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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA PROBLEMA 3M3 – “É TOSSE FEIA, É MANCHA DORMENTE!!” Arnaldo, 45 anos, tabagista (cerca de 35 cigarros/dia há 25 anos) e etilista crônico, procurou a emergência na UPA com queixa de tosse com expectoração amarelada há ± 2 meses, acompanhada de febre baixa, diária, vespertina, perda de peso, sudorese noturna, astenia e dor torácica. Mora num barraco pequeno, de um único cômodo, sem condições sanitárias e sem ventilação, com outras nove pessoas. Ao exame físico apresentava com REG, hidratado, anictérico, acianótico, hipocorado (+/4+), febril (37,8°C). À ausculta o murmúrio vesicular é reduzido no terço superior do pulmão direito com crepitações nesta mesma região. O hemograma mostrou: hemácias = 3.500.000; hemoglobina = 11 g%; hematócrito = 32%; leucócitos = 8.300. A radiografia de tórax em PA/Perfil evidenciou condensação em lobo superior direito. Foi encaminhado ao Hospital Municipal onde o médico assistente solicitou: pesquisa de BAAR no escarro, Reação de Mantoux (PPD) e Sorologia Anti-HIV. Após análise dos exames, foi feito notificação compulsória do caso, educação sanitária e instituído o esquema terapêutico para o paciente que ainda recebeu orientação sobre sua doença para si e seus familiares. Na mesma casa residia Maria Elizabeth, 25 anos, do lar, que resolveu procurar atendimento em UBS queixando-se do aparecimento de manchas claras e anestésicas no abdome há 6 meses. Ao exame físico, presença de placas hipocrômicas, de contorno mal definido em região paravertebral lombar direita e abdome anterior, bem como infiltração nos lobos auriculares e madarose bilateral. Perda da sensibilidade tátil (monofilamentos), térmica (calor e frio) e dolorosa no local das manchas. Presença de espessamento à palpação de nervo ulnar a direita. Chamou a atenção do médico a presença de lesões cicatriciais de queimadura em dorso dos antebraços que, segundo a paciente, ocorreram durante o trabalho doméstico, principalmente na preparação dos alimentos. Após iniciado tratamento, a paciente refere que há 2 meses vem apresentando adinamia e emagrecimento progressivo de aproximadamente 3 Kg. Há 15 dias vem apresentando febre moderada (38ºC), sem calafrios ou sudorese de predomínio vespertino. Neste mesmo período, notou aparecimento de caroços avermelhados em membros inferiores. QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 1. Identificar e explicar o meio de transmissão, epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico (quadro clínico, exame bacteriológico, exame radiológico e prova tuberculínica) da tuberculose. 2. Discutir o tratamento da tuberculose segundo o MS, como é realizado o controle de contatos de pacientes com tuberculose e seus aspectos psicossociais. 3. Definir a epidemiologia e o quadro clínico (pauci e multibacilar) da Hanseníase. 4. Explicar a fisiopatogenia das lesões (cutâneas e neurais, os mecanismos de agressão do bacilo de Hansen), a resposta imunológica, os mecanismos envolvidos na gênese das reações (do tipo reversa – Tipo I e eritema nodoso – Tipo II) na Hanseníase. 5. Descrever o tratamento proposto pelo Ministério da Saúde para as diferentes formas de Hanseníase e seus aspectos psicossociais. DISPARADORES: Tuberculose https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/165/pdf/165/Tuberculose%20pulmonar.pdf Hanseníase https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/923/pdf/923/Hansen%C3%ADase%20%28lepra%29.pdf REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: – Lastória, J et al. Hanseníase: revisão dos aspectos epidemiológicos, etiopatogênicos e clínicos - Parte I. An Bras Dermatol. 2014;89(2):205-19. – Lastória, J et al. Hanseníase: revisão dos aspectos epidemiológicos, etiopatogênicos e clínicos - Parte II. An Bras Dermatol. 2014;89(2):205-19. – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia para o controle da Hanseníase. 2002 – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. 2010 – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes. Versão 2 – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Recomendações para controle de contatos e tratamento da infecção latente da tuberculose na indisponibilidade transitória do Derivado Proteico Purificado. NOTA INFORMATIVA Nº 08, DE 2014 CGPNCT/DEVEP/SVS/MS. – VERONESI, F. Tratado de Infectologia. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/923/pdf/923/Hansen%C3%ADase%20%28lepra%29.pdf 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA IRAT: Questão 01 ___________________________________ Mariano, 30 anos, filho mais velho de dona Isaura e seu Zeca, trabalha na construção civil. Tabagista de longa data, frequenta regularmente bares próximos de sua casa. Mora com seus pais e dois irmãos em uma casa de dois cômodos. Hoje consulta-se com queixas de tosse há três semanas, perda de peso e febre no fim de tarde. Após realizar uma anamnese detalhada e um exame físico minucioso, você identifica que Mariano é um sintomático respiratório e necessita descartar o diagnóstico de tuberculose pulmonar. Sobre a suspeita diagnóstica de tuberculose de Mariano, marque a resposta correta: a) Se houver indícios clínicos e radiológicos de tuberculose e as duas amostras de escarro diagnóstico (pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente - BAAR) apresentarem resultado negativo, descarta-se a doença. F – podem ser solicitadas amostras adicionais. https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc= s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3 AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https %3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpu blicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_t uberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA _yo2AiDfQ87T b) O exame microscópico direto - baciloscopia direta que pesquisa o bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen, é a técnica mais utilizada. A baciloscopia do escarro, quando executada corretamente, permite detectar a maioria dos casos pulmonares. V - A baciloscopia, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar a maioria dos casos pulmonares. Além do diagnóstico, a baciloscopia deve ser realizada mensalmente em todos os casos de TB pulmonar para controle do tratamento e a avaliação da sua efetividade. https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&e src=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ve d=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8 QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww .sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes- para-profissionais-de- saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3A wa65-NGM c) A radiografia de tórax representa um método diagnóstico importante na investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo paciente assintomático no intuito de encontrar imagem radiológica patognomônica de tuberculose. F – radiografia é solicitada em sintomáticos respiratórios (tosse por mais de 3 semanas, febre vespertina etc). não há sinais radiológicos patognomônicos de TB pulmonar. http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/2 85/leituras-de-radiografias-de-torax-em-criancas- suspeitas-de-possuir-tuberculose-pulmonar d) A realização da prova tuberculínica (purified protein derivative - PPD) consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico purificado do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos sendo útil nos pacientes com suspeita clínica da doença. F – trata-se de um método auxiliar que, quando positivo, isoladamente, é insuficiente para o diagnóstico da doença. A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença. Questão 02 ___________________________________ A baciloscopia de outros materiais biológicos pode ser realizada para os casos de suspeita clínica de tuberculoseextrapulmonar, estando INADEQUADO apenas: a) A tuberculose extrapulmonar tem sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. V - http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia- epidemiologica/tuberculose/ b) As principais formas diagnosticadas de tuberculose extrapulmonar no Brasil são pleural e/ou empiema pleural tuberculoso, ganglionar periférica, meningoencefálica, miliar, laríngea, pericárdica, óssea, renal, ocular e peritoneal. F - As principais formas diagnosticadas em nosso meio são a TB pleural, Empiema pleural tuberculoso, TB ganglionar periférica, TB meningoencefálica, TB pericárdica e TB óssea. http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia- epidemiologica/tuberculose/ c) A tuberculose extrapulmonar tem ocorrência aumentada em pessoas que vivem com HIVIAIDS(PVHA), especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave. V - http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia- epidemiologica/tuberculose/ d) É raro a associação da tubérculosextrapulmonar à