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1 
ESA OAB SP 
CRIMES DIGITAIS – ASPECTOS TEÓRICOS E 
PRÁTICOS 
 
Profa. Christiany Pegorari Conte 
E-mail: chrispegorari08@gmail.com 
 
2020 
 
mailto:chrispegorari08@gmail.com
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O 
TEMA E PANORAMA LEGISLATIVO 
BLOCO 1 
2 
Considerações iniciais 
Denominações: eletrônico, digital, informático, sociedade 
da informação, tecnológico etc. 
• Crimes puros ou próprios – segurança da informação ou 
bem informático – novo bem? 
• Crimes impróprios ou impuros - novo meio de execução 
- crimes contra a honra. 
Considerações iniciais 
Agentes e suas características: 
• Hacker (fuçador, em inglês) é a denominação dada a pessoa que tem um elevado conhecimento de 
computadores, comunicação e programação. Conhecedor de várias linguagens de programação, pode criar seus 
próprios programas ou adaptar novas funcionalidades aos já existentes. Seu objetivo, quando não visa à prática 
de atos ilícitos, é o de invadir computadores, olhar e sair sem neles mexer ou deixar qualquer rastro da sua 
presença. 
 
• Cracker, também conhecido por “pirata da Internet”, invade computadores ou servidores, com a finalidade de 
destruir, apagar informação, quebrar a sua segurança ou tornar um sistema operativo ou sítio inutilizável. Pode 
quebrar códigos e praticar crimes virtuais, além de copiar programas ou arquivos do “hackeado” – Criminoso! 
 
 
4 
Panorama legislativo 
• Lei n. 12.737/2012 – dos crimes contra a liberdade individual – capítulo VI – art. 154-A CP – 
histórico da tramitação 
• invasão de dispositivo informático – invasão e cópia das fotos da atriz e posterior divulgação 
• Novo destaque no Caso MORO - Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou 
não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim 
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do 
dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, e multa. 
• § 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, 
segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle 
remoto não autorizado do dispositivo invadido: 
Panorama Legislativo 
• Lei n. 12.965/14 – Marco Civil da Internet – até 2017 foram 56 propostas de 
alterações 
• - liberdade de expressão, proteção de dados e privacidade 
• - reflexos na persecução criminal – manutenção e fornecimento de dados 
• - responsabilidade civil do provedor 
• ECA – pornografia infantil – vários dispositivos, descrições não tão precisas, 
responsabilidade penal do provedor 
 
 
7 
Panorama legislativo 
Fake News – difamação? Linchamento virtual, Lei que altera o Código eleitoral – 13.834/19 – 326- A 
– denunciação caluniosa com finalidade eleitoral – com aumento de pena se houver anonimato ou 
nome suposto 
Perfil Fake - art. 307 do CP, crime de falsa identidade: 
• Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
• Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime 
mais grave. 
 – anonimato (atípico) ou substituição de pessoa. Extorsão? Estelionato? 
CURTIR E COMPARTILHAR? – RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL 
Stalking – art. 65 da LCP ou art. 147 do CP/ LMP 
 
Panorama legislativo 
• Crimes contra a propriedade intelectual – art. 184 CP – função social da propriedade intelectual – 
desenvolvimento de uma sociedade plural e culturalmente rica, acesso a informação versus direito 
individual sobre o desenvolvimento da idéia. Novas tecnologias dificultam proteção individual (pop 
corn time) 
• Lei 13.260/16 – art. 2, par. 1, IV – ciberterrorismo 
• Fotos de cadáveres/acidentes – crime contra os mortos? Vilipêndio? 
• Sequestro e criptografia de informações?? 
• Segurança da informação (novo bem jurídico) e novas formas de execução 
 
 
Panorama legislativo 
• Jogo Baleia azul – art. 122 CP? – ameaça, suicídio e automutilação? Lei n. 13819/19 – 
política nacional de prevenção da automutilação e suicídio 
• GAMES QUE ESTIMULAM HOMOFOBIA, XENOFOBIA, VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO, 
VIOLÊNCIA SEXUAL, NECROFILIA, ESTIMULO A BRIGAS ENTRE TORCIDAS 
ORGANIZADAS. 
• Projeto de Lei 1577/19 – incitação à violência – MUDA CP – TRIPLICANDO A PENA SE 
OCORRE PELA INTERNET E PUNINDO DE FORMA EQUIPARADA QUEM CRIA, VENDE, 
DISPONIBILIZA E ETC JOGO ELETRONICO VIOLENTO E MODIFICA O MCI – 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROVEDOR 
• RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO ENTRE O JOGO E PRÁTICA DE FATO CRIMINOSO 
• PERSONALIDADE VIOLENTA LEVA À JOGAR JOGOS VIOLENTOS 
• DIREITO DE JOGAR E DIREITO AO LAZER 
• ASPECTO ECONÔMICO – BRASIL É O 2 LUGAR NA AMERICA LATINA NO 
DESENVOLVIMENTO DE GAMES 
 
