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caso 03 - Gravidez Programada

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Alice Iris MedUfma TXV 
 
Eixo II 
Caso 3: Gravidez programada 
 
• Assim, a assistência pré-natal torna-se um 
momento privilegiado para discutir e esclarecer 
questões que são únicas para cada mulher e 
seu parceiro, aparecendo de forma 
individualizada, até mesmo para quem já teve 
outros filhos. Temas tabus, como a 
sexualidade, poderão suscitar dúvidas ou 
necessidade de esclarecimentos. 
• Maioria das questões que emerge no grupo de 
pré-natal: 
 
CONDIÇÕES PARA UMA ASSISTÊNCIA PRÉ-
NATAL EFETIVA, DEVE-SE GARANTIR: 
I. Discussão permanente com a 
população da área, em especial com as 
mulheres, sobre a importância da 
assistência pré-natal na unidade de 
saúde e nas diversas ações 
comunitárias 
II.Identificação precoce de todas as 
gestantes na comunidade e o pronto 
início do acompanhamento pré-natal, 
para que tal se dê ainda no 1 trimestre 
da gravidez, sejam eles preventivos ou 
terapêuticos 
III. Sistema eficiente de referência e 
contrarreferência 
IV. Acompanhamento periódico e contínuo 
de todas as mulheres grávidas 
Fluxo de informações: 
• Cartão da gestante: instrumento de registro. 
Deve conter os principais dados de 
acompanhamento da gestação, os quais são 
importantes para a referência e 
contrarreferência 
• Ficha perinatal: instrumento de coleta de dados 
para uso dos profissionais da unidade. Deve 
conter os principais dados de 
acompanhamento da gestação, do parto, do 
recém-nascido e do puerpério 
• Mapa de registro diário: instrumento de 
avaliação das ações de assistência pré-natal. 
Deve conter as informações mínimas 
necessárias de cada consulta prestada 
 
O CALENDÁRIO DE ATENDIMENTO PRÉ-
NATAL DEVE SER PROGRAMADO EM FUNÇÃO: 
• Idade gestacional na primeira consulta 
• Dos períodos mais adequados para a coleta de 
dados necessários ao bom seguimento da 
gestação 
• Dos períodos nos quais se necessita 
intensificar a vigilância, pela possibilidade 
maior de incidência de complicações 
• Dos recursos disponíveis nos serviços de 
saúde e da possibilidade de acesso da clientela 
aos mesmos 
 
 
 
 
 
 
• O intervalo entre as consultas deve ser de 
quatro semanas. Após a 36 semana, a 
De acordo com a Lei do Exercício 
Profissional da Enfermagem, o pré-natal 
de baixo risco pode ser inteiramente 
acompanhado pela enfermeira 
 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
gestante deverá ser acompanhada a cada 15 
dias, visando à avaliação da PA, da presença 
de edemas, da altura uterina, dos movimentos 
do feto e dos bpm cardiofetais
NÍVEIS DE EXECUÇÃO DA ASSISTENCIA PRE-NATAL 
• Agente Comunitário 
i. Realiza visitas domiciliares, orientando sobre os cuidados básicos de saúde e nutrição 
ii. Deve encaminhar a gestante ao serviço de saúde ou avisar ao enfermeiro ou ao médico de sua 
equipe, caso apresente algum sintoma 
iii. Orienta sobre a periodicidade das consultas, identifica situações de risco e encaminha para 
diagnóstico e tratamento 
iv. Realiza visitas no período puerperal, acompanha o processo de aleitamento, orienta sobre 
planejamento familiar 
• Auxiliar de enfermagem 
i. Orienta sobre a importância do pré-natal 
ii. Verifica peso, PA, anota no cartão da gestante 
iii. Fornece medicação, mediante receita médica 
iv. Aplica vacina antitetânica 
v. Participa de atividades educativas 
 