pulmonar (tuberculose mista). https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiM0_KX29_3AhWFqpUCHXpyCfcQFnoECBwQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf&usg=AOvVaw2HbQvR_piA_yo2AiDfQ87T https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj6qOSZ3d_3AhV0s5UCHbw2Df8QFnoECA0QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.sopterj.com.br%2Ftuberculose-orientacoes-para-profissionais-de-saude%2F&usg=AOvVaw2b5jwA19wUAg3Awa65-NGM http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/285/leituras-de-radiografias-de-torax-em-criancas-suspeitas-de-possuir-tuberculose-pulmonar http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/285/leituras-de-radiografias-de-torax-em-criancas-suspeitas-de-possuir-tuberculose-pulmonar http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/285/leituras-de-radiografias-de-torax-em-criancas-suspeitas-de-possuir-tuberculose-pulmonar http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/tuberculose/ 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA F – é frequente a associação da TB extrapulmonar à pulmonar (tuberculose mista). Por isso, todo caso extrapulmonar também deve ser investigado para TB pulmonar. https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc= s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahU KEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECB AQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov. br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia- de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2- tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp 9__tZx A tb extrapulmonar em pcts sem HIV mais comum é a pleural. Para pacientes HIV + o sítio mais comum é a ganglionar. Em crianças o sítio mais comum extrapulmonar são os gânglios também. Questão 03 ___________________________________ A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é provavelmente a doença infectocontagiosa que mais ocasiona mortes no Brasil. Estima- se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial estejam infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença. As pessoas se comportam como reservatórios do bacilo, convivendo com ele porque não consegue eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, passarão a ser infectantes. Sobre "Tuberculose", marque a alternativa incorreta. a) O tratamento é feito com apenas um tipo de droga: isoniazida, durante seis meses. F – 4 drogas durante 2 meses e de 2 drogas durante 4 meses. b) O foco inicial instala-se em qualquer órgão acessível ao bacilo: pulmão, intestino, pele, amídala. Na maioria dos casos, o complexo primário aparece no tórax, porque a tuberculose se adquire por inalação do material infectado: o foco primário ocupa o parênquima pulmonar e a adenopatia satélite localiza-se na região hilar. c) O foco parenquimatoso, ordinariamente único, situa-se de preferência na parte média do pulmão. d) É uma doença de dimensões muito reduzidas e de natureza exsudativa, com grande tendência à caseificação. Questão 04 ___________________________________ Em recém-nascido de mãe com tuberculose bacilifera, qual a conduta correta para o recém- nascido: a) Realizar teste tuberculínico. Se o teste tuberculínico for negativo, aplicar vacina BCG. b) Usar isoniazida por três meses, realizando teste tuberculínico apósesse período. Se o teste tuberculínico for negativo, suspender isoniazida e fazer a vacina BCG. https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc= s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahU KEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQA Q&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.co m.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpubli cacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatri a_POS- PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9 ESWN c) Realizar teste tuberculínico. Se o teste tuberculínico for negativo, aplicar vacina BCG e usar isoniazida por três meses. d) Usar tratamento triplica por três meses, realizando teste tuberculínico após esse período. Se o teste tuberculínico for negativo, suspender medicação e fazer vacina BCG. e) Realizar teste tuberculínico, se positivo, usar tratamento tríplice para TBC, repetir o teste tuberculínico após três meses, se negativo, manter isoniazida por três meses e fazer vacina BCG após esse período. Lactentes podem adquirir tuberculose pelos seguintes meios: • Por via placentária, disseminando-se