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Funções sensitivas - visão (Módulo percepção, consciência e emoção)

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José Lucas M. Vasconcelos / Página 1 de 6 
 
1. Reconhecer os órgãos, fisiologia e via neurológica e sensitivas da visão, enfatizando o 
mecanismo de formação e interpretação da imagem e vias sensoriais a partir da retina que não têm 
a função da visão 
2. Definir os vícios de refração e explicar como ocorre a formação e interpretação da imagem 
nestes casos. (Explicar miopia, Astigmatismo, hipermetropia e estrabismo) 
3. Discutir a legislação e os serviços oferecidos aos portadores de perdas visuais 
 
Uma vez conhecendo a estrutura básica do olho, você pode entender como uma perda total 
ou parcial da visão pode resultar de anormalidades em vários componentes. 
Por exemplo, se houver um desequilíbrio entre os músculos extraoculares dos dois olhos, 
esses apontarão para direções diferentes. Tal desalinhamento ou falta de coordenação entre 
os dois olhos é denominado de , e existem duas variedades para essa condição. 
Na , as direções para onde se dirige o olhar dos olhos convergem. Na , a 
direção do olhar diverge. Na maioria dos casos, o estrabismo de quaisquer dos tipos é 
congênito e deve ser corrigido no início da infância. O tratamento normalmente envolve o 
uso de óculos prismáticos ou cirurgia dos músculos extraoculares para realinhar os olhos. 
Sem tratamento, as imagens enviadas pelos dois olhos para o cérebro são conflituosas, 
deteriorando a percepção de profundidade e, o que é mais importante, fazendo com que, no 
fim, o indivíduo suprima as imagens de um dos olhos. O olho dominante será normal, porém 
o olho suprimido irá tornar-se ambliópico, significando que tem pequena acuidade visual. Se 
a intervenção médica for protelada até a idade adulta, essa condição não poderá mais ser 
corrigida. 
Um tipo comum de disfunção da visão entre adultos mais idosos é a , em que ocorre 
opacificação do cristalino. Muitas pessoas com mais de 65 anos apresentam algum grau de 
catarata; se essa causar prejuízo significativo da visão, uma cirurgia será necessária. Em 
uma cirurgia para corrigir a catarata, o cristalino é removido e substituído por lentes plásticas 
artificiais. Embora essas lentes artificiais não possam ajustar seu foco como o cristalino faz, 
elas permitem uma imagem clara, e pode-se adotar o uso de óculos para a visão de perto 
ou de longe. 
O , uma perda progressiva da visão associada a uma elevada pressão intraocular, é 
uma das principais causas de cegueira. A pressão do humor aquoso tem um papel crucial 
na manutenção do formato do olho. À medida que essa pressão aumenta, todo o olho sofre 
 
