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Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ORAÇÕES 
 
Atentem-se para as seguintes definições: 
 Frase: 
Todo enunciado que apresenta uma unidade de sentido em uma situação de uso da língua, 
independentemente de seu tamanho ou estrutura, constitui uma frase. 
 
 Oração: 
Enunciados constituídos em torno de verbos são orações. Cada oração deve apresentar um 
verbo ou locução verbal. 
 
 Período: 
O período deve apresentar unidade de sentido e ser constituído por orações. 
 
Observem a tirinha abaixo e a frase ou período apresentada: 
 
 
Marcando os verbos e dividindo as orações, temos: “Dizem / que sempre se deve sair da mesa 
com um pouco de fome, / mas nunca consigo esperar tanto.”. 
 
 Na frase em questão, temos 1 período com UM VERBO + DUAS LOCUÇÕES VERBAIS, 
respectivamente, portanto podemos dizer que há 3 orações. 
 
É o que denominamos um PERÍODO COMPOSTO. 
 
Observem que duas palavras ligam uma oração à outra, são elas: QUE e MAS. 
 
 Tipos de períodos: SIMPLES (1 verbo = 1 oração) e COMPOSTO (mais de 1 verbo e/ou 
locução verbal). 
Comparem os períodos abaixo: 
Ela telefonou hoje cedo. (PERÍODO SIMPLES = 1 verbo / 1 oração) 
Ela telefonou hoje cedo, mas não me encontrou. (PERÍODO COMPOSTO = 2 verbos / 2 
orações) 
 
Os períodos podem ser compostos por: 
 Coordenação: 
A relação que se estabelece entre as orações é semântica (de sentido), de modo que as 
orações que formam o período ficam justapostas, coordenadas. Por isso, costuma-se dizer 
que são orações independentes. Veja o exemplo abaixo: 
 
Saía todas as noites / ou ficava agitado em seu quarto. 
Observem como cada oração funciona de modo independente sintaticamente. 
Trata-se de um período composto por coordenação. 
 
 
Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
 Subordinação: 
Há uma relação de subordinação, de dependência entre as orações apresentadas. Veja o 
exemplo abaixo: 
 
Quando os amigos ligavam, / saía todas as noites / ou ficava agitado em seu quarto. 
Observem como a primeira e a segunda oração estabelecem uma relação de dependência, 
semântica e sintática. A terceira, por sua vez, funciona de modo independente do ponto de 
vista sintático. 
Trata-se de um período composto por coordenação (segunda/terceira oração) e 
subordinação (primeira/segunda oração). 
 
 
 
I. ESTUDO DAS ORAÇÕES COORDENADAS 
 
As orações coordenadas podem ser: 
 Coordenadas assindéticas: 
São assindéticas as orações que NÃO possuem conjunção. 
 
 Coordenadas sindéticas: 
São sindéticas as orações que possuem conjunção (sindético deriva do substantivo 
síndeto, que vem do grego e significa “o que serve para ligar, unir”. 
 
As orações coordenadas sindéticas apresentam-se nos seguintes tipos: 
a) Aditiva: introduz o sentido de soma, adição. 
e, nem, não só... mas também 
 
b) Adversativa: introduz o sentido de oposição, contraste, adversidade. 
mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. 
 
c) Alternativa: introduz o sentido de alternância, de escolha. 
ou, ou ... ou, ora... ora, quer ... quer, nem... nem. 
 
d) Conclusiva: introduz o sentido de conclusão, de fechamento de uma ideia. 
logo, portanto, pois (quando vem depois do verbo), assim, por isso, então. 
 
e) Explicativa: introduz o sentido de explicação, expondo o motivo. 
porque, pois (quando vem antes do verbo). 
 
 
 Analisem os exemplos abaixo: 
 
a) Estou procurando a passagem há uma hora, não achei. 
b) Claúdia não foi à minha casa ontem, não fizermos o trabalho de química. 
c) Passou perto do banco, resolveu entrar. 
 
Observem que temos períodos compostos por coordenação, mas nenhum dos períodos 
estaria acompanhado por conjunções. Logo, temos somente orações coordenadas assindéticas. 
 
 
Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
No entanto, é nítida a constatação das seguintes relações semânticas em cada um dos períodos: 
a) Relação de oposição, de adversidade. 
b) Relação de conclusão. 
c) Relação de adição, de soma. 
 
Assim, poderíamos reescrevê-las inserindo as seguintes conjunções: 
a) Estou procurando a passagem há uma hora, MAS não achei. 
b) Claúdia não foi à minha casa ontem, POR ISSO não fizemos o trabalho de química. 
c) Passou perto do banco E resolveu entrar. 
 
 
 
II. AS CONJUNÇÕES E AS RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
As conjunções coordenativas e os jogos semânticos são bastante explorados por provas de 
concursos, especialmente quando há uma quebra no emprego usual de determinadas conjunções, 
como o caso da conjunção “e”, que passa a inserir valores semânticos distintos da noção corriqueira 
de adição, de soma. 
Analisem o exemplo abaixo e acompanhem as caixas de diálogo: 
 
Romance II ou do ouro incansável 
 
Mil bateias¹ vão rodando 
sobre córregos escuros; 
a terra vai sendo aberta 
por intermináveis sulcos; 
infinitas galerias 
penetram morros profundos. 
 
De seu calmo esconderijo, 
o ouro vem, dócil e ingênuo; 
torna-se pó, folha, barra, 
prestígio, poder engenho... 
É tão claro! – e turva tudo: 
Honra, amor e pensamento. 
Cecília Meireles 
 
¹ Peneiras de madeira 
 
 
 
 Portanto, é essencial avaliar as informações semântico-textuais que acompanham o uso da 
conjunção coordenativa para evitar erros de classificação. 
 