• Enfermeiro 
i. Orienta sobre a importância do pré-natal, vacinação, da amamentação, vacinação etc 
ii. Solicita exames de rotina e orienta tratamento conforme protocolo do serviço 
iii. Encaminha gestantes de risco para o médico 
iv. Realiza coleta de exame citopatológico 
v. Fornece o cartão da gestante devidamente atualizado a cada consulta 
• Médico 
i. Realiza a consulta de pré-natal, intercalando com o enfermeiro 
ii. Solicita exames e orienta tratamento 
iii. Orienta quanto aos fatores de risco 
iv. Realiza exame citopatológico 
v. Participa de grupos de gestantes e realiza visita domiciliar 
vi. Atende às intercorrências e encaminha as gestantes para a unidade de referência 
 
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL 
DEVERÁ SER FORNECIDO PELO SERVIÇO DE SAÚDE:
• Cartão da gestante com identificação preenchida e orientação sobre o mesmo 
• Calendário de vacinas e suas orientações 
• A solicitação de exames de rotina 
• As orientações sobre a sua participação nas atividades educativas 
• Agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco 
VANTAGENS
• Permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma 
silenciosa, como a Hipertensão Arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis etc. 
• Detecta problemas fetais, como más formações 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
• Avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado 
PRINCIPAIS OBJETIVOS
• Preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da 
criança (puericultura) 
• Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal 
• Orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado 
• Tratar das manifestações físicas próprias da gravidez 
• Tratar de doenças existentes 
• Orientar psicologicamente para enfrentamento da maternidade 
• É o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os 
profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição 
WEBPALESTRA 
 
 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
 
GRAVIDEZ DE ALTO RISCO 
• Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido 
têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada” 
• Uma vez encaminhada para acompanhamento em um serviço especializado em pré-natal de alto risco 
é importante que a gestante seja orientada a não perder o vínculo com a equipe de atenção básica ou 
Saúde da Família que iniciou o acompanhamento. Por sua vez esta equipe deve ser mantida informada 
a respeito da evolução da gravidez e tratamentos administrados à gestantes por meio de 
contrarreferência e de busca ativa das gestantes em seu território de atuação, por meio de visita 
domiciliar 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
• Dia Mundial de População 2008: Planejamento familiar foi o tema 
• Direito de todas as pessoas a escolher livre e responsavelmente sobre o número de crianças que 
desejam ter e o momento das gestações como direito humano fundamental 
• Para garantir esse direito, é preciso o efetivo acesso à métodos contraceptivos ou conceptivos para 
todas as pesas em idade reprodutiva 
• Estima-se que 68 mil mulheres morram todos os anos em decorrência de abortos inseguros e outros 
5,3 milhões de mulheres fiquem com sequelas. Em todo o mundo cerca de 90% dessas mortes e 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
sequelas poderiam ser evitadas se as mulheres tivessem acesso a métodos efetivos de 
anticoncepcionais 
• De acordo com OMS, mais de 120 milhões de mulheres em todo o mundo desejam evitar a gravidez. 
Por isso, a lei Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo Brasileiro, com intuito de orientar 
e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar 
• O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como a distribuição 
gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento 
Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir 
as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva 
• Em 2009,o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o acesso aos métodos 
contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais 
públicos. 
Constituição Federal 
• Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que 
garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou 
pelo casal.
I – a assistência à concepção e contracepção; 
II – o atendimento pré-natal; 
III – a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; 
IV – o controle das doenças sexualmente transmissíveis; 
V – o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de mama e do câncer de pênis. 
 
• Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos 
os cônjuges. 
• O planejamento familiar no Brasil é inacessível aos que mais necessitam dele 
 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
Condicionamento Físico: ato ou efeito de 
condicionar o corpo tornando-o apto para a 
realização de atividades motoras específicas 
• O condicionamento físico se relaciona pela 
capacidade de melhorar o sistema 
cardiovascular, o sistema respiratório e 
principalmente o sistema muscular. É com o 
condicionamento físico que o sistema 
energético consegue produzir energia 
suficiente para realizar tarefas diárias, ou seja 
movimentos funcionais, sem causar dores ou 
cansaço. É com um condicionamento físico 
bom que você consegue ter uma qualidade de 
vida saudável. 
• Porém, o processo de condicionamento se não 
mantido, se perde conforme o tempo passa. Ou 
seja, se você parar de se exercitar tudo o que 
você fez até aqui não serve para ganhos lá na 
frente. É por isso que é importante encontrar 
um profissional de educação física adequado 
ou Personal Trainer que possa montar um 
programa de treinos de acordo com a sua 
rotina e objetivos. 
• Para obter um bom condicionamento físico é 
preciso, além de manter periodicidade, 
executar os exercícios de forma assertiva. O 
nosso corpo foi programado para movimentar-
se e ser sempre o mais eficiente possível, por 
isso que os movimentos não tendem a ser tão 
difíceis. O nosso corpo já está preparado para 
eles, mas não acostumados. O segredo é 
habituar o corpo a exercícios e garantir a 
melhor qualidade de vida. 
• As alterações nos sistemas 
cardiorrespiratórios, musculoesqueléticos e no 
metabolismo em geral, provenientes da 
gravidez podem ocasionar nas mulheres 
hipertensão, diabetes gestacional, ganho de 
peso excessivo, dor lombar e pélvica e 
alteração no equilíbrio, na postura e na marcha, 
prejudicando sua qualidade de vida 
• A prática de exercício físico durante a gravidez 
não é determinante nas caraterísticas 
biométricas e na saúde do recém-nascido. Na 
gestante, a prática de exercício físico reduz os 
valores da frequência cardíaca e da proteinúria, 
assim como contribui para um menor ganho de 
peso durante a gravidez (pesquisa realizada em 
2018-2019 com 1562 gestantes de 18-43 anos 
que realizaram diferentes tipos de exercícios. 
• Todos estes (pre)conceitos podem ter como 
base os pareceres do American College of 
Obstetrics and Gynecology (ACOG) que emitiu 
desde 1980 recomendações para restringir a 
atividade física das gestantes, desencorajando 
essa atividade ou aconselhando a sua prática 
com cautela. 
• Os primeiros estudos que abordaram esta 
temática (Bell, Palma e Lumley, 1995) sugerem 
que durante o exercício materno, 
especialmente de forte intensidade, o fluxo 
calórico e sanguíneo dirigido para os músculos 
em atividade pode atenuar o crescimento fetal, 
elevando o risco de prematuridade nos recém-
nascidos, ou de nascimento de bebés 
pequenos para a idade gestacional, aumentar o 
risco de lesões musculoesqueléticas na mãe, 
lesões no feto e efeitos potencialmente 
deletérios pelo aumento da temperatura central 
no embrião, circulação de hormonas de stress, 
e variações desfavoráveis na libertação de 
oxigénio da placenta para os tecidos 
periféricos. 
• De acordo com Barakat et al. (2014), a atividade 
física regular durante a gravidez ajuda no 
controlo do ganho de peso gestacional, 
diabetes gestacional, depressão pré-natal, ou 
melhora o metabolismo e a aptidão 
cardiorrespiratória da gestante, sem afetar 
negativamente o desenvolvimento do feto 
(May, Allen e Gustafson, 2016). A realização de 
exercício físico durante a gravidez, quando 
praticado com segurança, tem múltiplos 
benefícios para a mãe, incluindo melhoria da 
saúde mental, redução do risco de diabetes e 
hipertensão, e recuperação pós-parto mais 
rápida e sem riscos comprovados para o feto. 
• Mas, de um modo geral, exercícios de 
intensidade moderada, executados 3-4 
vezes/semana são seguros, tanto para a mãe 
como para o bebé em gestações de baixo risco 
(Lewis, 2014). Porém, atividades específicas 
que aumentem o risco de queda, promovam 
trauma abdominal ou perturbem o consumo 
equilibrado de oxigénio, devem ser evitadas. 
• Todas estas questões do paradigma inicial 
fizeram com que o ACOG mudasse 
profundamente as suas recomendações 
quanto à prática de atividade física, sugerindo 
que gestantes sem complicações médicas e 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
obstétricas devem realizar 30 minutos diários 
de um nível moderado de atividade física. 
• Contudo, num outro estudo (Dodd, Densseu e 
Louise, 2018), com 624 gestantes, verificou-se 
uma maior redução na incidência de RNs com 
um peso superior a 4000g no grupo de 
mulheres que realizaram o programa Life Style 
Advice (LSA), comparativamente ao grupo de 
mulheres que seguiram apenas os seus 
cuidados habituais. 
• Apesar da realização de diferentes tipos de 
exercício durante a gestação não ter promovido 
uma influência significativa no peso médio do 
RN, uma pequena redução ponderal pode ser 
relevante, visto que a realização de exercícios 
diminuiu o número de RNs com macrossomia, 
o que poderá contribuir para reduzir o risco de 
ter um trabalho de parto prolongado, e 
consequentemente diminuir a probabilidade de 
ocorrência de hipoxia fetal. 
• Portanto, as gestantes que participaram no 
programa Study Water Exercise Pregnant 
(SWEP) apresentam diferenças significativas 
em comparação às gestantes sedentárias na 
diferença de peso entre o 1º e o 3º trimestre de 
gestação. O ganho excessivo de peso materno 
pode levar à possibilidade de nascimentos de 
bebés macrossómicos. 
• Após a realização deste estudo, e face ao 
objetivo proposto, conclui-se que a prática de 
exercício físico pela gestante não tem uma 
influência significativa nas caraterísticas 
biométricas e na saúde do recém-nascido (RN) 
• Alguns estudos realizados no Brasil 
demonstram dados alarmantes em relação à 
prática de atividade física durante a gestação. 
Tavares et al.4, acompanhando uma coorte de 
118 gestantes no Nordeste, encontraram um 
reduzido nível de atividade física nas gestantes 
durante todo o período, e 100% da amostra 
alcançou o padrão sedentário na 32a semana 
gestacional. 
• O ganho de peso excessivo está claramente 
relacionado a resultados gestacionais 
desfavoráveis, como DG, hipertensão, 
complicações no trabalho de parto e no parto, 
e macrossomia fetal, e associado ao fato de 
que a retenção de peso no pós-parto pode 
aumentar significativamente o risco de 
obesidade na mulher em idade reprodutiva 
 
