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Bruna Priscilla Vasconcelos Dantas Leite TENÍASE E CISTICERCOSE INTRODUÇÃO • Reino: Animalia • Filo: Platyhelmintes • Classe: Cestoda • Ordem: Cyclophyllidea • Família: Taeniidae • Gênero: Taenia • Espécies: • Taenia saginata; • Taenia solium. • A Taenia solium e a Taenia saginata são as mais conhecidas por parasitarem o intestino delgado do homem; • Popularmente conhecida como SOLITÁRIAS • Os seus hospedeiros intermediários são o porco, no caso da Taenia solium e o boi no caso da Taenia saginata • Responsáveis pelo complexo teníase-cisticercose; • Podem levar a alterações patológicas causadas pelas formas adultas e larvares nos hospedeiros; TENÍASE CISTICERCOSE TENÍASE X CISTICERCOSE TENÍASE CISTICERCOSE TENÍASE X CISTICERCOSE MORFOLOGIA • Verme Adulto: corpo achatado, dorsoventralmente em forma de fita, de cor branca leitosa com a extremidade anterior bastante afilada de difícil visualização, se dividem em: • Escólex = ZONA DE FIXAÇÃO • Colo = ZONA DE CRESCIMENTO • Estróbilo ou corpo = TODO RESTANTE (VOLUME TOTAL) ESCOLÉX Proglotide grávida com ovos VENTOSAS Acúleos OCORRE FENÔMENO DE PROTANDRIA As tênias têm reprodução assexuada, são hermafroditas, isto é, possuem os dois sexos presentes no mesmo indivíduo. Não há fêmeas ou machos, e cada proglótide colabora com óvulos e com espermatozoides, ocorrendo então a fecundação no interior de cada proglótide. Taenia Solium Taenia Saginata Taenia Solium Taenia Saginata Acúleos TAENIA SOLIUM X TAENIA SAGINATA FISIOLOGIA VERMES ADULTOS • Movimentam-se por ondas de contração e expansão. • Crescimento: • T. saginata= 9-12 proglotes/dia (1000-2000 proglotes) • T. solium= 700 a 900 proglotes • Podem viver de 25 a 30 anos HABITAT • Tanto a T. solium como a T. saginata, na fase adulta ou reprodutiva, vivem no intestino delgado humano; • O cisticerco da T. solium (Cysticercus cellulosae) é encontrado no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e no olho de suínos, humanos, macacos, cães e gatos; • O cisticerco da T. saginata (Cysticercus bovis) é encontrado nos tecidos dos bovinos. CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO TENÍASE X CISTICERCOSE TRANSMISSÃO • Teníase • Hospedeiro definitivo: Homem • Ingestão de carne suína ou bovina, crua ou mal cozida, infectada respectivamente pelo cistecerco de cada espécie de Taenia. • Cisticercose humana • Ocorre por ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium • Auto-infecção externa • Auto-infecção interna • Heteroinfecção TRANSMISSÃO PATOGENIA E SINTOMAS PATOGENIA E SINTOMAS NEUROCISTICERCOSE • Processos compressivos, irritativos, vasculares e obstrutivos no SNC; • Instalado nos ventrículos Obstrução do fluxo do LCR, hipertensão intracraniana, hidrocefalia ou calcificações; • Mais frequentes: • crises epilépticas; • hipertensão intracraniana; • cefaléias; • meningite; • distúrbios psíquicos. TRATAMENTO • NICLOSAMIDA= 2 g (dose única) - 4 comprimidos (2 comp. 1h depois 2comprimidos) • PRAZIQUANTEL 5-10 mg/kg T. saginata (dose unica) 10 mg/kg T. solium (4 comprimidos) • MEBENDAZOL= 300 mg (2 x dia por 3 dias) CONTROLE DE CURA= APÓS 4 MESES TENÍASE TRATAMENTO NEUROCISTICERCOSE • Praziquantel, 50mg/kg/dia repartidos em 2 ou 3 tomadas durante 15 dias. • Albendazol, 15 mg/kg/dia durante 8 dias • Devem-se associar altas doses de corticóides (Dexametasona) para diminuir a reação inflamatória gerada pela morte dos parasitas. Anticonvulsivantes também devem ser utilizados. • Processo cirúrgico. OBS: em caso de cisticercose ocular evitar o uso de praziquantel (risco de lesão intraocular irreversível). CISTICERCOSE IMUNIDADE • Cerca de 50% dos pacientes respondem ao teste cutâneo com PPD, para hipersensibilidade retardada; • Aumento de linfócitos B e diminuição de linfócitos T; • As células T CD8+ apresentam-se diminuidas; • Não verificou-se alterações nas subpopulações das células T CD4+; • Aumento de IL-2 e INF-γ Resposta Th1; • Aumento de IgG, IgM, IgE, IgA e IgD, com predominância de IgM. DIAGNÓSTICO • PARASITOLÓGICO Pesquisa de proglotides ou de ovos nas fezes pelos métodos rotineiros ( exame direto a fresco, método de sedmentação espontânea, entre outros); Método de fita gomada; • CLÍNICO Anamnese e diagnóstico diferencial. • IMUNOLÓGICO Fixação do complemento, hematoaglutinação indireta, imunoflorescência, ELISA. • NEUROIMAGENS Raio-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética. PROFILAXIA • Impedir o acesso do suíno e do bovino às fezes humanas; • Melhoramento do sistema dos serviços de água, esgoto ou fossa; • Tratamento em massa dos casos humanos nas populações alvos; • Instituir um serviço regular de educação e saúde; • Orientar a população a não comer carne crua ou mal cozida; • Estimular a melhoria de criação de animais; • Inspeção rigorosa da carne e fiscalização dos matadouros. EPIDEMIOLOGIA • Encontradas em todas as partes do mundo; • Principalmente em populações que possuem o hábito de comer carne de boi ou de porco crua ou mal cozida; • No Brasil, tanto a T. solium e T. saginata tem larga distribuição devido as precárias condições de higiene, método de criação de animais e o hábito de ingestão de carne pouco cozida ou assada; • Prevalência de teníase por T. saginata em 39 milhões de indivíduos e 2,5 milhões por T. solium na população mundial; • A cisticercose é endêmica em áreas rurais da América Latina, África e Ásia. No Brasil prevalência em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
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