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Abordagem ao paciente com esplenomegalia

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Gabriela Petkevicius 
Abordagem ao paciente com 
CASO CLÍNICO 
❖ Paciente, F.R.S., 23 anos, masculino, natural e 
procedente de Coreaú, solteiro, católico, 
vendedor, pardo, superior incompleto 
❖ Queixa principal: “febre e aumento da barriga 
há 1 mês” 
❖ HDA: Paciente refere que há aproximadamente 
1 mês passou a apresentar febre diária, 
constante, e vêm percebendo aumento do volume 
abdominal. Relata ainda perda de peso de 8kg 
no período, tendo como peso anterior 70kg. 
Além dos sintomas iniciais percebeu a presença 
de palidez cutâneo-mucosa. Procura 
atendimento médico por persistência dos 
sintomas. 
❖ Quais os diagnósticos sindrômicos? 
 Síndrome febril 
 Síndrome consumptiva 
 Síndrome anêmica 
❖ Exames complementares: 
 Hb: 10,3 (VR: 13-15g/dl) 
 VCM: 84 (VR: 80-100) 
 HT: 27,2 
 Leuco: 2.500 
 Plaquetas: 80.000 
 K-39: positivo 
Hipótese diagnostica: leishmaniose visceral 
BAÇO 
❖ O baço é localizado no quadrante superior 
esquerdo – no hipocôndrio esquerdo do abdome. 
❖ LEMBRAR: 
❖ Funções: 
 Manutenção do controle de qualidade dos 
eritrócitos 
 Síntese dos anticorpos na polpa branca 
 Remoção das bactérias recobertas por 
anticorpos e das células sanguíneas 
também recobertas por anticorpos de 
circulação 
SINAIS CLÍNICOS DA 
ESPLENOMEGALIA 
❖ Dor no quadrante superior esquerdo 
❖ Sensação de peso – “empachamento” 
❖ Saciedade precoce 
BAÇO NÃO É PALPÁVEL 
❖ Ao exame físico 
 Um baço palpável é o principal sinal físico 
produzido por doenças que afetam o baço e 
sugere aumento de tamanho do órgão 
 O ideal é que se proceda inicialmente a 
percussão, se positiva, em seguida a 
palpação 
 
esplenomegalia esplenomegalia 
Gabriela Petkevicius 
Inspeção 
 Aumento do volume abdominal 
Percussão 
 No espaço de Traube (consiste em uma 
região triangular delimitada superiormente 
pelo 6° espaço intercostal, inferiormente 
pelo rebordo costal e lateralmente linha 
axilar anterior esquerda) 
 Normal – é que o som seja timpânico, 
porque é o som da bolha gástrica 
 Se escutar um som maciço ou submaciço 
quer dizer que o espaço de Traube está 
preenchido e é um sinal em que há 
esplenomegalia 
Palpação 
 Técnica bimanual 
 Para ajudar pode-se fazer a posição de 
Schuster: 
 O paciente deve estar posicionado 
em decúbito lateral direito com o membro 
inferior esquerdo fletido a 90° e o joelho 
serve como ponto de apoio sobre a mesa do 
exame, garantindo equilíbrio ao paciente. O 
membro inferior direito deve estar 
estendido. O membro superior direito fica 
estendido enquanto o membro superior 
esquerdo deve ficar fletido sob a 
cabeça. Essa posição induz a movimentação 
do baço em direção ao rebordo costal, o que 
facilita a palpação
 O baço tende a crescer em direção a cicatriz 
umbilical 
ATENÇÃO: a presença de macicez no espaço de 
Traube pode ser decorrente de alimentação 
recente, esplenomegalia (aumento de 2,5 vezes 
no tamanho do baço, fecaloma, 
adenocarcinoma gástrico, ascite volumosa, 
extenso derrame pleural a esquerda. Nem 
todas as massas no QSE são baços 
aumentados. Tumores no estômago ou cólon, e 
cistos pancreáticos ou renais podem imitar a 
esplenomegalia. 
Diagnóstico 
❖ Escolha – ultrassom 
❖ Diâmetro cefalocaudal de 13 cm 
Gabriela Petkevicius 
CAUSAS DE ESPLENOMEGALIA 
EXAMES LABORATORIAIS 
❖ As principais anormalidades laboratoriais que 
acompanham a esplenomegalia são 
determinadas pela doença sistêmica subjacente 
❖ O hemograma pode revelar citopenia de um ou 
mais tipos de células sanguíneas, sugerindo 
hiperesplenismo (hiperfunção do baço) 
❖ O hiperesplenismo é confirmado pelo 
mielograma, que evidencia hiperplasia celular e 
descarta afecções na medula óssea, e pela 
contagem de reticulócitos, que será elevada em 
grande parte dos casos 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
❖ A avaliação de um paciente com esplenomegalia 
é baseada na coleta eficiente da anamnese e 
exame físico

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