 
Tipos de exercícios 
• A gestante deve escolher uma atividade que 
melhor se adapte às suas características e 
interesses para, com isso, aumentar a 
aderência ao exercício escolhido em longo 
prazo. Sempre devem ser evitados exercícios 
que coloquem a gestante ou o feto em risco, 
como atividades de alto impacto, com risco de 
queda ou traumaabdominal e esportes de 
contato. 
Exercícios aeróbicos 
• Entre as modalidades de exercício, os 
aeróbicos são os mais estudados. A 
caminhada é o exercício mais frequente e o 
mais escolhido entre as gestantes18. O 
objetivo do exercício aeróbico durante a 
gestação é manter a capacidade 
cardiorrespiratória e o condicionamento físico 
ao longo do processo, além de auxiliar na 
prevenção e no controle do DG, da hipertensão 
gestacional e do ganho de peso materno 
(caminhada, corrida leve, natação, 
hidroginástica, dança, ginástica aeróbica de 
baixo impacto, bicicleta estacionária) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treino de resistência muscular 
• O possível benefício do fortalecimento 
muscular é a manutenção do condicionamento 
muscular ou o aumento de força muscular 
global, permitindo melhor adaptação do 
organismo materno às alterações posturais 
provenientes da evolução gestacional e 
contribuindo para a prevenção de traumas e 
Gestantes sem complicações clínicas ou 
obstétricas submetidas a exercício físico 
aeróbico em esteira até a fadiga não 
apresentaram alterações das repercussões 
fetais ao estudo da dopplervelocimetria após o 
exercício. 
Esses resultados indicam que em gestantes 
sem complicações clínicas ou obstétricas o 
feto saudável é capaz de desenvolver 
mecanismos compensatórios e não entrar em 
sofrimento após o exercício, o que permite a 
homeostase das trocas gasosas e impede 
efeitos deletérios da hipóxia fetal, mesmo 
durante a atividade física moderada a intensa 
em gestantes previamente sedentárias 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
quedas, bem como para a prevenção e o 
tratamento de desconfortos 
musculoesqueléticos. O fortalecimento deve 
priorizar a musculatura Paravertebral lombar, a 
cintura escapular e, preferencialmente, 
envolver grandes grupos musculares. Deve-se 
preferir, como critério de escolha, utilizar o 
próprio peso corporal e faixas elásticas no 
lugar de aparelhos de musculação ou pesos 
livres. Deve-se também evitar cargas elevadas, 
exercícios isométricos intensos repetidos e 
posturas que coloquem a gestante em risco, 
principalmente aquelas que possam afetar seu 
equilíbrio. Os exercícios de resistência 
muscular devem ser adaptados com muito 
cuidado a cada período gestacional 
• Alguns exemplos de exercícios de resistência 
muscular que as gestantes podem realizar são: 
Yoga28, Pilates®, musculação com cargas 
leves, treinamento funcional e treino com 
circuito 
• Um estudo aleatorizado que incluiu 160 
gestantes, no qual 80 realizaram treino de 
resistência muscular leve (10 a 12 repetições 
envolvendo vários grupos musculares, com 
pesos leves, ≤3 kg ou faixas elásticas) três 
vezes por semana, durante o segundo e o 
terceiro trimestres da gestação, não revelou 
diferença em relação ao peso do RN e mostrou 
que aquelas gestantes que participaram do 
treino de fortalecimento muscular tiveram 
menor ganho de peso gestacional. 
Alongamento muscular 
• O alongamento muscular é parte fundamental 
do programa de exercício, permitindo melhorar 
a flexibilidade e o relaxamento muscular, e 
ajudando na adaptação postural e na 
prevenção de dores de origem 
musculoesqueléticas. Deve ser complementar 
ao exercício aeróbico e ao treinamento de 
resistência11,29,32. Técnicas de alongamento 
muscular, como o Yoga e o Strecthing Global 
Ativo, comprovadamente diminuem as queixas 