10 
STJ- furto bancário 
• 3ª Seção do STJ firmou entendimento no sentido de que a subtração de valores de conta-
corrente mediante transferência eletrônica fraudulenta configura crime de furto, previsto no artigo 
155, parágrafo 4º, inciso II, do Código Penal. 
• Uma discussão frequente em processos que chegam à corte diz respeito ao juízo competente 
para analisar os casos em que o furto acontece via rede mundial de computadores. Nesses 
casos, para o STJ, a competência é definida pelo local onde o bem foi subtraído da vítima. Ao 
apreciar conflito de competência (CC 145.576) em processo que envolveu furto mediante 
transferência eletrônica fraudulenta de contas-correntes situadas em agência bancária de Barueri 
(SP) – mesmo tendo os valores sido enviados para Imperatriz (MA) –, o colegiado entendeu que 
o juízo da cidade paulista tem a competência para julgar o caso, uma vez que os valores foram 
subtraídos das vítimas a partir dessa localidade. 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1503783&num_registro=201600556041&data=20160420&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1503783&num_registro=201600556041&data=20160420&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1503783&num_registro=201600556041&data=20160420&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1503783&num_registro=201600556041&data=20160420&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1503783&num_registro=201600556041&data=20160420&formato=PDF
Nova legislação é necessária 
• Inchaço legislativo – 812 mil presos (17.07.19) e 42% provisórios – dados do 
CNJ. 
• Mais punição é a solução? 
• Dificuldades em virtude do rápido avanço tecnológico - Tecnologia - evolui 
rapidamente e a produção legislativa não conseguiria acompanhar. 
• Vício de origem da internet – regulamentável??? 
• Maiores consequências para a vítima – dosimetria da pena ou alteração na lei – 
replicabilidade e permanência da informação. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS 
CONDUTAS, DAS VÍTIMAS E 
DOS AGENTES. 
Bloco 2 
13 
Cybercriminologia 
• Agentes (homens, jovens, com conhecimento técnico, língua estrangeira, capacidade 
socioeconômica, não precisa se sobrepor fisicamente) e vítimas – características específicas 
(menores, mulheres). 
• Subcultura – códigos e valores próprios – manuais de como invadir sites, e etc. 
• Anonimato – sensação de segurança e fakes – dificuldade da autoria, apesar do rastreamento. 
• Anomia – Durkheim – ausência do reconhecimento de normas ou da legitimidade das normas 
existentes nesse ambiente – internet é terra de ninguém. 
• Outras dificuldades – processo penal – rastreamento, prova, autoria – ex. fraude em leilão. 
• Transnacionalidade – legislações diferentes – dupla tipicidade e extraterritorialidade 
• Consequências para a vítima – replicabilidade e permanência na rede.Características das condutas 
• O agressor ignora as consequências de suas ações, até porque não recebe uma resposta 
imediata de seus atos e isso tudo leva ao estímulo da prática, potencializando as condutas do 
agressor e aumentando a vulnerabilidade da vítima; 
• O alcance da conduta é maior, devido à mobilidade e conectividade das novas tecnologias que 
ultrapassam limites temporais e físicos. Antes, as condutas não ultrapassavam os muros das 
escolas ou, pelo menos, não adentravam ao local de segurança das vítimas (seus lares). Hoje, o 
agressor pode atingir a vítima em qualquer lugar e momento, por meio das facilidades e recursos 
tecnológicos que permitem rápida replicação e permanência das informações. Exemplos: com 
rapidez e comodidade o agressor pode copiar e colar mensagens e imagens e reenviá-las, no 
mesmo instante, para grupos de pessoas constantes em sua lista de contatos. - obs: direito ao 
esquecimento???? 
CRIMES ECA 
Crianças e adolescentes como vítimas – maior vulnerabilidade: 
• uso intenso das tecnologias, em especial, redes sociais; 
• longos períodos conectados e não necessariamente sob controle dos pais. 
• A facilidade no manuseio das tecnologias ajuda a burlar restrições impostas pelos pais 
para uso das tecnologias – nasceram inseridos no contexto de tecnologia. 
• Pessoas em desenvolvimento – sem capacidade plena de avaliar situações de risco. 
 
Cyberbullying – sem tradução e abrangente – violência física e psicológica no ambiente digital 
– stalking, sexting etc. 
 
Pornografia x pedofilia - safernet 2018 – mais de 60 mil casos. 
Crimes ECA 
• Pedofilia – doença incurável, que demanda acompanhamento constante e classificada pela 
OMS – CID – desejo, fantasia ou estimulo sexual por crianças ou adolescentes – para 
criminologia: transtornos psicológicos, de sexualidade ou parafilias. 
• Não exige contato físico com a vítima. Ex. foto de conteúdo erótico 
• Nem todo pedófilo pratica crime. 
• Nem todas as situações de pedofilia estarão somente no ECA. Ex. estupro de vulnerável. 
• A exteriorização eventualmente poderá ser criminosa. 
• Pena ou MS – caso concreto e grau de pedofilia 
• ECA: arts. 240 e 241 letras 
 
Crimes ECA 
• Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, 
envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 
• Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
• Produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança e adolescente 
• Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 
• Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 
• Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de 
sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
• Proteção da imagem/exposição da imagem de conteúdo pornográfico à público. 
 
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Crimes ECA 
• Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de 
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. 
 
• Bastante discutido – inconstitucional, moralmente reprovável o pensamento libidinoso do individuo em 
relação a foto ou vídeo. Mas ele não atua contra a criança e o adolescente – não foi ele quem produziu. – 
consumo próprio. 
 
• P. materialidade – não há intervenção direta na liberdade sexual da criança e adolescente. 
• Por outro lado estimula o mercado, venda e disponibilização do conteúdo. 
Crimes ECA 
• Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de 
adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual. 
• Faz parecer ser conteúdo envolvendo criança e adolescente – também é questionável pois o menor não está realmente 
na foto/vídeo, trata-se de montagem. 
 
• Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar 
ato libidinoso – Assédio 
• Vulnerabilidade? CP - até 14 anos 
 
• Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende 
qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos 
órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
SOBRE COMPETÊNCIA, 
INVESTIGAÇÃO, FLAGRANTE 
E INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE 
AGENTES. 
Bloco 3 
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Competência 
O Supremo Tribunal Federal decidiu que passará da Justiça Estadual para a Federal a competência de julgar crimes relacionados 
à publicação, na internet, de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Com a decisão, a 
investigação sobre esse tipo de delito passa também para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal. Por 8 votos a 2, a 
maioria dos ministros entendeu que o simples ato de incluir o material na rede tem abrangência mundial, ainda que as imagens 
tenham sido inseridas num site brasileiro e não tenham necessariamente sido acessadas do exterior. Por isso, a competência ficou 
com a Justiça Federal, responsável pela análise de processos que envolvem a União. 
• Art. 109 CF – documentos de direitos humanos 
• Internet – comunicação – esfera federal 
• STF – Recurso Extraordinário 628624/15 
• STJ – Conflito de Competência 150564/17 – nem sempre competência federal – se há destinatário da conduta dentro do 
território nacional e não estão presentes os requisitos do art. 109 (transnacionalidade e documentos internacionais). 
Investigação 
• Materialidade e indícios – só IP? 
• Fraudes: Provedor estrangeiro. https e cadeado é sinal de segurança? Domínios deep web – ex. .onion 
• surface (internet indexada e alcançada pelos canais de busca), 
• deep web (sites não indexados não encontrados pelos buscadores comuns, redes criptografadas, que ocultam a sua 
identidade – informações de IP e usuários são escondidas, domínio .tor, ou seja, independentes do ICANN, que é o 
órgão responsável pelo registro). 
• Dark web – é uma parte da deep web, criptografia complexa, domínios aleatórios, redes ocultas, alteração de proxy 
para ser acessada, internet secreta onde se praticam os crimes. Pagamento em bitcoins sem regulamentação e 
fiscalização 
• Direito ao esquecimento? Permanência da informação, replicabilidade, alcance da norma penal e responsabilidade 
(quem compartilha, curtir) – consequências do crime, comportamento da vítima (sem proteção, antivírus, 
fornecimento de informações, mitigação da privacidade, autocolocação em risco, culpa exclusiva da vítima). 
• Bullying – violenta emoção? 
 
Investigação 
 
• Território? Jurisdição/competência 
• Interesse em aplicar a lei ao caso concreto? 
• Acordos de cooperação jurídica internacional – crimes transnacionais 
• Prova – tratamento e prova volátil (adulterada/apagada facilmente), 
ilicitude. 
• Delegacias especializadas – poucas (11 – concentradas sul, centroeste e 
sudeste), Instituto de criminalística , conhecimento sobre a temática pelos 
operadores do direito, como preservar a prova 
• Seletividade – ata notarial é cara!!!! 
Dupla tipicidade 
• Art. 154-A, CP (Invasão de Dispositivos Informáticos) - EXTRADIÇÃO – PRISÃO CAUTELAR – PLEITO FORMULADO PELA 
INTERPOL – POSSIBILIDADE – INOVAÇÃO INTRODUZIDA PELA LEI Nº 12.878/2013 – DELITO INFORMÁTICO (CRIME DIGITAL): 
• “INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO” (CP, ART. 154-A, ACRESCIDO PELA LEI Nº 12.737/2012) – FATO DELITUOSO 
ALEGADAMENTE COMETIDO, EM TERRITÓRIO AMERICANO (ESTADO DO TEXAS), EM 2011 – CONDUTA QUE, NO MOMENTO 
EM QUE PRATICADA (2011), AINDA NÃO SE REVESTIA DE TIPICIDADE PENAL NO ORDENAMENTO POSITIVO BRASILEIRO – O 
SIGNIFICADO JURÍDICO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA RESERVA DE LEI EM MATÉRIA DE TIPIFICAÇÃO E DE 
COMINAÇÃO PENAIS (CF, ART. 5º, INCISO XXXIX) – “NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE PRAEVIA LEGE” – DUPLA 
TIPICIDADE (OU DUPLA INCRIMINAÇÃO): CRITÉRIO QUE REGE O SISTEMA EXTRADICIONAL – NECESSIDADE DE QUE O FATO 
SUBJACENTE AO PEDIDO DE EXTRADIÇÃO (OU AO PLEITO DE PRISÃO CAUTELAR PARA EFEITOS EXTRADICIONAIS) ESTEJA 
SIMULTANEAMENTE TIPIFICADO, NO MOMENTO DE SUA PRÁTICA, TANTO NA LEGISLAÇÃO PENAL DO BRASIL QUANTO NA 
DO ESTADO ESTRANGEIRO – PRECEDENTES – SITUAÇÃO INOCORRENTE NO CASO, POIS A CONDUTA PUNÍVEL IMPUTADA 
AO SÚDITO ESTRANGEIRO RECLAMADO SOMENTE PASSOU A SER CONSIDERADA CRIMINOSA, NO BRASIL, EM ABRIL DE 
2013 (QUANDO SE ESGOTOU O PERÍODO DE “VACATIO LEGIS” DA LEI Nº 12.737/2012, ART. 4º 
Dupla tipicidade 
• POSTERIORMENTE, PORTANTO, À DATA EM QUE FOI ELA ALEGADAMENTE PRATICADA NOS ESTADOS UNIDOS DA 
AMÉRICA – EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO LEGISLATIVO, NO BRASIL, PARA FINS PENAIS, DOS CRIMES INFORMÁTICOS 
– OCORRÊNCIA, AINDA, NA ESPÉCIE, DE OUTRO OBSTÁCULO JURÍDICO: DELITO INFORMÁTICO (OU CRIME DIGITAL 
OU INFRAÇÃO PENAL CIBERNÉTICA) SEQUER PREVISTO NO ARTIGO II DO TRATADO DE EXTRADIÇÃO BRASIL/EUA – 
ROL EXAUSTIVO, FUNDADO EM “NUMERUS CLAUSUS”, QUE DEFINE, NO CONTEXTO BILATERAL DAS RELAÇÕES 
EXTRADICIONAIS ENTRE BRASIL E EUA, OS CRIMES QUALIFICADOS PELA NOTA DE “EXTRADITABILIDADE” – 
PRECEDENTES, A ESSE RESPEITO, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE 
PROCESSAR-SE DEMANDA EXTRADICIONAL FUNDADA EM DELITO ESTRANHO AO ROL TAXATIVO INSCRITO NO 
ARTIGO II DESSE TRATADO DE EXTRADIÇÃO – NATUREZA JURÍDICA DO TRATADO DE EXTRADIÇÃO (“LEX SPECIALIS”) 
– PRECEDÊNCIA JURÍDICA, QUANTO À SUA APLICABILIDADE, SOBRE O ORDENAMENTO POSITIVO INTERNO DO 
BRASIL – “PACTA SUNT SERVANDA” – PRECEDENTES – A INADMISSIBILIDADE DA EXTRADIÇÃO (CAUSA PRINCIPAL) 
TORNA INVIÁVEL O ATENDIMENTO DO PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA (MEDIDA REVESTIDA DE CAUTELARIDADE E 
IMPREGNADA DE CARÁTER ANCILAR E MERAMENTE ACESSÓRIO) – QUESTÃO DE ORDEM QUE SE RESOLVE NO 
SENTIDO DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE PRISÃO CAUTELAR.(Rel. Min. Celso de Melo, 2ª Turma STF, QUESTÃO 
DE ORDEM NA PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 732 DISTRITO FEDERAL, Julgado em 11/11/2014). 
 
