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VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS DELIRIUM 1 • Início rápido. • 2º a causas orgânicas: Há um transtorno clinico, normalmente grave, que justifica o quadro. Ex: hepatopatia, nefropatia, dç infecciosa crônica, quadro neoplásico. • Curso flutuante: ao longo dos dias e as vezes no mesmo dia. • Inversão do sono/vigília. • Piora noturna. • Alteração do nível de consciência; RNC!!!!!!!!!! Nenhum transtorno psiquiátrico altera nível de consciência → quadro + clinico. • Altera cognição: Memoria, concentração, pensamento (conteúdo). • Orientação/Confusão em não saber dia/horas. • Altera atenção. Uma hora está prestando atenção, outra hora não está mais. • Hiper/hipoativo. • Sensopercepção → alucinações. EX: idoso Ver bicho, criança correndo, vozes. • Solilóquios (falar sozinha). EPIDEMIOLOGIA • Como é um quadro agudo > Incidência (+breve): idosos. • Qto + dçs crônicas > chance de ter delirium. • AIDS. GRAVIDADE • Pode não matar + aumenta chances de morte. • Hospitalização → Infecções oportunistas, escara, flebite. Passa acesso, sonda. • Institucionalização: internação a longo prazo. 6M-1 ano ou a vida inteira. Gera sequelas. FISIOPATOLOGIA • Biperideno, escopolamina. • Antiparkinsonianos. • Fenergan. • Benzodiazepínicos. CAUSAS • Idoso: comum ter infecções ocultas (ITU, endocardite); tem que procurar o foco. Pode não ter sintomatologia. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS FATORES DE RISCO • Obeso, dislipidemia, infarto, etilismo, nefropatia. • Baixa acuidade visual e auditiva. • Qto + episódios tem > chance de ter + episódios. • Retardo: A pessoa já nasceu assim. • Demência: Nasceu com inteligência normal e evoluiu com perda de memoria, etc. • Qto + dçs crônicas, > chance de delirium. • Baixa acuidade visual, auditiva. • POLIFARMACIA→ interação medicamentosa. • Cateter e sonda → Inflamação e infecção. MEDICAMENTOS QUE PREDISPÕE/PRECIPITAM • Medicamentos que vão predispor ao delirium. • Medicamentos que tratam uma coisa e causam outra. • Vonal (menos pior), dramin (intermediário), plasil (PIOR PARA DELIRIUM). VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Hiperativo: + REATIVO. Tentativa de querer tirar sonda, dreno, acesso, sair da contenção. Dose maior quando ele está mais agitado. →Diferença de mania para delirium principalmente pelo RNC. Delirium tem alguma coisa clinica anterior e mania algum episodio anterior. Mania não tem quadro clinico, + comum euforia. Delirium → Disforia e irritabilidade. • Hipoativo: as vezes só responde a estimulo doloroso. Sonolento, molinho. • Pode Começar agitado e depois rebaixa. • No misto, tem que ter cuidado na medicação para não transformar em hipo. • Hiperativo normalmente não está rebaixado. Tem disforia (irritabilidade) e não euforia. • Clinicamente encontra alguma coisa... otite, febre..... • TTO para deixar ele mais calmo se for hiper. Pode fazer risco para ele e para equipe. I. Hiperativo → medicação de depósito, de horário. Manhã: Quetiapina 25mg. Noite: Outra Quetiapina 25mg. II. Hipoativo→ Não tem nada que vá acordar o PCT. Conduta + CONSERVADORA. Mudança de hábitos, abrir janelas, dizer data, hora, perguntar se conhece as pessoas (porque é comum ficar desorientado). III. Medicação→ PARA PCT HIPER OU MISTO. IV. Misto→ usa doses menores para não transformar Hiper em Hipo. V. Começa em dose baixa, só o necessário. Se melhorar, suspende. Se piorar, aumenta a dose. DELIRIUM 2 • Onde está, ano, dia, mês. • Se desorientado, o quão desorientado está. CONFUSIONAL ASSESSMENT METHOD (CAM) • É uma anamnese focada em delirium. • Tempo, alteração de atenção comportamento, nível de consciência. • Delirium é AGUDO. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Geralmente, o PCT já está internado. Aplica na emergência ou no próprio hospital. • Exame físico em psiquiatria é raro mas no Delirium tem que avaliar os órgão por ter uma disfunção orgânica. • Pode cursar com redução de reflexo, força motora. • Conseguir comer, e agora não consegue mais. • Começa de uma causa clínica, tem que saber o histórico. • Se tem autonomia para medicações, se usa sozinho (risco de intoxicações). Pode ter overdose. • Foco: Atenção e vigilância. • Hipovigilância, RNC, cutuca e não se mexe. • Não tinha um quadro que justificasse ou tinha demência que piorou do nada. • Inicio rápido. • Quadro que OSCILA. • Não tem delirium se não tiver causa (infecção, distúrbio hidroeletrolítico, pós operatório). • Pode pedir exame a depender da suspeita. • Ardência ao urinar: urocultura. • Dispneia: gasometria. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS • Flutuante: melhora e piora. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Desatento: desvio do foco. • Memoria de evocação (passado-preservada); memoria recente comprometida. Na demência, esquece o passado também. Tratamento • Delirium Hiperativo e Misto: usar medicações em dose baixa e só se risco de agressividade. No misto utilizar doses que variam com o estado. Contenção mecânica se necessário → se agitação, se agressividade, se tentar tirar cateter.. • NÃO usar FENERGAN • NÃO usar BENZODIAZEPÍNICOS • Opções: 1. haldol em dose baixa – 2,5-5mg (VO e IM), começa em dose baixa e vai aumentando ate chegar numa sedação leve. Evita venoso por risco de arritmia (pode fazer 10 mg/dia mas no idoso pega + leve). É + seguro. 2. risperidona 0,5mg-1mg (VO), 3. olanzapina 2,5-5mg (VO), 4. quetapina 25mg VO • Todos os antipsicóticos diminuem um pouco o limiar convulsivo. • Venoso: risco de arritmia. Pode fazer 10 mg de Haldol por dia mas evitar em idosos e tentar pegar outras vias. • Identificar e tratar a causa. • Manejo não farmacológico: orientações. Familia, acolhimento, estímulos, EVITAR CONTEÇÃO, minimizar alterações de sono e vigília. Janela aberta para ver dia/noite, relógio, calendário, estimular cognição, memoria, porta retrato. • Manejo farmacológico: Midazolam IM em dose baixa. Antipsicotico típico ou atípico. Evitar benzo. Tratamento Delirium Hipoativo •Encontrar e tratar a causa de base •Não usa medicamento. Vai Retirar/reduzir medicamentos sedativos. •Medidas comportamentais Medidas Comportamentais • Colocar calendários e relógios próximos ao paciente • Deixar a luz do sol penetrar no quarto/UTI • Orientar o paciente (“hoje é dia __, sou fulano, seu filho”) • Evitar contenção física • Deixar objetos familiares do quarto • Alternativas não-medicamentosas para ansiedade e Sono (música, técnicas de relaxamento...) VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Estimular deambulação • Estimular autocuidado e comunicação • Evitar cochilos durante o dia • Adequar local para sono mais profundo à noite • Clonazepam: ruim para hepatopata. É benzo. • Midazolam 15 mg é uma dose muito alta. Pior ainda para hepatopatas. • Melhor conduta: B • Maior restrição medicamentosa para hepatopatas: BENZODIAZEPINICOS. So fazer lorazepam. • Delirium hiperativo secundário a infecção das vias aéreas. • Saber as medidas comportamentais. Relógio, janela, luz, tv, óculos, família. SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS • Liberar muita dopamina → dependência. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Serve para QUALQUER TIPO DE DROGA. Não é só para álcool. • Uso regular: semanalmente, diariamente, mensalmente. Frequência pré determinada, podendo ou não ter prejuízo. • Abusivo: naquele momento em que está usando, usa em grande quantidade. Repercussões aguda (bebeu, caiu e bateu a cabeça/ usou cocaína, psicotizou e foi preso... usoubala, saiu correndo e foi atropelado). • Dependência: O centro da vida é a droga. Conflitos sociais. • Coração, fígado, rins). • Risco de cair, bater a cabeça. • Uma substancia pode levar ao uso de outras. • Se agitação: ANTIPSICÓTICO. O ALCOOL PROVOCA RNC, em doses baixas provoca euforia e animação. Depois disso, queda. • Álcool + Benzo = depressão respiratória grave. • Haldol, Quetiapina, olanzapina, Risperidona: DOSE BAIXA; • SF: DESIDRATAÇÃO. • GLICOSE: HIPOGLICEMIA. Etilista crônico: deficiência de tiamina. Se fizer glicose, antes de fazer tiamina, vai precipitar a encefalopatia e piorar o quadro. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • É uma complicação do wernicke. É uma amnésia anterógrada. Não consegue reter coisas novas, altera a capacidade de aprender. Muito sério e muito grave. • Confabulação: o PCT começa a preencher lacunas da memória com imaginação. Esquece as coisas e preenche com coisas que ele inventa e acredita nisso. Parece uma psicose. Perde a confiança no que o PCT fala. • Não fazer Diazepam em hepatopatas. Fazer lorazepam 2mg 01 COM 6/6HS. TTO em UTI porque não tem em hospital psiquiátrico. • Diazepam, Midazolam. • Causa de infarto em jovens. • Aceleração, ansiedade, psicose. • Pode levar a falência de múltiplos órgãos. Não usa benzo em delirium mas usa em delirium tremens. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Lesão muscular que leva a lesão renal. • IDIOSSINCRÁTICO → NÃO DEPENDE DA DOSE. • Sintomas leves mas a longo prazo pode levar a transtornos crônicos. • Analgésicos, anestésicos. Usados a nível hospitalar. • Tudo relacionar a lentificar. • Saber se usa droga sempre ou se usou naquele dia de forma exagerada. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Dor toracia: CPK • Risco de queda: TC de crânio • Resolver mesmo o problema: dar soro, esperar o tempo passar. • Não tem restrições de medicações. • Não tem rebaixamento de SNC. • Pode usar qualquer medicamento. • Melhorou e piorou: é porque usou fentanil ou metadona. Vai precisar fazer naloxona de novo. • Não melhorou: não foi opioide. • Espaçados, meia vida curta → 12/12 horas. • Não usa ansiolítico sozinho. • PCT ansioso: ANTIDEPRESSIVO. • Efeitos: obstipação, ganho de peso, sonolência. • Álcool: urina mais e perde o efeito da medicação. VERENA FACCHINI 13/10/21 EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS • Gest: fluox + sert • Amament: citalopram, sert, parox • Fluoxetina pode tirar o sono. Usar manhã/almoço.