de dor pélvica posterior e de dor lombar durante 
a gestação. Diante do aumento nos níveis de 
relaxina e da progesterona durante a gestação, 
devem-se evitar alongamentos extremos para 
prevenir lesões ligamentares e articulares. 
Treinamento dos músculos do assoalho pélvico. 
• Existe evidência científica de que o treinamento 
dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) 
durante a gestação diminui o risco de 
incontinência urinária no pós-parto. A gravidez 
é um momento oportuno para introduzir a 
prática de exercícios perineais na vida da 
mulher. Não há contraindicações para sua 
prática durante e após a gestação, devendo 
exercícios desse tipo ser recomendados 
sistematicamente para todas as gestantes. A 
gestante deve realizar o TMAP com contrações 
sustentadas, ou seja, contrair e manter durante 
cinco a dez segundos, e contrações rápidas 
(contrair e relaxar) em diferentes posturas. 
Como sugestão, deve realizar diariamente duas 
séries de oito contrações sustentadas por 
cinco segundos e duas séries de dez 
contrações rápidas. 
Intensidade dos exercícios 
• A intensidade do exercício deve ser medida 
preferencialmente pela FC ou pela sensação 
subjetiva de esforço (Escala de Borg) 
• A Sociedade Canadense de Ginecologistas e 
Obstetras (SCGO) assume as seguintes faixas 
de treinamentos para gestantes: idade<20 
anos: 140 a 155 batimentos cardíacos por 
minuto (bpm); 20–29 anos: 135 a 150 bpm; 30–
39 anos: 130 a 145 bpm; >40 anos: 125 a 140 
bpm 
• Outro critério é a escala de percepção subjetiva 
de esforço de Borg, que varia de 6 (sem 
esforço) a 20 (esforço máximo). A intensidade 
deve ser preferencialmente entre 12 e 14, 
correspondendo a uma atividade leve a um 
pouco cansativa 
• Outra opção mais simples é o Talk-test, em que 
a gestante é orientada a observar sua 
habilidade em manter uma conversa durante o 
exercício físico, o que assegura que este está 
sendo realizado em intensidade leve a 
moderada, prevenindo-se o esforço físico 
excessivo 
Frequência e duração 
• Mulheres ativas podem manter ou adaptar sua 
rotina de exercícios entre 4 e 5 vezes na 
semana em sessões de 30 minutos ou mais de 
exercícios. Mulheres previamente sedentárias 
devem começar com 15 minutos de exercício 
aeróbico 3 vezes por semana e aumentar 
gradativamente o tempo de exercícios. Por 
exemplo, acrescentar 5 minutos por semana 
até o recomendado de 150 minutos de 
exercício aeróbico por semana ou 30 minutos 
de exercício 5 vezes na semana 
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• Vale lembrar que o ideal é a combinação de 
exercícios aeróbicos, de resistência e o 
alongamento muscular. Logo, uma ou duas 
sessões de exercício aeróbico na semana 
podem ser substituídas pelo treino de 
resistência muscular em dias não 
consecutivos. 
Recomendações de exercício físico por trimestre 
gestacional 
Primeiro trimestre 
• A gestante somente deve iniciar ou retomar a 
sua própria rotina de exercícios habituais após 
a primeira consulta de pré-natal, estabelecida a 
ausência de risco gestacional e após liberação 
médica. A atividade física de intensidade leve a 
moderada é recomendada a todas as grávidas, 
mesmo as sedentárias que desejam iniciá-la 
durante a gestação, sendo nesse caso a 
recomendação atual iniciá-la após a 12a 
semana de gestação. As gestantes fisicamente 
ativas antes de engravidar podem manter suas 
atividades inclusive no primeiro trimestre 
gestacional, porém modificando (ou 
adaptando) sua intensidade e frequência 
• Contudo, o primeiro trimestre pode ser uma 
fase delicada para a prática de exercício, pois 
as alterações hormonais determinam com 
relativa frequência mal-estar, como náuseas e 
vômitos, além de sonolência e indisposição, o 
que pode dificultar a aderência e a disposição 
para os exercícios 
 
