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10 3° AF | Terapêutica I Maria Diva Costa Alves | @medivou Anti-histamínicos Prof.ª Anansa Aquino | 07.05.2021 São os famosos antialérgicos, também utiliza- dos para controlar náusea/vômito e no tra- tamento de úlcera péptica. São medicamentos que inibem a ação da histamina; HISTAMINA Amina biogênica; Autacóide: aumenta ou diminui atividade de tecidos adjacentes; Mediador inflamatório: Regulação do ácido gástrico; Neurotransmissão; SÍNTESE A partir dos aminoácidos L-histidina; Mastócitos e basófilos do sistema imune; Células enterocromafim-símile (ECL) no TGI; SNC; LIBERAÇÃO Em grandes quantidades durante a fase imediata da reação alérgica; METABOLIZAÇÃO Rapidamente no fígado; Metabólito: ácido imidazolacético; AÇÕES DA HISTAMINA PULMÃO Contração do músculo liso brônquico; Asmático: 1000x mais sensíveis; CELULARES Microvasculatura local seja ingurgitada com sangue, aumentando o acesso das células imunes (rubor); Contração das células endoteliais vascu- lares: escape de proteínas plasmáticas e líquido das vênulas pós-capilares (ede- ma); TERMINAÇÕES NERVOSAS Prurido e dor: ação despolarizante direta da histamina sobre as terminações nervo- sas aferentes; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS No nariz: estimula as terminações nervosas sensoriais (prurido e espirros); Aumenta a permeabilidade vascular (edema e obstrução); Estimula secreções glandulares (coriza); Asma, urticária, rinite... “O principal efeito adverso é o sono, devido ao bloqueio da histamina”. “O alegra não entra no sistema nervoso central, pois são menos lipossolúveis, e devido a isso não dá sono na dose habitual”. “O sono muitas vezes não é devido ao medicamento e sim uma consequência, pois melhora os sintomas e o corpo sai do estado de alerta em que se encontrava”. RECEPTORES DE HISTAMINA 4 subtipos de receptores: H1, H2, H3 e H4, consiste em receptores acoplados à proteí- na G. 11 3° AF | Terapêutica I Maria Diva Costa Alves | @medivou “Farmacologicamente apenas dois receptores importam (H1 e H2), pois são os únicos que são bloqueados”. H1 Células endoteliais vasculares e nas célu- las musculares lisas; Esses receptores medeiam as reações in- flamatória e alérgica; RESPOSTAS TECIDUAIS ESPECÍFICAS Edema, broncoconstrição e sensibilização das terminações nervosas aferentes primá- rias; HIPOTÁLAMO Auto-receptores para inibir a liberação adicional de histamina; Controle dos ritmos circadianos e no esta- do de vigília; H2 Mediar a secreção de ácido gástrico pelo estômago; É expresso nas células parietais na mucosa gástrica; H3 Neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago; Suprimem a descarga neural e a libera- ção da histamina; H4 Mastócitos, eosinófilos e basófilos; Quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina, bem como a produção de leu- cotrienos B4; HISTAMINA E ANAFILAXIA É uma condição potencialmente fatal, causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos; É desencadeado em um indivíduo previa- mente sensibilizado; Um alérgeno pode estimular mastócitos e basófilos em todo corpo: hipotensão e broncoconstrição grave e edema da epi- glote; “O antialérgico não é a solução, é preciso ir ao hospital!”. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI-H1 Os avanços recentes na farmacologia da histamina demonstraram que os anti-H1 são agonistas inversos, mais do que antagonistas dos receptores. EFEITOS ADVERSOS PRIMEIRA GERAÇÃO Sono; SEGUNDA GERAÇÃO Menos sono; CLASSIFICAÇÃO Clássicos ou sedante (1° geração, atraves- sam o SNC); Não clássicos ou não sedantes (2° gera- ção, não atravessa o SNC); FARMACOCINÉTICA 1° GERAÇÃO Lipossolúveis (sedação); Rapidamente metabolizados (3-4 doses); 2° GERAÇÃO Menor Lipossolubilidade; Ação de 1-2 horas; Duração: 24 horas; ANTI-HISTAMÍNICOS DE 1° GERAÇÃO NA PRÁTICA DIÁRIA Maleato de clorfeniramina: apracur, benegri- pe, descon, fluviral, resfenol. Maleato de bronfeniramina: decongex plus. Cloridrato de meclizina: meclin. Hidroxizina: hixizine, prurizin e marax. Maleato de carbinoxamina: naldecon. 12 3° AF | Terapêutica I Maria Diva Costa Alves | @medivou Dimenidrinato: dramin, nausolin B6. Cloridrato de difenidramina: adnax, benalet. Prometazina: doriless, fenergan creme. Cloridrato de prometazina: fenergan, prome- tazol, lisador. ANTI-HISTAMÍNICOS DE 2° GERAÇÃO NA PRÁTICA DIÁRIA Cloridrato de epinastina: talere. Cloridrato de fexofenadina: allegra, altiva e fexodane. Loratadina: claritin, histadin, histamix (as asso- ciações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto). Dicloridrato de cetirizina: zetalerg, zyrtec (as- sociações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto). Azelastina: rinolastin nasal. Desloratadina: desalex. Ebastina: ebastel. Levocetirizina: zyxem. Rupatadina: rupafin. EFEITOS ADVERSOS Toxidade do SNC e cardíaca; Efeitos anticolinérgicos; FATORES DE RISCO Baixa massa corporal, disfunção hepática ou renal grave e uso concomitante de drogas (álcool, que comprometem a ação do SNC); OVERDOSE Anti-histamínicos H1 de primeira geração: efeitos adversos profundos sobre o SNC; “Loratadina, desloratadina e fexofenadina são os únicos aprovados para o uso por pilotos de aeronaves”. SECREÇÃO GÁSTRICA Principais estímulos que atuam sobre as célu- las parietais: Histamina: estimula receptores H2 das cé- lulas parietais estimulando a secreção áci- da gástrica. Gastrina: estimula receptores CCK2 (cole- cistocinina 2) estimulando secreção ácida e secreção de histamina. Acetilcolina: estimula receptores M3 esti- mulando secreção ácida e secreção de histamina e gastrina. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS Bem absorvidos por V.O. na presença de ali- mentos. Cimetidina, ranitidina, famotidina e nizati- dina; VO e EV; Biotransformação renal, hepática parcial; Excretados praticamente inalterados: uri- na, fezes, leite. EFEITOS INDESEJADOS Diarreia, cefaleia, tontura, dores muscula- res, erupções cutâneas transitórias e hiper- gastrinemia. “Atravessam a placenta e são excretados no leite materno, cuidado com gestantes e lactantes”. CIMETIDINA Galactorreia e ginecomastia; Afinidade moderada a receptores de androgênos. Interações medicamentosas; Citocromo P450. Anticoagulantes orais, fenitoína, carba- mazepina, teofilina e ADT. AÇÃO ANTIEMÉTICA
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