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Av1 Psi Juridica final

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CLARA ALVES MANHÃES 201703116992
JULLY DA SILVA MARTINS 201908190914
LUCIANA APARECIDA 201608266508
LUCAS PINHO DI STASIO 201601109857
MARIANA CRISTIANO BRASIL DE SOUZA 202002100796
PSICOLOGIA JURÍDICA
(ESTUDO DE CASO)
NITERÓI
2021
 No presente estudo de caso proposto podemos analisar a realização de abuso sexual sobre Carolina, uma menina de 10 anos, onde essa violência intrafamiliar no ambiente doméstico é exercida pelo seu avô, desde seus 9 anos, lhe causando sofrimento e possíveis danos psicológicos. 
 Sendo o abuso sexual infantil um crime, e necessário um cuidado com a vítima, com o objetivo de acolher e receber tratamento especializado existe a lei nº 13.431/17 SGD da criança e do adolescente vítima/ testemunha de violência, onde possui um método de escuta especializada e depoimento especial, da qual é feita uma entrevista sobre situação de violência com a criança, e procedimento de oitiva de criança ou adolescente perante autoridade policial ou judiciária. 
Diante das informações caracterizamos a violência sobre Carolina, abuso sexual devido a prática de ato libidinoso e manipulação aos órgãos sexuais da criança. Onde consequentemente devido a essas situações a criança se encontrava chorosa e quieta, considerável um possível medo, tristeza por ser realizado por uma pessoa tão próxima a ela. 
A violência contra criança e adolescência no Brasil tem sido amparada desde a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Nesse estudo de caso o fato da violência intrafamiliar, que é definida como, o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento. Como está regulamentado no Decreto nº 9.603/2018, a Lei nº 13.431/17 que estabelece o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e determina a implantação dos mecanismos de Escuta Especializada e Depoimento Especial para toda criança ou adolescente testemunhas ou vítimas de violência. O agressor cometeu: violência psicológica, violência sexual e abuso sexual. 
Perfil do Abusador 
Alguns estudos mostram que o molestador de crianças convence a si mesmo de que a criança quer se relacionar sexualmente com ele, projetando nela os pensamentos e sentimentos que ele quer que ela tenha sobre ele. Grande parte dos pedófilos, abusadores podem manter seus desejos em segredo, durante toda a sua vida sem nunca o compartilhar, ou tornar real. Normalmente levam uma vida normal, obtém profissões, ou atividades (ajudar a tomar conta, atividades de generosidade entre outros) que promovam o fácil acesso a crianças. Conforme descrito no estudo de caso o perfil do acusado é de uma pessoa comum, que mantem preservada as demais áreas da sua personalidade, ou seja, possui uma profissão (militar), tem uma família, pode vir a trazer traços moralista devido a sua profissão, possui um bom acervo social, procura ser amável, pratica generosidade e procura também exercer a função de substituto paternal, devido à ausência do pai da criança.
O perfil do avô da criança pode ser definido como pedófilo molestador cuja suas ações são invasivas a criança com a utilização de toques e carícias , não apresenta agressividade, apenas se aproveita das oportunidades de vulnerabilidade da criança com as saídas da avó de casa , ou seja, é mais situacional , o abusador aproveita a proximidade com a criança devido seu grau de parentesco , procura ser querido por ela , busca sua confiança e amizade através de agrados como dar dinheiro e comprar bonecas . Perante a sociedade busca ser sociável, quando se veste de papai Noel, entrega presentes a outras crianças. Outra característica importante é que o mesmo consegue convencer a criança, mesmo que temporariamente, da normalidade de seus atos e isso é possível devido a inocência da criança que tende a proporcionar maior facilidade de manipulação, que faz com que a criança guarde segredo e demore meses para denunciar os fatos.
Comportamento da Criança 
A criança no primeiro momento demonstra o comportamento de ocultar a agressão, manter em sigilo, como resultado da manipulação exercida pelo agressor. Ela não entendia como violência o que o avô praticava, o via como um protetor, não como agressor, e o mesmo se aproveitava de sua inocência e vulnerabilidade. Após a criança conviver novamente com a mãe e começar a criar um vínculo, a mesma se sente à vontade para relatar o abuso.
Dinâmica do abuso
A dinâmica do abuso sempre permanece da mesma forma, sempre situacional, onde o avô da criança aguarda o melhor momento, que se dá com a saída da avó da residência, sendo esse o momento de maior vulnerabilidade da criança. É possível identificar que o abuso se concretiza, pois, o avô se respalda na dependência emocional que a criança tem em relação a ele e também a financeira, quando ela recebe agrados e bonecas caras. 
Possíveis encaminhamentos para o caso 
	Como possíveis encaminhamentos do caso relatado, tendo em vista, o lado da criança, vítima das violências abordadas acima, seria a uma rede de apoio, profissionais para investigar e promover o bem-estar da saúde física, saúde mental e emocional dessa criança. Em relação ao suposto agressor, ser encaminhado para vias legais, respondendo aos atos praticados, visando a segurança da criança e precaução de futuros acontecimentos. Além disso, será importante um acompanhamento de apoio e suporte da mãe, assim como para a criança, e de proteção, visando sua segurança.

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