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CONTROLE DA CIRCULAÇÃO E DA PRESSÃO ARTERIAL

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Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
FISIOLOGIA HUMANA
CONTROLE DA CIRCULAÇÃO E DA PRESSÃO ARTERIAL
Origens da pressão na circulação
Quatro fatores ajudam a gerar pressão na circulação:
● Gravidade: Causa uma diferença de pressão hidrostática quando há uma diferença
de altura;
● Complacência dos vasos: A baixa complacência dos vasos (resistência à
deformação/distensão) causa um aumento da pressão transmural quando o volume
de sangue do vaso é aumentado;
● Resistência viscosa: Causa uma diferença de pressão axial quando há fluxo;
● Inércia: A inércia do sangue e dos vasos provoca uma queda de pressão quando a
velocidade do fluxo sanguíneo aumenta. A velocidade do fluxo na aorta aumenta e
atinge um máximo durante a sístole e cai durante a diástole.
Controle da PA
● Vários sistemas de feedback negativo interligados realizam ajustes para o controle
da PA, como:
➔ Ritmo cardíaco
➔ Volume sistólico
➔ Resistência vascular sistêmica
➔ Volume de sangue
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Papel do centro cardiovascular
Centro cardiovascular (CV) no bulbo ajuda a regular:
➔ Frequência cardíaca
➔ Volume sistólico
➔ Sistemas de feedback negativo neurais, hormonais e locais que regulam a
pressão e fluxo sanguíneo a tecidos específicos.
Grupos de neurônios espalhados no centro CV regulam a frequência cardíaca, a
contratilidade (força de contração) dos ventrículos e o diâmetro dos vasos
sanguíneos.
Centro vasomotor
★ Centro cardioestimulatório
★ Centro cardioinibitório
★ Centro vasoconstritor
★ Centro vasodilatador
O centro cardiovascular recebe informações das regiões superiores do encéfalo e
dos receptores sensitivos (proprioceptores, barorreceptores e quimiorreceptores).
Os impulsos nervosos descem do córtex cerebral, sistema límbico e hipotálamo
para afetar o centro cardiovascular, fornecendo estímulos às partes simpática e
parassimpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA).
Receptores sensitivos
● Fornecem informações ao centro cardiovascular. São os proprioceptores, os
barorreceptores e os quimiorreceptores.
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Proprioceptores:
➔ Monitoram os movimentos das articulações e músculos
➔ Fornecem informações ao centro cardiovascular durante a atividade física
➔ Responsáveis pelo rápido aumento da frequência cardíaca no início do
exercício
Barorreceptores:
➔ Monitoram as alterações na pressão
➔ Distendem as paredes dos vasos sanguíneos
Quimiorreceptores:
➔ Monitoram a concentração de vários produtos químicos no sangue.
Influências simpáticas(↑) e parassimpáticas (↓)
● Controle somático do coração
● Estímulos do centro cardiovascular deslocam- se ao longo dos neurônios
simpáticos e parassimpáticos do SNA.
● Impulsos simpáticos chegam ao coração pelos nervos aceleradores
cardíacos. Um aumento na estimulação simpática eleva a frequência
cardíaca e a contratilidade.
➔ Aumenta a frequência de descargas do nodo sinusal.
➔ Aumenta a velocidade da condução, bem como a excitabilidade em
todas as porções do coração.
➔ Aumenta muito a força de contração de toda a musculatura cardíaca,
tanto atrial como ventricular,
● A diminuição da estimulação simpática reduz a frequência e a
contratilidade cardíacas.
● Estímulos parassimpáticos, transmitidos pelos nervos vagos (X),
diminuem a frequência cardíaca.
➔ A estimulação da inervação parassimpática do coração (nervos vagos)
provoca liberação do hormônio acetilcolina pelas terminações vagais.
Esse hormônio tem dois efeitos principais sobre o coração. Primeiro,
ele diminui o ritmo do nodo sinusal e, segundo, ele reduz a
excitabilidade das fibras juncionais A-V entre a musculatura atrial e o
nodo A-V, lentificando assim a transmissão do impulso cardíaco para
os ventrículos.
O centro cardiovascular envia continuamente impulsos para o músculo liso nas
paredes dos vasos sanguíneos por meio dos nervos vasomotores. Estes
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
neurônios simpáticos emergem da medula espinal em todos os nervos espinhais
torácicos e nos primeiros um ou dois nervos espinais lombares e, em seguida,
passam para os gânglios do tronco simpático. De lá, os impulsos se propagam ao
longo dos neurônios simpáticos que inervam os vasos sanguíneos das vísceras e
áreas periféricas. A região vasomotora do centro cardiovascular envia
continuamente impulsos por estas vias às arteríolas de todo o corpo, mas
especialmente àquelas da pele e das vísceras abdominais. O resultado é um estado
moderado de contração tônica ou vasoconstrição, chamado tônus vasomotor, que
define o nível de repouso da resistência vascular sistêmica.