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LEI Nº 13.441, DE 8 DE MAIO DE 2017. 
Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de Criança e de 
Adolescente” 
“Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-
A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal), obedecerá às seguintes regras: 
I – será precedida de autorização judicial devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da 
infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público; 
II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público ou representação de delegado de polícia e conterá a demonstração 
de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, 
os dados de conexão ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas; 
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda 
a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190a
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart241.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art241b
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art241d
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art154a
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LEI Nº 13.441, DE 8 DE MAIO DE 2017. 
“Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável 
pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo. 
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério 
Público e ao delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo de garantir o sigilo das 
investigações.” 
 
“Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet, colher indícios 
de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e 
nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). 
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da investigação 
responderá pelos excessos praticados.” 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190b
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190b
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190c
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart240.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart240.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart240.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart240.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmart241.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art154a
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art217a
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmart218.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art218a
LEI Nº 13.441, DE 8 DE MAIO DE 2017. 
“Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante 
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as informações necessárias à efetividade da identidade 
fictícia criada. 
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e tombado em livro específico.” 
 
“Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a operação deverão ser 
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com relatório 
circunstanciado. 
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e 
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito policial, assegurando-se a preservação da identidade do 
agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos adolescentes envolvidos.” 
 
29 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art190e
Infiltração e flagrante 
• Lei nº 11.343/2006 – infiltração lei de drogas 
• Lei nº 12.850/2013 – lei de crime organizado 
• Lei nº 13.441/2017, que acrescenta a Seção V-A à Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e 
Adolescente –, a qual trata especificamente de infiltração virtual de agentes policiais. 
• Flagrante preparado – estímulo ilegal – sumula 145 do STF 
• Flagrante Esperado – simples aguardo na sala de bate papo 
• Ação controlada/diferido/prorrogado – não houve referência 
• Agente infiltrado x agente provocador 
Flagrante preparado e pornografia infantil 
• Crimes estabelecidos do ECA são crimes plurinuclerares, que permitem a realização do flagrante, 
eventualmente, com base em outros verbos do tipo (como em relação aos verbos possuir e 
armazenar). 
• Nesse sentido, também vale mencionar a existência do projeto de lei 4246/15, pelo Deputado Marcelo 
Belinati (PP-PR), que visa permitir prisões mediante flagrantes preparados, com o objetivo de coibir 
práticas criminosas, com a justificativa de que outros países já adotam esse sistema de flagrante para 
otimizar, notadamente, as investigações de crimes sexuais e pornografia infantil. 
• O referido projeto foi rejeitado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, 
mas ainda será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, posteriormente, 
será apreciado em plenário. 
• Projeto foi arquivado em 31.01.19 
 
VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA 
INTERNET – PARTE I 
Bloco 4 
32 
Violência de gênero na internet 
• As violências de gênero na internet não estão descoladas do ‘mundo real’. 
• Também estão calcadas no desrespeito em relação às decisões das mulheres e em expectativas sobre o que seria um “comportamento feminino 
adequado”, os espaços virtuais reproduzem discriminações construídas socialmente e podem ser componentes para reforçar violências contra as 
mulheres como a violência sexual. 
• Consequências mais graves – replicabilidade e permanência na rede. 
• “Quando você sofreum crime de internet, sofre três dores: a da traição da pessoa que você amava, a vergonha da exposição e a dor da punição 
social. As vítimas deste tipo de crime são responsabilizadas pela maioria das pessoas, enquanto o agressor ainda é poupado pela sociedade 
machista.” – mulher tem que se dar ao respeito! Vagabunda! Quem mandou enviar nudes! Não sabe se conter! – mesma lógica da saia curta! 
Rose Leonel, jornalista e fundadora da ONG Marias da Internet, em depoimento no Fórum Fale sem Medo de 2014. 
• sexualidade das mulheres associado a ideais de recato, privacidade e falta de direito ao prazer. 
• afirmação da sua masculinidade/ prova da sua virilidade. 
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/rose-leonel/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/rose-leonel/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/rose-leonel/
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
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http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
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http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/12/agressores-de-crimes-na-internet-ainda-sao-poupados-pela-sociedade-machista-diz-vitima-durante-forum.html
Violência de gênero na internet 
• A condenação moral dessas mulheres vem do fato de que elas seriam 
mulheres que não conseguiram evitar, que “deram mole” que não 
deixaram a sua sexualidade na esfera do privado, na esfera do 
escondido. 
• O que há, ainda, é uma perpetuação da sexualidade de recato da parte de 
todo mundo, porque o machismo não está exclusivamente nos homens, ele é 
estrutural da nossa sociedade.” 
Beatriz Accioly, pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Marcadores 
Sociais da Diferença do Departamento de Antropologia da (FFLCH/USP). 
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/beatriz-accioly/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/beatriz-accioly/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/fonte/beatriz-accioly/
Alterações legislativas 
• Art. 216- B - Lei nº 13.772, de 2018: registro não autorizado da intimidade sexual 
• Art. 216-B . Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com 
cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização 
dos participantes: 
• Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa. 
• Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, 
áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato 
sexual ou libidinoso de caráter íntimo.” – caso João Dória 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
Alterações Legislativas 
• E acrescentou à Lei Maria da Penha.... 
• Art. 7º II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição 
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e 
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; 
 
36 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
Alterações Legislativas 
• Lei n. 13.718/18 – importunação sexual e pornografia de vingança – antes era crime contra a honra 
• Cria o art. 218-C: Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo 
ou de pornografia, com causa de aumento no seu parágrafo primeiro se: o crime é praticado por agente que 
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. - 
revenge porn. 
• Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, 
por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, 
fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou 
que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou 
pornografia: 
• Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
Alterações Legislativas 
• Aumento de pena 
• § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente 
que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou 
humilhação. 
• Exclusão de ilicitude 
• § 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em 
publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso 
que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 
18 (dezoito) anos.” 
 