 
Segundo trimestre 
• Em geral, é o melhor período para a prática de 
exercícios, pois a mulher se encontra mais 
disposta, livre, em geral, dos inconvenientes do 
início da gravidez. Mulheres que não 
praticavam exercício antes da gestação podem 
iniciar sua prática a partir do segundo trimestre. 
• Quanto ao alongamento, embora recomendado 
para esse período, deve levar em conta alguns 
cuidados a partir da décima semana de 
gestação, quando ocorre o pico do hormônio 
relaxina circulante, levando à maior 
flexibilidade dos tecidosarticulares e 
ligamentares; logo, alongamentos extensos e 
extremos podem aumentar o risco de lesões 
dessas estruturas. 
Terceiro trimestre 
• A gestante naturalmente tende a diminuir a 
intensidade dos exercícios em função do 
aumento de peso corporal e outros 
desconfortos e limitações. No entanto, a 
prática de exercícios leves deve continuar a ser 
estimulada. Nesse período, atividades 
aeróbicas na água, como natação e 
hidroginástica, e caminhadas são indicadas 
para manter a capacidade aeróbica e o 
condicionamento físico, assim como os 
exercícios de respiração, mobilizações e 
relaxamento envolvidos na preparação para o 
parto. 
• Nesse contexto, a prática de exercício físico é 
uma das formas mais produtivas de se 
incrementar a saúde materna, ajudar no 
controle de vários desconfortos durante a 
gestação e no parto, bem como no controle do 
ganho de peso mês a mês, e facilitar seu 
retorno às condições ponderais do pós-parto, 
propiciando um período puerperal e de 
amamentação mais confortável e prazeroso. 
• Vale ressaltar a importância da constituição e 
participação de equipe com formação 
multidisciplinar, incluindo Enfermagem, 
Fisioterapia ou Educação Física, Nutrição, 
Psicologia e Serviço Social, que permita uma 
abordagem global da saúde da mulher nesse 
período especial de sua vida reprodutiva 
 