➔ A estimulação simpática da maior parte das veias provoca
vasoconstrição, que move o sangue para fora dos reservatórios de sangue
venoso e aumenta a pressão arterial.
Regulação neural da pressão sanguínea
O sistema nervoso regula a pressão sanguínea por meio de alças de feedback
negativo que ocorrem como dois tipos de reflexos: barorreceptores e
quimiorreceptores.
Reflexos barorreceptores
Barorreceptores são receptores sensitivos sensíveis à pressão localizados na aorta,
nas artérias carótidas internas (artérias do pescoço que fornecem sangue ao
encéfalo) e outras grandes artérias do pescoço e do tórax.
● Enviam impulsos para o centro cardiovascular para ajudar a regular a
pressão sanguínea.
Os dois reflexos barorreceptores mais importantes são o reflexo do seio carótico e
o reflexo da aorta.
Reflexo do seio carótico:
➔ Seios caróticos são pequenas
ampliações das artérias carótidas
internas direita e esquerda, um
pouco acima do ponto em que elas
se ramificam da artéria carótida
comum.
➔ Os barorreceptores da parede dos
seios caróticos iniciam o reflexo do
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
seio carótico, que ajuda a regular a pressão sanguínea no encéfalo.
➔ A pressão arterial distende a parede do seio carótico, o que estimula os
barorreceptores.
➔ Os impulsos nervosos se propagam dos barorreceptores do seio carótico
para os axônios sensitivos dos nervos glossofaríngeos (IX) para o centro
cardiovascular no bulbo.
Reflexo da aorta
➔ Os barorreceptores da parede
da parte ascendente da aorta e
arco da aorta iniciam o reflexo
da aorta, que regula a pressão
arterial sistêmica.
➔ Os impulsos nervosos dos
barorreceptores aórticos
chegam ao centro
cardiovascular via axônios
sensitivos do nervo vago (X).
➔ Quando a pressão arterial cai,
os barorreceptores são menos
distendidos e enviam impulsos
nervosos em uma frequência
mais lenta ao centro cardiovascular.
➔ Em resposta, o centro CV diminui a estimulação parassimpática do coração
por meio dos axônios motores dos nervos vago e aumenta a estimulação
simpática do coração via nervos aceleradores cardíacos.
➔ Outra consequência do aumento na estimulação simpática é o aumento na
secreção de epinefrina e norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal.
↑ Coração bate mais rápido e com mais força
↑ Resistência vascular sistêmica aumenta
↑ Débito cardíaco aumenta
↑ Resistência vascular sistêmica aumenta
↑ Pressão arterial aumenta até o nível normal
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Quando é detectado um aumento na pressão, os barorreceptores enviam impulsos
em uma frequência mais rápida. O centro CV responde aumentando a estimulação
parassimpática e diminuindo a estimulação simpática.
↓ Redução da frequência cardíaca
↓ Redução da força de contração
↓ Diminuição do débito cardíaco
Vasodilatação
↓ Diminuição da resistência vascular sistêmica
↓ Redução da pressão arterial sistêmica ao nível normal
OBS: Passar do decúbito ventral para a posição ortostática diminui a pressão
arterial e o fluxo sanguíneo na cabeça e parte superior do corpo. Os reflexos
barorreceptores, no entanto, neutralizam rapidamente a queda de pressão.
Reflexos quimiorreceptores
Quimiorreceptores são receptores sensitivos que monitoram a composição química
do sangue.
Letícia Kariny TelesDeusdará / Odontologia UFPE
Estão localizados perto dos barorreceptores do seio carótico e do arco da aorta em
pequenas estruturas chamadas glomos caróticos e glomos para aórticos,
respectivamente.
● Quimiorreceptores detectam mudanças nos níveis sanguíneos de O2,
CO2 e H+.
Hipóxia (baixa disponibilidade de O2), acidose (aumento na concentração de H+) ou
hipercapnia (excesso de CO2) estimulam os quimiorreceptores a enviar impulsos ao
centro cardiovascular.
Em resposta, o centro CV aumenta a estimulação simpática de arteríolas e veias,
provocando:
Vasoconstrição
↑ Aumento da pressão sanguínea
Estes quimiorreceptores também fornecem informações ao centro respiratório no
tronco encefálico para ajustar a frequência respiratória.
Regulação hormonal da pressão sanguínea
A regulação da pressão arterial e do fluxo sanguíneo por meio de:
● Alteração no débito cardíaco
● Alteração da resistência vascular sistêmica
● Ajuste do volume total de sangue
Sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA)
Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins diminui:
➔ Células justaglomerulares dos rins secretam renina na corrente sanguínea
➔ Na sequência, a renina e a enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam
sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina II, que
aumenta a pressão arterial de duas maneiras:
➢ Angiotensina II é um potente vasoconstritor; isso aumenta a pressão
arterial ao aumentar a resistência vascular sistêmica.