 
 
 
Atentem-se ao período que 
sintetiza a visão poética de Cecília 
Meireles em torno da extração do 
ouro: 
É tão claro e turva tudo. 
Aqui, diferentemente, do 
emprego corriqueiro da 
conjunção coordenativa “E”, 
não há adição, mas um 
contraste, uma oposição entre 
as ideias das duas orações. 
Logo, “e turva tudo” funciona como uma 
coordenada sindética adversativa. 
Meireles encontra no contraste de ideias o 
caminho para expressar as adversidades 
produzidas na conquista do ouro. 
 
 
Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
EXERCÍCIOS 
 
 Nos exercícios abaixo encontraremos bons exemplos de uso das orações coordenadas. Tentem 
fazê-los sozinhos e, para a sua conferência, o gabarito se encontra no final da apostila. 
 
 
Texto I para responder às questões 1 e 2: 
 
O mundo é grande 
O mundo é grande e cabe 
Nesta janela sobre o mar. 
O mar é grande e cabe 
Na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe 
No breve espaço de beijar. 
 
Carlos Drummond de Andrade 
 
1) Observe os períodos “O mundo é grande” e “O mundo é grande e cabe / nesta janela sobre o 
mar”. Como classificamos cada um deles? 
 
 
2) Drummond, em seu poema, usa uma mesma conjunção para estabelecer o mesmo tipo de relação 
semântica entre os elementos de seu texto. Indique abaixo essa conjunção e explique a função 
semântica desse termo para a construção dos sentidos do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
3) (UFMG) Leia o conceito e o trecho que seguem. 
Conceito 
As conjunções são “vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações e termos 
semelhantes da mesma oração”. 
CUNHA, C. e CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1985, p. 565. 
 
Texto 
A importância da participação da família no desenvolvimento da criança é indiscutível, mas neste 
século os pais deixaram de lado a educação dos filhos, já que esperam que tudo venha da escola. Sem 
a transmissão de valores, a criança tem dificuldade em processar mentalmente estímulos, de 
relacionar fatos e estabelecer a importância entre eles. Deixa, portanto, de aprender com os erros do 
passado. O processo de mediação pode estar presente em qualquer situação do dia a dia. Numa viagem 
 
 
Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
de férias, umamãe está mediando o aprendizado de seu filho ao juntar ao lazer outras histórias sobre 
o local, ao chamar a atenção para a arquitetura ou o comportamento das pessoas. 
MORAES, Rita. Deixe-me pensar. Istoé, 30 jun. 1998. (Adaptado) 
 
Identifique a relação existente entre as orações ligadas pelas conjunções e locução conjuntiva 
destacadas nesse trecho e explicite a função marcada por esses vocábulos. 
 
 
 
 
 
 
 
Texto III para responder às questões 4 e 5. 
Se você quiser ver esta paisagem de cinema, aonde você precisa ir? 
A ( ) Pipa, RN 
B ( ) Guarda do Embaú, SC 
C ( ) Angra dos Reis, RJ 
D ( ) Lençóis Maranhenses, MA 
 
Se você é brasileiro e não sabe a resposta, está na hora de conhecer melhor o Brasil. 
[Resposta D – Lençóis Maranhenses, MA] 
NAS FÉRIAS, VIAJE PELO BRASIL. É BOM PARA VOCÊ. É BOM PARA O PAÍS. 
(Propaganda do Ministério do Turismo) 
 
4) No trecho “Se você é brasileiro e não sabe a resposta”, a relação estabelecida entre as duas orações 
não é de simples adição. Explique o valor semântico da conjunção “e” e a mensagem sugerida pelo 
autor na construção do seu texto. 
 
 
 
 
 
 
5) Releia o trecho: “Nas férias, viaje pelo Brasil. É bom para você. É bom para o país.” para responder 
às questões abaixo. 
a) Quantos períodos observamos no trecho transcrito? Como são chamados esses períodos? 
 
 
 
b) Reescreva o trecho dado, transformando-o em um único período, de modo a introduzir uma 
conjunção coordenada explicativa e uma conjunção coordenada aditiva. 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado 
Primeiro Bimestre – Aula 2 
Aula do dia: 12/05/2021 
 
GABARITO 
 
1) Temos, respectivamente, um período simples (um só verbo) e um período composto por duas 
orações (dois verbos). 
 
2) Drummond recorre repetidamente à conjunção “e”. Embora essa conjunção seja caracterizada 
como componentes de orações aditivas, no contexto em questão, Drummond contrasta a grandeza das 
coisas (o mundo, o mar e o amor) com elementos bem subjetivos e de menor grandeza, de modo que 
a conjunção “e” agrega o sentido de oposição, adversidade, contradição entre esses elementos. 
 
3) “Mas” é uma conjunção adversativa, que estabelece uma relação de adversidade, oposição, 
contraste, introduzindo uma informação contrária àquela apresentada anteriormente. “Portanto” é 
uma locução conclusiva, que introduz uma informação conclusiva em relação ao que foi dito 
previamente. 
 
4) A conjunção coordenativa “e” insere uma relação de adversidade, de oposição, de modo a 
contrastar as duas realidades: ser brasileiro e não conhecer o seu país. Com essa construção frasal, o 
autor expõe uma visão crítica afirmando que, como brasileiro, se deveria conhecer o seu próprio país. 
 
5) a) Encontramos três períodos, como cada um apresenta um único verbo, são denominados períodos 
simples. 
 
b) O período ficariam assim: “Nas férias, viaje pelo Brasil, pois isso é bom para você e é bom para o 
país.”

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