38 
CASO NEYMAR 
Caso neymar 
• DOLO? – NÃO HOUVE INTENÇÃO DE EXPOR – NÃO QUERER VIOLAR A 
DIGNIDADE SEXUAL? – O TIPO NÃO FALA DE DOLO ESPECÍFICO – É SÓ 
DIVULGAR – DOLO GENÉRICO 
• CONSENTIMENTO DA VÍTIMA – NÃO PARA DIVULGAÇÃO PARA TERCEIROS – 
NÃO CONSENTIMENTO PRESUMIDO 
• BORRAR IMAGEM – SEMINUDEZ – POSSÍVEL IDENTIFICAR A VÍTIMA 
• SÓ CENA DE NUDEZ, NÃO FALA EM TROCA DE MENSAGENS PICANTES – 
MENSAGENS DESSA NATUREZA E SUA DIVULGAÇÃO SERIA ATÍPICO OU 
DIFAMAÇÃO 
 
 
 
CASO NEYMAR 
• LD? – PARA SE DEFENDER DA IMPUTAÇÃO DE ESTUPRO – IMPUTAÇÃO SERIA INJUSTA 
AGRESSÃO – ATUAL OU IMINENTE? (AGRESSÃO PASSADA, SERIA VINGANÇA? OU O MAL SE 
REPETE A CADA DIA?) 
• REPROVABILIDADE SOCIAL DA CONDUTA – INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA – MEIOS 
PROBATÓRIOS DIMINUIDOS – FORÇA MAIOR A PALAVRA DA VÍTIMA. 
• ELE NÃO FOI O RESPONSÁVEL PELA PUBLICAÇÃO – TERCEIRO TERIA PUBLICADO O VÍDEO 
NAS REDES SOCIAIS: COAUTORIA, PARTICIPAÇÃO? 
• OBS: DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA 
• SE ESTUPRO É MENTIRA – NÃO RESPONDERIA PELO 218-C – POR LEGITIMA 
DEFESA/EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE – CAUSA SUPRALEGAL 
 
