemolíticos do grupo A causam GNDA. Os sorotipos 12 e 49 são os que causam nefrites nos rins. As mães costumam vacinar corretamente os filhos até 2 anos de idade, por isso é raro acontecer antes dessa idade. § PATOLOGIA: • Assim como pode ser observado na maioria das glomerulonefrites agudas, os rins apresentam-se simetricamente aumentados. • A miscroscopia óptica, todos os glomérulos encontram-se aumentados e relativamente pálidos, apresentando proliferação das células mesangiais com aumento de matriz mesangial. • Leucócitos polimorfonucleares são comumente observados nos glomérulos durante a fase inicial da doença. • Crescentes e inflamação intersticial podem ser observadas em casos severos. • Estas alterações não são específicas da glomerulonefrite pós-estreptocócica. • A microscopia por imunofluorescência evidencia: ® Depósitos semelhantes a um “céu estrelado”de imunoglobulina; ® Complemento na membrana basal glomerular (MBG) e no mesângio. • À microscopia eletrônica, depósitos eletrodensos, ou “corcovas”, são observados no lado epitelial da MBG. Rim com GNDA; Inflamado e grande. Pacientes com GNDA não tem indicação de biópsia, o diagnóstico é clínico mesmo. ANA BEATRIZ CAMPOS 3 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 As células mesangiais são células de defesa que vão se proliferar por que tem uma inflamação. Essas células vão está aumentadas para poder combater o agressor (sorotipo do streptococco). Também tem aumento de matriz, que é o fator protetor. Leucócitos polimorfonucleares são o nosso mecanismo de defesa, que é o nosso “sistema imunológico”, a gente vê isso nos glomérulos. Pode ter crescentes e inflamação intersticial, ou seja, inflamação importante do interstício vascular e é classificado como caso severo. O que acontece é que o próprio sistema imunológico começa a “destruir” o rim e, isso vai ser bem característico na biópsia, como também nos sinais e sintomas. Nesses casos a gente tem que tá muito ligado, principalmente aos sinais e sintomas. Tenho que ficar bastante atento quando pegar uma proteinúria acima de 1g, pois esse paciente pode está evoluindo para um caso severo. Geralmente, a GNDA é uma doença “leve”, é uma doença de regressão renal, então, se eu tenho sinais e sintomas severos e uma crescente de proteinúria em um paciente que tem diagnóstico de GNDA, eu tenho que tomar cuidado, pois esse paciente pode está perdendo o rim. A via imunológica que é ativada na GNDA é a via alternada, então é uma doença que consome complemento. Quando eu tenho a presença difusa de complemento no meu glomérulo semelhante a um céu estrelado, isso é patognomônico de GNDA. A primeira imagem é uma biópsia de GNDA, onde a primeira figura é uma biópsia normal e a segunda alterada. Percebe-se na segunda figura, glomérulos aumentados de volume, proliferação de células mesangiais, redução do espaço de filtração e infiltrado inflamatório (polimorfos nucleares). § PATOGENIA: • Apesar dos estudosmorfológicos e a diminuição dos níveis séricos de complemento (C3) sugerirem fortemente que a glomerulonefrite pós-estreptocócica é mediada por imunocomplementos, o mecanismo através do qual cepas nefritogênicas de estreptococo induzem a formação destes imunocomplexos precisa ser estabelecida. • Apesar da semelhança clínica e histológica com a doença de soro aguda em coelhos, o achado de imunocomplexos circulantes na GNPE não é uniforme e ANA BEATRIZ CAMPOS 4 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 a ativação do sistema complemento ocorre principalmente pela via alternada (independente de anticorpo) e não pela clássica (ativada por anticorpo). § GNDA – FISIOPATOLOGIA: • Estreptococcia (lesão de orofaringe ou pele) à Ligação de antígenos no tecido glomerular renal à deposição de imunocomplexos e ativação do complemento à processo inflamatório agudo à diminuição da filtração glomerular à oligúria à retenção de Na+ e água à edema + hipertensão arterial + congestão. § MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • O paciente desenvolve síndrome nefrítica aguda 1-2 semanas após faringite estreptocócica ou 3-6 semanas após piodermite estreptocócica. • A severidade do comprometimento renal varia desde hematúria microscópica assintomática com função renal preservada até insuficiência renal aguda. • Os pacientes podem apresentar vários graus de edema, hipertensão e oligúria, dependendo da severidade do comprometimento renal. • Podem ocorrer encefalopatia e/ou insuficiência cardíaca relacionadas à hipertensão ou hipervolemia. • A encefalopatia também pode ser resultado direto dos efeitos tóxicos do estreptococo no SNC. • A presença de edema é resultado da retenção de sal e água. • Fraqueza, letargia, dor abdominal ou em flanco e febre são comuns. • Também vêm sendo relatados edema subglótico agudo e comprometimento de vias aéreas. OBS: Tem