➢ Estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção
dos íons sódio (Na+) e água pelos rins. A reabsorção de água
aumenta o volume sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial.
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Epinefrina e norepinefrina
Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera
epinefrina e norepinefrina.
Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao:
➔ Elevar a velocidade
➔ Elevar a força das contrações cardíacas
➔ Causar constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais
➔ Causar dilatação das arteríolas no músculo cardíaco e esquelético, o que
ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício.
Hormônio antidiurético (ADH) / Vasopressina
Produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro-hipófise em resposta à
desidratação ou à diminuição no volume sanguíneo.
Causa:
➔ Vasoconstrição, o que aumenta a pressão arterial.
➔ Deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente
sanguínea. Isso resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na
produção de urina.
Peptídio natriurético atrial (PNA)
Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz a pressão arterial ao
causar:
➔ Vasodilatação
➔ Promover a perda de sal e água na urina
➔ Reduz o volume sanguíneo
FATORES QUE
INFLUENCIAM A
PRESSÃO ARTERIAL
HORMÔNIO EFEITO SOBRE A
PRESSÃO ARTERIAL
DÉBITO CARDÍACO - ↑ Aumentam a PA
Aumento da frequência e
contratilidade cardíaca
Norepinefrina
Epinefrina
↑ Aumentam a PA
Resistência vascular sistêmica - -
Vasoconstrição Angiotensina II
ADH
Norepinefrina
Epinefrina
↑ Aumentam a PA
Vasodilatação PNA
Epinefrina
Óxido nítrico
↓ Diminuem a PA
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VOLUME SANGUÍNEO - -
Aumento do volume sanguíneo Aldosterona
ADH
↑ Aumentam a PA
Diminuição do volume
sanguíneo
PNA ↓ Diminui a PA
Autorregulação do fluxo sanguíneo
Autorregulação é a capacidade de um tecido de ajustar automaticamente o fluxo
sanguíneo para atender às suas demandas metabólicas.
Vasodilatadores produzem dilatação local das arteríolas e relaxamento dos
esfíncteres pré capilares, o fluxo sanguíneo nas redes capilares aumenta, o que
eleva o nível de O2. Vasoconstritores têm o efeito oposto.
Em tecidos como o coração e o músculo esquelético, em que a demanda por O2
e nutrientes e pela remoção de escórias metabólicas pode aumentar em até dez
vezes durante a atividade física, a autorregulação é um contribuinte importante para
o aumento no fluxo sanguíneo no tecido.
A autorregulação também controla o fluxo sanguíneo regional no encéfalo; a
distribuição de sangue para várias partes do encéfalo muda drasticamente durante
diferentes atividades físicas e mentais.
Fatores que causam alterações autorregulatórias no fluxo sanguíneo:
Alterações físicas
● Aquecimento provoca vasodilatação
● Resfriamento causa vasoconstrição
● O músculo liso das paredes das arteríolas exibe uma resposta miogênica, ou
seja, se contrai com mais força quando é distendido e relaxa quando a
distensão diminui. Como resultado, o músculo liso relaxa e produz
vasodilatação, o que aumenta o fluxo sanguíneo.
Produtos químicos vasodilatadores e vasoconstritores
Vários tipos de células, como leucócitos, plaquetas, fibras de músculo liso,
macrófagos e células endoteliais, liberam uma grande variedade de substâncias
químicas que alteram o diâmetro do vaso sanguíneo.
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
As substâncias químicas vasodilatadoras liberadas pelas células teciduais
metabolicamente ativas incluem:
➔ K+
➔ H+
➔ Ácido láctico (lactato)
➔ Adenosina (do ATP).
➔ Óxido nítrico (NO)
O trauma tecidual ou inflamação provoca a liberação de cininas vasodilatadoras e
histamina.
Os vasoconstritores incluem:
➔ Tromboxano A2
➔ Radicais superóxidos
➔ Serotonina (das plaquetas)
➔ Endotelinas (das células endoteliais).
OBS: Circulação pulmonar x Circulação sistêmica
As paredes dos vasos sanguíneos na circulação sistêmica dilatam -se em resposta
ao baixo nível de O2. Com a vasodilatação, a entrega de O2 aumenta, o que
restabelece o nível de O2 normal.
Na circulação pulmonar, as paredes dos vasos sanguíneos contraem- se em
resposta a baixos níveis de O2. Esta resposta garante que o sangue desvie dos
alvéolos nos pulmões, que são mal ventilados pelo ar fresco. Assim, a maior parte
do sangue flui para áreas mais bem ventiladas do pulmão.
Bibliografia:
TORTORA, G. et al. Princípios de anatomia e fisiologia. Guanabara Koogan, Rio
de Janeiro, ed. 14. 2016.

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