41 
Estupro virtual??? 
• Dia 4/8/17, DECISÃO preferida pelo juiz de Direito da central de inquéritos de Teresina/PI, Dr. Luiz 
Moura, que decretou a prisão temporária de um indivíduo, imputado da prática de crime de estupro (CP, 
art. 213), após trabalho de investigação levado a efeito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público locais. 
• estupro virtual ou extorsão ou atípico– constranger á prática de ato libidinoso mediante coação moral - 
exigiu automasturbação e introdução de objetos na vagina– delegacia especial de Teresina – sem 
contato físico é estupro? É crime hediondo! Com decretação de temporária – princípio da legalidade 
• Enquadramento de sexting, revenge porn, sextorsão (exigir novas fotos de conteúdo pornográfico, ou 
exigir dinheiro, ameaçar compartilhar com família e amigos) 
• Breno da Silva Vieira, de 22 anos, foi preso suspeito de estupro virtual no Espírito Santo (15.08.18). 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI263670,81042-Sextorsao+e+estupro+virtual+os+perigos+de+uma+decisao+judicial
Estupro virtual? 
• Recente decisão proferida pelo STF em 17/08/2017, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo 
nº 1066864 RS, cuja relatoria é do Ministro Dias Toffoli e no qual ficou assentado o entendimento no 
sentido de que a caracterização do crime de estupro prescinde a existência de contato físico entre o 
agente e a vítima. Em sua decisão o ilustre Ministro expôs que: 
• (...) a maior parte da doutrina penalista pátria orienta no sentido de que a contemplação lasciva configura o 
ato libidinoso constitutivo dos tipos dos arts. 213 e 217-A do Código Penal - CP, sendo irrelevante, para a 
consumação dos delitos, que haja contato físico entre ofensor e ofendido. (...) Com efeito, a dignidade 
sexual não se ofende somente com lesões de natureza física. A maior ou menor gravidade do ato 
libidinoso praticado, em decorrência a adição de lesões físicas ao transtorno psíquico que a conduta 
supostamente praticada enseja na vítima, constitui matéria afeta à dosimetria da pena, na hipótese de 
eventual procedência da ação penal. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612010/artigo-213-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003927/artigo-217a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003927/artigo-217a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003927/artigo-217a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
VIOLÊNCIA DE GÊNERO – 
PARTE II 
BLOCO 5 
44 
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• Lei nº 11.340/06 – tipos de violências elencadas em seu art. 7º: a violência física que 
consiste em qualquer ofensa à integridade ou saúde corporal; psicológica, considerada 
mais subjetiva, pode ser qualquer ato que lhe cause dano emocional e diminuição 
da autoestima; a sexual, que se realiza em qualquer ato que constranja a liberdade 
sexual da vítima; a patrimonial que é toda e qualquer conduta de detenção, subtração, 
retenção dos bens pertences à vítima; e, por fim, a moral, também subjetiva, que 
compreende qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
• Ainda, para que configure a aplicação da Lei Maria da Penha a violência deve ocorrer, 
como prescrito em seu art. 5º, em situação de ambiência doméstica, familiar ou de 
relação íntima de afeto, ressaltando-se que vínculo afetivo predispõe convivência entre 
vítima e autor, porém não necessariamente coabitação. 
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• "A Justiça reconheceu que a prática de perseguição contumaz se submete ao juizado de 
violência doméstica por causa da subjetividade do agressor. Mesmo que a vítima e ele jamais 
tenham tido algum vínculo, esse homem acredita que haja uma relação"... 
• Um projeto de lei, já aprovado pelo Senado e atualmente em tramitação na Câmara dos 
Deputados, quer tornar a perseguição crime e aumentar a pena de detenção, que poderá ser de 
seis meses a dois anos. Além disso, prevê aumento de pena para até três anos se a perseguição 
for feita por mais de uma pessoa, se houver uso de armas ou se o agressor for íntimo da vítima. 
O projeto aguarda votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e, depois, 
segue para análise do plenário - PL 1.414/2019Fonte: Agência Senado 
• e PL 1.369/2019,Fonte: Agência Senado. (16/01/2020) 
46 
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135668
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/135596
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• Como se sabe a prática de cyberstalking é feita de forma reiterada, persistente e 
imprevisível, essas características impostas pelo agente resultam em diversos impactos 
na vida da vítima que vão desde efeitos psicológico como medo, ansiedade, depressão, 
até efeitos na saúde física pesadelos, alteração de apetite, insônia. 
• Em que pese a vítima não tenha contato direto com o autor da ação, ela se vê obrigada 
a mudanças de hábitospara sua própria proteção gerando um sentimento cada vez 
maior de terror por parte da vítima e de controle por parte do autor. Assim sendo, vemos 
desde logo que é caracterizada a violência psicológica citada no inciso II do art. 7º 
da Lei Maria da Penha, lá se identifica a violência. 
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• O art. 22 da lei supracitada prevê medidas voltadas para o agressor de 
forma a obrigá-lo a fazer ou deixar de fazer, fala-se em suspensão da posse 
ou restrição do porte de armas de fogo, afastamento do lar, prestação de 
alimentos provisórios, entre outras; contudo, no caso do cyberstalking o 
inciso III destaca-se por oferecer em sua alínea “b”, como medida 
protetiva, a proibição do contato entre agressor e vítima, familiares 
dela e, ainda, testemunhas; essa medida em si mostra-se imprescindível, 
uma vez que visa o fim da essência da conduta, que é o terrorismo através 
do contato via web. 
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• Uma discussão levantada e que poderia ser mais proveitosa em relação aos casos de 
condutas praticadas com o intermédio da internet é a medida cautelar de proibição ou 
restrição do acesso à internet por parte do acusado. No mês de abril de 2013, em caráter 
de medida cautelar, o advogado Cassius Haddad foi proibido pela 2ª Vara Criminal de Limeira 
de acessar todas as redes sociais da internet, após ofender o promotor Luiz Becilacqua, 
bem como a atuação do Ministério Público. 
• Outra medida liminar imposta ao acusado foi a de comparecer mensalmente à justiça 
informando e justificando suas atividades no ambiente informático. 
• A decisão suscitou debates quanto sua constitucionalidade, a Federação das Associações de 
Advogados do Estado de São Paulo (FADESP) impetrou um habeas corpus em favor de 
Cassius Haddad pedindo a revogação das medidas cautelares alegando ser uma violação de 
sua liberdade de expressão, resguardada pelo art. 5º da Constituição Federal. 
Lei Maria da Penha e Cyberstalking 
• Outra medida tomada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira foi oficiar as empresas Facebook e 
Twitter para que enviassem relatórios mensais dos acessos realizado pelo advogado às páginas 
assim facilitando o controle da Justiça acerca do comportamento do réu na internet; essa liminar 
seria de utilidade na prevenção de que o cyberstalking continue após a denúncia da vítima. 
 
• No mesmo sentido, em junho deste ano o juiz Antonio Carlos de Figueiredo Negreiros, da 7ª Vara Cível de 
São Paulo confirmou sua decisão em sede liminar de que o site Facebook deveria oferecer os dados de 
cadastro e registro da internet da usuária ao então afastado senador Aécio Neves, devido a algumas 
postagens feitas pela acusada vinculando a vítima aos crimes de tráfico e investigações policiais. 
• Recentemente, o juiz Rogerio de Vidal Cunha, da 3ª Vara Cível de Foz do Iguaçu, condenou um homem a 
pagar indenização à vítima mulher, pela prática de atos persecutórios, entendendo que tal conduta 
ultrapassa o mero dissabor (Processo nº 45.2015.8.16.0030 , 22.05.18). 
Medidas protetivas Lei Maria da Penha - STJ 
• Conflito de Competência 150.712 – SP. Relator Min. Joel Ilan 
Paciornik, por unanimidade julgado em 10.10.18. DJe 19.10.18: 
• Ameaças ex-namorado à mulher via Facebook. Crime à distância. 
Internacionalidade Configurada. Pedido de Medidas Protetivas de 
Urgência ao Poder Judiciário Brasileiro. Lei Maria da Penha. 
Concretude às convenções internacionais firmadas pelo Brasil. 
Competência da Justiça Federal. 
CRIMES CONTRA A HONRA E 
RACISMO NA INTERNET 
Bloco 6 
52 
Crimes de ódio na internet 
Panorama Safernet: 
• http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/crimes-
virtuais-63-de-denuncias-sao-relacionadas-a-discursos-de-odio/6479331/ 
• Expressões como cabelo ruim, gordo, vagabundo, retardado mental, 
boiola, malcomida, golpista, velho e nega predominam as nuvens de 
palavras encontradas em posts que revelam todo tipo de intransigência 
ao outro, em relação a aparência, classes sociais, deficiências, 
homofobia, misoginia, política, idade, raça, religião e xenofobia. 
• Com o auxílio de um software de monitoramento, o Torabit, concluiu-se 
que a intolerância de maior audiência no Brasil é a política, com quase 
220 mil menções; mais de quatro vezes superior à misoginia, que 
aparece em segundo lugar (50 mil menções); seguida por preconceitos 
relacionados a deficiência, aparência e raça. 
 
