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Hanseníase: Características e Tratamento

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1 Vanessa Telles- Medicina 
Hanseníase 
 
Introdução: 
Doença crônica infecciosa causada pelo bacilo 
Mycobacterium leprae, que é álcool-ácido resistente (BAAR), 
possui multiplicação lenta e preferência por temperaturas mais 
baixas. Possui notificação compulsória e investigação 
obrigatórias dos contatos recentes do paciente. 
Caracterizadas por granulomas e neurotropismo, 
principalmente pela pele e nervos intermediários. 
O Brasil é o país com maior incidência na América, com pico 
de incidência variando entre estados e faixa etária. 
Possui alta infectividade, mas baixa patogenicidade. 
Transmissão via nasal ou por perdigotos no ar ou por lesões de 
pele diretas. 
 
Classificação: 
Existem diferentes classificações, quanto à resposta 
imunológica do hospedeiro e da apresentação clínica, conforme 
abaixo. A boa resposta imune Th1 é considerada mais eficiente, 
levando a formas clínicas mais brandas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações: 
• De forma geral: manifestações cutâneas e nervosas. 
• O principal nervo acometido é o N. ulnar. De acordo com 
o nervo acometido, podem haver manifestações 
específicas: 
o Ulnar: mão em garra e atrofia interóssea 
o Mediano: mão do pregador 
o Radial: queda do punho 
• Quanto às manifestações de acordo com a forma clínica: 
 
 
 
 2 Vanessa Telles- Medicina 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
• Clínica: exame neurológico, de nervos periféricos 
e sensibilidade. 
• Baciloscopia pela linfa de 4 locais (lóbulo da orelha 
e cotovelos) e em lesão suspeita: 
o Negativa= HT e HI 
o Positiva = HV 
o Variada = diversas 
• Critérios: presença de um ou mais dos seguintes 
o Lesão ou área de pele com alteração de 
sensibilidade térmica, dolorosa e/ou 
tátil; 
o Comprometimento de nervo periférico 
com alteração de sensibilidade/ 
motora/ tátil. 
o Confirmação da presença de bacilos em 
lesões/linfa. 
• Casos duvidosos: 
o Teste da histamina: avaliação da tríplice 
reação de Lewis 
o Teste da pilocarpina (anidrose nas lesões 
hansênica) 
o Reação de Mitsuda (avaliação de 
prognóstico) 
 3 Vanessa Telles- Medicina 
Tratamento: 
O tempo do tratamento varia: 
• Forma paucibacilar (até 5 lesões cutâneas ou 
baciloscopia negativa) = esquema por 6-9 
meses. 
• Forma multibacilar (> 5 lesões cutâneas ou 
baciloscopia positiva) = esquema por 12-18 
meses. 
A poliquimioterapia depende da forma clínica: 
• Multibacilar em adulto: 
o Dose mensal supervisionada- dia 1: 
Rifampicina 600mg + Dapsona 100mg 
+ Clofazimina 
o Dose diária autoadministrada- a partir do 
dia 2: Dapsona 100mg + Clofazimina 
50mg. 
• Paucibacilar em adulto (atualizada): 
o Dose mensal supervisionada- dia 1: 
Rifampicina 600mg + Dapsona 100mg 
o Dose diária autoadministrada- a partir do 
dia 2: Dapsona 100mg + Clofazimina 
50mg. 
• Multibacilar em criança: 
o Dose mensal supervisionada- dia 1: 
Rifampicina 450mg + Dapsona 50mg 
+ Clofazimina 150mg. 
o Dose diária autoadministrada- a partir do 
dia 2: Dapsona 50mg +Clofazimina 
50mg. 
• Reação Hansênica tipo 1: Prednisona 1-1,5 
mg/kg/d. 
• Reaçao hansênica tipo 2: Talidomida 100-400 
mg/d OU Prednisona 1-1,5 mg/kg/d. Indicações 
da prednisona: contraindicação de talidomida; 
graviaz ou com risco; lesões oculares reacionais; 
edema inflamatório em mãos e pés; 
glomerulonefrite/ orquiepididimite/ artrite/ 
vasculites/ eritema nodoso necrosante. 
 
 
 
 
 
Efeitos adversos do tratamento: 
 
Prevenção: 
• Vacinação com BCG para contatos intradomiciliares: 
o Sem cicatriz: 1 dose 
o Com 1 cicatriz: 1 dose 
o 2 cicatrizes: nenhuma dose 
• Quimioprofilaxia de contato com Rifampicina 600mg 
dose única. 
Observações do professor: 
• MUDANÇA NO TRATAMENTO EM 2020: para a forma 
paucibacilar, é feito tratamento com inclusão da 
Clofazimida! Ficando igual na forma multibacilar, mas com 
o mesmo período de 6 meses. 
• A baciloscopia nem sempre é positiva, tendo muitas falhas. 
• Teste da histamina não pode ser realizada em negros. 
Nesse teste, quando positivo, é observado ausência de 
eritema secundário completo ou incompleto nas áreas 
estimuladas. 
• Nas lesões, pode ser feita biópsia. 
• Pode ser feita extensão do tratamento para > 12 meses se 
não houver remissão das lesões. Também pode ser feita 
análise genética de resistência ao tratamento.

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