através da veia umbilical para o fígado do feto • Por aspiração ou ingestão de líquido amniótico contaminado • Inoculação por via respiratória proveniente de contatos próximos (membros familiares ou pessoal do berçário) Cerca de 50% das crianças nascidas de mães portadoras de tuberculose pulmonar ativa desenvolvem a doença no primeiro ano de vida se não receberem quimioprofilaxia ou vacina bacilo Calmette-Guérin (BCG). Todo recém-nascido com suspeita de tuberculose congênita e lactentes nascidos de mães que têm tuberculose ativa devem realizar exames de radiografia do tórax e culturas para bacilos álcool- ácido resistentes de material do aspirado traqueal, do lavado gástrico e da urina; punção lombar deve ser feita para medir as contagens de células, glicose e proteínas, bem como obter cultura do líquido cerebrospinal. Também deve-se examinar e obter cultura da placenta. Os testes cutâneos, embora não sejam muito sensíveis, particularmente no início, devem ser realizados. Os ensaios de liberação de interferon-gama específicos para TB, úteis em adultos, não estão aprovados para uso em recém-nascidos por causa da baixa sensibilidade. Para confirmação https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqrqWv4N_3AhXDuZUCHaqMCdUQFnoECBAQAw&url=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2018-07%2Fguia-de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2-tuberculose.pdf&usg=AOvVaw3qGnjJ_xp00FfkCp9__tZx https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjpsYyw49_3AhVIvJUCHfkjAl4QFnoECDQQAQ&url=http%3A%2F%2Fpublicacoes.fundatec.com.br%2Fhome%2Fportal%2Fconcursos%2Fpublicacao%2Flegislacao%2Fleis%2FGastro_Pediatria_POS-PRELO.pdf&usg=AOvVaw3Jhv83agGlkaEHaUg9ESWN 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA diagnóstica, pode ser necessária a biópsia do fígado, de gânglios, dos pulmões ou da pleura. Deve-se submeter os neonatos a teste de HIV. A conduta depende da existência da doença TB ativa ou de apenas um teste cutâneo positivo (na mãe, na criança ou em ambas), indicando infecção sem doença. Neonatos com teste de tuberculina positivo Se não há evidência clínica, laboratorial ou radiológica da doença, os neonatos devem ser medicados com INH na dose de 10 a 15 mg/kg por via oral uma vez ao dia durante 9 meses, com seguimento cuidadoso. Recém-nascidos em regime de amamentação exclusiva devem receber piridoxina 1 a 2 mg/kg, uma vez ao dia. Testes cutâneos devem ser realizados nas idades de 3 ou 4 meses. Se o recém-nascido é tuberculino-negativoe o contato infeccioso inicial aderiu ao tratamento e tem uma resposta positiva, INH é interrompida. Se o teste cutâneo for positivo, solicitar radiografia de tórax e culturas para bacilos álcool-ácido resistentes, como já descrito anteriormente; se a doença ativa for excluída, o tratamento com INH continuará até um total de 9 meses. Se, em qualquer momento, as culturas tornarem-se positivas para TB, o neonato deverá ser tratado para doença TB ativa. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5e s-em-rec%C3%A9m-nascidos/tuberculose- perinatal-tb Questão 05 ___________________________________ Escolar com 7 anos de idade, há uma semana iniciou tratamento para tuberculose pulmonar com isoniazida, rifampicina e pirazinamida. Há 2 dias vem apresentando dor epigástrica e vômitos, sem melhora com antieméticos. Ao exame físico, a criança anictérica e sem alterações de propedêutica abdominal. Os exames complementares mostraram transaminases normais. A conduta adequada é: a) Suspender a pirazinamida. b) Suspender a isoniazida. c) Suspender as três drogas por 24 horas e reintroduzi-las junto às refeições. d) Substituir a pirazinamida por etambutol, e) Substituir a isoniazida por etambutol e estreptomicina. Questão 06 ___________________________________ Em relação à hanseníase, marque a afirmação correta. a) Tem baixa letalidade e alta mortalidade. F – Baixa mortalidade também. b) O coeficiente de detecção de casos novos é função da prevalência de casos e da agilidade diagnóstica dos serviços de saúde. F – e função da incidência real de casos https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conte udo/1769/hanseniase.htm c) A baciloscopia positiva classifica o caso como multibacilar, independente do número de lesões. d) De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a definição de caso de hanseníase deverá ter, pelo menos, dois dos critérios: lesões de pele com alteração de sensibilidade, espessamento de nervo