APTIDÃO FÍSICA X CONDICIONAMENTO 
FÍSICO 
• Aptidão: TAF; avalia a força muscular, 
resistência cardiorrespiratória; Capacidade 
fazer a atividade física em segurança sem 
comprometer sua segurança, por isso a 
necessidade de atestado. Vigor e dinamismo 
de uma atividade; vitalidade 
• Condicionamento: condicionar o corpo, 
tornando-o apto para a realização de alguns 
exercícios específicos. Desenvolvimento 
equilibrado de todas as capacidades 
relacionadas a condição física. Relacionada a 
saúde capacidade do coração, pulmão, 
músculos de resistis as atividades diárias e 
ocasionais, sem provocar desconforto. Não 
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Alice Iris MedUfma TXV 
 
requer atividade física extrema, precisa apenas 
regularidade. 
 
EFEITOS AGUDOS DO EXERCÍCIO FÍSICO 
SOBRE A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 
• Dois tipos: estático e dinâmico, sendo que cada 
um desses exercícios implica em respostas 
cardiovasculares distintas. 
• Dinâmico: ou isotônico; há contração muscular, 
seguida de movimento articular. Aumento da 
atividade nervosa simpática, aumento da FC, do 
volume sistólico e do débito cardíaco, aumento 
da PA sistólica e manutenção ou redução da 
diastólica. As respostas são maiores tanto 
quanto maior for a intensidade do exercício, 
mas não se alteram com a duração do 
exercício, caso ele seja realizado numa 
intensidade inferior ao limiar anaeróbico 
• Estático: ou isométrico; há contração muscular, 
sem movimento articular; há aumento da 
frequência cardíaca, com manutenção ou até 
redução do volume sistólico e pequeno 
acréscimo do débito cardíaco. Há aumento da 
resistência vascular periférica, que resulta na 
elevação exacerbada da PA. Depende da 
intensidade do exercício, de sua duração e a 
sua massa. 
 
EXERCÍCIOS AERÓBICOS E ANAERÓBICOS 
• Aeróbicos: oxigênio funciona como fonte de 
queima dos substratos que produzirão a 
energia transportada para o músculo em 
atividade. Utilizam vários grupos musculares 
ao mesmo tempo. A duração influencia mais do 
que a velocidade para se caracterizar se a 
atividade é suave, moderada e exaustiva; utiliza 
fontes de nutrientes da corrente sanguínea 
para produção de energia 
- Longa duração, contínuo e de baixa e de 
moderada intensidade 
- Melhora a função dos sistemas 
cardiorrespiratório e vascular 
- Baixa intensidade 
- Demora para cansar 
- Utiliza os nutrientes da corrente sanguínea 
(alimentos) para produzir energia 
Ex: caminhar, correr, andar, pedalar, nadar e 
dançar 
• Anaeróbico: qualquer atividade física que 
trabalhe diversos grupos musculares durante 
um determinado e constante período de tempo, 
de forma contínua e ritmada. Utiliza fontes de 
energia presente nos músculos 
- Alta intensidade e curta duração 
- Melhora o funcionamento do coração e de 
todo o sistema cardiovascular 
- Pouco tempo e alta intensidade 
- Cansa rápido 
- Leva ao limite 
- Utiliza as energias do músculo 
Ex: corrida de 100 metros, musculação, 
ginástica olímpica, yoga, pilates, levantamento 
de peso 
O Código de Ética Médica estabelece que é 
proibido ao médico prescrever qualquer tipo de 
medicamento controlado ou entorpecente a 
amigos e familiares, logo, a decisão ética a ser 
tomada seria não prescrever o medicamento 
Não há nada no Código de Ética Médica que proíba 
o atendimento a pessoas da própria família. 
Entretanto, é recomendado que o profissional 
indique ao familiar a procurar de outro 
profissional, isento e especialista no tratamento 
do problema de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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