que ter muito cuidado com a hipertensão, pois é a principal complicação de um paciente com GNDA. A gente tem que ter cuidado por conta da lesão de órgão alvo, pode causar encefalopatia hipertensiva, insuficiência cardíaca e o paciente ir a óbito. Porque se interna o paciente com GNDA? Por conta da hipertensão e quando apresenta insuficiência renal. RESUMINDO: As manifestações clínicas são à Hipertensão, edema, proteinúria sub-nefrótica, hematúria, insuficiência renal e, pode apresentar oligúria. • A fase aguda geralmente é resolvida entre 6-8 semanas. • Hipertensão normaliza geralmente entre 4-6 semanas após a instalação do quadro. • Hematúria microscópica persistente pode estar presente por 1 ano após a apresentação inicial. • A proteinúria pode persistir por até 3 anos. § DIAGNÓSTICO: • A análise da urina evidencia a presença de hemácias, frequentemente associadas a cilindros hemáticos, proteinúria e leucócitos polimorfonucleares. • Também pode estar presente anemia normocrômica moderada em consequência da hemodiluição e da discreta hemólise. • Os níveis séricos de C3 geralmente estão reduzidos durante a fase aguda e retornam aos níveis normais após 6-8 semanas. • Valores normais: Níveis de C3: - Homens: 88 a 252 mg/dl (880 a 2520 mg/L) - Mulheres: 88 a 206 mg/dl (880 a 2060 mg/L) O diagnóstico é clínico-laboratorial, a história clínica para saber se o paciente teve alguma infecção de garganta ou não, e os sinais e sintomas. TAMBÉM O CONSUMO DE COMPLEMENTO, todo paciente com GNDA tem que ter consumo de complemento!!! O paciente pode apresentar anemia, geralmente em decorrência da hipervolemia ou pela hemólise em decorrência do dismorfismo eritrocitário, pois quando ele passa pelo glomérulo perde sua forma e por isso o paciente pode apresentar esse tipo de anemia. Se com 6-8 semanas os níveis de C3 não voltarem ao normal, não é GNDA. • O diagnóstico é confirmado pela evidencia de infecção estreptocócica. ANA BEATRIZ CAMPOS 5 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 • Uma cultura de orofaringe positiva pode confirmar o diagnóstico ou simplesmente refletir o estado do portador. • Por outro lado, títulos crescentes de anticorpos que reconheçam antígenos do estreptococo podem confirmar infecção estreptocócica recente. • É importante ressaltar que os títulos de antiestreptolisina O encontram-se normalmente elevados após infecção de orofaringe, mas raramente elevam-se após infecção de pele. • O melhor anticorpo para documentação de infecção estreptocócica cutânea é a antidesoxirribonuclease (DNase) B. • Então, diagnóstico clínico da glomerulonefrite pós-espretocócica consiste na presença de: ® Síndrome nefrítica aguda; ® Evidências de infecção estreptocócica recente; ® Níveis séricos diminuídos de C3; • A biópsia renal deve ser considerada apenas na presença de: ® Insuficiência renal aguda; ® Síndrome nefrótica; ® Ausência de evidências de infecção estreptocócica; ® Níveis normais de complemento; ® Pesistência (nenhuma melhora) por mais de 2 meses de: - Hematúria; - Proteinúria; - Diminuição da função renal e/ou níveis baixos de C3; A glomerulonefrite membranoproliferativa é uma síndrome nefrótica primária, mas existem fatores secundários que podem desenvolver essa glomerulonefrite e ela cursa com hematúria e é a única glomerulopatia primária que consome complemento. Uma criança que tem consumo de complemento e tem toda a clínica de GNDA, sendo que, após 2 meses ele continua com o consumo de complemento (C3), esse paciente não tem o diagnóstico de GNDA, ele tem o diagnóstico de glomerulonefrite membranoproliferativa. § COMPLICAÇÕES: • As complicações agudas da doença resultam principalmente da hipertensão e da disfunção renal aguda. • A hipertensão pode ser observada em 60% dos pacientes, e em 10% dos casos pode estar associada à encefalopatia hipertensiva. • A insuficiência cardíaca, hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, acidose, crises convulsivas e uremia constituem outras complicações que podem ser observadas (relacionadas a disfunção renal aguda). A principal causa de morte na GNDA não é a doença em si, e sim, sua complicação, principalmente a hipertensão. A outra complicação importante é a disfunção renal que geralmente não acontece, mas, se presente de uma forma mais moderada, tem que ter cuidado com os distúrbios hidroeletrolíticos ácido básico e até uremia. Raramente esses pacientes chegam a ter distúrbio de potássio, sódio e etc. Tem que ter cuidado com a hiponatremia. A principal causa de hiponatremia é a hipervolemia, então, tem que ter cuidado por que dependendo do grau do edema pode acontecer uma baixa de sódio. § PREVENÇÃO: • A antibioticoterapia sistêmica precoce para infecções estreptocócicas na pele e orofaringe não elimina o risco de glomerulonefrite. • Familiares de pacientes com glomerulonefrite aguda