periférico e baciloscopia positiva para bacilo de hansen. F – necessário 1 dos critérios. e) O resultado negativo da baciloscopia exclui o diagnóstico de hanseníase. F – em pcts com boa resposta imune pode-se ter baciloscopia negativa e é indicado biopsia. Questão 07 ___________________________________ Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre a epidemiologia controle da hanseníase? a) O Mycobacterium leprae apresenta alta infectividade e alta patogenicidade. F – baixa patogenicidade. https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conte udo/1769/hanseniase.htm b) A baciloscopia positiva é um critério necessário para a notificação do caso. c) Os casos da forma tuberculoide são capazes de transmitir o agente etiológico. d) O critério para a classificação operacional é o número de lesões de pele. V - A classificação operacional do caso de Hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: • Paucibacilar (PB) - Casos com até 5 lesões de pele; • Multibacilar (MB) - Casos com mais de 5 lesões de pele Questão 08 ___________________________________ Homem de 42 anos de idade, com diagnóstico de Hanseníase Virchowiana, fez tratamento com poliquimioterapia para multibacilar por 12 meses. Após três meses do término do tratamento, surgiram pápulas e nódulos eritemato. edematosos nos braços e pernas, acompanhados de febre e mialgia. O caso clínico acima se trata de: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/tuberculose-perinatal-tb https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/tuberculose-perinatal-tb https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/tuberculose-perinatal-tb https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/tuberculose-perinatal-tb https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1769/hanseniase.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1769/hanseniase.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1769/hanseniase.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1769/hanseniase.htm 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA a) Resistência medicamentosa. O próximo tratamento do paciente deve ser realizado com outro esquema terapêutico. b) Reação tardia ao uso da rifampicina intermitente. c) Reação tipo Il pós-alta. O tratamento de escolha é a talidomida na dose de 100 a 400 mg ao dia. Não é necessário tratamento específico para a doença no momento. d) Recidiva da doença devendo reiniciar o tratamento específico por mais 12 meses. Questão 09 ___________________________________ Mulher, 37 anos de idade, no 4° mês de tratamento de hanseníase virchowiana desenvolveu nódulos eritematosos e dolorosos no tronco, face e membros superiores. Qual é a conduta ADEQUADA, conforme as normas do Ministério da Saúde? a) Manter o tratamento e aguardar a melhora clínica já que a maioria desses casos tem melhora espontânea em 48-72 horas. b) Suspender o tratamento e iniciar terapia com talidomida (100 a 400 mg/ dia), até resolução do quadro e então, reiniciar o tratamento específico. c) Suspender apenas a dapsona e iniciar terapia com prednisona (1 a 2 mg/ kg/dia). d) Manter o tratamento e iniciar terapia com prednisona (1 a 2 mg/kg/ dia). e) Suspender o tratamento, pois se trata de reação alérgica à clofazimina. Questão 10 ___________________________________ Homem de 35 anos apresenta inapetência, dores articulares, febre não medida, inchaço de extremidades e lesões cutâneas dolorosas há 7 dias. Nega comorbidades. AP: trabalhador rural, etilista pesado. EF: ictérico 2+/4 hepatomegalia e lesões cutâneas eritematoedematosas nodulares mal delimitadas, dolorosas à palpação, acometendo tronco e membros com algumas lesões apresentando necrose cutânea e ulceração, além de infiltração cutânea facial com rarefação dos supercílios. O diagnóstico provável é: a) Hanseníase multibacilar com hansenomas sofrendo reação tipo I. b) Hanseníase dimorfa sofrendo reação reversa. c) Hanseníase paucibacilar sofrendo reação tipo I. d) Hanseníase multibacilar sofrendo reação tipo Il. AULA HANSENÍASE: Ou lepra. Doença infecciosa, insidiosa e progressiva causada pelo bacilo álcool-ácido resistente da espécie Mycobacterium leprae Acomete olhos, pele e sistema nervoso periférico. FISIOPATOLOGIA: • A bactéria sobrevive a fagocitose e se multiplica dentro de macrófagos • Reação TH1, citotóxica, com formação de granuloma e destruição de macrófagos infectados. Doença não é capaz de progredir: lepra tuberculoide • Reação