José Lucas M. Vasconcelos / Página 2 de 6 
 
uma força deformante, levando, por fim, a uma lesão da retina, no ponto fraco em que o 
nervo óptico deixa o olho. Os axônios no nervo óptico são comprimidos, e a visão é 
gradualmente perdida a partir da periferia. Infelizmente, quando o indivíduo observar perda 
da visão mais central, a lesão já avançou, e uma parte significativa do olho estará cega de 
forma permanente. Por essa razão, são essenciais a detecção e o tratamento precoces, com 
medicação ou cirurgia para redução da pressão intraocular. 
A retina sensível à luz, na parte posterior do olho, é o local de numerosos distúrbios que 
representam um risco significativo de cegueira. Você já deve ter ouvido falar de algum 
boxeador profissional que apresentou . Como o nome sugere, a retina 
desprende-se da parede sobre a qual se situa no olho devido a um golpe aplicado à cabeça, 
ou devido ao encolhimento do humor vítreo. Uma vez que a retina tenha iniciado seu 
descolamento, o fluido do humor vítreo escorre por detrás das pequenas lacerações 
resultantes do trauma na retina, ajudando-a a separar-se ainda mais. Sintomas de 
descolamento da retina incluem a percepção anormal de sombras e clarões de luz. O 
tratamento frequentemente inclui cirurgias a laser para cicatrizar as bordas da lesão 
retiniana, reposicionando, assim, a retina novamente no fundo do olho. 
Na , há uma degeneração progressiva dos fotorreceptores. Inicialmente, 
há uma perda de visão periférica e da visão noturna. Esses sintomas podem avançar até a 
cegueira total. A causa dessa doença é desconhecida. Em algumas manifestações, ela 
apresenta um forte componente genético, e mais de 100 genes foram identificados, os quais 
podem conter mutações que levem à retinite pigmentosa. Não há cura atualmente, mas a 
administração de vitamina A pode retardar sua progressão. 
Estando relaxados os músculos ciliares e achatado o cristalino, dizemos que o olho é 
 quando raios paralelos de luz emitidos por uma fonte distante se focalizarem 
exatamente sobre a superfície posterior da retina. (O termo deriva do grego emmetros, “de 
justa medida”, e de ope, “vista”.) Dito de outra maneira, o olho emétrope focaliza raios 
paralelos de luz sobre a retina sem a necessidade de qualquer acomodação pelo cristalino 
(Figura A). 
Agora considere o que ocorre quando o globo ocular apresentar um diâmetro ântero-
posterior muito pequeno (Figura B). Os raios luminosos são focalizados em algum ponto 
atrás da retina, e a imagem desse ponto de luz sobre a retina é um círculo borrado. Essa 
condição é conhecida como , hiperopia ou presbitia – “que vê de longe”, pois o 
olho pode focalizar objetos distantes, mas o poder de acomodação do cristalino não é 
suficiente para a visualização de pontos próximos. A hipermetropia pode ser corrigida pela 
colocação de lentes convexas de vidro ou de plástico na frente do olho (Figura C). A parte 
anterior curva da lente, assim como a córnea, altera a direção dos raios luminosos rumo ao 
centro da retina. Uma vez que a luz passa novamente do vidro para o ar, a parte de trás da 
lente também aumenta a refração (a luz quando passa do vidro para o ar é acelerada e 
direcionada, afastando-se da normal, que é ortogonal à superfície). 
Se o globo ocular apresentar um diâmetro ântero-posterior muito longo em vez de muito 
curto, os raios paralelos convergem para um ponto antes da retina, cruzam-se e são 
novamente projetados sobre a retina formando um círculo borrado (Figura D). Essa condição 
é conhecida como – “que vê de perto”. O grau de refração fornecido pela córnea e 
pelo cristalino é demasiado para conseguir focalizar objetos distantes. Assim, para o olho 
 
José Lucas M. Vasconcelos / Página 3 de 6 
 
míope ver pontos distantes claramente, lentes artificiais côncavas devem ser empregadas 
para trazer a imagem focada do ponto em questão de volta para a superfície da retina (Figura 
E). 
Alguns olhos apresentam irregularidades na curvatura da córnea ou do cristalino que levam 
a diferentes graus de refração, dependendo de os raios de luz entrarem no olho em um eixo 
vertical ou horizontal. Essa condição, conhecida como , pode ser corrigida pelo 
uso de lentes artificiais que são mais curvas ao longo de um eixo do que de outro. (Ou seja, 
para as pessoas com este problema, todos os objetos, tanto próximos como distantes, ficam 
distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e 
outros não. É considerado leve e facilmente tratável na maioria das vezes.) 
Mesmo que você seja um felizardo e tenha globos oculares de forma perfeita e um sistema 
de refração simétrico, você provavelmente não escapará da (do grego para “olho 
envelhecido”). Essa condição, de um enrijecimento do cristalino que acompanha o processo 
de envelhecimento, seria explicada pelo fato de que novas células do cristalino são 
produzidas durante toda a vida, não havendo, porém, perda celular. O enrijecimento 
prejudica a elasticidade do cristalino, tornando-o incapaz de tornar-se suficientemente 
arredondado durante a acomodação, ou de tornar-se suficientemente achatado durante o 
relaxamento, de forma a focalizar tanto objetos próximos quanto distantes. A correção para 
a presbiopia, inventada por ninguém menos do que o próprio Benjamin Franklin, é obtida 
com o emprego de lentes bifocais. Essas lentes sãocôncavas na parte superior, para auxiliar 
na visão a distância, e convexas na parte inferior, para auxiliar na visão próxima 
Na hipermetropia e na miopia, o grau de refração conseguido pela córnea é muito pequeno 
ou muito grande para a espessura do globo ocular. No entanto, técnicas modernas podem, 
hoje, mudar o grau de refração produzido pela córnea. Na ceratotomia radial, um 
procedimento para a correção da miopia, são executadas diversas incisões radiais muito 
finas na porção periférica da córnea. As incisões relaxam e achatam a córnea central, de 
forma a reduzir o grau de refração e minimizar a miopia. As técnicas mais recentes utilizam 
laser para dar novo formato à córnea. Na ceratectomia fotorrefrativa, um laser é utilizado 
para esculpir a superfície externa da córnea, pela vaporização de camadas finas. Na 
ceratomileuse in situ com laser, uma fina porção da córnea é levantada para que o laser 
possa esculpir a córnea a partir de seu interior. Métodos não-cirúrgicos estão também sendo 
empregados para dar novo formato à córnea e ajustar a visão nos casos mais difíceis. Já 
existem, por exemplo, lentes de contato especiais ditas “de contenção” ou anéis corneais 
plásticos que alteram o formato da córnea e corrigem erros de refração. 
O diabetes é a doença caracterizada pela elevação da glicemia, que é a medida de açúcar 
no sangue. Dentre os órgãos acometidos pela diabetes estão o coração, os rins, os pés e 
os olhos. O açúcar aumentado no sangue causa uma alteração vascular, danificando os 
pequenos vasos sanguíneos, que ficam doentes e deixam de funcionar de maneira 
adequada. Esta alteração cria áreas com problema de irrigação sanguínea, as chamadas 
áreas de isquemia. Os pacientes diabéticos podem ter problemas nos rins, doença chamada 
de nefropatia, além de problemas vasculares e de sensibilidade nos pés, o chamado pé 
diabético. 
 