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/crimes-virtuais-63-de-denuncias-sao-relacionadas-a-discursos-de-odio/6479331/
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Alguns casos 
Para reflexão... 
Real x virtual? 
Diferente??? 
• Brasil lidera as estatísticas de mortes na 
comunidade LGBT (dado da Associação 
Internacional de Gays e Lésbicas); mata 
muito mais negros do que brancos (Mapa da 
Violência); aparece em quinto em homicídios 
de mulheres (Mapa da Violência); registrou 
aumento de 633% nos casos de xenofobia 
(Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos); e 
6,2% dos seus empregadores confessam não 
contratar pessoas obesas (site de 
recrutamento). 
Racismo e preconceito 
• Art. 140 § 3º - AFIANÇÁVEL E PRESCRITÍVEL 
• Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem 
ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 
10.741, de 2003) 
• Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) 
• Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo 
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
• Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I 
do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso 
II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. 
 
Racismo e preconceito 
LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989. – LEI DO RACISMO 
 
• Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, 
cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
• Pena: reclusão de um a três anos e multa 
 
INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
RESPOSABILIDADE PELO COMPARTILHAMENTO 
• Deve indenização por danos morais a pessoa que compartilha em rede social mensagem inverídica ou com 
ofensas a terceiros. “Por certo é direito de todos a manifestação do livre pensamento, conforme artigo 5º, IX, da 
Constituição Federal, contudo, caminha com este direito o dever de reparar os danos dela advindos se estes 
violarem o direito à honra (subjetiva e objetiva) do autor, direito este também disposto na Constituição Federal em 
seu artigo 5, V e X”, explica o desembargador José Roberto Neves Amorim. 
• Seguindo o voto do desembargador a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve 
sentença que condenou duas mulheres a indenizar um veterinário devido a uma publicação no Facebook. 
A primeira porque fez a publicação e a segunda por ter “curtido” e “compartilhado” o conteúdo. “Há 
responsabilidade dos que ‘compartilham’ mensagens e dos que nelas opinam de forma ofensiva, pelos 
desdobramentos das publicações, devendo ser encarado o uso deste meio de comunicação com mais 
seriedade e não com o caráter informal que entendem as rés”, afirma Neves Amorim. 
• 4000515-21.2013.8.26.0451 - 2013/000642 – PIRACICABA 2013. 
 
 
PROVAS, MEDIDAS JUDICIAIS, 
MARCO CIVIL DA INTERNET E 
ANONIMATO 
Bloco 7 
59 
Acesso ao Whatsapp para obtenção de provas 
• A 5ª turma do STJ reconheceu a ilegalidade de provas obtidas pela polícia sem autorização 
judicial a partir de mensagens do WhatsApp e, por unanimidade, determinou a retirada do 
material de processo penal que apura suposta prática de tentativa de furto em Oliveira/MG 
(RECURSO EM HABEAS CORPUS N. 89.981 – 2017). 
• De acordo com o auto de prisão em flagrante, a polícia foi acionada por uma moradora que viu 
um homem na porta da sua residência em atitude suspeita e, em seguida, anotou a placa do 
automóvel que ele utilizou para sair do local. A polícia localizou o veículo em um posto de 
gasolina e conduziu os ocupantes até a delegacia. Na delegacia, os policiais tiveram acesso a 
mensagens no celular do réu que indicavam que os suspeitos repassavam informações 
sobre os imóveis que seriam furtados. Segundo a defesa, a devassa nos aparelhos 
telefônicos sem autorização judicial gerou a nulidade da prova. 
 
http://www.migalhas.com.br/arquivos/2018/2/art20180220-01.pdf
Acesso ao Whatsapp para obtenção de provas 
• Ao analisar o caso no STJ, o relator, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, 
apontou que, embora a situação discutida nos autos não trate da violação da 
garantia de inviolabilidade das comunicações, prevista no artigo 5º, inciso XII, 
da CF/88, houve efetivamente a violação dos dados armazenados no celular 
de um dos acusados, o que é vedado pelo inciso X do artigo 5º. "A análise 
dos dados armazenados nas conversas de WhatsApp revela manifesta 
violação da garantia constitucional à intimidade e à vida privada, razão 
pela qual se revela imprescindível autorização judicial devidamente 
motivada, o que nem sequer foi requerido. 
 
http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI274711,51045-STJ+E+nula+prova+obtida+por+WhatsApp+sem+autorizacao+judicial
http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI274711,51045-STJ+E+nula+prova+obtida+por+WhatsApp+sem+autorizacao+judicial
Medidas judiciais e anonimato 
• Comprovação das Ofensas 
• Ata Notarial: Para comprovação das ofensas, é necessário que a vítima preserve os conteúdos 
por meio de ata notarial, que é documento dotado de fé pública, nos termos do art. 384 do Novo 
Código de Processo Civil: 
• “Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, 
a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados 
representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata 
notarial.” 
• Atenção: AtaNotarial como prova no processo penal - É possível a utilização da ata notarial 
como prova no processo penal digital. 
• 
 
Medidas judiciais e anonimato 
• a) Tutela preventiva (inibitória) - Tem a finalidade de impedir a ocorrência do dano. 
• 
• b) Tutela repressiva (reparatória) Tem o escopo de reparar o dano ao titular do direito lesado. 
 
• >> Ação de Obrigação de Fazer Ação de obrigação de fazer cumulada com preceito cominatório e 
pedido liminar de tutela de urgência antecipada contra o provedor da aplicação empregada na 
prática ilícita. 
• Exemplo: Google. Objetivos: Obter dados cadastrais e registros eletrônicos vinculados à conta de 
e-mail que permitam identificar o ofensor para a sua ulterior responsabilização civil e criminal. 
 