TH2, com produção de anticorpos, não forma granulomas e a bactéria dissemina, formando a lepra típica, e passam a atuar no SNC • M. leprae apresenta melhor crescimento em regiões anatômicas com temperatura de 27 C e 33 C • Pele, segmentos nervosos próximos a pele e membrana mucosa do trato respiratório superior • Desenvolvimento de granulomas por reação de hipersensibilidade do tipo IV em células de Schwann,(resultando em desmielinização dos nervos periféricos ) • Pode acometer mucosa, testículo, osso, baço, fígado... • Na ausência de tratamento da apresentação inicial paubacilar, a doença evolui para forma multibacilar e torna-se transmissível • A evolução é lenta e progressiva • A suscetibilidade tem influência genética TRANSMISSÃO: • Transmissão não é completamente conhecida • Sugere que seja por via de descarga nasal em multibacilar não tratados • Não é altamente contagiosa • Paubacilar não são fontes importantes de transmissão • Não tem transmissão por objetos • Coloniza novo hospedeiro em trato respiratório superior, com disseminação pela pele ou mucosa não integra •Incubação de 2 a 7 anos ou 7 meses CLÍNICA: • Máculas hipocrômicas, acastanhadas ou avermelhadas, com alteração de sensibilidade ao calor ou dolorosa ou tato( ultima) • Pode ter prurido • Hipoestesias, choques, cãibras nos braços e pernas, que evoluem para dormência 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Pápulas, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas • Queda ou diminuição de pelos, principalmente na sobrancelhas ( madarose) • Hiperemia de pele com diminuição ou ausência de suor local • Dor associada a choque ou espessamento do nervo periférico • Redução ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados • Redução ou perda da força de musculo CLASSIFICAÇÃO DE MADRI (1953): Hanseníase indeterminada ( PB): • Comum a todos no inicio da doença, • Crianças abaixo de 10 anos • Lesões geralmente macular e única • Não elevada com bordas mal definidas • Seca com hiperestesia ou anestesia térmica ou dolorosa, mas com preservação da tátil. • Biopsia não confirma diagnostico • BACILOSCOPIA E NEGATIVA Hanseníase tuberculoide (PB): • Nódulo anestésico na face ou tronco • Pápula anestésica com borda elevada, bem delimitada e centro claro ( forma de anel ou circulo). • Pode apresentar como um único nervo espessado, com parestesia no território inervado. • Baciloscopia negativa • Biopsia de pele não confirma diagnostico • Pode acometer crianças. Hanseníase dimórfica (MB): • É a forma mais comum • > 70% dos casos. • Após longos períodos de incubação ( > = 10 anos) • Varias maculas de pele hipercromicas ou hipocromicas, com bordas elevadas, mal delimitadas • Múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes a lesão tuberculoides, porem borda pouco definida. • Há anestesia ou hipoestesia, com diminuição de funções anatômicas ( sudorese). • Comprometimento de nervos geralmente assimétrico • Baciloscopia das bordas da lesão é positiva, exceto em caso de doença confinada aos nervos. 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA Hanseníase Virchowiana (MB): • Forma mais contagiosa da doença. • Pele hiperemiada, seca, infiltrada, com poros dilatados (casca de laranja) • Poupando couro cabeludo, axilas e meio da coluna lombar. • Pápulas e nódulos escuros, endurecidos e assintomáticos ( hansenomas). • Madarose e afetar também os cílios • Face sem rugas devido infiltração, • Nariz congestão, pés e mãos com cianose e edema. • Pele e olho seco. • Sudorese reduzida ou ausente de forma generalizada. • Câimbras e formigamentos em mãos e pés. • FAN, VDRL e FR positivos. • Espessamento simétrico dos nervos periféricos e ramos superficiais. • Diagnostico pode ser confirmado pela baciloscopia dos lóbulos da orelha e cotovelos EXAME FÍSICO: Tardio: • Fraqueza na prensa das mãos • Pé caído • Mão em garra • Paralisia facial • Lagoftalmia • Perda de cílios • Colapso do nariz • Perfuração de septo nasal, 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA CLASSIFICAÇÃO PELA OMS: • Multibacilar: >= 6 lesões de pele e pode ter bacilos detectáveis em esfregaço de pele • Paubacilar: <= 5 lesões de pele sem detecção de bacilos em esfregaço de pele • Lesão única DIAGNÓSTICO: Exames: • Biopsia da pele: • Lesões hansênicas • Lóbulos auriculares ou cotovelos • Seguido de baciloscopia • Exame histopatológico • Baciloscopia negativa não descarta pois é parasita intracelular obrigatório e não possível o