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PROBLEMA 24 - O TOQUE DO BEM

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Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 1 
 
 APG IV 
O TOQUE DO BEM 
Objetivos: 
1. Revisar a anatomia e fisiologia da próstata. 
2. Compreender a diferença da hipertrofia prostática. 
3. Entender a fisiopatologia e as manifestações clínicas da hipertrofia prostática. 
4. Identificar os fatores de risco da hipertrofia prostática. 
5. Elencar os critérios de diagnóstico dessa patologia. 
Anatomia da Próstata 
 É uma glândula localizada abaixo da 
bexiga, rodeando a uretra; 
 Sua função é produzir uma parte da 
secreção que forma o sêmen; 
 Contém fibras musculares que têm 
capacidade de contrair-se de forma 
automática, especialmente durante a 
ejaculação; 
 Pesa 20g, com tamanho aproximado 
de uma noz; 
 Podemos imaginar a anatomia desta 
parte do aparelho urogenital masculino como 
se fosse um funil, em que a parte em forma 
de cone é a bexiga e o tubo é a uretra. A 
área de escoamento desse funil é contornada 
pela próstata, que se apresenta como um 
verdadeiro “colar”. Esta característica é 
particularmente importante também para a 
regulação do fluxo de urina. 
 
Fisiologia da Próstata 
 Contribui para a ejaculação: 
- A próstata é considerada um órgão sexual 
secundário, porque a sua função principal é a 
de produzir líquido seminal que se mistura 
com o esperma durante a ejaculação e 
contém os elementos necessários para a 
vitalidade dos espermatozoides; 
 Contribui para a função sexual: 
- Além do tecido glandular, que produz o 
líquido seminal, há na próstata um tecido 
muscular que passa por fases de contração e 
descontração. Adjacente à próstata 
encontram-se feixes de nervos e vasos 
sanguíneos, que se estendem da uretra ao 
pénis, permitindo ao pénis uma função erétil; 
 Contribui para a regulação do fluxo 
urinário: 
- A continência urinária, ou seja, a 
capacidade de controlar o fluxo da urina 
deve-se principalmente ao tónus de 
encerramento de duas válvulas, constituídas 
por tecido muscular (esfíncter), que envolve a 
uretra na porção em que atravessa a 
próstata. 
- A primeira válvula (esfíncter uretral interno) 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 2 
 
 APG IV 
encontra-se numa posição superior, no ponto 
de entrada da próstata. 
- A segunda válvula situa-se numa posição 
inferior (esfíncter uretral externo), no ponto 
de saída da próstata. 
- O tecido muscular da próstata funciona 
como um colar à volta da uretra: quando se 
retrai (contração da parte muscular), o fluxo 
de urina é interrompido; quando se alarga o 
fluxo é reiniciado. 
Hipertrofia Prostática 
 Também chamada de hiperplasia 
benigna da próstata, é uma condição comum 
à medida que os homens envelhecem; 
 Um aumento da próstata pode causar 
sintomas urinários desconfortáveis, como o 
bloqueio do fluxo de urina da 
bexiga. Também pode causar problemas na 
bexiga, no trato urinário ou nos rins. 
 
Epidemiologia 
 O processo hiperplásico começa 
frequentemente na terceira década de vida; 
em torno dos 80 anos de idade, 85% dos 
homens apresentam Hiperplasia Prostática 
Benigna. A prevalência da HPB, que 
aumenta com o passar dos anos em 
necropsias, é notavelmente semelhante entre 
homens de diferentes etnias; 
 O envelhecimento e os testículos 
funcionantes constituem os principais fatores 
de risco. O aparecimento de manifestações 
clínicas de Hiperplasia Prostática Benigna 
antes dos 65 anos de idade em um parente 
de primeiro grau também constitui um fator 
de risco; 
 A prevalência das manifestações 
clínicas é incerta, devido a uma falta de 
consenso na definição dos sintomas 
atribuíveis à hiperplasia. Entretanto, nos 
Estados Unidos, cerca de um terço dos 
homens norte-americanos na faixa dos 40 
aos 79 anos de idade apresenta sintomas 
moderados a graves do trato urinário inferior, 
cuja maioria é atribuível à HPB. 
Causas 
 A hiperplasia prostática benigna 
(HPB) torna-se muito mais frequente à 
medida que os homens envelhecem, 
especialmente depois dos 50 anos de idade; 
 A causa exata não é conhecida, mas 
provavelmente envolve alterações causadas 
por hormônios, incluindo a testosterona e, 
especialmente, di-hidrotestosterona (um 
hormônio relacionado à testosterona); 
 Medicamentos, tais como anti-
histamínicos e descongestionantes nasais 
de venda livre, podem aumentar a 
resistência ao fluxo de urina ou reduzir a 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 3 
 