Medidas judiciais e anonimato 
• De acordo com o artigo 10, §1º, do Marco Civil da Internet, os provedores responsáveis pela guarda 
dos registros de acesso a aplicações de internet devem contribuir para identificação do usuário, 
porém somente poderão disponibilizar tais registros associados a dados pessoais, mediante 
ordem judicial. 
• Além disso, o mesmo Estatuto Legal reforça essa obrigatoriedade em seu art. 15, §3º. 
• Por fim, o art. 22, parágrafo único estabelece que, para a formulação do pedido, devem estar presentes 
os seguintes requisitos: “Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento 
deverá conter, sob pena de inadmissibilidade: I - fundados indícios da ocorrência do ilícito; II - 
justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou instrução 
probatória; e III - período ao qual se referem os registros.” 
 
Medidas judiciais e anonimato 
• >> Ação de Obrigação de Não Fazer (Tutela Inibitória) 
e Dano Moral 
• Ação de obrigação de não fazer (tutela inibitória), com 
a finalidade de impedir que o ofensor veicule 
novamente as ofensas pela internet. 
• Além disso, é possível de se pleitear o dano moral. 
 
 
Lei n.12.965, de 23 de abril de 2014 (marco civil 
da internet) 
• Art.21 O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo 
gerado por terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela 
violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de 
seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais 
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado 
quando, após o recebimento de notificação pelo participante ou seu 
representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito 
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse 
conteúdo. 
MARCO CIVIL DA INTERNET LEI N. 12.965/14 
• Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas 
• Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet de 
que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem 
atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou 
indiretamente envolvidas. 
• § 1o O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os registros 
mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a outras informações 
que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal, mediante ordem judicial, na forma 
do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no art. 7o. 
• § 2o O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos incisos II e III do art. 
7o. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363818/art-10-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363818/art-10-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363818/art-10-da-lei-12965-14
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363818/art-10-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363816/art-10-1-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363816/art-10-1-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363816/art-10-1-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363816/art-10-1-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363814/art-10-2-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363814/art-10-2-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363814/art-10-2-da-lei-12965-14
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MARCO CIVIL DA INTERNET LEI N. 12.965/14 
• Da Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por 
Terceiros 
• Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente 
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros 
• Da Requisição Judicial de Registros 
• Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto 
probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou 
autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável pela guarda o 
fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações 
de internet. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363752/art-18-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363752/art-18-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363752/art-18-da-lei-12965-14
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363752/art-18-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363732/art-22-da-lei-12965-14
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363732/art-22-da-lei-12965-14
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/27363732/art-22-da-lei-12965-14
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VIOLÊNCIA DE GÊNERO – 
PARTE III – PORNOGRAFIA DE 
VINGANÇA 
Bloco 8 
69 
Pornografia de vingança: caso fabíola 
• 2015 
• CENA DE TRAIÇÃO FILMADA E DIVULGADA NAS REDES SOCIAIS 
• VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: HOMEM, MOTIVADO POR VINGANÇA POR TER SIDO TRAÍDO, 
AGREDIU E AMEAÇOU A SUA ESPOSA. 
• A SOCIEDADE AO INVÉS DE REPUDIAR O COMPORTAMENTO DO MARIDO, CRIOU MEMES 
COM O CASO. 
• FABÍOLA É INTITULADA DE “SAFADA” E OUTROS TERMOS PEJORATIVOS, SEM QUALQUER 
QUESTIONAMENTO PARA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ALI PRATICADA, DANDO A ENTENDER 
QUE A MULHER RECEBEU O MERECIDO “CASTIGO PELA TRAIÇÃO”. 
Pornografia de vingança: DIVULGAÇÃO DE 
vídeos e fotos íntimas 
 
• EX-CÔNJUGE OU EX-COMPANHEIRO EXPÕE EM 
AMBIENTES VIRTUAIS VÍDEOS OU FOTOS DA INTIMIDADE 
DO CASAL: VINGANÇA PELO FIM DO RELACIONAMENTO. 
• PROPAGAÇÃO DE NUDES DO EX-CÔNJUGE OU EX-
COMPANHEIRO: VINGANÇA PELO FIM DO 
RELACIONAMENTO 
 
Pornografia de vingança: envio de nudes por fotos 
ou vídeos 
• 2016 
• CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA ?!? 
• “A PROPAGAÇÃO DE IMAGENS QUE VIOLAM A INTIMIDADE DA PARTE É CAPAZ DE 
ENSEJAR INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, QUANDO NÃO HÁ AUTORIZAÇÃO 
PARA TANTO, NOS TERMOS DO ARTIGO 20 DO CC. O FATO DE A PARTE TER 
PRODUZIDO E REMETIDO A FOTO ÍNTIMA PARA OUTREM CARACTERIZA SUA 
CULPA EXCLUSIVA PELA PROPAGAÇÃO DAS IMAGENS ACOSTADAS NOS AUTOS”. 
• (TJMT, Apelação n. 105148/2015, Barra do Garças, Rel. Des. Maria Helena Gargaglione 
Póvoas, julgado em 13/04/2016). 
Pornografia de vingança: AUTORA TORNOU PÚBLICO O 
RELACIONAMENTO ENTRE AS PARTES 
• "RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. PARTES QUE TIVERAM RELACIONAMENTO AMOROSO. 
HIPÓTESE EM QUE O RÉU PASSOU A AMEAÇAR A AUTORA, PUBLICANDO MENSAGENS 
DESABONADORAS NA INTERNET, FOTOS ÍNTIMAS DO CASAL E ESPALHANDO PANFLETOS PELO 
BAIRRO, AFIRMANDO QUE A AUTORA ERA GAROTA DE PROGRAMA. FATO DE TER A AUTORA 
TORNADO PÚBLICO O RELACIONAMENTO ENTRE AS PARTES, NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO DO 
RÉU, QUE CONFIGURA RISCO ORIGINADO DA CONDUTA DO PRÓPRIO RÉU. DANOS MORAIS DEVIDOS. 
FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO EM R$ 10.000,00. VALOR RAZOÁVEL, QUE NÃO MERECE SOFRER 
REDUÇÃO. DECISÃO

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