cultivo em meio de cultura • Paubacilar( indeterminada e tuberculoide): baciloscopia negativa • Multibacilar ( dimorfa e virchowiana): baciloscopia positiva A avaliação neurológica deverá ser realizada: • No inicio do tratamento • A cada 3 meses durante o tratamento se não houver queixas • Sempre que houver queixas: dor em trajeto dos nervos, fraqueza muscular, inicio ou piora de queixas parestesicas • Controle periódico em uso de corticoides, em estado reacionais e neurites • Na alta do tratamento • No acompanhamento pós-operatório de descompressão neural com 15, 45, 90 e 180 dias Definição de caso: • Lesão de pele com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa ou tátil • Espessamento de nervo periférico, associado a alteração da sensibilidade, motora 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Presença de bacilo M. leprae, confirmado na baciloscopia TRATAMENTO: Paubacilar: • 6 cartelas em até 9 meses • Adultos: • Rifampicina: dose mensal de 600mg ( 2 capsulas de 300 mg) supervisionada • Dapsona: dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada • Se dapsona for suspensa ela é substituída por clofazimina 50mg/dia Multibacilar: • 12 cartelas em até 18 meses • Adultos: • Rifampicina: dose mensal de 600mg ( 2 capsulas de 300 mg) supervisionada • Dapsona: dose mensal de 100mg supervisionada e dose diaria de 100mg autoadministrada • Clofazimina: dose mensal de 300 mg ( 3 capsulas de 100) supervisionada e uma dose diaria de 50 mg autoadministrada. • Se a dapsona for suspensa, substituir por Ofloxacina • Gravida ou amamentando pode tratar • Rifampicina diminui ação do ACO Esquema único de tratamento: • Rifampicina • Clofazimina • Dapsona • PB: 6 meses • MB: 12 meses Reações imunológicas: Reação hansênica: • Ocorre mais no MB • Pode ocorrer antes, durante ou depois do tratamento Tipo 1- Reação reversa: • Novas lesões dermatológicas • Sinais de flogose em maculas preexistentes • Com ou sem espessamento dos nervos Tipo 2 - Eritema nodoso: • Nódulos subcutâneos dolorosos, numerosos • Comum em membro superior e face. • Pode ter febre alta, anemia, leucocitose, dor em articulações • Neurite isolada • Fator predisponente: infecção, distúrbio hormonal, emocional Tratamento: • Emergência • Unidade secundaria ou terciaria Reação tipo 1: • Prednisona: 1mg/kg/dia VO • Manter PQT • Imobilizar membro com neurite • Avaliar função neural, sensitiva e motora antes do corticoide • Antiparasitário: albendazol 400 mg/ dia por 5 dias • Profilaxia da osteoporose: cálcio 1000mg/d + Vit D 800 UI/ d + alendronato 70 mg/sem Reação tipo 2: • Talidomida: 100-400 mg/d • Mantém PQT se usando, se não usar não reintroduz • Grave: Talidomida e corticoide e AAS ( prevenir trombo) • Usar 2 métodos contraceptivos sendo um de barreira • Esquema substitutivo ( mulher idade fértil): Pentoxifilina + corticoide Acompanhamento: • Solicitar no inicio e fim do tratamento e nos estados reacionais: HC, glicose, ureia, creatinina e EAS. • Acompanhamento mensal clinico • Fornecimento mensal da dose supervisionada e da cartela auto administrada • Avaliação dermatoneurologica, na 1, 3, 6, 9 e 12 dose e sempre que tiver queixas • Após alta, avaliação dermatoneurologica uma vez ao ano, pelo menos 5 anos. Reação X Recidiva: Reação • Durante a PQT e 2-3 anos após trat • Súbito • Lesão antiga com flogose • Muita lesão recente • Ulceração • Na regressão descama • Envolve muito nervo • Boa resposta ao tratamento Recidiva • > 5 anos após termino da PQT • Lento • Lesão antiga imperceptível • Pouca lesão recente • Sem ulcera • Não descama • Pouco nervo • Não responde ao tratamento • Cura: • Terminou a medicação • Abandono: • PB perdeu >3 meses de tratamento • MB perdeu > 6 meses de tratamento • Insuficiência terapêutica: • Não recebeu dose adequada • Precisa de mais 12 doses ( 24 doses) • Falência terapêutica: • Já recebeu 24 doses e não melhorou • Resistencia bacteriana ou alteração de enzima metabólica AVALIAÇÃO DE CONTATOS: 10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Contato domiciliar: pessoa que moreou morou com paciente • Contato social: contato muito próximo com paciente não tratado • Exame dos contatos devem ser feitas imediatamente após o diagnostico e no mínimo 1 vez por ano, por 5 anos • Avaliação dermatoneurologica e anamnese • Vacina para contatos: • Ausência de cicatriz de BCG ou uma cicatriz: 1 dose da vacina • 2 cicatriz de BCG: Não vacinar
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