 APG IV 
capacidade de contração da bexiga, 
causando o bloqueio temporário do fluxo de 
urina para fora da bexiga em homens com 
HPB. 
Manifestações Clínicas 
 Necessidade frequente ou urgente de 
urinar; 
 Aumento da frequência de micção à 
noite (noctúria); 
 Dificuldade em iniciar a micção; 
 Fluxo de urina fraco ou um fluxo que 
pára e começa; 
 Driblar no final da micção 
 Incapacidade de esvaziar 
completamente a bexiga. 
 Sinais e sintomas menos comuns 
incluem: 
 Infecção do trato urinário; 
 Incapacidade de urinar; 
 Sangue na urina. 
Fatores de Risco 
 Envelhecimento: O aumento da glândula 
da próstata raramente causa sinais e 
sintomas em homens com menos de 40 
anos. Cerca de um terço dos homens 
apresenta sintomas moderados a graves aos 
60 anos e cerca de metade os 80 anos; 
 História de família: Ter um parente de 
sangue, como um pai ou um irmão, com 
problemas de próstata significa que você 
está mais propenso a ter problemas; 
 Diabetes e doença cardíaca: Estudos 
mostram que diabetes, assim como doenças 
cardíacas e uso de betabloqueadores, 
podem aumentar o risco de HBP; 
 Estilo de vida: A obesidade aumenta o 
risco de HBP, enquanto o exercício pode 
diminuir o risco. 
Complicações 
 Incapacidade repentina de urinar 
(retenção urinária): O paciente pode precisar 
de um tubo (cateter) inserido na bexiga para 
drenar a urina. Alguns homens com próstata 
aumentada precisam de cirurgia para aliviar a 
retenção urinária; 
 Infecções do trato urinário 
(ITUs): Incapacidade de esvaziar 
completamente a bexiga pode aumentar o 
risco de infecção em seu trato urinário. Se as 
infecções do trato urinário ocorrem com 
freqüência, você pode precisar de cirurgia 
para remover parte da próstata; 
 Pedras na bexiga: Estes são 
geralmente causados por uma incapacidade 
de esvaziar completamente a bexiga. Pedras 
na bexiga podem causar infecção, irritação 
da bexiga, sangue na urina e obstrução do 
fluxo de urina; 
 Danos na bexiga: Uma bexiga que não 
se esvaziou completamente pode esticar e 
enfraquecer com o tempo. Como resultado, a 
parede muscular da bexiga não se contrai 
mais adequadamente, dificultando o 
esvaziamento completo da bexiga; 
 Danos nos rins: A pressão na bexiga 
devido à retenção urinária pode danificar 
https://www.opas.org.br/diabetes-sintomas-o-que-e-medicamentos-causas-e-mais/
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 4 
 
 APG IV 
diretamente os rins ou permitir que infecções 
da bexiga alcancem os rins. 
Diagnóstico 
 Exame retal digital. O médico insere 
um dedo no reto para verificar o aumento da 
próstata; 
 Teste de urina. Analisar uma amostra 
da sua urina pode ajudar a descartar uma 
infecção ou outras condições que podem 
causar sintomas semelhantes; 
 Teste de sangue. Os resultados 
podem indicar problemas renais; 
 Teste de sangue de antígeno 
específico da próstata (PSA). PSA é uma 
substância produzida em sua próstata. Os 
níveis de PSA aumentam quando você tem 
uma próstata aumentada. No entanto, níveis 
elevados de PSA também podem ser devido 
a procedimentos recentes, infecção, cirurgia 
ou câncer de próstata. 
 Exames adicionais: 
 Teste de fluxo urinário. Você urina em 
um recipiente preso a uma máquina que 
mede a força e a quantidade do fluxo de 
urina. Os resultados do teste ajudam a 
determinar com o tempo se sua condição 
está melhorando ou pior; 
 Teste devolume residual 
pósvídeo. Este teste mede se você pode 
esvaziar sua bexiga completamente. O teste 
pode ser feito usando ultra-som ou inserindo 
um cateter na bexiga depois de urinar para 
medir a quantidade de urina deixada na 
bexiga; 
 Diário de 24 horas. Registrar a 
frequência e a quantidade de urina pode ser 
especialmente útil se mais de um terço de 
sua produção urinária diária ocorrer à noite. 
 Exames mais complexos: 
 Ultrassonografia transretal: Uma 
sonda de ultrasom é inserida em seu reto 
para medir e avaliar sua próstata; 
 Biópsia da próstata: A ultrassonografia 
transretal guia as agulhas usadas para tirar 
amostras de tecido (biópsias) da 
próstata. Examinar o tecido pode ajudar seu 
médico a diagnosticar ou descartar câncer de 
próstata; 
 Estudos de fluxo urodinâmico e 
pressão: Um cateter é inserido através da 
sua uretra na bexiga. A água – ou, menos 
comumente, o ar – é lentamente injetada na 
bexiga. Seu médico pode então medir a 
pressão da bexiga e determinar o quão bem 
os músculos da bexiga estão 
funcionando. Estes estudos são geralmente 
usados apenas em homens com suspeita de 
problemas neurológicos e em homens que 
tiveram um procedimento prévio de próstata 
e ainda apresentam sintomas; 
 Cistoscopia: Um instrumento iluminado 
e flexível (cistoscópio) é inserido em sua 
uretra, permitindo que seu médico veja 
dentro da sua uretra e da bexiga. Você 
receberá um anestésico local antes deste 
teste. 
 
 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 5 
 
 APG IV 
Referências Bibliográficas 
1. Archimedes Nardozza Júnior; Miguel 
Zerati Filho; Rodolfo Borges dos Reis. (Org.). 
Urologia Fundamental. 1 ed. São Paulo: 
Planmark Editora Ltda, 2010, v. 1. 
2. Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 9ª 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 
2015.

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