José Lucas M. Vasconcelos / Página 4 de 6 
 
Após alguns anos de diabetes mal controlado podem aparecer problemas nos olhos, como 
catarata e alterações na retina. A retinopatia diabética, como é chamada, podendo 
apresentar sangramentos e edema (“inchaço”). O paciente não sente dor e muitas vezes só 
tem sintomas na visão quando a doença está muito avançada, com risco de ficar cego. 
A principal causa de baixa de visão nos pacientes com doença na retina pela diabetes é 
chamada de edema macular diabético e deve-se a um edema (ou inchaço) na região da 
retina responsável pela visão de detalhes. Hoje em dia existem alguns tratamentos que 
podem ajudar a melhorar este edema, melhorando a visão e prevenindo a cegueira. Estes 
tratamentos incluem a aplicação de laser e a aplicação de medicação intra-ocular (corticoide 
ou anti-VEGF). O tratamento mais moderno usa esta nova classe de remédios, chamados 
de “anti-VEGF”. Existem diferentes remédios que podem ser utilizados, estes remédios 
muitas vezes devem ser aplicados todo mês, mas o uso combinado com laser ajuda a 
diminuir a frequência das injeções. 
O diabetes também pode causar alteração no resto da retina, que chamada retinopatia 
proliferativa, onde aparecem vasos anômalos que podem causar sangramentos dentro do 
olho e até descolamento de retina. Nestes casos o paciente pode ser tratado com medicação 
dentro do olho ou com aplicação de laser. 
A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira, especialmente em adultos em idade 
de trabalho. O grau de retinopatia está altamente correlacionado com os seguintes fatores 
 Duração do diabetes 
 Níveis sanguíneos de glicose 
 Níveis de pressão arterial 
A gestação pode prejudicar o controle de glicose no sangue e, assim, agravar a retinopatia. 
 Retinopatia não proliferativa (também conhecida como 
retinopatia de fundo) se desenvolve primeiro e causa aumento da permeabilidade capilar, 
microaneurismas, hemorragias, exsudatos, isquemia macular e edema macular 
(espessamento da retina causado pelo extravasamento de líquido a partir dos capilares). 
 A retinopatia proliferativa se desenvolve após a retinopatia não 
proliferativa e é mais grave; ela pode causar hemorragia vítrea e descolamento da retina de 
tração. A retinopatia proliferativa é caracterizada por formação de vasos novos anormais 
(neovascularização), que ocorre na superfície (vítreo) interna da retina, e pode estender-se 
para dentro da cavidade vítrea, causando hemorragia vítrea. A neovascularização é muitas 
vezes acompanhada por tecido fibroso pré-retínico que, juntamente com o vítreo, pode se 
contrair, resultando em descolamento da retina de tração. A neovascularização também 
pode ocorrer no segmento anterior do olho sobre a íris; pode ocorrer crescimento da 
membrana neovascular no ângulo da câmera anterior do olho na margem periférica da íris, 
e esse crescimento leva a glaucoma neovascular. A perda de visão com retinopatia 
proliferativa pode ser grave. 
 