devem ser submetidos à cultura para Streptococcus beta-hemolíticos do grupo a e tratados em caso de ANA BEATRIZ CAMPOS 6 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 positividade. PENICILINA G + ERITROMICINA § TRATAMENTO: • A abordagem deve ser direcionada ao tratamento dos efeitos agudos da insuficiência renal e da hipertensão. • Apesar da antibioticoterapia sistêmica com PENICILINA durante 10 dias ser recomendada para limitar a disseminação de organismos nefritogênicos, a história natural da glomerulonefrite não é afetada pela antibioticoterapia. • Restrição de sódio, diuréticos e farmacoterapia antagonista do canal de cálcio, vasodilatadores e inibidores da IECA/BRA constituem o principal tratamento da hipertensão. Geralmente não tratamos GNDA, tratamos as possíveis complicações. NEFROPATIA POR IgA (NEFROPATIA DE BERGER) • É a doença crônica glomerular mais comum em todo o mundo. • É caracterizada por um predomínio de depósitos de IgA na região mesangial do glomérulo na ausência de doenças sistêmicas, como o lúpus eritematoso sistêmico e púrpura de Henoch-Schnlein.• Outras doenças que apresentam predomínio de depósitos de IgA no mesângio incluem a artrite reumatoide, espondilite anquilosante, síndrome de Reiter e cirrose hepática. • Idade: 20 a 30 anos / Sexo masculino 3:1 / Incomum em raça negra. O paciente só tem o diagnóstico de nefropatia por IgA quando exclui as outras patologias já citadas, por que quando essas patologias acometem o rim, também podem fazer depósito por IgA. § PATOLOGIA E DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO: • À microscopia óptica pode ser observada proliferação mesangial focal e segmentar, além de aumento da matriz mesangial glomerular. • A nefropatia IgA pode apresentar proliferação mesangial difusa, a qual pode ser associada à formação de crescentes e fibrose. • Apesar de a IgA ser a principal imunoglobulina depositada no mesângio, poucos depósitos de IgG, IgM, C3 e properdina também podem ser comumente observados. • Estudos por microscopia eletrônica demonstram depósitos mesangiais eletrodensos na maioria dos pacientes. Estes depósitos também podem ser observados em regiões subendotelial e subepitelial na membrana basal glomerular. • Embora a patogenia da nefropatia por IgA ainda não seja bem estabelecida, sabe-se que se trata de uma doença mediada por imunocomplexos que parece ser causada por anormalidades do sistema imune envolvendo a IgA. • Além disso, casos familiares de nefropatia por IgA sugerem a importância do envolvimento de fatores genéticos. Estudos genéticos utilizando análises de ligação em todo o genoma sugerem uma ligação da nefropatia por IgA com o cromossomo 6q22-23 em ossos isolados multiplex para nefropatia por IgA. ANA BEATRIZ CAMPOS 7 NEFROLOGIA – 2ª EI BL 1 § MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • HEMATÚRIA: ® Micro ou macroscópica. ® A hematúria microscópica é mais comum, sempre procedida de IVAS ou exercícios físicos. ® Hematúria macroscópica está frequentemente associada à infecção do trato respiratório superior ou gastrointestinal, e pode ser acompanhada por dor lombar. ® Em pacientes com hematúria microscópica assintomática, a proteinúria é frequentemente menor do que 1.000 mg/24h. Nesse caso, a hematúria da nefropatia da IgA é procedida por uma IVAS no momento da infecção, diferente da GNDA. • PROTEINÚRIA: Proteinúria 24 horas = 1 a 2g. • EDEMA: Edema discreto. • HIPERTENSÃO: Hipertensão leve a moderada é mais frequentemente observada em pacientes com síndrome nefrítica ou nefrótica, mas raramente é suficientemente grave para causar emergências hipertensivas. • Outras formas de apresentação incluem síndrome nefrítica aguda, síndrome nefrítica- nefrótica. § DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: • EAS com hematúria, cilindros hemáticos, proteinúria. ® Proteinúria 24 horas = 1 a 2g. ® Creatinina sérica normal ou pouco aumentafa. ® Aumento IgA sérica = 20 a 50%. • Níveis normais de C3 observados na nefropatia por IgA ajudam no diagnóstico diferential desta patolofia em relação a glomerulonefrite pós- estreotocócica. • Níveis séricos de IgA não possuem valor diagnóstico, pois se encontram elevados em apenas 15% dos pacientes. O diagnóstico de um paciente com nefropatia por IgA é a biópsia. Só consegue dá o diagnóstico com biópsia. Quando vou pedi-la, sempre peço as 3 lâminas para poder fazer o diagnóstico correto. O objetivo no tratamento desse paciente é reduzir ao máximo a proteinúria, já que essa é uma doença genética e sem cura. Quanto menos proteína tiver na urina, melhor o prognóstico do paciente. Se tiver uma proteinúria >2g em 24h pode fazer a terapia com corticoide. O que evita com que o paciente tenha fibrose, esclerose e alterações glomerulares futuras é reduzir a proteinúria.
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