Edema macular clinicamente significativo pode ocorrer com retinopatia não proliferativa ou 
proliferativa e é a causa mais comum de perda de visão devido a retinopatia diabética. 
 
José Lucas M. Vasconcelos / Página 5 de 6 
 
 De acordo com o 
Decreto 3.298, de 20/12/1999, pessoa portadora de deficiênciaé 
aquela que apresenta, em caráter permanente, perda ou 
anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica 
ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de 
atividade, dentro do padrão considerado normal. 
É considerada portadora de deficiência visual quando apresenta 
acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após 
a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de 
Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações (art. 
3º, I e II, combinado com art. 4º, III). 
 
 : Criado em 1998, o Serviço já 
publicou cerca de quarenta títulos em braille, a maioria leis, 
mas também publicações de cunho prático. Uma dessas 
publicações, editada a pedido da Câmara dos Deputados,é a 
Cartilha da Comissão Permanente de Legislação Participativa, que traz orientações para 
o exercício do direito de participação do cidadão no Poder Legislativo. 
 
 : O Dia do Cego é comemorado nacionalmente em 13 de dezembro. Essa data 
foi instituída oficialmente em 1961, pelo Decreto 51.045, de 26/7/1961. 
 
A Constituição Federal (CF) de 1988 faz menção aos portadores de 
deficiência em 7 de seus 250 artigos. São referidos a seguir aqueles que interessam mais 
de perto ao portador de deficiência visual em seu dia-a-dia.
 No capítulo relativo aos direitos sociais
 (art. 7º, XXXI). Isso significa que, 
quando compatíveis com a atividade laboral, limitações físicas, mentais ou sensoriais de 
que o trabalhador seja portador não podem ser invocadas como motivo para se lhe 
recusar emprego ou pagar menos pelo seu trabalho. 
 Postos de trabalho são assegurados no serviço público. De acordo com o art. 37, VIII, a 
administração pública deve 
 A obrigatoriedade da 
reserva de vagas aplica-se aos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e às 
três esferas de governo – federal, estadual e municipal. 
 A , segundo dispõe o art. 203, há de ser prestada a quem dela necessitar 
e tem, entre outros, os seguintes objetivos: 
 
José Lucas M. Vasconcelos / Página 6 de 6 
 
 
 No que diz respeito à educação, direito de todos e dever da família e do Estado, cabe a 
este proporcionar 
preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III). Essa diretriz corresponde ao 
que a legislação chama de “educação especial”. 
 Os deveres constitucionais do Estado para com os portadores de deficiência não se 
esgotam aí. Compete-lhe também proporcionar 
 e, como parte dela, promover a “criação de programas de prevenção e 
atendimento especializado para os portadores de eficiência física, sensorial ou mental, 
bem como de integração social do adolescente portador de deficiência” (art. 30 227, § 1º, 
II). Como pôr esse ideal em prática? O próprio art. 227, § 1º, responde: com a participaçãode entidades não governamentais– as chamadas ONGs – e mediante o treinamento para 
o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com 
a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. 
Releva saber que muito do que se referiu acima já se encontra regulamentado em leis e 
decretos, que por sua vez estão disciplinados em normas de hierarquia inferior que visam 
dar-lhes concretude. O conjunto dessa legislação é aqui abordado, dando-se destaque ao 
que é de interesse específico do portador de deficiência visual. 
 A acessibilidade, definida pela Lei 10.098, de 19/12/2000, como a 
“possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos 
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos 
sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com 
mobilidade reduzida” (art. 2º, I), é uma importante garantia de que os cidadãos nessa 
condição possam exercer o seu direito de ir e vir e viver normalmente em sociedade. 
 A promoção da integração social das pessoas portadoras de deficiência, 
mediante a remoção de preconceitos e a facilitação do acesso aos bens e serviços 
coletivos, é objetivo central de toda a legislação referente a elas, a começar pela 
Constituição, passando pelas leis e decretos e chegando às portarias e normas de 
serviço. O que se busca não é conceder-lhes privilégios, mas proporcionar-lhes os meios 
e as condições para que possam, com autonomia, incluir-se na sociedade, desfrutar da 
convivência e efetivamente exercer a cidadania. É por esse prisma que se devem 
considerar as normas e medidas compensatórias adotadas, as quais visam acelerar o 
processo de construção da igualdade.

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